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Roteiro de Atividade - Geografia PEI E M

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GEOGRAFIA – 2º ANOS 
	Escola: EE 
	Professor:
	Disciplina: Geografia
	Série/Turma: 2º anos 
	Bimestre: 1º
	Justificativa: A disciplina abordará o estudo relativo do território, da paisagem brasileira, e do lugar em suas diferentes escalas, rompendo com uma visão estática, na qual a natureza segue o seu curso imutável e irreal enquanto a humanidade é vista como uma entidade a ser estudada à parte, como se não interagisse com o meio (Currículo, p. 77). Mediada entre a geografia física e a geografia política, o estudo da formação territorial e suas consequências no Brasil através de pactos e outras derivações históricas, eleva os anseios por uma sociedade igualitária e justa, e principalmente aberta a incorporar mudanças e respeitar diferenças.” (Currículo, p. 76).
	
Objetivos: • Desenvolver o domínio da espacialidade e do deslocar-se com autonomia.
• Reconhecer princípios e leis que regem os tempos da natureza e o tempo social do espaço geográfico. 
• Diferenciar e estabelecer relações entre os eventos geográficos em diferentes escalas. 
• Estabelecer múltiplas interações entre os conceitos de paisagem, lugar e território. 
• Reconhecer-se, de forma crítica, como elemento pertencente ao espaço geográfico e capaz de transformá-lo. 
• Utilizar os conhecimentos geográficos para agir de forma ética e solidária, promovendo a consciência ambiental e o respeito à igualdade e à diversidade entre todos os povos, todas as culturas e todos os indivíduos. (Currículo, p. 79).
	Conteúdo/Objeto de Conhecimento:
Introdução
- Globalização e urgência ambiental
- Meio ambiente e sustentabilidade
- O meio ambiente como “casa comum” ((Abordagem política da Encíclica de Francisco, Laudato-Si)
II – Território brasileiro
- A gênese geoeconômica do território brasileiro;
- As fronteiras brasileiras; 
- Do “arquipélago” ao “continente”; 
III – O Brasil no sistema internacional 
- Mercados internacionais e agenda externa brasileira;
	Habilidades do Bimestre:
- Identificar os pontos principais relacionados à crise ambiental, considerando mudanças climáticas, contaminação das águas, desmatamento e perda da biodiversidade; - Interpretar mapas de impactos ambientais em diferentes escalas geográficas
• Ler e interpretar mapas e gráficos para extrair informações que permitam identificar singularidades e distinções das diversas etapas da formação territorial do Brasil;
• Identificar dados, representações e informações encontradas em cartas e mapas para comparar as diferentes etapas do processo de formação territorial do Brasil;
• Comparar as diferentes formas de regionalização do Brasil;
• Extrair informações implícitas e/ou explícitas em mapas e gráficos acerca da situação socioeconômica brasileira ;
• Ler e interpretar mapas e gráficos para extrair informações que permitam identificar singularidades e distinções acerca da participação do Brasil e de outros países no comércio internacional;
• Identificar dados, representações e informações encontradas em cartas e mapas para identificar e comparar o papel de cada país no processo de integração econômica da América Latina, notadamente no Cone Sul.
10 Habilidades Gerais da BNCC
C1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
C2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 
C4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos, além de produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 
C5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 
C6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais, apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 
C7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
C9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, suas identidades, suas culturas e suas potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 
C10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
	Temas transversais: – Interdisciplinaridade – Diversidade Gnosiológica – Criticidade – Técnica para pensar – A política e o bem Internacional – Corresponsabilidade – Massificação - Ética – Autonomia e solidariedade – Competência - Pensamento e Reflexão
	Estratégias didáticas
	Atividades Autodidáticas
- Leitura;
- Pesquisas bibliográficas;
- Interpretação de imagens;
- Questionamentos;
- Exercício de soliloquiar;
	Atividades Didáticas Cooperativas
- Resolução de problemas em grupo; oficialização das atividades propostas;
- Seminários,
- Orientação do Trabalho de Pesquisa,
- Orientação metodológica,
- Exposição de trabalhos,
	Atividades Complementares:
- Exposição oral dos conteúdos trabalhados individualmente e por equipe,
- Exercícios escritos e relatórios
- Exibição de vídeos
- Desenvolvimento da capacidade de produção de textos, associando questões atuais e referências extraídas da história da filosofia e da filosofia da história,
	Valores trabalhados na disciplina
- Os quatro pilares da educação;*
- Valorização das diferenças; *
- Autocrítica; *
- Protagonismo juvenil;*
- Autoconhecimento; *
- Liberdade de pensamento; *
- Solidariedade orgânica; *
- Respeito ao outro (Alteridade); *
- Meio Ambiente; *
- Gênero e diversidade étnico-cultural; *
- Cidadania; *
- Cultura e valores étnicos*. 
	Critérios de Avaliação
- Prova Bimestral (4,0 pontos)
- Atividades e Pesquisas diversas em sala de aula e registradas no caderno (com visto no caderno) (3,0 pontos);
[Atividades de produção textual (cópia e inovadora)]
Demais Atividades
- Seminário/ou Trabalho sobre o Livro do Bimestre (A República de Platão): 2,0 pontos.
- Prova com consulta; 1,0 ponto.
Com produção de Texto
	Referências
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Guia de Transição (2°série). Coordenação Geral Caetano Pansani Siqueira. São Paulo: SEE, 2019.
BRASIL. Parâmetros Curriculares do Ensino Médio. Ciências Humanas e suas tecnologias. Brasilia: Ministério da Educação, 2000.
COUTO, Mia. Pensatempos. Lisboa: Editorial Caminho, 2004. 
GIDDENS, Anthony. Mundo em descontrole: o que a globalização está fazendo de nós. Tradução: Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Record: 2000. 
LACOSTE, Yves. A geografia: isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra. 15. ed. Campinas: Papirus, 2009.
PEREIRA, Diamantino. Paisagens,lugares e espaços: a geografia no ensino básico. Boletim Paulista de Geografia, n. 79, São Paulo, 2003. 
SANTOS, Milton. A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec, 1996. 
_____. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000. 
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Caderno do Professor: Geografia (2°série). Coordenação Geral Maria Inês Fini ett ali. São Paulo: SEE, 2013.
SODRÉ, Nelson W. Introdução à geografia. Rio de Janeiro: Vozes, 1985. 
Sites: - https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/41583/4/2ed_geo_m3d5.pdf - Acesso em 25/01/2020.
Filmes: - https://youtu.be/vhPMsVqoj1M 
 (Geografia do Brasil - Formação do Território Brasileiro - Geografia pro Enem)
1. DEFININDO GLOBALIZAÇÃO COMO INTERCONEXÃO E INTERDEPENDÊNCIA
1.1. A Globalização é um processo de aprofundamento das relações econômicas, sociais, culturais e políticas entre os povos espalhados pelo mundo. Está caracterizada pela ausência ou diminuição de barreiras econômicas e imigratórias entre os países.
1.2. Origem da Globalização
1.2.1. A origem da globalização remonta ao século XV durante o período mercantilista. Várias nações europeias lançaram-se ao mar em busca de novas terras e riquezas. Posteriormente, no século XVIII caracterizou-se por um aumento ainda maior no fluxo de força de trabalho entre os países e continentes, especialmente nas novas colônias europeias na África e na Ásia.
1.2.2. O homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes e estabeleceu relações comerciais e culturais em níveis sem precedentes. No século XIX, com a invenção da eletricidade, das ferrovias e dos navios à vapor, as distâncias encurtaram e os produtos puderam chegar nos lugares mais remotos. Esse conjunto de transformações, de ordem política e econômica, intensificou-se, sobretudo, no final do século XX, com destaque para o período pós Segunda Guerra Mundial. Após o fim da União Soviética, o mundo já não estava mais dividido por uma barreira ideológica. Os países que pertenceram ao bloco comunista iriam adotar o liberalismo e o capitalismo como forma de governo e política econômica. Surge o neoliberalismo que ganhará força e irá impulsionar o processo de globalização econômica pelos quatro cantos do mundo.
1.3. A globalização é o processo de interligação e interdependência entre as diferentes sociedades e resulta em uma intensificação das relações comerciais, econômicas, políticas, sociais e culturais entre países, empresas e pessoas. Esse fenômeno é possibilitado pelo avanço das técnicas, com destaque para os campos das telecomunicações e dos transportes.
O CUIDADO DE “NOSSA CASA COMUM”
PROTOCOLOS INTERNACIONAIS DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE
CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO EM 1972
Em 1972, foi realizada a Conferência de Estocolmo com o objetivo de conscientizar a sociedade a melhorar a relação com o meio ambiente e assim atender as necessidades da população presente sem comprometer as gerações futuras.
