Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Adriana Lentz Della Vecchia Magnus e Francieli da Silva Matos Bauer 2 Denise Aparecida de Almeida Nascimento Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (FLX1613) – Prática do Módulo II –20/09/20 Adriana Lentz Della Vecchia Magnus¹ Francieli da Silva Matos Bauer¹ Denise Aparecida de Almeida Nascimento² RESUMO Palavras-chave: 1. INTRODUÇÃO 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A inclusão de pessoas com deficiência passou por um grande processo de adequação até chegar às políticas públicas vigentes atualmente. A inclusão na educação ainda é recente, não são todas as escolas que estão adaptadas para receber alunos/as com deficiências. As leis definem princípios democráticos para educação inclusiva, garantem a matrícula no ensino regular e falam da necessidade de oferecer oportunidades iguais para todos, difundindo a percepção de que a escola deve atender as diferentes potencialidades. Falar sobre inclusão possibilita-nos refletir. Com um trabalho contínuo é possível mudar a visão de como se deve pensar, planejar e organizar a educação para a melhoria da sociedade. O respeito e o reconhecimento da diversidade são dois dos princípios fundamentais na construção de um sistema educacional inclusivo. Reconhecer o direito à diversidade é dar respostas às diferentes necessidades educacionais encontradas na sociedade. A diversidade e a cidadania são princípios que devem estar presentes na construção de um projeto educacional inclusivo que incorpore as crianças com deficiência à rotina escolar. Hoje pode dizer-se que primam dois modelos de compreensão da deficiência: o modelo biomédico e o modelo social. A base do modelo biomédico é sustentada pela saúde do corpo. A partir dessa perspectiva existe um ideal de corpo pensando dentro de uma lógica de produtividade. Aquele corpo que possua algum impedimento ou deficiência é considerado inútil. Este Paper é o pré requisito, parcial, para conclusão da Disciplina de Prática Interdisciplinar: Práticas Interdisciplinar de Educação Inclusiva, contribuindo enquanto sujeito histórico, tendo por finalidade entender a necessidade da escrita e leitura para pessoas portadoras de necessidades especiais, bem como métodos de aprendizagem e de se concretizar a alfabetização de diversas maneiras, tendo em vista que não é necessário o aluno escrever para ser alfabetizado, e que também não é necessário ler para estar alfabetizado, mas que é necessário que o aluno faça a identificação simbólica de uma forma ou de outra e consiga comunicar-se, sendo a comunicação o objetivo principal da leitura e da escrita. A comunicação faz a integração do aluno ao meio que está inserido. Inclusão escolar. Aluno. Diversidade. Deficiência. PRÁTICAS INCLUSIVAS: Um desafio na sala de aula 2 Deficiência é um conceito complexo que reconhece o corpo com lesão, mas que também denuncia a estrutura social que oprime a pessoa deficiente (DINIZ, 2007, p. 9). Frente a esse paradigma educativo, a escola deve ser definida como uma instituição social que tem obrigação atender todas as crianças, sem exceção. A escola deve ser aberta, pluralista, democrática e de qualidade. Portanto, devem manter as suas portas abertas ás pessoas com necessidades especais (GOFFREDO, 1999, p.31). O modelo biomédico sustenta ser possível classificar e catalogar os impedimentos corporais que provocam variações consideradas indesejadas em relação a um ideal de corpo normal. A partir do século XIX, foram estabelecidas classificações dos corpos com impedimentos para guiar as políticas de saúde e de bem-estar. Este olhar médico baliza até hoje ações que buscam “a cura” e a “adaptação” das pessoas com deficiência. Amparadas pelos saberes biomédicos, surgiram instituições especializadas no cuidado da deficiência, em particular para as pessoas com impedimentos intelectuais. Este modelo contribui para a manutenção das barreiras às pessoas com deficiência, dificultando o acesso à educação em igualdade de condições às pessoas sem deficiência, pois parte da compreensão de que são elas as que devem adaptar-se ao contexto social e não o inverso. A primeira APAE iniciou suas atividades em um prédio emprestado pela Sociedade Pestalozzi do Brasil, em 1958. Segundo o artigo 59 da Lei Nº 9.394, os sistemas de ensino: Assegurarão aos educandos com necessidades especiais currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades (BRASIL, 1996, s.n.). No Estado de Santa