Buscar

Princípios da Administração Pública

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

 Princípios Expressos na Constituição Federal 
 
→ O texto constitucional estabelece expressamente, em seu art. 37, caput, 
alterado pela Emenda Constitucional n. 19/98, cinco princípios mínimos a que 
a Administração Direta e a Indireta devem obedecer. 
 
→ Revelam eles as diretrizes fundamentais da Administração, de modo que só se 
poderá considerar válida a conduta administrativa se estiver compatível com eles. 
 
Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios 
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 
 Princípio da Legalidade 
 
→ Segundo o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode fazer 
o que a lei permite. Enquanto os indivíduos no campo privado podem fazer tudo 
o que a lei não veda, o administrador público só pode atuar onde a lei autoriza. 
 
→ O princípio da legalidade é a base do Estado Democrático de Direito e garante 
que todos os conflitos sejam resolvidos pela lei. Legalidade é específico do Estado 
de Direito, é justamente aquele que o qualifica e que lhe dá identidade própria, 
por isso, considerado princípio basilar do regime jurídico-administrativo. 
 
→ O art. 5º, inciso II, define que ninguém é obrigado a fazer ou deixar 
de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. 
Na lista de competências do Presidente, art. 84, inciso IV, o texto 
constitucional deixa claro que o ato administrativo é subordinado à lei e visa 
permitir a sua fiel execução; 
e, novamente, no sistema tributário, art. 150, inciso I, institui que não há 
tributo sem lei anterior que o defina. 
 
 Restrições excepcionais ao princípio da legalidade 
 
→ Estado de Defesa; 
 
→ Estado de Sítio. 
 
 Princípio da Impessoalidade 
 
→ O princípio da impessoalidade estabelece que a atuação do agente público deve 
basear-se na ausência de subjetividade, ficando esse impedido de considerar 
quaisquer inclinações e interesses 
pessoais, próprios ou de terceiros. 
 
→ Traduz a ideia de que a Administração tem de tratar a todos os 
administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. Nem 
favoritismo, nem perseguições são toleráveis. Simpatias ou 
animosidades pessoais, políticas ou ideológicas não podem interferir na 
atuação administrativa. 
 
→ A Constituição Federal conta com algumas regras que representam aplicações 
concretas desse princípio, por exemplo, o art. 37, inciso II, que institui a 
exigência de concurso público para o exercício de cargos ou empregos públicos, 
e o art. 37, inciso XXI, que ordena a aplicação do procedimento licitatório como 
instrumento eficaz para que a Administração celebre o melhor contrato possível, 
além de outros. 
 
→ As realizações governamentais não são do funcionário ou autoridade, mas da 
entidade pública em nome de quem as produzira. A Constituição dá uma 
consequência expressa a essa regra, quando, no §1 º do artigo 37, proíbe 
que conste nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção 
pessoal de autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos, 
programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos 
 
 Princípio da Moralidade 
 
→ Impõe que o administrador público não dispense os preceitos éticos 
que devem estar presentes em sua conduta. 
Deve não só averiguar os critérios de conveniência, oportunidade e justiça 
em suas ações, mas também distinguir o que é honesto do que é desonesto. 
 
→ A Constituição Federal, ao consagrar o princípio da moralidade, determinou a 
necessidade de sua proteção e a responsabilização do administrador público 
amoral ou imoral. Para tanto, encontram-se 
no ordenamento jurídico inúmeros mecanismos para impedir atos de imoralidade, 
como, por exemplo: 
 
→ Regras sobre improbidade administrativa, no art. 37, § 4º da CF e na Lei n. 
8.429/92; Crimes de responsabilidade do Presidente da República e de outros 
agentes políticos, art. 85, V, da CF; Remédios constitucionais, principalmente a 
ação popular, prevista no art. 5º, LXXIII da CF; Lei de Responsabilidade Fiscal 
(Lei Complementar n. 101/2000) e, recentemente, a Lei n. 12.846/2013, 
denominada Lei de Probidade empresarial ou Lei Anticorrupção, além de outros 
instrumentos. 
 
 Princípio da Publicidade 
 
→ O princípio da publicidade impõe que a Administração Pública conceda 
aos seus atos a mais ampla divulgação possível entre os administrados, 
pois só assim estes poderão fiscalizar e controlar a legitimidade das condutas 
praticadas pelos agentes públicos. 
 
→ A publicidade dos atos, programas, obras e serviços dos órgãos públicos 
deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, nos 
termos do art. 37, § 1º, da CF/1988. 
 
