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Animais domésticos 1

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Animais domésticos 1
(Bovinos, Ovinos e Caprinos)
Domesticação: Sistema utilizado desde a pré-histórica, que consiste na seleção e adaptação de seres vivos (animais e vegetais) considerados úteis para suprir as necessidades humanas (alimento, roupa, trabalho, guarda…).
Há 3 vias de domesticação:
1) Comensal – animais habituaram-se ao nicho humano, com proveito de ambas as partes (cão, gato, aves de capoeira, porcos…);
2) Da presa (alimentar) – animais que eram presas foram adaptadas à vida em cativeiro (ovelhas, cabras, vacas, perus…);
3) Direcionada (recursos) – animais necessários para outras tarefas com trabalho, transporte, etc. (cavalos, burros, camelos…).
A domesticação é então um processo pelo qual uma população animal se adapta ao homem e a uma situação de cativeiro através de uma série de modificações que ocorrem ao longo de gerações, que sofrem processos adaptativos. Há, portanto, uma modificação da relação humanos-animais, que deixa de ser caçador-presa e passa a ser homem-animal doméstico.
Natureza – seleção natural (Darwin).
Domesticação – seleção artificial.
No entanto, nem todas as espécies ou indivíduos eram favoráveis à domesticação, sendo mais fácil nos casos em que:
· Existia uma organização social que permitia que coabitassem;
· Fácil reprodução/viabilidade das crias;
· Fácil adaptação a novos hábitos (alimentares) e ambientes;
· Habituação fácil a humanos/estímulos externos (diminuição da resposta ao medo).
A domesticação causou muitas alterações nas características das espécies (genéticas), diferenciando-as das espécies selvagens e também entre si (raças).
· Alterações morfológicas (1º + pequenos, + “bonitos”…);
· Alterações fisiológicas (+ leite, + lã, + crias…);
· Alterações comportamentais (+ dóceis, - medo…).
Selvagem ≠ Amestrado ≠ Animal Domesticado ≠ Assilvestrado
Animal selvagem: animal que não precisa de qualquer intervenção humana para sobreviver.
Animal amestrado: animal selvagem que sofreu uma alteração comportamental (aprendeu) que lhe permite aceitar a presença humana, mas que não depende do homem para sobreviver.
Animal doméstico: animal que sofreu uma seleção artificial definida pelo homem, de quem depende para se alimentar e proteger.
· Animal assilvestrado (silvestre): animal doméstico que voltou para o ambiente natural. Nunca dependeu do homem (nasceu na “rua”).
· Animal errante (vadio): animal doméstico que viveu antes com humanos, mas que agora sobrevive sem a sua ajuda.
Consequências da domesticação:
· Abundância alimentar para a espécie humana (certas partes do mundo);
· Processo sempre em curso (avestruzes, domesticadas em 1886);
· Atualmente a biomassa dos ovinos domésticos no mundo é superior à biomassa dos animais selvagens vertebrados.
1º animal a ser domesticado: cão (Canis lupus), domesticado há mais de 15 000 anos. Depois foi a cabra/ovelha, gato, porcos, bovinos, aves de capoeira, cavalos…
Bovinos (Bos taurus)
Domesticados há, aproximadamente, 10 000 – 7 000 anos.
São herbívoros, ruminantes e as fêmeas são poliéstricas (18-24 dias), ou seja, são fêmeas que apresentam vários ciclos (cio) num ano.
A esperança média de vida é de 20 anos.
Sentidos:
· Olhos laterais com visão periférica de 330 graus e visão binocular de 25 a 50 graus com uma zona cega. Distinguem bem o vermelho, laranja e amarelo, mas não distinguem bem o verde, cinzento e, principalmente, o azul;
· Olfato apurado (distinguem odores/feromonas);
· Orelhas sensíveis, ou seja, têm uma audição apurada (sensível a sons altos);
· Sabe-se pouco sobre a comunicação vocal;
Zona de segurança varia individualmente, com um raio que pode variar dos 1,5 a 30 metros e têm um comportamento de presa.
