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Surto x Epidemia x Pandemia e Doença Exantemáticas

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Mód. Febre, Inflamação, Infecção 
 
Anne Caroline Maltez 
 
Surto x Epidemia x Pandemia e 
Doença Exantemáticas 
SURTO OU EVENTO INUSITADO EM SAÚDE PUBLICA 
Situação em que há aumento acima do esperado na ocorrência de casos de evento ou doença em uma 
área ou entre um grupo específico de pessoas, em determinado período. Ressalta-se que, para doenças 
raras, um único caso pode representar um surto. A ocorrência de surtos pode ser identificada de várias 
maneiras. Entre elas destacam-se: 
 Notificação por profissionais de saúde que percebem em sua rotina uma elevação do número de 
casos de determinada doença ou de sua gravidade. 
 Informação procedente da comunidade e notificada às autoridades. 
 Informação procedente da imprensa. 
 Análise de rotina de dados de vigilância epidemiológica. 
Tais dados podem ser obtidos por diversas formas, incluindo a notificação compulsória de doenças, 
inquéritos ou busca ativa em uma investigação, assim como a detecção laboratorial. A detecção de 
surtos exige a adoção de medidas de controle oportunas para o seu controle e prevenção da ocorrência 
de novos casos. A maior parte dos surtos é de etiologia infecciosa e transmissível e muitas vezes 
representam razões para a realização de investigação sistemática com vistas à identificação da fonte de 
infecção e adoção das medidas de controle e elaboração de recomendações adicionais. 
Entre outras razões para investigar surtos, incluem-se a oportunidade de: 
a) descrever novas doenças; 
b) aprender mais sobre doenças conhecidas; 
c) avaliar as estratégias de prevenção e controle existentes, por exemplo, vacinas; 
d) ensinar (e aprender) epidemiologia; 
e) responder a uma preocupação da população sobre o surto. 
Quando se decide por investigar um surto de forma sistematizada e com base no método científico, a 
depender do surto, pelo menos três tipos de atividades devem ser considerados: 
 A investigação epidemiológica. 
 A investigação ambiental. 
 A interação e comunicação com a população e com a imprensa e, em alguns casos, com órgão de 
controle social (sistema legal). 
Mód. Febre, Inflamação, Infecção 
 
Anne Caroline Maltez 
 
CORRELACIONANDO COM DOENÇAS EXANTEMATICAS 
Em 2019 o Brasil apresentou surtos de Sarampo, apresentando 192 casos em 19 unidade Federadas, 
totalizando neste ano 6.192 casos no Brasil. 
Já em 2006 o Brasil entrou em alerta contra surto de Rubéola, onde foi registrado mais de 1.500 casos 
da doença, sendo 80% homens. Somente e 2007, foram confirmados 1.587 casos. O número de 
ocorrência vinha diminuindo significativamente desde 997, quando foram registrados 32. 825 casos, 
segundo o Ministério da Saúde. Em 2003, foi estabelecida a meta de eliminação da rubéola nas 
Américas até 2010, mas no ano de 2015 o Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação dela. 
O ano de 2016 foi caracterizado por grandes surtos de Dengue em todo o mundo. As Américas 
registraram mais de 2,38 milhões de casos, e o Brasil sozinho contribuiu com quase 1,5milhão de casos. 
EPIDEMIA 
 
Uma epidemia é quando ocorrem surtos em várias regiões. Ou seja, quando há ocorrência 
excedente de casos de uma doença em determinados locais geográficos ou comunidades, e 
que vão se espalhando para outros lugares além daquele em que foram inicialmente 
identificados. 
 
As epidemias podem ser em nível municipal, quando existem surtos em vários bairros. Em 
nível estadual, quando são registrados surtos em várias cidades e em nível nacional, quando 
ocorrem em várias regiões do país. 
 
Para definir quando uma doença pode ser classificada como uma epidemia é necessário avaliar 
o número de casos em relação à população em que há ocorrência – qual o tamanho dessa 
população? O quão suscetível à doença ela é? Outros critérios técnicos como detalhes da 
região em que os casos foram detectados e o período em que se iniciaram e estão ocorrendo 
são importantes tanto para a classificação quanto para a descrição da doença. 
 
É importante também especificar que doenças sazonais, em que os casos crescem todo ano 
em uma determinada época ou estação, não são consideradas epidemias. 
 
Para controlar a epidemia de alguma doença infecciosa, é importante que os casos sejam 
notificados ao órgão de saúde para que medidas possam ser tomadas a fim de evitar a 
propagação da doença para outros locais. Algumas das estratégias que podem ser adotadas 
para conter uma epidemia é evitar viajar e frequentar ambientes fechados e com maior 
concentração de pessoas, como shoppings, cinema e restaurantes. 
 
