Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Métodos Comportamentais 1. Método ogino-knaus (tabelinha ou calendário) O cálculo do período fértil da mulher é feito mediante a análise de seu padrão menstrual prévio, durante 6 a 12 meses. Com a ovulação ocorre entre 11 a 16 dias antes da próxima menstruação Métodos Comportamentais 2. Método da Temperatura Basal Corporal Fundamenta-se nas alterações da temperatura basal que ocorrem na mulher ao longo do ciclo menstrual. Esse aumento da temperatura é discreto menor que 1°C, e no mínimo 0,2°C. Métodos Comportamentais 3. Método do Muco Cervical (billings) Fonte Ministério da Saúde, CAB 26, 2013 Esse método baseia-se na identificação do período fértil por meio da auto-observação, com relação às mudanças do muco cervical e à sensação de umidade na vagina ao longo do ciclo menstrual. Métodos Comportamentais 4. Método sinto-térmico Esse método baseia-se na combinação de múltiplos indicadores da ovulação, com a finalidade de determinar o período fértil com maior precisão e confiabilidade. Métodos Comportamentais 4. Método sinto-térmico Os parâmetros subjetivos relacionados com a ovulação podem ser, entre outros: - Dor abdominal - Sensação de peso nas mamas, mamas inchadas ou doloridas - Variações de humor e/ou da libido - enxaqueca, náuseas, acne, aumento de apetite, ganho de peso, sensação de distensão abdominal, sangramento intermenstrual entre outros. Métodos Comportamentais 5. Coito interrompido Não deve ser estimulado como método anticoncepcional. Métodos Comportamentais 6. Método da lactação e amenorreia – LAM Entre as mulheres que amamentam, a possibilidade de retomada das ovulações é remota nos primeiros dois meses pós-parto. A mulher deve ser orientada a usar outro método anticoncepcional quando: • A menstruação retornar. • A mulher parar de amamentar em tempo integral e começar a oferecer outros alimentos e líquidos. • O bebê completar seis meses. • A mulher não quiser mais somente o LAM como método anticoncepcional. 8. (AMEOSC Prefeitura de Palma Sola - SC 2016) Os métodos comportamentais anticoncepcionais, também conhecidos como métodos de abstinência periódica, ou métodos naturais, se baseiam em evitar as relações sexuais vaginais no período fértil do ciclo. São exemplos de métodos comportamentais: a) Método do Dispositivo Intrauterino ou Método do Espermicida. b) Método do Calendário (tabelinha) ou Método da Temperatura corporal basal. c) Método do Dispositivo Intrauterino ou Método do Muco Cervical. d) Método do Muco Cervical ou Método do Espermicida. Letra B Métodos de Barreira Condons masculinos e femininos; Diafragma; Espermaticidas; Capuz cervical; Esponjas vaginais. Anticoncepcionais hormonais orais Pílula combinada (estrogênio e progesterona) monofásicos, bifásicos e trifásicos. Pílula com progestogênio ou minipílulas Anticoncepcionais injetáveis Anticoncepção de emergência Anticoncepcionais hormonais orais 1. Pílulas combinadas monofásicas pílulas combinadas bifásicas pílulas combinadas trifásicas 1ª geração 1960: altas doses (75 a 150 mcg de estrogênio) 2ª geração- 50 mcg de estrogênio 3ª geração 1970- 30 mcg associado ao levonorgestrel (alta taxa de problemas arteriais por reduzir o HDL) 4ª geração com baixas dosagens Baixa dosagem de hormônio Dependendo da quantidade de etinilestradiol, classificam-se em pílulas combinadas de baixa dosagem as que contêm 30 microgramas (0,03 mg) ou menos de etinilestradiol, e pílulas de média dosagem as que contêm 50 microgramas (0,05 mg) de etinilestradiol. É recomendável como primeira opção o uso de pílulas combinadas de baixa dosagem. • A dose dos esteroides é a mesma nos 21 ou 22 comprimidos ativos da cartela. A apresentação pode ser em cartelas com 21 ou 22 comprimidos ativos ou em cartelas com 28 comprimidos, sendo 21 ou 22 comprimidos ativos, que contêm hormônios, seguidos de 6 ou 7 comprimidos de placebo, de cor diferente, que não contêm hormônios. monofásicas • contêm dois tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com os mesmos hormônios, mas em proporções diferentes. • devem ser tomadas na ordem indicada na embalagem. pílulas combinadas bifásicas • contêm três tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com os mesmos hormônios, mas em proporções diferentes. • devem ser tomadas na ordem indicada na embalagem. pílulas combinadas trifásicas Anticoncepcionais hormonais orais Mecanismo de ação: 1. Inibem a ovulação e tornam o muco cervical espesso dificultando a passagem dos espermatozoides. 