Catarina, o processo de inclusão teve início em 1987. A partir deste ano foi oficializado que todos os/as educandos/as com deficiência fossem matriculados/as na rede regular de ensino, com a difusão da matrícula compulsória que determinou às escolas do sistema a obrigatoriedade da matrícula de todas as crianças em idade escolar, independentemente de suas características ou das condições da escola. Esta medida demandou da Secretaria de Educação (SED) a elaboração de novas diretrizes que dessem sustentação à nova política de educação a ser implantada no Estado. Para seguir à nova política o SED implantou um Plano de Ação para o quadriênio 1988–1991, na esteira da matrícula compulsória, perspectivava a descentralização administrativa de suas ações, pesquisa e extensão e a reorganização curricular. 3 Entende-se por inclusão a garantia de que todas as pessoas tenham acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade, que deve estar orientada por relações de acolhimento às diferenças e pelo esforço coletivo na equiparação das oportunidades de desenvolvimento, com qualidade em todas as dimensões da vida (RAMOS, 2016, p.20). Nesse contexto, a reorganização do currículo deve ser pensada de maneira a incluir os sujeitos aos processos educativos. Processos que devem seguir as leis: O Brasil, por sua vez, foi influenciado pelos princípios desses movimentos internacionais a favor de uma educação inclusiva e, foram regulamentadas em seus detalhes pela lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), tendo um capítulo destinado a Educação Especial e que propõe que deve haver atendimento educacional especializado gratuito aos/as alunos/as com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino, tornando obrigatória à disponibilidade das escolas de ensino regular em receber os alunos/as com deficiência. Afirmando também que, segundo o artigo 59 da Lei Nº 9.394, os sistemas de ensino: “Assegurarão aos educandos com necessidades especiais currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades” (BRASIL, 1996, s.n.). Ao adotar o princípio da educação inclusiva, o Estado de Santa Catarina respalda-se nos seguintes documentos oficiais: Constituição Federal de 1988, Constituição Estadual de 1989, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, Resolução nº 01 de 1996, Lei Complementar nº 170 de 1998, Decreto Presidencial nº 3.956, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, ambos de 2001, o Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade do MEC e o Decreto no 5.296, ambos de 2004. Dessa forma, a todas as pessoas na faixa etária de zero a 14 anos deverão ter assegurado acesso, mediante a garantia de matrícula e de frequência, às escolas de Educação Infantil e do Ensino Fundamental, e como medida complementar, o poder público, através do sistema de ensino, disponibilizará um conjunto de recursos educacionaise serviços de educação especial que possibilitem a permanência, com qualidade, dos/as educandos/as com deficiência, condutas típicas e altas habilidades nas escolas da rede regular, garantindo-lhes o prosseguimento aos níveis mais elevados de ensino. No entanto com a chegada da Pandemia do vírus covid-19, o cenário da educação mudou, o que já era novo e ainda estava sendo aprendido pelos profissionais da educação tornou-se antiquado, e precisou-se de uma reforma na educação, porém a principal preocupação naquele momento era com a saúde da população e não com a educação, e por 4 3. MATERIAIS E MÉTODOS A investigação desse artigo tem enfoque qualitativo, busca discutir a inclusão de modo a modificar estratégia e obter o melhor resultado em sala de aula. A pesquisa qualitativa é traduzida por aquilo que não pode mensurar, pois a realidade e o sujeito são elementos indissociáveis. Segundo Minayo (2001): A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja,ela trabalha com um universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e tanto cada escola tomou atitudes da forma que acreditava ser necessária no momento, alguns iniciaram o ensino remoto, sem nenhuma preparação, outros optaram por fazer formações, outros pensavam que passaria logo e ficaram esperando voltar, então chegou- se o momento que todos partiram para aula remota, no entanto, chega também as perguntas. Não podemos negar que vivemos em uma era na qual, a cada momento, surge infinitas informações e, a capacidade humana não é mais suficiente para absorver todo o saber que envolve a sociedade contemporânea, como