A conferência das Nações Unidas que aconteceu na capital da Suécia, Estocolmo, foi a primeira atitude mundial a tentar preservar o meio ambiente. Naquela época acreditava-se que o meio ambiente era uma fonte inesgotável e a relação homem com a natureza era desigual. De um lado os seres humanos gananciosos tentando satisfazer seus desejos de conforto e consumo; do outro, a natureza com toda a sua riqueza e exuberância, sendo a fonte principal para as ações dos homens. O que torna isso um problema é o desenvolvimento sem limites realizado pelo homem em prol de seus objetivos, gerando prejuízos para o meio ambiente. Com a conferência de Estocolmo, esse pensamento foi modificado e problemas como secamento de rios e lagos, ilhas de calor e efeito da inversão térmica, causou alerta mundial. A Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu então lançar a Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente. A reação dos países foram diversas. Os Estados Unidos da América foi o primeiro a se dispor a reduzir a poluição na natureza. Decidiram reduzir por um tempo com as atividades industriais. O país contou com a liderança do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Neste instituto foram feitos estudos sobres as condições da natureza, denominado "desenvolvimento zero". Países subdesenvolvidos não aprovaram as decisões de reduzir as atividades industriais, pelo fato de terem a base econômica focada na industrialização. Surgiu então, o "Desenvolvimento a qualquer custo" defendido pelas nações subdesenvolvidas. Foram abordados diversos temas na conferência de Estocolmo. Estavam presentes nas discussões mais de 400 instituições governamentais e não governamentais e teve participação de 113 países. Essa conferência foi de extrema importância para controlar o uso dos recursos naturais pelo homem, e lembrar que grande parte destes recursos além de não serem renováveis, quando removidos da natureza em grandes quantidades, deixam uma lacuna, ás vezes irreversível, cujas consequências virão e serão sentidas nas gerações futuras. 
Referências Bibliográficas: AGUIAR, Roberto A. Ramos de. Direito do meio ambiente e participação popular. Brasília: IBAMA, 1994.
CARTA DA TERRA (1987-1992)
A Carta da Terra é um documento, proposto durante a Rio-92, voltado para assuntos acerca de uma sociedade global pacífica, justa, sustentável. Ela propõe uma mudança de hábitos para alcançar um futuro melhor para todos os cidadãos do planeta. Os principais temas abordados pelo documento são: direitos humanos, democracia, diversidade, desenvolvimento econômico e sustentável, erradicação da pobreza e paz mundial.
[Digite aqui]
Resumo
A Carta da Terra foi primeiramente idealizada pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, em 1987. Durante o ano de 1992, no Rio de Janeiro, foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), também conhecida por Rio 92 ou Eco-92, onde foi elaborada a primeira versão da Carta da Terra.
Paralelo à isso, no mesmo evento foi assinado por 179 países a Agenda 21, um instrumento de planejamento com o intuito de alertar para uma sociedade sustentável.
Ainda que tenha sido apresentado nesse evento, a Carta da Terra foi somente ratificada e assumida pela Unesco em 2000 no Palácio da Paz em Haia, Holanda, com a adesão de mais de 4.500 organizações do mundo, incluindo o Brasil. A Carta da Terra é uma inspiração para a busca de uma sociedade em que todos sejam responsáveis por ações de paz, respeito e igualdade. Assim, ela preza pelo bem-estar mundial ao tratar de temas éticos de suma importância para todos os cidadãos do século XXI.
De tal modo, ela é um importante instrumento de educação e que deve ser apresentado nas instituições educacionais.
Princípios da Carta da Terra
A Carta da Terra possui 16 princípios básicos, os quais estão agrupados em quatro grandes tópicos:
I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA
1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido.
III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.
10. Garantir que as atividades e instituiçõeseconômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma equitativa e sustentável.
11. Afirmar a igualdade e a equidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, concedendo especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
IV. DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ
13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes transparência e prestação de contas no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões, e acesso à justiça.
14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.
AGENDA 21 (UM “ECO” DA ECO-92)
A “Agenda 21” é um documento lançado na ECO92 (ou Rio92, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - CNUMAD – realizada em 1992 na cidade do Rio de Janeiro), que sistematiza um plano de ações com o objetivo de alcançar o desenvolvimento sustentável. Durante dois anos governos e entidades de diversos países contribuíram com propostas para a criação deste plano de ações para concretizar o ideal de desenvolver sem agredir ao meio ambiente. A inovação trazida por essa agenda foi colocar em primeira ordem o que geralmente costumava ficar sempre em último lugar quando o assunto era desenvolvimento: o meio ambiente. Até então, todas as políticas de desenvolvimento visavam sempre o crescimento econômico legando ao último lugar a preocupação com o futuro ambiental do planeta, isso quando ainda se atribuía alguma preocupação a este assunto. A partir de então, 179 países assumiram o compromisso de contribuir para a preservação do meio ambiente. Composta por quarenta capítulos, a Agenda 21 é um instrumento de planejamento participativo onde se admite de forma explícita a responsabilidade dos governos em impulsionar programas e projetos ambientais através de políticas que visam a justiça social e a preservação do meio ambiente. Entretanto, a Agenda pode ( e deve) ser implementada tanto pelos governos quanto pela sociedade, concretizando o lema da ECO92: “pensar globalmente, agir localmente”. A implementação local da Agenda 21 (Agenda 21 local, citada no capítulo 28 da Agenda 21 global) se baseia no princípio de que as mudanças não podem ser realizadas somente “de baixo para cima”, como uma imposição. Isso porque as pessoas tendem a se preocupar apenas com as mudanças que afetam diretamente suas vidas e estejam ligadas diretamente as suas necessidades. Além do que, é também, uma forma de agilizar o processo, uma vez que, uma população envolvida passará a exigir mais de seus governantes. 
A Agenda 21 Brasileira começou a ser criada em 1996 pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS). Cerca de 40.000 pessoas contribuíram para a criação da Agenda 21 brasileira que começou a ser implantada em 2003. Entre as conquistas da Agenda 21 no Brasil podemos citar a criação de Agendas 21 nos municípios, a ampliação da CPDS através do Decreto Presidencial de 03 de fevereiro de 2004, a formação de gestores municipais e ONG’s em todo o país e sua inclusão no Plano Plurianual do Governo Federal (PPA) com o objetivo de assegurar a implementação das ações prioritárias da Agenda 21 brasileira, a instalação de Fóruns locais de desenvolvimento sustentável, além de estimular e acompanhar a elaboração e implementação de planos locais de desenvolvimento sustentável por meio das Agenda 21 locais e desenvolver um método de avaliação e monitoramento do Programa Agenda 21 Locais.
PROTOCOLO DE KYOTO (1997) – Protocolo de Kyoto é um tratado internacional criado em 1997 em Kyoto, no Japão. Seu principal objetivo é estabilizar as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Protocolo de Kyoto é um tratado internacional derivado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, elaborada durante a Conferência das Partes III. É um acordo que estipula metas, principalmente aos países desenvolvidos, com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Onde e quando foi assinado? O Protocolo de Kyoto foi elaborado em 1997 na cidade de Kyoto, no Japão. Sua elaboração ocorreu durante a Conferência das Partes III, órgão supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, da qual participaram representantes de 141 nações. O protocolo foi ratificado em 15 de março de 1999 por 55 países que representam cerca de 55% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, entrando em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, após a ratificação da Rússia. 
Objetivos – O principal objetivo do Protocolo de Kyoto é estabelecer metas e obrigações para a redução das emissões de gases de efeito estufa à atmosfera, compromisso que deveria ser cumprido no período de 2008 a 2012. Os países industrializados deveriam reduzir em 5,2% suas emissões em relação aos níveis de emissão registrados em 1990. Para a União Europeia e o Japão, ficaram estabelecidas reduções de 8% e de 7%, respectivamente. Os países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia, não foram obrigados a reduzir suas emissões.
O principal objetivo do Protocolo de Kyoto é estabelecer metas para 
a redução e a estabilização das emissões e concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.
O segundo período do compromisso, referente ao período entre 2013 e 2020, estabelece que os países reduzam as emissões de gases de efeito estufa em até 18% abaixo do nível registrado em 1990. Algumas ações são incentivadas pelo protocolo para que os objetivos sejam alcançados. São elas:
· Reforma do setor energético e do setor de transporte;
· Uso de fontes renováveis de energia;
· Redução das emissões de metano;
· Combate ao desmatamento;
· Proteção das florestas.
Países-membros
O Protocolo de Kyoto foi assinado por mais de 175 países, os quais se dividem em:
→ Países signatários que ratificaram o protocolo: Paraguai, Argentina, Noruega, Japão, Brasil, China, Suíça, Iêmen, Coreia do Norte, todos os países-membros da União Europeia, entre outros.
→ País signatário com intenção de ratificar o protocolo: Cazaquistão.
→ Países não signatários que não ratificaram o protocolo: Vaticano, Afeganistão, Iraque, Estados Unidos, Sérvia, entre outros.
Protocolo de Kyoto e Conferência das Partes – Durante a década de 1980, as evidências científicas a respeito das emissões de gases de efeito estufa provocaram um despertar de consciência da sociedade a respeito das mudanças climáticas, tornando-se tema de diversos debates. Assim, houve uma grande pressão para que fosse criado um acordo mundial sobre o assunto. Na área científica, foi criado o Painel Intergovernamental em Mudanças Climáticas. Já na área política, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Comitê Intergovernamental de Negociação para a Convenção-Quadro do Clima, que resultou, em 1992, na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Essa convenção é um acordo mundial firmado por 154 países, mais os países da União Europeia, com o objetivo de controlar e reduzir a emissão e a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. Para efetivar esse tratado, foram criados alguns órgãos, como a Conferência das Partes, órgão máximo da convenção. O objetivo dessa conferência é reunir países para revisar os compromissos estabelecidos na convenção. Durante a realização da Conferência das Partes III (COP 3), criou-se também o Protocolo de Kyoto, um dos principais tratados na luta contra a emissão de gases à atmosfera.