2. Provocam ainda alterações nas características físico-químicas do endométrio, mantendo-o fora das condições para a implantação do blastócito, e 3. Interferem na motilidade e na qualidade da secreção glandular tubária. Anticoncepcionais hormonais orais 1. Pílulas combinadas Modo de uso: No primeiro mês de uso, ingerir o 1° comprimido no 1° dia do ciclo menstrual ou, no máximo, até o 5° dia. A seguir, a usuária deve ingerir um comprimido por dia até o término da cartela, preferencialmente no mesmo horário. É importante orientar a usuária para verificar a cartela todas as manhãs no sentido de certificar-se do seu uso no dia anterior. Anticoncepcionais hormonais orais 1. Pílulas combinadas Efeitos secundários relacionados ao uso da pílula: • Alterações de humor, como depressão e menor interesse sexual, que são pouco comuns. • Náuseas, vômitos e mal-estar gástrico (mais comum nos três primeiros meses). • Cefaleia leve. • Leve ganho de peso. • Nervosismo. • Acne (pode melhorar ou piorar, mas geralmente melhora). • Tonteira. Anticoncepcionais hormonais orais 1. Pílulas combinadas Complicações: • Acidente vascular cerebral. • Infarto do miocárdio. • Trombose venosa profunda. Anticoncepcionais hormonais orais 1. Pílulas combinadas Complicações: • Acidente vascular cerebral. • Infarto do miocárdio. • Trombose venosa profunda. Anticoncepcionais hormonais orais 1. Pílulas combinadas Riscos • Não são recomendados para lactantes • acidentes vasculares, tromboses venosas profundas ou infarto do miocárdio, sendo que o risco é maior entre fumantes (mais de 15 cigarros/dia) com 35 anos ou mais. • Podem aumentar o risco para tumores de fígado, sendo extremamente raros os tumores malignos. Drogas que interagem com os anticoncepcionais orais (AO) • rifampicina, anticonvulsivantes (fenobarbital, fenitoína, carbamazepina), antiretroviarais (efavirenz e nevirapina, nelfinavir e ritonavir) • Anagésicos, antifúngicos, hipnópticos, traquilizantes, diuréticos Diminui o efeito do AO • anticonvulsivantes, antidepressivos, teofilina, certos benzodiazepínicos, anticoagulantes, antihipertensivos, hipoglicemiantes O AO reduz o efeito do fármaco 9. (FCC TCEPI 2014 adaptada) Interação medicamentosa é causa frequente de internações hospitalares. O enfermeiro deve saber que a interação medicamentosa entre contraceptivos e rifampicina aumenta o efeito do contraceptivo. Errado Anticoncepcionais hormonais orais 2. Pílulas com progestogênio ou minipílulas Constituídas por progestogênio isolado (caixas com 28 ou 35 comprimidos). São utilizadas na amamentação. Nas lactantes, o uso deve ser iniciado após 6 semanas do parto e nas não-lactantes, seu uso é contínuo após o término da cartela (35 comprimidos). Não deve haver interrupção entre uma cartela e outra nem durante a menstruação. Noretisterona 0,35 mg com 35 comprimidos ativos. Levonorgestrel 0,03 mg com 35 comprimidos ativos Desogestrel 75 mcg com 28 comprimidos ativos. Podem ser mensais ou trimestrais Anticoncepcionais hormonais injetáveis mensais são compostos com progesterona e estrógeno trimestrais apenas com progesterona • Progestogênio isolado - administração de progestogênio isolado, via parenteral (I.M) trimestral. • Combinado - associação de estrogênio e progestogênio, para uso parenteral (I.M) mensalmente. Considerações do Anticoncepcional Proporcionam ciclos menstruais regulares, com sangramento durante menos tempo e em menorquantidade. Diminuem a frequência e a intensidade das cólicas menstruais (dismenorreias) e dos ciclos hipermenorrágicos. Diminuem a incidência de gravidez ectópica, doença inflamatória pélvica, câncer de endométrio, câncer de ovário, cistos funcionais de