Então deve-se tentar conter o vírus e evitar que se espalhe para outras pessoas. Assim, devem 
ser seguidas as recomendações das Instituições de Saúde, que podem variar de acordo com a 
doença e sua forma de transmissão. 
Ainda assim, as principais ações que devem ser feitas são: 
1. Informar ao hospital ou serviço de saúde de algum caso suspeito de infecção por 
uma doença; 
2. Informar ao hospital quando se esteve em contato com alguém que desenvolveu 
uma doença e evitar o contato com indivíduos saudáveis até confirmar que não 
adquiriu a doença; 
3. Lavar as mãos antes e após as refeições, depois de usar o banheiro, após espirrar, 
tossir ou mexer no nariz e sempre que as mãos estiverem sujas; 
https://www.telessaude.unifesp.br/index.php/dno/redes-sociais/159-qual-e-a-diferenca-entre-surto-epidemia-pandemia-e-endemia
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/43541/9788572888394_por.pdf?sequence=5&isAllowed=y
https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2020/03/12/qual-a-diferenca-entre-epidemia-e-pandemia
Mód. Febre, Inflamação, Infecção 
 
Anne Caroline Maltez 
 
4. Utilizar luvas e máscaras sempre que for necessário entrar em contato com 
secreções corporais de outra pessoa e/ ou feridas; 
5. Evitar tocar em superfícies comuns de espaços públicos, como corrimões, botões 
do elevador ou maçanetas das portas; 
 
Além disso, para não adquirir a doença durante uma epidemia, é importante evitar idas 
desnecessárias ao hospital, serviço de saúde, pronto-socorro ou farmácias, assim como tomar 
a vacina contra a doença, caso exista 
 
CORRELACIONANDO COM DOENÇAS EXANTEMATICAS 
 
A primeira epidemia que atingiu o Brasil foi a de febre amarela, com um grande surto no Rio 
de Janeiro em 1850. Em 1889, grande parte da zona cafeicultora paulista também foi afetada 
pela doença, que, além da febre e da pele amarela, causa calafrios, dores musculares e pode 
levar à morte. Dessa forma, a enfermidade era vista como a grande vilã do País. 
PANDEMIA 
 
Uma pandemia é a disseminação mundial de uma doença (epidemia). Ela pode surgir quando 
um agente infeccioso se espalha ao redor do mundo e a maior parte das pessoas não são 
imunes a ele. 
 
Em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos cenários porque ela se estende a várias 
regiões do planeta. Mas quando uma doença é classificada como pandemia, não 
necessariamente significa que a situação é irreversível e nem que ela deva ser encarada pela 
população mundial como um “alerta de medo”. Também não quer dizer que o agente da 
doença, seja ele um vírus ou qualquer outro patógeno, tenha aumentado o seu poder de 
ameaça. 
 
O que muda são as medidas adotadas pelas autoridades no combate à doença. No caso de 
uma pandemia, o protocolo de ação é outro e deve ser respeitado não só pelos países 
afetados, mas também pelos que ainda não registraram casos do vírus. A abordagem em 
pandemias deve ser um conjunto de ações integradas, em que governo em parceria com a 
sociedade trabalham juntos na contenção da doença. 
 
 TERMOS FREQUENTEMENTE UTILIZADOS NA PRÁTICA DE CAMPO 
Agravo: qualquer dano à integridade física, mental e social dos indivíduos provocado por 
circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas e lesões auto ou 
heteroinfligidas. 
Caso: pessoa ou animal infectado ou doente apresentando características clínicas, 
laboratoriais e/ou epidemiológicas específicas. 
Caso autóctone:caso contraído pelo enfermo na zona de sua residência. 
Caso esporádico: caso que, segundo informações disponíveis, não se apresenta 
epidemiologicamente relacionado a outros já conhecidos. 
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6120:oms-afirma-que-covid-19-e-agora-caracterizada-como-pandemia&Itemid=812
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6120:oms-afirma-que-covid-19-e-agora-caracterizada-como-pandemia&Itemid=812
Mód. Febre, Inflamação, Infecção 
 
Anne Caroline Maltez 
 
Caso-índice: primeiro entre vários casos de natureza similar e epidemiologicamente 
relacionados. O caso-índice é muitas vezes identificado como fonte de contaminação ou 
infecção. 
Caso importado: caso contraído fora da zona onde se fez o diagnóstico. O emprego dessa 
expressão dá a ideia de que é possível situar, com certeza, a origem da infecção em uma zona 
conhecida. 
Caso secundário: caso novo de uma doença transmissível, surgido a partir do contato com um 
caso-índice. 
Doença: uma enfermidade ou estado clínico, independentemente de origem ou fonte, que 
represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos. 
Evento: manifestação de doença ou uma ocorrência que apresente potencial para causar 
doença. 
Evento de Saúde Pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde 
pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, 
alteração no padrão clínico-epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial 
de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a 
vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes.

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