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) – O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) representa uma flexibilização do Protocolo deKyoto. Pode ser adotado por países que fazem parte do tratado, mas que não conseguem ou não pretendem cumprir as metas e obrigações de redução das emissões de gases de efeito estufa. O mecanismo representa a possibilidade de uma nação adquirir Reduções Certificadas de Emissões, também conhecidas como Créditos de Carbono, a partir de projetos estabelecidos em países em desenvolvimento. Cada tonelada de carbono não liberada à atmosfera gera um certificado de redução de emissões, que poderá ser utilizado para compensar os índices de emissões de gases que ultrapassarem as metas estabelecidas. Os projetos apresentados devem promover benefícios reais e de longo prazo ao meio ambiente e devem estar diretamente relacionados com a redução das emissões de gases de efeito estufa. Podem conter propostas de substituição de energias não renováveis por energias alternativas, diminuição do uso de energia, reflorestamento, entre outros. Os principais objetivos do MDL são auxiliar os países a estabilizarem as concentrações de gases de efeito estufa, a promoverem um desenvolvimento sustentável por meio de projetos e a cumprirem suas metas de redução de emissões. O Brasil teve o primeiro projeto instituído como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo na Organização das Nações Unidas. O país também foi o primeiro a ter Reduções Certificadas de Emissões ligadas ao reflorestamento.
Os EUA e o Protocolo de Kyoto – Apesar de os Estados Unidos ser o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, o país recusou-se a ratificar o Protocolo de Kyoto. Segundo o presidente George W. Bush, os compromissos estabelecidos pelo protocolo poderiam prejudicar a economia do país. Além disso, questionou o fato de não haver metas para os países em desenvolvimento, que respondem por cerca de 52% das emissões de dióxido de carbono.
Na contramão da maioria dos países, os Estados Unidos, 
maior emissor de gases de efeito estufa, não ratificaram o Protocolo de Kyoto.
Parte dos norte-americanos é cética em relação às mudanças climáticas. Para muitos, essas alterações fazem parte do ciclo da Terra e não estão relacionadas com as atividades antrópicas. O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou não acreditar em teorias como a do aquecimento global, culminando na retirada do país do Acordo de Paris.
Brasil e o Protocolo de Kyoto – Apesar de ter ratificado o protocolo em 23 de agosto de 2002, o Brasil não recebeu obrigatoriedades quanto prazos e metas sobre a emissão de gases de efeito estufa, já que é um país em desenvolvimento. Isso acontece porque se entende que países como Brasil, México, China possuem prioridades nos setores sociais, além de não emitirem, separadamente, uma grande porcentagem de gases. Uma das prioridades do Brasil dentro do Protocolo de Kyoto refere-se à redução do desmatamento. O Brasil possui 16% das florestas mundiais, e protegê-las é uma grande contribuição para o ciclo do carbono e para o controle do efeito estufa. Ações como a retomada do Programa Pró-Álcool, programas de produção do biodiesel e incentivos ao uso de energias alternativas na matriz energética brasileira representam o caminho do Brasil no combate às alterações climáticas. Nosso país possui uma das matrizes energéticas mais renováveis do mundo e é pioneiro no uso do etanol, uma alternativa aos combustíveis derivados do petróleo.
A redução da emissão de gases de efeito estufa à atmosfera é a principal meta do Protocolo de Kyoto.
RIO + 20 (2012)
Evento que acontecerá na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho de 2012, a Rio + 20 é a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. Esse encontro marca o vigésimo aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento que aconteceu na capital carioca no ano de 1992, e ficou conhecido como Rio-92, e também os dez anos da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu em Johanesburgo, África do Sul, no ano de 2002. Durante esses dias, chefes de Estado e de Governo, ativistas ambientais, cientistas e representantes de mais de 150 países trabalharão dois temas principais: “A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza”, e a “Estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável”. Na Rio + 20 os líderes farão um balanço de tudo o que foi feito nos últimos vinte anos, renovando o compromisso mundial com o desenvolvimento sustentável; avaliarão quais as lacunas que ainda existem na execução dos acordos internacionais; abordarão os novos desafios emergentes e discutirão novas formas de recuperar os estragos que já fizemos em nosso planeta, sem deixar de progredir. Uma das grandes discussões da conferência será sobre o papel de uma instância global que seja capaz de unir as metas de preservação do meio ambiente com as necessidades contínuas de progresso econômico, isto é, progredir sem agredir o meio ambiente. Segundo o embaixadorAndré Aranha Correa do Lago, diretor do departamento de meio ambiente do Ministério das Relações Exteriores, e negociador-chefe do Brasil na Rio+20, “A questão institucional da conferência será a revisão do mandato do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), mas não exatamente a criação de uma organização mundial de meio ambiente, uma proposta dos europeus que o Brasil acha que não resolve os dilemas atuais. O que pedimos insistentemente é uma instituição que lide com desenvolvimento sustentável e não somente com meio ambiente. A proposta inicial europeia deturpa o conceito de desenvolvimento sustentável, é um retrocesso a 1972, ano da Conferência de Estocolmo, quando a preocupação deles era o fim dos recursos naturais”. Ainda segundo o embaixador, “Os europeus estão voltando para a visão de mundo pré-1972. Defendem agora a criação de uma Organização Mundial do Meio Ambiente para salvaguardar os recursos naturais do planeta. Mas, salvaguardar para quem? Para eles?, É como se dissessem: vocês, os pobres, precisam planejar seu crescimento populacional e também gastar menos recursos naturais, porque nós, os ricos, precisamos deles”, resume o diplomata. As alternativas pensadas para a diminuição do impacto da humanidade na Terra não é responsabilidade somente dos nossos governantes, mas nossa também. Afinal, todas as nossas atitudes do dia a dia, como o meio de transporte que utilizamos, o modo como descartamos o nosso lixo, o tempo que demoramos no banho, entre tantas outras atitudes, refletem de alguma forma no meio ambiente e, por consequência, em nossa vida.
DISCURSO DE GRETA THUNBERG NA ONU (2019)
Minha mensagem para os líderes internacionais é de que nós estaremos de olho em vocês.
Isto está completamente errado.
Eu não deveria estar aqui. Eu deveria estar na minha escola, do outro lado do oceano.
E vocês vêm até nós, jovens, para pedir esperança. Como vocês ousam?
Vocês roubaram meus sonhos e minha infância com suas palavras vazias. E ainda assim, eu tenho que dizer que sou uma das pessoas com mais sorte (nesta situação).
As pessoas estão sofrendo e estão morrendo. Os nossos ecossistemas estão morrendo.
Por mais de 30 anos, a ciência tem sido muito clara. Como vocês se atrevem a continuar ignorando isto?
Nós estamos vivenciando o começo de uma extinção em massa. E tudo o que vocês fazem é falar de dinheiro e de contos de fadas sobre um crescimento econômico eterno.
Como vocês se atrevem?
Por mais de 30 anos, a ciência tem sido muito clara. Como vocês se atrevem a continuar ignorando isto?
E como se atrevem a vir aqui e dizer que estão fazendo o suficiente? Quando sabemos que as políticas e as soluções necessárias não são sequer vistas?
Vocês dizem que estão nos escutando e que compreendem a urgência (deste tema).
Mas não importa tão triste e furiosa eu esteja, eu não quero acreditar no que dizem. Se vocês realmente entendem o que está acontecendo e continuam falhando em agir, vocês seriam um mal. E eu me recuso a acreditar nisso.
A proposta de cortar as nossas emissões pela metade em 10 anos, apenas nos dá uma chance de 50%de ficar abaixo da marca de 1.5ºC e existe um risco de desencadear reações irreversíveis em cadeia que fogem do controle humano.
50% pode ser aceitável para vocês. Mas estes números não incluem outros pontos como feedback, lacunas e um aquecimento adicional causado pela poluição tóxica do ar ou aspectos de equidade e justiça climáticos. Estes números também fazem com que a minha geração seja obrigada a ter que retirar centenas de bilhões toneladas de dióxido de carbono do ar, causadas por vocês, e usando tecnologia que sequer existem. Então, 50% simplesmente não são aceitáveis. Nós teremos que viver com as consequências.
Para ter uma chance de 67% de continuar abaixo da marca de 1.5ºC do aumento global temperatura, no melhor cenário do (relatório) do IPCC, o mundo teria ainda 420 toneladas giga de emissões de dióxido de carbono para emitir, em 1 de janeiro de 2018. Hoje, este número já caiu para 350 toneladas giga.
Vocês estão falhando conosco. Mas os jovens já começaram a entender sua traição.
Como vocês se atrevem a pensar que isto pode ser resolvido sem mudar nada? Ou através de algumas soluções técnicas? Com os níveis atuais de emissões de hoje, o orçamento de emissões de dióxido de carbono acabaria inteiramente em apenas 8 anos e meio.