Atividades:
· Pastar (aproximadamente 8 horas por dia) e ruminar (aproximadamente 6 horas por dia) em Manada;
· Descansar (preferência individual); Grooming (auto e allo);
· Memorizam/identificam até 50-70 membros da Manada;
· Seguem sempre o animal que vai á frente (dominante), tranquilamente.
Estrutura social:
· Hierarquia linear entre machos, fêmeas e juvenis (quem come 1º, quem é ordenado 1º…)
· Hierarquia mais elevada: maior idade, maior peso…
· Hierarquia elevada – lideram; média – seguem; baixa – independentes;
· Em campo aberto, os mais jovens ficam no centro da Manada;
· Interações agonísticas entre 2 bovinos: aproximação – ameaça – contacto físico (luta) – retirada. Se a dominância fica estabelecida, não é necessário novo combate.
Sinais de stress:
· Região supraocular; 
· Orelhas;
· Músculos faciais;
· Narinas;
· Lábios.
Sinais de dor:
· Posição das orelhas;
· Expressão facial;
· Posição da parte de trás;
· Resposta à abordagem.
Comportamento sexual:
· Fêmeas:
· Durante o Estro ficam mais ativas;
· Comportamento “de monta” de outras fêmeas.
· Machos:
· Comportamento “de corte”;
· Detetam pró-estro fêmeas (48h antes do cio; recetividade da fêmea 1-18h). Feromonas urina – órgão vomeronasal – resposta de Flehmen.
Há muitos problemas de comportamento associados ao comportamento social como cio silencioso, ninfomania, alteração líbido, agressividade, etc.
Comportamento maternal:
· Altricial;
· Mãe lambe a cria (estimular a respiração, circulação, eliminar urina e fezes), esconde-a de predadores e come placenta e restos do parto;
· Contacto pós-parto – ligação maternal específica forte; 
· Cria mama 2 a 5h após o parto, com a mãe em pé.
· Desmame aos 8 meses (fêmeas) e 11 meses (machos).
As vacas que amamentam as suas crias 10 semanas produzem mais leite e as crias que estão 2 vezes por dia com mães crescem mais.
Há problemas de comportamento associados ao comportamento maternal como rejeição pela mãe, adoções, sucção errática, etc.
Ovinos (Ovis aries)
Domesticado há, aproximadamente, 8 500 – 10 000 anos.
São herbívoros, ruminantes e as fêmeas são poliéstricas sazonais (17 dias).
A esperança média de vida é de 10 a 12 anos.
Sentidos:
· Olhos laterais com visão periférica de 330 a 360 graus e visão binocular de 25 a 50 graus. Distinguem bem o vermelho, castanho, preto, verde e amarelo. A visão é muito importante para se manterem em rebanho. O isolamento induz stress, que diminui com o uso de um espelho. Memorizam caras de ovelhas e humanos (até 50), durante 2 anos;
· Olfato e audição menos importantes do que a visão (exceto na ovelha e cordeiro);
· O paladar é importante para escolher o pasto.
Zona de segurança varia individualmente e têm um comportamento de presa.
Atividades (sempre em conjunto):
· Pastar e ruminar (aproximadamente 10 horas por dia);
· Descansam em “acampamentos” (viajam para lá chegar).
Estrutura social:
· Espécie gregária, seguem sempre o rebanho (isolamento=stress);
· Poucos sinais de hierarquia/dominância no rebanho;
· Não está esclarecido se quem vai à frente é o dominante (diferente dos bovinos);
· Grupo de machos: hierarquia para procriar (comportamentos agonísticos);
· Rebanhos com 25 a 50 fêmeas para 1 macho adulto;
· Em rebanhos mistos (ovelhas de várias raças ou ovelhas e cabras) formam subgrupos, logo não se misturam;
· Interações agonísticas entre 2 ovinos: “bater a pata” – ameaça – contacto físico (peito, pescoço e cornos).
Sinais de stress/dor:
· Posição das orelhas e da cabeça;
· O fechar dos olhos;
· Sons vocais.