→ CF - Art. 5º, inc. XXXIII - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que 
serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 
 
 Exceções ao Princípio da Publicidade 
 
→ O art. 5º, XXXIII, da CF/1988, prevê duas hipóteses de restrição à 
publicidade dos atos da Administração Pública: 
 
a) quando for imprescindível à segurança da sociedade, a exemplo das 
informações que possam colocar em risco a vida, a segurança ou a saúde da 
população; 
 
b) se necessário à segurança do Estado, a exemplo das informações sobre a 
defesa nacional, que podem pôr em risco a defesa e a soberania nacional ou a 
integridade do território nacional. 
 
→ Lei nº 12.527/2011: 
 
Art. 24 - A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o 
seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do 
Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada. 
§ 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a 
classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são 
os seguintes: 
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; 
II - secreta: 15 (quinze) anos; e 
III - reservada: 5 (cinco) anos. 
 
 
 
→ Instrumentos de divulgação oficial: 
 
Em regra, os atos editados no âmbito da Administração Pública serão divulgados 
através do Diário Oficial do respectivo ente federativo (União, Estados, Municípios 
e Distrito Federal). Todavia, alguns municípios, ainda não criaram os seus diários 
oficiais. Nesse caso, admite-se a divulgação através da afixação dos atos em 
quadros ou murais de avisos, geralmente localizados no saguão da sede do Poder 
Executivo (Prefeitura) ou da Câmara de Vereadores. 
 
→ A publicação para surtir os efeitos desejados é a do órgão oficial. De sorte 
que não se considera como tendo atendido ao princípio da publicidade a mera 
notícia, veiculada pela imprensa falada, escrita ou televisiva, do ato praticado 
pela Administração Pública. 
 
 Princípio da Eficiência 
 
→ A Emenda Constitucional nº 19 de 1998, inseriu o princípio da eficiência 
entre os princípios constitucionais da Administração Pública, previstos no artigo 
37, caput. Também a Lei nº 9.784/99 fez referência a ele no artigo 2º, caput. 
 
→ Princípio que se impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com 
presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da 
função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com 
legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório 
atendimento das necessidades da comunidade e de 
seus membros. 
 
→ O princípio da eficiência apresenta dois aspectos: pode ser considerado em 
relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor 
desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e 
em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração 
Pública, também com o mesmo objetivo dealcançar os melhores resultados na 
prestação do serviço público. 
→ Em termos gerais, o princípio da eficiência impõe a adoção, no âmbito da 
Administração Pública, das mais modernas técnicas de gerenciamento há muito 
utilizadas na iniciativa privada, produzindo efeitos diretos em relação aos agentes 
públicos (imposição de avalição periódica de desempenho, por exemplo) e 
entidades e órgãos administrativos. 
 
 PRINCÍPIOS RECONHECIDOS 
 
→ Além dos princípios expressos, a Administração Pública ainda se orienta por 
outras diretrizes que também se incluem em sua principiologia, e que por isso 
são da mesma relevância que aqueles. Doutrina e jurisprudência usualmente a 
elas se referem, o que revela a sua aceitação geral como regras de proceder da 
Administração. É por esse motivo que os denominamos de princípios 
reconhecidos, para acentuar exatamente essa aceitação. 
 
 Princípio da Supremacia do Interesse Público Sobre o Interesse 
Privado 
 
 
→ As atividades administrativas são desenvolvidas pelo Estado para benefício da 
coletividade. Mesmo quando age em vista de algum interesse estatal imediato, o 
fim último de sua atuação deve ser voltado para o interesse público. Se não 
estiver presente esse objetivo, a atuação estará comprometida pelo 
desvio de finalidade. 
 
→ O princípio da supremacia determina privilégios jurídicos e um patamar de 
superioridade do interesse público sobre o particular. Em razão desse interesse 
público, a Administração terá posição privilegiada em face dos administrados, 
além de prerrogativas e obrigações que não são extensíveis aos particulares. 
 
→ Essa relação jurídica desigual é aconselhável e necessária, pois a 
Administração Pública atua na satisfação de interesses de toda a 
coletividade, sempre vislumbrando o bem comum. Nesse caso, o indivíduo 
tem que ser visto como integrante da sociedade, não podendo os seus direitos, 
em regra, ser equiparados aos direitos sociais. 
 
→ O Decreto-Lei nº 3.365/1941, em seu art. 2º, dispõe que “mediante declaração 
de utilidade pública, todos os bens poderão ser desapropriados pela União, pelos 
Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios”. 
 
→ Direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada 
 
- O interesse público não se sobrepõe, de forma absoluta, aos interesses 
particulares. Existem direitos individuais que estão resguardados pelo próprio 
texto constitucional, conforme se constata no art. 5º, XXXVI, que assim dispõe: 
“a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada.” 
 
 Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público 
 
→ Os bens e interesses públicos não pertencem à Administração nem a seus 
agentes. Cabe-lhes apenas geri-los, conservá-los e por eles velar em 
prol da coletividade, esta sim a verdadeira titular dos direitos e interesses 
públicos. 
 