Não haverá nenhuma solução ou planos apresentados com base nestes números que trago aqui hoje. Porque estes números são bem desconfortáveis e vocês não têm a maturidade suficiente para abordar este tema como ele realmente é.
Vocês estão falhando conosco. Mas os jovens já começaram a entender sua traição.
Os olhos de uma geração futura inteira estão sobre vocês.
E se vocês escolherem fracassar. Eu lhes digo: nós jamais perdoaremos vocês.
Nós não vamos deixar vocês fazerem isso.
É aqui e agora, que nós colocamos um limite. O mundo está despertando. E a mudança está chegando, quer vocês queiram ou não.
Obrigada.
LAUDATO SI (CARTA ENCICLICA DO PAPA FRANCISCO, 2015)
A mensagem central da encíclica “Laudato Si” (“Louvado Sejas”), a primeira do papado de Francisco produzida integralmente por ele, é uma frase repetida três vezes ao longo de suas mais de 190 páginas: “tudo está conectado”. O ser humano não está dissociado da Terra ou da natureza, eles são partes de um mesmo todo. Portanto, destruir a natureza equivale a destruir o homem. E destruir o homem, para os católicos, é pecado. Da mesma forma, não é possível falar em proteção ambiental sem que esta envolva também a proteção ao ser humano, em especial os mais pobres e vulneráveis. Esse raciocínio, que o papa chama de “ecologia integral”, permeia toda a construção da carta encíclica, tanto do ponto de vista da argumentação religiosa quanto das prescrições políticas – que Francisco faz num nível de detalhe assombroso, como quando critica a incapacidade das conferências internacionais de responder à crise climática, sugere uma saída gradual dos combustíveis fósseis e até mesmo propõe mudanças no modelo atual de licenciamento ambiental. A crise climática, segundo o texto da encíclica, é uma das faces de uma mesma grande crise ética da humanidade. Esta é produzida pela ruptura das relações com Deus, com o próximo e com a terra, que o papa chama de as “três relações fundamentais da existência”. Os padrões insustentáveis de produção e consumo da sociedade global, impulsionados pela tecnociência fora de controle, levam à degradação das relações humanas e à degradação também da “nossa casa comum”, que é como Francisco chama o planeta. Pouca coisa na agenda socioambiental parece ter escapado à análise de Sua Santidade: além do clima, Francisco pontifica sobre proteção dos oceanos, poluição da água, espécies ameaçadas, florestas e povos indígenas. Em relação a todos esses temas, as principais críticas recaem sobre os países ricos (a expressão “produção e consumo” aparece cinco vezes no texto), que são chamados a compensar os pobres pela degradação. Mas os países em desenvolvimento são também exortados a examinar o “superconsumo” de suas classes abastadas e a não repetir a história dos ricos durante seu desenvolvimento. Em vários pontos da encíclica o papa entra “con gioia”, como dizem os italianos, em campos minados. Defende abertamente, por exemplo, uma ideia ainda maldita nos círculos econômicos, a de que as sociedades abastadas precisarão “decrescer” para que haja recursos para os pobres se desenvolverem. Também compra uma briga histórica com a direita evangélica norte-americana ao sugerir que a noção de que o homem deve “sujeitar” a natureza é uma interpretação errada da Bíblia: jamais se supôs uma “sujeição selvagem”, diz, e sim um “cuidado”. A diferença é fundamental, já que os republicanos nos EUA frequentemente justificam a degradação ambiental citando as Escrituras, que colocam o homem numa posição se domínio sobre o ambiente. “Laudado Si” apresenta uma pequena revolução teológica ao colocar o homem como parte da natureza – uma parte especialmente criada por Deus, é verdade –, não como algo separado dela. Francisco amarra os evangélicos declarando, de saída, que a encíclica não é feita apenas para os católicos, mas para toda a humanidade, de todas as religiões, crentes e não-crentes. A Carta Encíclica ‘Louvado Sejas’ do Santo Padre Francisco sobre o Cuidado da Nossa Casa Comum, nome completo do documento, está dividida em seis capítulos e 246 parágrafos, seguidos de duas orações escritas pelo próprio papa (uma delas intitulada Oração pela Nossa Terra). No primeiro capítulo, o papa faz um apanhado geral sobre “o que está acontecendo com a nossa casa”, resumindo as aflições ambientais do mundo amparado na ciência. No segundo, “O Evangelho da Criação”, ele traça uma argumentação teológica sobre as ligações entre ser humano e natureza. No terceiro, aborda as raízes humanas da crise ecológica; no quarto, discorre sobre sua “Ecologia Integral”. No quinto, apresenta seu chamado à ação, inclusive política, no âmbito internacional, mas também no dos governos locais – fazendo eco ao princípio do “pense globalmente, aja localmente” consagrado na Eco-92. No sexto, trata de educação, cultura e “espiritualidade ecológica”.
O que é sustentabilidade?
O QUE É?
A sustentabilidade envolve atender às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as futuras gerações também satisfazerem suas necessidades. Atualmente, fala-se muito sobre sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável em diversos setores de nossa sociedade. Mas, afinal de contas, o que esse termo representa?
O termo “desenvolvimento sustentável” foi usado pela primeira vez em 1987, por Gro Harlem Brundtland, ex-primeira-ministra da Noruega e que atuou como presidente de uma comissão da Organização das Nações Unidas. Ela publicou um livro (Our Common Future) onde escreveu em partes: "Desenvolvimento sustentável significa suprir as necessidades do presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades". Ao longo da maior parte da história do homem, ele viu-se como um dominador da natureza e acreditava que ela estava disponível somente para o seu bem-estar, para servir ao desenvolvimento econômico. Essa forma de pensar produziu uma “sociedade de consumo”, que é exatamente o oposto do desenvolvimento sustentável, pois as indústrias e fábricas buscam extrair o máximo de recursos do planeta para acumular riquezas e satisfazer o consumismo exagerado da população, ocorrendo muito desperdício. O caminho seguido pela economia até o momento foi extrair, produzir, vender, utilizar e descartar, sem se preocupar com a natureza e com as futuras gerações, como se os recursos naturais não tivessem fim. Esse modelo de desenvolvimento da nossa sociedade estabelecido até o momento levou a consequências drásticas, como poluição ambiental e desigualdade social. Está comprovado que o ser humano não pode consumir o que e quanto quiser sem se preocupar com as consequências. Houve uma evolução na forma como encaramos a relação entre o desenvolvimento econômico e o meio ambiente. Desse modo, surgiu a necessidade urgente de mudarmos essa visão.Os que buscam aplicar as ideias da sustentabilidade levam em conta a harmonia entre a natureza e a sociedade em qualquer empreendimento humano, tendo os seguintes pontos como bases:
* ser ecologicamente correto: não esgotar os recursos da natureza, tratar o meio ambiente com respeito, haver um equilíbrio entre o que retiramos da natureza e o que oferecemos em troca. Veja alguns exemplos: usar somente a quantidade de água e energia necessária e evitar desperdícios; consumir produtos que não tenham embalagem excessiva e de empresas que não estão ameaçando a natureza; consumir menos carne, porque o rebanho produz gás metano do efeito estufa; andar em transportes públicos ou bicicletas; não consumir substâncias destruidoras da camada de ozônio (como sprays que contêm CFC); realizar coleta seletiva em casas e empresas; realizar reciclagem e reutilização de materiais, entre outros;
* ser economicamente viável: a sustentabilidade não quer interromper o desenvolvimento, mas corresponde a uma nova forma de pensar, buscando meios que propiciem o crescimento econômico sem agredir o meio ambiente. Nesse processo, desenvolvem-se novas oportunidades de negócios que podem ser aproveitadas por pessoas e empresas. A reciclagem é um exemplo de ideia que pode ser usada no desenvolvimento sustentável, mas se o gasto com a reciclagem de determinado material for maior que o de extrair o recurso bruto da natureza, esse processo não será economicamente viável e tenderá a não continuar. A sustentabilidade, por outro lado, está relacionada com a ideia de continuidade — como essas vertentes podem manter-se em equilíbrio ao longo do tempo. Por isso, pesquisas devem ser realizadas para desenvolver meios que tornem economicamente viável a reciclagem de um determinado material. Um exemplo que mostra como o desenvolvimento sustentável pode ser não só economicamente viável, mas também trazer vantagens, é o uso de lâmpadas fluorescentes, que resultam em uma economia de 80% na conta de luz porque ela dura dez vezes mais que as incandescentes.
* ser socialmente justo: isso envolve ética, justiça social, educação de qualidade, trabalho decente para todos, solidariedade e considerar que nosso planeta é um só e que cada ação afeta o todo, pois a vida é interação e tudo está relacionado. Um exemplo que podemos citar é o uso de transporte coletivo como um meio sustentável de diminuir a quantidade de carros e, consequentemente, a poluição gerada para o meio ambiente. Porém, além de ser de qualidade, esses meios de transporte também devem possuir mecanismos que o deixem acessíveis e confortáveis para o uso de todos, inclusive de idosos e de pessoas com deficiências. Desse modo, as ideias e tecnologias que têm a sustentabilidade como foco devem levar em conta também classes e grupos menos favorecidos. Outro exemplo que alia esses três pontos já mencionados é o modelo da agricultura. Hoje esse modelo privilegia alta especialização, menor diversidade e maior uso de produtos químicos. Dá-se preferência ao cultivo extensivo de monoculturas, com uso excessivo de fertilizantes e agrotóxicos que acabam por poluir o solo, as águas e provocar graves alterações no ecossistema e na saúde da população. No entanto, considerando a agricultura sustentável, podemos enfatizar a agricultura familiar, que além de dar maior oportunidade para pessoas menos favorecidas, também incentiva práticas ecologicamente corretas, como a diversificação de cultivos, o menor uso de insumos industriais, o uso sustentável dos recursos genéticos e a agroecologia.