Comportamento sexual:
· Durante o Estro, as fêmeas procuram os carneiros (recetiva entre 30 a 36h);
· Carneiro faz “corte” (sincronização de cio em 18 a 25 dias);
· Carneiro responde às feromonas (urina): reposta de Flehmen;
· Comportamentos agonísticos entre fêmeas (competem pelo macho);
· Dominância entre machos.
Comportamento maternal:
· Antecipa parto (atração pelo líquido amniótico de outras fêmeas);
· Procura local mais isolado (pode ser seguida por outras ovelhas);
Há problemas de comportamento relacionados com o comportamento maternal como rejeição por parte da mãe, adoções/roubos, sucção errática (estereotipia)…
Os ovinos têm um comportamento alelomimético generalizado. Na maternidade, de forma mais marcada que noutras espécies, pois, quando uma fêmea vai parir, outras que estão gestantes acompanham-na e, na impossibilidade de “imitarem”o comportamento nesse momento, retiram o máximo de informação para quando for a sua vez de parir, o repetirem.
Mitos:
· Que são pouco inteligentes. No entanto, respondem ao seu nome, resolvem problemas e podem ser treinadas com o Clicker.
· Boa memória. No entanto, apenas reconhecem caras durante 2 anos.
Caprinos (Capra aegagrus hircus)
Domesticados há, aproximadamente, 10 000 a 11 000 anos.
São herbívoros, ruminantes e as fêmeas são poliéstricas sazonais (21 dias).
A esperança média de vida é até 20 anos.
Sentidos:
· Olhos laterias com visão periférica de 320 a 340 graus e visão binocular de 20 a 60 graus. Distinguem bem o amarelo, o laranja, o verde, o violeta e o azul. A visão é muito importante para se manterem em rebanho e o isolamento induz o stress;
· Olfato é mais importante do que nas ovelhas;
· Audição: vocalizam muito (elevada intensidade);
· Paladar: escolhem vegetação mais nutritiva e comem tudo.
A zona de segurança varia individualmente e têm um comportamento de presa.
Comportamento geral:
· Apesar de serem “presas” como as ovelhas, estas são mais medrosas e se puderem fogem, enquanto que as cabras, mais exploratórias e reativas, se forem ameaçadas vão atacar.
Atividades (em conjunto):
· Pastar/apanhar comida alta (aproximadamente, 12 horas por dia) e ruminar (aproximadamente, 10 horas por dia);
· Desacansam em “acampamentos noturnos” como as ovelhas.
Estrutura social:
· Espécie gregária, seguem sempre o rebanho (isolamento = stress);
· Hierarquia/dominância bem determinada no rebanho;
· Macho dominante (+ cornos, + corpulento…) e fêmea dominante;
· Dominância na via de exibição de interações agonísticas entre 2 caprinos: “bater a pata” – ameaça – contacto físico (peito, pescoço, cornos e mordem);
· Rebanhos de 4 a 300 cabras (dependendo da comida existente);
· Se existir um perigo, o rebanho separa-se, ficando algumas cabras para enfrentarem o perigo.
Sinais de stress/dor: semelhantes aos dos ovinos.
Comportamento sexual:
· O bode procura a cabra em Estro (a fêmea encontra-se recetiva durante 39h);
· Bode faz “corte” (sincronização com o cio);
· Fêmeas com comportamento de monta entre elas;
· Bode responde às feromonas (urina) – resposta de Flehmen;
· Dominância entre machos.
Comportamento maternal:
· Procura local mais isolado que protege;
· Mãe lambe a cria durante 2 a 4 horas e vocaliza frequentemente;
· Cria levanta-se, aproximadamente, 20 minutos após o parto, procurando mamar;
· Reconhecimento mãe-cria pelo cheiro, voz (em 4 horas) ou aspeto;
· Adoções são frequentes entre ovelhas e cabras;
· Após umas semanas, a cria prefere a companhia de outras (“Creches”);
· Desmame entre os 3 e os 6 meses.
Nota: nos ovinos, a cria segue a mão, enquanto que, nos bovinos e nos caprinos, a cria é escondida pela mãe.
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