→ O princípio da indisponibilidade serve para limitar a atuação do agente 
público, revelando-se um contrapeso à superioridade descrita no 
princípio da supremacia, podendo se afirmar que, em nome da supremacia do 
interesse público, o Administrador pode muito, pode quase tudo, mas não pode 
abrir mão do interesse público. 
 
→ Para evitar que abram mão do interesse público para beneficiarem a si próprios 
ou a terceiros, os agentes públicos estão obrigados a observar diversas restrições 
(também denominadas de sujeições) impostas pelo princípio em estudo. 
 
 
→ Acordos judiciais 
Lei Federal nº 10.259/2001 dispõe: 
Art. 10 - As partes poderão designar, por escrito, representantes para a causa, 
advogado ou não. 
Parágrafo único - Os representantes judiciais da União, autarquias, fundações 
e empresas públicas federais, bem como os indicados na forma do caput, ficam 
autorizados a conciliar, transigir ou desistir, nos processos da competência dos 
Juizados Especiais Federais. 
 
→ Alienação de bens públicos 
 
Os bens públicos de uso comum do povo e os bens públicos de uso especial não 
podem ser alienados (vendidos) pela Administração Pública, pois estão afetados 
a finalidades públicas específicas. Bens dominicais, a exemplo dos terrenos sem 
utilização e veículos inservíveis podem ser alienados, pois não estão afetados à 
finalidade pública específica. 
 
 Princípio da Autotutela 
 
→ Enquanto pela tutela a Administração exerce controle sobre outra 
pessoa jurídica por ela mesma instituída, pela autotutela o controle se 
exerce sobre os próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e 
revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de 
recurso ao Poder Judiciário. 
 
→ Súmula Nº. 346 do STF: 
 
“A Administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios 
que os tornem ilegais, 
porque deles não se originam direitos” 
 
→ Súmula Nº. 473 do STF: 
 
“A Administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios 
que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por 
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e 
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. 
 
→ Apesar de ser assegurada à Administração Pública a prerrogativa de anular e 
revogar os seus próprios atos administrativos, nos termos da súmula nº 473 do 
Supremo Tribunal Federal, destaca-se que, previamente, deve ser instaurado 
o devido processo administrativo, assegurando-se aos atingidos pelos efeitos 
do ato o contraditório e a ampla defesa. 
 
→ A anulação e revogação de ato administrativo pode ocorrer tanto de ofício, por 
iniciativa da própria administração, quanto por provocação de particulares 
atingidos pelos seus efeitos. Entretanto, a possibilidade de a própria 
administração revisar os seus atos não afasta eventual controle pelo Poder 
Judiciário, que possui a prerrogativa de analisar a legalidade de todos os atos 
administrativos. 
 
 Princípio da Segurança Jurídica 
 
→ Tem como objetivo evitar alterações supervenientes que instabilizem a vida 
em sociedade, além de minorar os efeitos traumáticos de novas disposições, 
protegendo, assim, a estabilidade como uma certeza para as regras sociais. 
 
→ O princípio se justifica pelo fato de ser comum, na esfera administrativa, 
haver mudança de interpretação de determinadas normas legais, com a 
consequente mudança de orientação, em caráter normativo, afetando situações 
já reconhecidas e consolidadas na vigência de orientação anterior. 
 
→ A Lei nº 9.784/1999, em seu art. 2º, dispõe que nos processos 
administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: 
“XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o 
atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova 
interpretação.” 
 
→ Constata-se que as entidades e órgãos administrativos podem alterar as 
interpretações que possuem sobre a execução dos dispositivos legais vigentes. 
Entretanto, a nova interpretação somente poderá ser aplicada às 
situações jurídicas futuras, não prejudicando, assim, aqueles que foram 
beneficiados pela interpretação administrativa anterior. 
 
→ O princípio tem que ser aplicado com cautela, para não levar ao absurdo de 
impedir a Administração de anular atos praticados com inobservância da 
lei. Nesses casos, não se trata de mudança de interpretação, mas de ilegalidade, 
esta sim a ser declarada retroativamente, já que atos ilegais não geram direitos. 
 
→ Proteção à Confiança (Princípio) 
 
- O princípio da proteção à confiança leva em conta a boa-fé do cidadão, que 
acredita e espera que os atos praticados pelo Poder Público sejam lícitos e, nessa 
qualidade, serão mantidos e respeitados pela própria Administração e por 
terceiros. 
 
 Princípio da Razoabilidade 
 
→ Razoabilidade é a qualidade do que é razoável, ou seja, aquilo que se situa 
dentro de limites aceitáveis, ainda que os juízos de valor que provocaram a 
conduta possam dispor-se deforma um pouco diversa. 
 