* ser culturalmente diverso: valorizar a diversidade, promover relações de respeito com todos e gerar benefícios para todos. Por exemplo, hoje a renda de uma pessoa negra no Brasil é, em média, 50% menor que a de uma pessoa branca. As ideias sustentáveis difundidas devem promover a igualdade, não a desigualdade e preconceito que vemos hoje.
	UNIDADES TEMÁTICAS
	SÉRIE
	HABILIDADE DO CURRÍCULO PAULISTA
	- Globalização e urgência ambiental
Meio ambiente e sustentabilidade
O meio ambiente como “casa comum”
(Abordagem política da Encíclica de Francisco, Laudato-Si
	
2º
	- Identificar os pontos principais relacionados à crise ambiental, considerando mudanças
climáticas, contaminação das águas, desmatamento e perda da biodiversidade
- Interpretar mapas de impactos ambientais em diferentes escalas geográficas
	OBJETO DO CONHECIMENTO
- Os tratados internacionais sobre meio ambiente [4º Bim/1º EM]
Protocolos e Convenções
- ECO-92
- Protocolo de Kyoto – 1997
- Agenda 21
- RIO + 20
RECURSOS NECESSÁRIOS
- Lousa e giz 
- Livro Didático
- Xérox
- Folha para dissertação
- Notebook e vídeos do youtube.
7/2/2020 – - Globalização e urgência ambiental; - Meio ambiente e sustentabilidade; - O meio ambiente como “casa comum” (Abordagem política da Encíclica de Francisco, Laudato-Si). Habilidades: - Identificar os pontos principais relacionados à crise ambiental, considerando mudanças climáticas, contaminação das águas, desmatamento e perda da biodiversidade; - Interpretar mapas de impactos ambientais em diferentes escalas geográficas
14/02/2020 – - Globalização e urgência ambiental; - Meio ambiente e sustentabilidade; - O meio ambiente como “casa comum” (Abordagem política da Encíclica de Francisco, Laudato-Si) Habilidades: - Identificar os pontos principais relacionados à crise ambiental, considerando mudanças climáticas, contaminação das águas, desmatamento e perda da biodiversidade; - Interpretar mapas de impactos ambientais em diferentes escalas geográficas – Socialização das Pesquisas.
21/02/2020 – Partindo de situações no macro cenário mundial, através de protocolos, acordos e similares, a proposta vai ser redigir em grupo algumas regras de sustentabilidade para mantermos a cidadania ativa e a sustentabilidade em nossa escola. As possibilidades de criatividade são variadas
AS QUESTÕES A SEREM FEITAS ESTÃO EM NEGRITO E AMARELADAS
	1 – ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
	- Abordagem dos pactos sustentáveis prol da proteção do planeta (corresponsabilidade)
- Pesquisa sobre as Convenções relativas às Mudanças Climáticas: ocorreu em 1992 na cidade do Rio de Janeiro, ECO-92. Posteriormente no Protocolo de Kyoto, em 1997, foram realizadas várias alterações em relação às metas propostas no Rio, como por exemplo, a de que o conjunto dos países mais industrializados deveria diminuir a emissão de gases de dióxido de carbono. Acrescenta-se a Agenda 21 e o Rio+20
	2 – ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
	- Partindo de situações no macro cenário mundial, através de protocolos, acordos e similares, a proposta vai ser redigir em grupo algumas regras de sustentabilidade para mantermos a cidadania ativa e a sustentabilidade em nossa escola. As possibilidades de criatividade são variadas
02/03/2020
II – Território brasileiro
- A gênese geoeconômica do território brasileiro;
HABILIDADES
• Ler e interpretar mapas e gráficos para extrair informações que permitam identificar singularidades 
e distinções das diversas etapas da formação territorial do Brasil;
• Identificar dados, representações e informações encontradas em cartas e mapas para comparar 
as diferentes etapas do processo de formação territorial do Brasil;
C2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 
Gênese geoeconômica do território brasileiro
DEFINIÇÃO DE TERRITÓRIO: O Território envolve a relação de uma sociedade específica com um espaço localizado, num intercambio contínuo que humaniza essa localidade, materializando as formas de sociabilidade reinante numa paisagem e numa estrutura territorial (…). A constituição de um território é, assim, um processo cumulativo, a cada momento um resultado e uma possibilidade –um contínuo em movimento (…). Sua escolha recai no atributo de ser o uso socialo seu elemento definidor. Em outros termos, é a própria apropriação que qualifica uma porção da Terra como um território.” (MORAES, 2000, p. 44-45).
Em 1455, o papa Nicolau V concedeu a Afonso V, entre outros direitos, o de reduzir à escravatura perpétua os habitantes de todos os territórios africanos a sul do Cabo Bojador. A Dum Diversas é uma bula papal dirigida a D. Afonso V de Portugal e publicada em 18 de junho de 1452 pelo Papa Nicolau V. Através desta Bula, o Papa afirma: (…) nós lhe concedemos, por estes presentes documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo, onde quer que estejam, como também seus reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades (…) e reduzir suas pessoas à perpétua escravidão, e apropriar e converter em seu uso e proveito e de seus sucessores, os reis de Portugal, em perpétuo, os supramencionados reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades, possessões e bens semelhantes (…). 
Em 8 de janeiro de 1554, estes poderes foram estendidos aos reis da Espanha.
Em 1455 Nicolau V publicou uma outra bula dirigida a D. Afonso V, a “Romanus Pontifex” que reafirma o texto da bula Dum Diversas ao dizer: “Guinéus e negros tomados pela força, outros legitimamente adquiridos foram trazidos ao reino, o que esperamos progrida até a conversão do povo ou ao menos de muitos mais. Por isso nós, tudo pensando com devida ponderação concedemos ao dito rei Afonso a plena e livre faculdade, entre outras, de invadir, conquistar, subjugar a quaisquer sarracenos e pagãos, inimigos de Cristo, suas terras e bens, a todos reduzir à servidão e tudo praticar em utilidade própria e dos seus aos mesmos D. Afonso e seus sucessores, e ao infante. Se alguém, indivíduo ou coletividade, infringir essas determinações, seja excomungado”.
TRATADO DE TORDESILHAS – Em 1492, o navegador genovês Cristóvão Colombo realizou uma das maiores descobertas realizadas no período das grandes navegações. Financiado pelos recursos da Coroa Espanhola, esse navegador anunciou a descoberta de terras a oeste. Tal feito acabou inserindo o reino espanhol no processo de expansão marítimo-comercial que, desde o início daquele século, já havia propiciado significativas conquistas para o Império Português ao longo de todo século XV. Com a ascensão dos espanhóis na exploração de novas terras, o clima de disputa com os portugueses se acirrou. Para que um conflito de maiores proporções fosse evitado, o papa Alexandre VI foi convocado para negociar os limites de exploração colonial entre essas duas potências europeias. Inicialmente, Portugal buscava garantir seu monopólio na costa africana e a Espanha preocupava-se em legitimar a exploração nas terras localizadas a oeste. No ano de 1493, o papa então anunciou a assinatura da Bula Inter Coetera, que fixava uma linha imaginária a 100 léguas da Ilha de Açores. No entanto, no ano seguinte, o rei português Dom João II exigiu a revisão desse primeiro acordo, que não satisfazia os interesses lusitanos. Segundo alguns historiadores, essa mudança de ideia era um forte indício de que os portugueses tinham conhecimento de outras terras localizadas na porção sul do novo continente descoberto pelos espanhóis. Séculos mais tarde, documentos explicariam essa “repentina” mudança de ideia dos lusitanos. Buscando evitar o desgaste de um conflito militar, os espanhóis aceitaram a revisão dos acordos com uma nova intermediação do papa. Com isso, o Tratado de Tordesilhas foi assinado em junho de 1494. Nesse novo acerto ficava estabelecida a demarcação de um novo meridiano localizado a 370 léguas a oeste da ilha de Cabo Verde. Os territórios a oeste seriam explorados pelos espanhóis; e as terras a leste deveriam ser controladas pelos lusitanos. Dessa forma, o novo acordo assegurou a exploração lusitana em parte dos territórios que hoje compõem o Brasil. Pouco tempo depois, as determinações desse tratado seriam questionadas pelas outras nações europeias que iniciavam seu processo de expansão marítima. Diversos monarcas não aceitavam o fato de a divisão ter se restringido aos países ibéricos. Os franceses, por exemplo, passaram a organizar expedições marítimas para o Brasil em sinal do não reconhecimento do tratado. As nações que protestaram contra, na verdade, reivindicavam o princípio de posse útil da terra para legitimar a exploração colonial. Mediante tal proposta, os portugueses se viram forçados a intensificar os mecanismos de controle e dominação sobre seus territórios. A partir de 1530, Portugal enviou Martinho Afonso para as terras brasileiras, com o objetivo de fundar o primeiro centro de exploração colonial. Em contrapartida, expedições inglesas e francesas buscaram terras na região norte do continente americano.