fica o homem diante de tantas transformações⁇ (BOCARD; ALMEIDA; SOUSA, 2020. P 13) Como estará sendo feito o atendimento de crianças com dificuldades especiais? Os profissionais possuem materiais e conhecimento suficiente para aplicar em um período como este? Diante dos conceitos expostos sobre o desenvolvimento da criança, observa-se que o período para a apresentação das máquinas as crianças pode ser a partir da introdução da criança na escola (BOCARD; ALMEIDA; SOUSA, 2020. P 13) Sem a chegada de uma vacina no mundo o vírus ainda vai circular, é necessário que medidas para uma educação de qualidade em ensino remoto sejam aplicadas e para isso tem-se buscado entender sobre o ensino remoto de qualidade, e pensando nisso busca- se a metodologia de materiais assistivos. Com o objetivo de delinear as tecnologias assistivas, o comitê de ajudas técnicas da subsecretaria nacional de promoção dos direitos da pessoa com deficiência descreve que a tecnologia assistiva é um estudo interdisciplinar que com objetivo de propiciar autonomia á pessoa com deficiência, podendo ser desde objetos simples com deficiência , podendo ser desde objetos simples adaptados até sofisticados programas de computadores que possibilitam acessibilidade (MENDES, PLETSCH, LINHARES, P. 364, 2019). 5 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A pesquisa auxiliará como embasamento teórico que poderá ser utilizado na adaptação do PPP da escola, levando a reflexão sobre as dificuldades encontradas tanto pelo professor regente quanto pelo segundo professor ao chegar na sala de aula. O Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola deve comtemplar o AEE como uma das dimensões da escola das diferenças. É extremamente necessário planejar, organizar, executar e acompanhar os objetivos, metas e ações traçadas, e m articulação com as demais propostas desenvolvidas pela secretaria de Educação. No PPP, devem constar a organização e recursos para o AEE: sala de recursos multifuncionais, matrícula do aluno, articulação entre professores do AEE e os regentes de classe. dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis (MINAYO, 2001, p. 22). A pesquisa será desenvolvida em uma escola da rede municipal de São João do Sul. Na turma do Segundo ano vespertino. Entramos em contato via WhatsApp e convidamos o público alvo a fazer parte da amostra. Logo, enviamos questionário, disponibilizado para segunda professora da turma a fim de responder alguns questionamentos sobre formação, planejamento e estratégias. O questionário será utilizado juntamente com a pesquisa bibliográfica sobre o tema, desenvolvendo um trabalho cientifico para auxiliar segundas professoras e AEE da instituição de ensino. O questionário conta com questões objetivas e discursivas, desde idade, identidade de gênero, formação, especialização e conflitos no ensino remoto. O objetivo principal dessa pesquisa é discutir práticas inclusivas na sala de aula. O desafio do ensino remoto. 6 5. CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996, Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Diário oficial da União. Brasília, 23 de dezembro de 1996. DINIZ. Debora. O que é deficiência. São Paulo: Brasiliense. Coleção Primeiros Passos, 2007. GOFFREDO, Vera Lúcia Flor Sénéchal. Educação: Direito de Todos os Brasileiros. In: Salto para o Futuro: Educação Especial: Tendências atuais/Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 1999. MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2001. RAMOS, Márcia. A Educação Inclusiva e a Deficiência Mental. Disponível em: <http://www.profala.com/arteducesp185.htm>. Acesso em: 30 julho 2020. O movimento pela inclusão no Brasil cresceu e gerou algumas discussões de que modo a inclusão seria feita e como os educadores estariam preparados para torna-la eficiente. Todos têm direito a estudar e para assegurar tal direito surgiu a Educação Inclusiva e os atendimentos especializados AEE, fazendo aflorar a defesa dos direitos das pessoas com deficiência e oferecendo transparência para a situação de exclusão no processo educacional. Os avanços mostram que os sistemas educacionais estão em processo de transformação, se modificando para melhor ofertar esses atendimentos. Houve o tempo de reflexão, adequação, formação para depois montar estratégias de ação. A educação especial exigiu mudanças no papel e na formação dos professores para que aconteça a efetivação e concretização da Educação Inclusiva.
Compartilhar