→ pode ser chamado de princípio de proibição de excesso, que, em última análise, 
objetiva aferir a compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a evitar 
restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Administração Pública, com 
lesão aos direitos fundamentais. 
 
→ É razoável, por exemplo, que a Administração Pública antecipe as 
decisões em âmbito administrativo para conceder aos cidadãos 
administrados um benefício que eles obteriam com o auxílio e/ou 
interferência do Poder Judiciário. 
 
→ Um exemplo é o reconhecimento, por ato administrativo, da prescrição na 
cobrança de dívidas ativas. Também na devolução de tributos pagos a maior 
ou em duplicidade. Não se imagina que haja necessidade de recurso à Justiça 
para a obtenção de um direito que a própria Administração pode, legalmente, 
conceder. 
 
 Princípio da Motivação 
 
→ Implica para a Administração o dever de justificar seus atos, apontando-
lhes os fundamentos de direito e de fato. 
 
→ A sua obrigatoriedade se justifica em qualquer tipo de ato, porque se trata de 
formalidade necessária para permitir o controle de legalidade dos atos 
administrativos. 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro 
 
→ A motivação dos atos administrativos apesar de se impor como regra geral, 
existem exceções pontuais. 
Por exemplo, os atos de nomeação e exoneração em cargos de confiança 
(também denominados de cargos em comissão), não exigem motivação. 
 
→ Teoria dos motivos determinantes 
 
A motivação, em regra, não exige formas específicas, podendo ser ou não 
concomitante com o ato, além de ser feita, muitas vezes, por órgão diverso 
daquele que proferiu a decisão. Entretanto, exige-se que os motivos 
alegados para a edição do ato sejam verdadeiros, isto é, correspondam 
a fatos realmente existentes. 
 
Se o interessado demonstra e comprova que os motivos alegados não 
correspondem à realidade ou sequer existiram, o ato deverá ser anulado pela 
própria Administração Pública ou pelo Poder Judiciário por violação à teoria 
dos motivos determinantes. 
 
 Princípio da Especialidade 
 
→ Ao criar ou autorizar a criação de entidade administrativa, a lei 
estabelece previamente a sua área de atuação (finalidade legal), isto é, 
a sua especialidade. 
 
→ Somente por lei será possível em momento posterior alterar a 
finalidade (especialidade). 
Em nenhuma hipótese será permitida a alteração das finalidades institucionais da 
entidade por simples vontade de seus administradores, sob pena de 
responsabilização penal, cível e administrativa. 
 
→ A Lei Federal nº 7.735/1989, por exemplo, foi responsável pela criação do 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis – IBAMA. 
 
→ A lei estabeleceu que a finalidade, isto é, a especialidade do IBAMA seria 
exercer o poder de polícia ambiental; executar ações das políticas nacionais de 
meio ambiente; executar as ações supletivas de competência da União, de 
conformidade com a legislação ambiental vigente, dentre outras. 
 
 Princípio da Ampla Defesa e Contraditório 
 
→ Art. 5º, LV da CF∕1988 dispõe que 
“aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral 
são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes”. 
 
 Princípio da Presunção de Legitimidade e Veracidade 
 
→ Embora se fale em presunção de legitimidade ou de veracidade como se fossem 
expressões com o mesmo significado, as duas podem ser desdobradas, por 
abrangerem situações diferentes. 
 
→ A presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com a lei; 
em decorrência desse atributo, presumem-se, até prova em contrário, que os 
atos administrativos foram emitidos com observância da lei. 
 
→ A presunção de veracidade diz respeito aos fatos; em decorrência desse 
atributo, presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administração. 
Assim ocorre com relação às certidões, atestados, declarações, informações por 
ela fornecidos, todos dotados de fé pública. 
 
 Princípio do Controle Judicial dos Atos Administrativos 
 
→ Somente o Poder Judiciário possui a prerrogativa de decidir, em última 
instância, os conflitos que envolvam Administração Pública e seus respectivos 
administrados. 
 
→ Nesse sentido, compete ao Poder Judiciário realizar o controle de legalidade de 
todos os atos praticados pela Administração Pública, inclusive os atos 
administrativos, sejam eles discricionários ou vinculados. 
 
→ Ademais, incumbe ao Poder Judiciário, caso provocado, avaliar se o 
conteúdo do ato administrativo está em conformidade com os princípios 
da razoabilidade, proporcionalidade e moralidade. 
 Princípio da Continuidade do Serviço Público 
 
→ A atividade administrativa, por meio do serviço público, que nada mais é do 
que a forma pela qual o Estado desempenha funções essenciais ou necessárias à 
coletividade, deve ser prestada ininterruptamente, com vistas a suprir as 
necessidades públicas. A atividade administrativa não pode sofrer 
paralisações abruptas e imotivadas.

Outros materiais