A INFLUÊNCIA ECONOMICA DE MATÉRIAS PRIMAS ENTRE OS SÉC. XVI-XX
PAU BRASIL – A colonização que ocorreu no Brasil foi a de exploração. Os portugueses exploraram o nosso pau-brasil, mandando  para Portugal. A nossa população foi formada peno índios, que já habitavam o território, pelos portugueses, que colonizaram, e pelos negros africanos, escravos que vieram para colonizar. Isso ocorreu no século XVI.
CANA DE AÇUCAR – A cana-de-açúcar - – Séculos XVI e XVII – teve inicio de seu cultivo no  Litoral do Nordeste, nos atuais Estados de Pernambuco, Paraíba, Sergipe e Bahia, além de pequenas áreas no litoral do Estado do Rio de Janeiro e de São Paulo – DESTINO DA PRODUÇÃO: Mercado europeu, comercializado via Portugal devido ao pacto colonial,. O açúcar tornou-se principal atividade de exploração ,sua produção era controlada em Salvador por essa razão Salvador tornou-se principal centro e primeira capital do Brasil. A cana de adaptou bem no nordeste devido ao clima úmido da zona da mata e o solo de massapê.
MINEIRAÇÃO – A mineração começa no século XVIII, exploração do ouro, prata e pedras preciosas - PRINCIPAIS ÁREAS DE OCORRÊNCIA: Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. – DESTINO DA PRODUÇÃO: Portugal, mas, como consequência de acordos comerciais, o ouro brasileiro teve, em grande parte, como destino final, a Inglaterra. Toda produção era controlada na cidade do Rio de Janeiro, que superou Salvador e se tornou segunda capital do Brasil. 
CAFÉ – Segunda metade do século XIX ao início do século XX. Inicialmente o café foi cultivado no Vale do Paraiba ,devido ao clima úmido e solo arenoso, serra mar o café não prosperou, e acabou se adaptando no estado de São Paulo devido a terra roxa e clima menos úmido. PRINCIPAIS ÁREAS DE OCORRÊNCIA: Rio de Janeiro, São Paulo, sul de Minas Gerais e Espírito Santo, posteriormente se expandiu para o Norte do Paraná e Mato Grosso. DESTINO DA PRODUÇÃO: Europa e Estados Unidos. Observa-se que a distribuição das atividades econômicas pelo território brasileiro é descontínua. Os “espaços vazios” entre as regiões econômicas sugerem a ideia de um “arquipélago” como padrão de ocupação do Brasil. No território brasileiro, as marcas das atividades econômicas do passado. As elevadas densidades demográficas nas áreas litorâneas, por exemplo, resultam do padrão de expansão territorial. A organização da produção, da economia ou do sistema produtivo foi realizada com base no abastecimento do mercado externo. A introdução da grande propriedade agrícola – o latifúndio ou plantation – e da monocultura ocorreu com o objetivo de abastecer o mercado europeu de produtos tropicais e de matérias-primas.
Termos para identifica características do inicio da ocupação do território brasileiro: • “espaços extrovertidos” refere-se aos espaços geográficos produzidos e organizados para atender o mercado externo. No período colonial brasileiro, os exemplos mais importantes são o espaço da agroindústria da cana-de-açúcar (séculos XVI e XVII), o espaço da mineração (século XVIII), o espaço do café (séculos XIX e XX) entre outros. • “arquipélago econômico” busca indicar a falta de integração entre as economias regionais que se constituíramcomo espaços relativamente autônomos de produção e consumo, guardando relações mais estreitas com os mercados externos do que entre si. Aplica-se à economia e à configuração geoeconômica do território brasileiro no início do século XX, marcadas pela fragmentação em “ilhas” regionais, resultantes em grande parte da economia colonial. O povoamento do litoral, as redes de cidades, a concentração fundiária e a monopolização do acesso à terra, o poder político das elites locais etc. Assim como ocorreu no Nordeste com a lavoura canavieira, a monocultura do café organizou-se em grandes propriedades, a princípio tendo por base o trabalho escravo, e posteriormente empregando trabalhadores livres (assalariados), principalmente imigrantes. Ao avançar mais para o interior da região, o cultivo do café propiciou o aparecimento de médias propriedades. Dos quase 5 milhões de imigrantes que o Brasil recebeu até o início deste século, a maior parte deles fixou-se sobretudo no Sul e Sudeste, marcando profundamente sua vida econômica e social. A preferência por essa região, entre outros fatores, deveu-se à necessidade de mão-de-obra para a lavoura e à necessidade de efetivar-se a colonização do Sul.
Como foi estabelecida a divisão dos estados brasileiros?
(Ilustração: Bruno Algarve)
 1534 - Capitanias hereditárias Em 1504, os portugueses começaram a dividir as terras que estavam sob seu controle em 14 capitanias hereditárias. Nomes como Espírito Santo, Pernambuco, Maranhão e Ceará já eram usados na época.
1789 - Tratado de Madri Em 1750, com o Tratado de Madri, começa a expansão territorial para o interior. São criados Grão-Pará e São Paulo, que posteriormente é dividido e dá origem aos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
1889 - Independência e República Até a Independência, em 1822, havia o contorno de 17 estados, mais a Cisplatina (atual Uruguai). Com a República, em 1889, o mapa fica ainda mais parecido com a configuração atual.
1943 - Primeira metade do século 20 Em 1904, o Acre é comprado da Bolívia. Em 1942, o governo cria os territórios de Roraima (acima, ainda com nome de Rio Branco), Amapá e Fernando de Noronha. Em 1946, é criado o estado de Rondônia(acima, Guaporé).
1990 - Transformações recentes Em 1960, Goiás é desmembrado para abrigar a capital, Brasília. Em 1979, um novo desenho dá origem a Mato Grosso do Sul. A Constituição de 1988 define as divisões atuais, indicando a criação de Tocantins para 1989.
As primeiras subdivisões do Brasil ocorreram no século 16, com a criação das capitanias hereditárias. Desde então, decisões políticas orientaram o formato do território nacional até chegarmos aos atuais 26 estados e o Distrito Federal. Hoje, qualquer alteração nesse sentido deve passar pela aprovação popular - em 2011, os eleitores do Pará votaram contra a divisão do estado em mais dois, Tapajós e Carajás - e posteriormente pelo Congresso. Veja nos mapas diferentes divisões do Brasil em cinco momentos[footnoteRef:1]. [1: Consultoria Pedro Paulo Funari, historiador do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).] 
Tema: GÊNESE DAS FRONTEIRAS BRASILEIRAS
1. A CONSTITUIÇÃO TERRITORIAL
As fronteiras resultam da lenta evolução histórica e são fixadas através de choques de interesses, estendidas ou constrangidas por ações diplomáticas ou militares. Existem terras neutralizadas, espaços vazios e imprecisos que não pertencem a alguém determinado. Existem fronteiras econômicas que transcendem fronteiras políticas... (PEREGALLI, 1982, p. 16). Conforme nos lembra Lia Osório Machado: [...] a fronteira é [também] lugar de comunicação e de troca. Os povos podem se expandir para além do limite jurídico do Estado, desafiar a lei territorial de cada Estado limítrofe e às vezes criar uma situação de facto, potencialmente conflituosa, obrigando a revisão dos acordos diplomáticos (MACHADO, 2002, p. 1).
- Distinção dos Países circunvizinhos
- O fato do Brasil ser o único País Latino Americano colonizado pelos portugueses
- Países Fronteiriços: Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
- Países não fronteiriços – Equador e Chile
[Esta apresentação foi realizada com o Mapa Latino Americano... Mapa do Brasil Agrário]
- Uma questão – O Brasil tem 8.516.000 km²
- A população brasileira é de = 209.624.919 (às 11h36)
[Fonte: https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/box_popclock.php]
- Um importante personagem brasileiro relativo à territorialização e pactos internacionais no Brasil – BARÃO DO RIO BRANCO.
- O senador Jorge Viana (PT-AC), propositor da sessão, afirmou que Rio Branco sempre se portou com a consciência do papel de liderança que o futuro reservaria ao país, tanto na América Latina como no cenário internacional mais amplo, fato que considerou evidente na atualidade.
[Fonte: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2012/03/05/senadores-relembram-papel-do-barao-do-rio-branco-na-definicao-das-fronteiras-do-pais]
- Em linhas gerais, o Barão do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos) empreendeu diversas negociações com outros países cujas fronteiras com o Brasil suscitavam de soluções. Os tratados que assinou com a Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia, Peru, Uruguai, Argentina e Guiana Holandesa definiram os contornos do território brasileiro. Sobre a questão do Acre, foi em 1902, ocasião em que foi convidado pelo presidente Rodrigues Alves, para assumir a pasta de Relações Exteriores que se tornou um grande diplomata. Logo no início, se defronta com a questão do Acre. Em 1903, negociou com a Bolívia a assinatura do Tratado de Petrópolis, que incorporou o Acre ao Brasil. Para Homenageá-lo, foi dado o seu nome à capital do estado. O Barão do Rio Branco permaneceu nessa função durante o mandato de quatro presidentes: Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca. Barão do Rio Branco, sofrendo de problemas renais, faleceu no dia 10 de fevereiro de 1912, na cidade do Rio de Janeiro.