ovário, doença benigna da mama e miomas uterinos. Muito eficazes quando em uso correto. Considerações do Anticoncepcional Podem ser usadas desde a adolescência até a menopausa. A fertilidade retorna logo após a interrupção de seu uso. DIU (dispositivo intrauterino) São artefatos de plástico flexível em forma de T, aos quais podem ser adicionados cobre ou hormônios que, inseridos na cavidade uterina, exercem sua função contraceptiva. Mecanismo de ação: • Atuam impedindo a fecundação porque tornam mais difícil a passagem do espermatozoide pelo trato reprodutivo feminino, reduzindo a possibilidade de fertilização do óvulo. • O DIU com levonorgestrel causa supressão dos receptores de estradiol no endométrio, atrofia endometrial e inibição da passagem do espermatozoide através da cavidade uterina. DIU (dispositivo intrauterino) Duração de uso: 1. DIU de cobre TCu-380 está aprovado para 10 anos 2. MLCu-375 5 anos. Inserção do DIU- Mulher menstruando regularmente O DIU pode ser inserido a qualquer momento durante o ciclo menstrual, desde que haja certeza de que a mulher não esteja grávida, porém deve ser inserido preferencialmente, durante a menstruação devido à: Se o sangramento é menstrual, a possibilidade de gravidez fica descartada. A inserção é mais fácil pela dilatação do canal cervical. Qualquer sangramento causado pela inserção não incomodará tanto a mulher. A inserção pode causar menos dor. Inserção do DIU - Após o parto DIU deve ser inserido durante a permanência no hospital, se a mulher já havia tomado esta decisão antecipadamente. O momento mais indicado é logo após a expulsão de placenta. Porém, pode ser inserido a qualquer momento dentro de 48 horas após o parto. Passado este período deve-se aguardar, pelo menos, 4 semanas. 10. (FCC TCEPI 2014) Durante as ações educativas sobre planejamento familiar, uma trabalhadora faz a seguinte pergunta: “Qual o momento indicado para a colocação do DIU?” A resposta correta do enfermeiro deverá ser: a) - preferencialmente, durante a menstruação. b) - obrigatoriamente, nos três primeiros dias após a menstruação. c) - obrigatoriamente, cinco dias antes do ciclo menstrual. d) - preferencialmente, na fase estrogênica, entre o 5° e o 14° dia de um ciclo menstrual de 28 dias. e) - habitualmente, na fase de aumento do nível de progesterona, entre o 15° e o 20° dia do ciclo menstrual de 28 dias. Letra A Contracepções de Emergência pílulas combinadas de etinilestradiol e levonorgestrel (esquema de Yuzpe) levonorgestrel – pílula anticoncepcional de emergência (PAE). Contracepções de Emergência Esquema Yuzpe: Anticoncepcionais hormonais orais combinados (etinilestradiol 0,2 mg e levonorgestrel 1 mg), divididos em duas doses iguais, com intervalo de 12 horas. Pílula anticoncepcional de emergência (PAE): Contém apenas levonorgestrel. Comprimido 1,5 mg: dose única - comprimido de 0,75 mg: duas doses, intervalo de 12 horas. Contracepções de Emergência: Mecanismos de Ação - Atrasa ou inibe a ovulação. - Interfere na migração dos espermatozoides do colo uterino às trompas, ou com o processo de adesão e capacitação dos espermatozoides nas trompas. - Impede a fecundação. Contracepções de Emergência Tomar as pílulas de anticoncepção de emergência até, no máximo, cinco dias (120 horas) após a relação sexual desprotegida; Quanto mais precoce → maior a proteção. 11. (AOCP EBSERH 2015) Sobre a Anticoncepção de Emergência, assinale a alternativa correta. a) Consiste na utilização de pílulas contendo apenas progestogênio depois de uma relação sexual desprotegida, para evitar gravidez. b) Consiste na utilização de pílulas contendo apenas estrogênio depois de uma relação sexual desprotegida, para evitar gravidez. c) Pode ser usada de forma regular, substituindo outro método anticoncepcional d) A pílula anticoncepcional de emergência – a pílula apenas de progestogênio (levonorgestrel) – pode ser abortiva. e) Não disponibilizar a anticoncepção de emergência fere os direitos sexuais e os direitos reprodutivos das pessoas e a Lei federal nº 9.263, que regulamenta o planejamento familiar. Letra E
Compartilhar