- A questão territorial é definida com questões de diplomacia e assinatura de tratados. Segue um exemplo do trabalho do Barão do Rio Branco
TRATADO DE PETRÓPOLIS
Brasil e Bolívia
(17 de novembro de 1903)
A Republica dos Estados Unidos do Brasil e a Republica da Bolívia, animadas do desejo de consolidar para sempre a sua antiga amisade, removendo motivos de ulterior desavença, e querendo ao mesmo tempo facilitar o desenvolvimento das suas relações de commercio e boa visinhança, convieram em celebrar um Tratado de Permuta de Territorios e outras compensações, de conformidade com a estipulação contida no art. 5º do Tratado de Amisade, Limites, Navegação e Commercio de 27 de março de 1867. E, para esse fim, nomearam plenipotenciarios, a saber: O Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brazil, os Senhores JOSÉ MARIA DA SILVA PARANHOS DO RIO BRANCO, Ministro de Estado das Relações Exteriores, e JOAQUIM FRANCISCO DE ASSIS BRASIL, Enviado Extraordinario e Ministro Plenipotenciario nos Estados Unidos da America; e O Presidente da Republica da Bolivia, os Senhores FERNANDO E. GUACHALLA, Enviado Extraordinario e Ministro Plenipotenciario em missão especial no Brasil e Senador da Republica, e CLAUDIO PINILLA, Enviado Extraordinario e Ministro plenipotenciario no Brasil, nomeado Ministro das Relações Exteriores da Bolivia; Os quaes, depois de haverem trocado os seus plenos poderes, que acharam em boa e devida forma, concordaram nos artigos seguintes: 
Artigo I – A fronteira entre a Republica nos Estados Unidos do Brasil e a Bolivia ficará assim estabelecida: Parágrafo 1º) Partindo da latitude sul de 20º 08' 35" em frente ao desaguadouro da Bahia Negra, no Rio Paraguay, subirá por este rio até um ponto na margem direita distante nove kilometros, em linha recta, do Forte de Coimbra, isto é, aproximadamente em 19º 58' 05" de latitude e 14º 39' 14" de longitude oeste do observatorio do Rio de Janeiro (57º 47' 40" oeste de Greenwich), segundo o mappa da fronteira levantado pela CommissãoMixta de Limites, de 1875; E continuará desse ponto, na margem direita do Paraguay, por uma linha geodesica que irá encontrar outro ponto a quatro kilometros, no rumo verdadeiro de 27º 01' 22" nordeste do chamado "Marco do Fundo da Bahia Negra", sendo a distancia de quatro kilometros medida rigorosamente sobre a fronteira actual, de sorte que esse ponto deverá estar, mais ou menos, em 19º 45' 36",6 de latitude e 14º 55' 46".7 de longitude oeste do Rio de Janeiro (58º 04' 12".7 oeste de Greenwich). Dahi seguirá no mesmo rumo determinado pela Commissão Mixta de 1875, até 19º 02' de latitude e, depois, para leste, por este parallelo, até o Arroio Conceição, que descerá até a sua bocca na margem meridional do desaguadouro da Lagoa de Caceres, tambem chamado Rio Tamengos. Subirá pelo desaguadouro até o meridiano que corta a Ponta do Tamarindeiro e depois para o norte, pelo meridiano do Tamarindeiro, até 18º 54' de latitude, continuando por este parallelo para oeste até encontrar a fronteira actual. Parágrafo 2º) Do ponto de intersecção do parallelo de 18º 54' com a linha recta que forma a fronteira actual seguirá, no mesmo rumo que hoje, até 18º 14' de latitude e por este parallelo irá encontrar a leste o desaguadouro da Lagoa Mandioré, pelo qual subirá, atravessando a lagoa em linha recta até o ponto, na linha antiga de fronteira, equidistante dos dois marcos actuaes, e depois, por essa linha antiga, até o marco da margem septentrional. Parágrafo 3º) Do marco septentrional na Lagoa Mandioré continuará em linha recta, no mesmo rumo que hoje, até a latitude 17º 49' e por este parallelo até o meridiano do extremo sudoeste da Lagoa Gahiba. Seguirá esse meridiano até a lagoa e atravessará esta em linha recta até o ponto equidistante dos dois marcos actuaes, na linha antiga de fronteira, e depois por esta linha antiga ou actual até a entrada do canal Pedro Segundo, tambem chamado recentemente Rio Pando. Parágrafo 4º) Da entrada sul do canal Pedro Segundo ou Rio Pando até a confluencia do Beni e Mamoré os limites serão os mesmos determinados no art. 2º do Tratado de 27 de março de 1867. Parágrafo 5º) Da confluencia do Beni e do Mamoré descerá a fronteira pelo Rio Madeira até a bocca do Abunan, seu affluente da margem esquerda, e subirá pelo Abunan até a latitude 10º 20'. Dahi irá pelo parallelo de 10º 20', para oeste até o Rio Rapirran e subirá por elle até a sua nascente principal. Parágrafo 6º) Da nascente principal do Rapirran, irá pelo parallelo da nascente, encontrar a oeste o Rio Iquiry e subirá por este até a sua origem, donde seguirá até o Igarapé Bahia pelos mais pronunciados accidentes do terreno ou por uma linha recta, como aos Commissarios demarcadores dos dois paizes parecer mais conveniente. Parágrafo 7º) Da nascente do Igarapé Bahia seguirá, descendo por este, até a sua confluencia na margem direita do Rio Acre ou Aquiry e subirá por este até a nascente, se não estiver esta em longitude mais occidental do que a de 69º oeste Greenwich. A) No caso figurado, isto é, se a nascente do Acre estiver em longitude menos occidental do que a indicada, seguirá fronteira pelo meridiano da nascente até o parallelo de 11º e depois, para oeste por esse parallelo até a fronteira com o Perú. B) Se o Rio Acre, como parece certo, atravessar a longitude de 69º oeste de Greenwich e correr ora ao norte, ora ao sul do citado parallelo de 11º, acompanhado mais ou menos este, o alveo do rio formará a linha divisoria até á sua nascente, por cujo meridiano continuará até o parallelo de 11º e dahi, na direção de oeste, pelo mesmo parallelo, até a fronteira com o Perú; Mas, se a oeste da citada longitude 69º o Acre correr sempre ao sul do parallelo de 11º, seguirá a fronteira desde esse rio, pela longitude de 69º até o ponto de intersecção com esse parallelo de 11º e depois por elle a fronteira com o Perú. 
Artigo II – A transferência de territorios resultante da delimitação descripta no artigo precedente comprehende todos os direitos que lhes são inherentes e a responsabilidade derivada da obrigação de manter e respeitar os direitos reaes adquiridos por nacionaes e estrangeiros segundo os principios do direito civil. As reclamações provenientes de actos administrativos e de factos ocorridos nos territorios permutados, serão examinados e julgadas por um tribunal arbitral composto de um representante do Brasil, outro da Bolivia e um ministro estrangeiro, acreditado junto ao Governo Brasileiro. Esse terceiro arbitro, presidente do tribunal, será escolhido pelas duas altas partes contractantes logo depois da troca das ratificações do presente Tratado. O tribunal funccionará durante um anno no Rio de Janeiro e começará os seus trabalhos dentro do prazo de seis mezes contados do dia da troca das ratificações. Terá por missão: 1º - Aceitar ou rejeitar as reclamações; 2º - Fixar a importância da indenização; 3º - Designar qual dos dois Governos a deve satisfazer. O pagamento poderá ser feito em apolices especiaes, ao par, que vençam o juro de tres por cento e tenham a amortização de tres por cento ao anno.
Artigo III – Por não haver equivalencia nas áreas dos territorios permutados entre as duas Nações, os Estados Unidos do Brasil pagarão uma indenização de 2.000.000 (dois milhões de libras esterlinas), que a Republica da Bolivia aceita com o proposito de applicar principalmente na construção de caminhos de ferro ou em outras obras tendentes a melhorar as communicações e desenvolver o commercio entre os dois paizes. O pagamento será feito em duas prestações de um milhão de libras cada uma: a primeira, dentro do prazo de tres mezes, contado da troca das ratificações do presente Tratado e a segunda em 31 de março de 1905. 
Artigo IV – Uma Commissão Mixta, nomeada pelos dois Governos, dentro do prazo de um anno, contado da troca das ratificações, procederá a demarcação da fronteira descripta no artigo I, começando os seus trabalhos dentro dos seis mezes seguintes á nomeação. Qualquer desaccordo entre a Comissão Brasileira e a Boliviana, que não puder ser resolvido pelos Governos, será submetido á decisão arbitral de um membro da Royal Geographical Society de Londres, escolhido pelo presidente e membros do conselho da mesma. Se os Commissarios Demarcadores nomeados por uma das altas partes contractantes deixarem de concorrer ao logar e na data da reunião que forem convencionados para o começo dos trabalhos, os Commissarios da outra procederão por si sós á demarcação, e o resultado das suas operações será obrigatório para ambas. 
Artigo V – (versa sobre navegação, comercio e alfandega) 
Artigo VI – (versa sobre navegação, comercio e alfandega) 
Artigo VII – (versa sobre obrigação do Brasil de construir ferrovia)
Artigo VIII – A Republica dos Estados Unidos do Brasil declara que ventilará directamente com a do Perú a questão de fronteira relativa ao território comprehendido entre a nascente do Javary e o parallelo de 11º, procurando chegar a uma solução amigavel do litigio sem responsabilidades para a Bolívia em caso algum.
Artigo IX – Os desaccordos que possam sobrevir entre os dois Governos quanto á interpretação e execução do presente Tratado, serão submetidos a arbitramento. 
Artigo X – Este Tratado, depois de aprovado pelo Poder Legislativo de cada uma das duas Repúblicas, será ratificado pelos respectivos Governos e as ratificações serão trocadas na cidade do Rio de Janeiro no mais breve prazo possível. Em fé do que nós, os Plenipotenciarios acima nomeados, assignamos o presente Tratado, em dois exemplares, cada um nas linguas portugueza e castelhana, appondo nelles os nossos sellos. Feito na cidade de Petropolis, aos dezessete dias no mez de novembro de mil novecentos e tres. (Ass:) - (L.S.) Rio Branco (L.S.) J.F. de Assis Brasil (L.S.) Fernando E. Guachalla (L.S.) Claudio Pinilla.
2. OS PRINCIPIOS GERAIS PARA A PRODUÇÃO DOS LIMITES TERRITORIAIS
- A definição corresponde à etapa de elaboração conceitual da fronteira política. Nela, os países que estão envolvidos no estabelecimento das fronteiras entre si, atravésdas discussões dos seus diplomatas, chegam a um acordo sobre os princípios norteadores para a sua elaboração.
- A delimitação se constitui na etapa de elaboração cartográfica da fronteira política. Nela, traça-se nos mapas a linha divisória acordada com base nos princípios gerais estabelecidos na etapa da definição.
- A demarcação representa a etapa de concretização física da fronteira política. Nela, implantam-se sobre o território os chamados marcos de fronteira. Esses podem ser os chamados acidentes físicos (linhas de crista, os cursos fluviais etc.) ou marcos implantados (pedras, madeira, concreto etc.). A utilização dos chamados acidentes físicos como marco de fronteira deu origem ao conceito errônea de fronteira natural. 
Esse conceito é inverídico porque nenhuma fronteira é natural, 
mas produto da história, já que o uso de um acidente físico 
como marco de fronteira é estabelecido através da ação política.
- No tocante à política, a linha de fronteira nasce na etapa da delimitação, pois é nela que, mediante acordo detalhado sobre os limites entre dois territórios, produz-se um vasto acúmulo de informações cartográficas em grande escala, que trazem representadas, em detalhes, os contornos da linha de fronteira.
Fronteiras do Brasil
Acordos e tratados entre os países envolvidos 
delimitam as fronteiras de cada território.
A partir da criação dos Estados como nação, todos eles sentiram a necessidade de estabelecer fronteiras, promovendo a separação entre os países para que não houvesse uma intervenção da soberania, ou seja, para que um país não tentasse ingressar no território vizinho. 
Os limites entre os territórios têm como objetivo identificar onde começa um território e termina outro. Todos os limites territoriais existentes na face da Terra foram firmados por meio de acordos e tratados entre os países envolvidos. Após esse processo foram implantadas linhas imaginárias que são, em grandes casos, marcadas por meio de elementos naturais como rios, lagos, serras e montanhas ou uma construção de um marco artificial sobre o terreno. 
Diversas vezes a expressão limite é confundida com fronteira, no entanto, essa corresponde à toda extensão da linha limite de um país (exemplo fronteira entre Argentina e Brasil). Todo país que possui litoral detém parte do território em áreas marinhas até um certo ponto do oceano, denominada de fronteira marítima. As zonas próximas às fronteiras entre duas nações normalmente são urbanizadas e produzem um grande fluxo comercial e cultural entre habitantes das nacionalidades envolvidas. 
Um grande número de países possui um esquema de defesa nas faixas de fronteiras no continente e no mar, com intuito de proteger o território e conservar a soberania, além de evitar a entrada de contrabando, drogas, armas, imigrantes ilegais, entre outros. A delimitação de fronteiras entre os territórios visa a demarcar onde começa um território e termina outro. 
FREITAS, Eduardo de. "Fronteiras do Brasil "; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/as-fronteiras-brasil.htm. Acesso em 08 de março de 2020.
ATIVIDADE 3 – Pesquisa de como foi a constituição de cada fronteira territorial do Brasil com os Países da América do Sul conforme mapa anterior
De arquipélago a continente: a constituição do território brasileiro
POR: novaescola 02 de Setembro | 2017
Objetivo(s) 
· Reconhecer e analisar processos de formação do território brasileiro a partir de diferentes formas de organização social e da produção econômica. 
· Desenvolver a capacidade de exposição, argumentação e realização de sínteses de ideias, processos e fenômenos. 
· Observar, identificar e analisar mapas do Brasil para situar no tempo e no espaço diferentes elementos que contribuíram para a organização do território nacional. 
Após as atividades, espera-se que os estudantes possam compreender noções como as de território, formação econômico-social, integração nacional e avaliar perspectivas de desenvolvimento econômico e social para o país. 
Conteúdo(s)  Território brasileiro. Economia e sociedade. Integração nacional.
 Mapa 1 - Um país de dimensões continentais
Mapa 2 - A economia e o território brasileiro no século XVII 
Mapa 3 - A economia e o território brasileiro no século XVIII 
Mapa 4 - A economia e o território brasileiro no século XIX 
Mapas 5, 6 e 7 - Brasil: de arquipélago a continente 
Fonte: THÉRY, Hervé; MELLO, Neli A. Atlas do Brasil: Disparidades e Dinâmicas do Território. São Paulo: EDUSP: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2005, p. 19, 37-41, 43.
	
Território
Do latim territorium, o termo indica uma extensão de terra delimitada ou, ainda, a fração de terra sob determinada jurisdição. Nos discursos científicos, ganha amplitude. Trata-se de noção comum em diferentes áreas do conhecimento. Nas Ciências Naturais, figura em estudos de ecologia sobre distribuição ou área de abrangência de espécies. Em Geografia, podemos compreendê-lo também como a base material sobre a qual se ergue a vida social. Mas ele não se restringe ao arranjo dos objetos no espaço; importa aí também o conjunto dos atores sociais e suas relações. De modo geral, aceita-se a idéia de que as diferentes sociedades humanas, ao se apropriarem de uma dada área para a sua reprodução social, transformam-na em (seu) território. Essa concepção ganha vulto quando se aproxima do sentido político moderno, associada às idéias de controle, poder e domínio, estas referidas fundamentalmente ao espaço do Estado nacional.
Fonte: GIANSANTI, Roberto. Território e práticas educativas. In: Educação & Participação. São Paulo, Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária-Cenpec, n.13, jun./jul. 2005
	BIBLIOGRAFIA
COSTA, Wanderley Messias. O Estado e as políticas territoriais no Brasil. São Paulo: Contexto, 1988.
THÉRY, Hervé; MELLO, Neli A. Atlas do Brasil: Disparidades e Dinâmicas do Território. São Paulo: EDUSP: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2005
INTERNET
IBGE. Brasil: 500 anos de povoamento. Disponível em: http://www.ibge.gov.br 
Censos Demográficos, Contagem da População 2007. Disponível em: http://www.ibge.gov.br
O entendimento das profundas mudanças nos fluxos internacionais de comércio e de investimentos nas últimas três décadas, refletidos na expansão das redes globais de valor e nas novas estratégias corporativas de geração e captura de valor, é fundamental para balizar as ações e negociações de política comercial e externa. Essas transformações ampliaram os riscos e oportunidades para as economias periféricas como o Brasil. Uma política externa ativa e soberana com os principais parceiros dentro das regras da institucionalidade internacional (OMC, G-20, Banco Mundial, Banco dos Brics e outras organizações regionais) contribui para reduzir os riscos e capturar as oportunidades. No que se refere à esfera comercial, uma inserção externa virtuosa nas redes regionais e globais de comércio pressupõe ganhos constantes de competitividade, cada vez mais associados ao desenvolvimento tecnológico, e a uma política comercial e externa adequada e funcional.
O novo governo já sinalizou qual será a tônica de sua política externa. Os caminhos da política comercial e externa brasileira têm aparecido em pronunciamentos formais e informais e também nas nomeações de membros do futuro governo. O que sobressai de todos esses sinais é uma clara mudança de direção e de prioridades na política externa brasileira – e, obviamente, na política comercial –, com reflexo sobre as relações comerciais do país.
Dois elementos permeiam a guinada da política comercial do novo governo: uma maior abertura às importações e a mudança nas prioridades nas negociações de acordos comerciais, mais atrelada à agenda norte-americana, colocando as negociações regionais e as relações comerciais com a China em segundo plano. Com relação à uma nova rodada de abertura comercial, que não trataremos neste artigo, cabe registrar que o expressivo aumento nos coeficientes

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