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Classificação zoológica e categorias de caprinos e ovinos

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Caprinos
Aula 1 – Classificação Zoológica e Categorias (20/07/2020) 
Considerada uma subfamília dos bovídeos, o grupo caprinae é representado por íbexes, ovelhas, cabras e bodes. É, na verdade, o grupo dos caprinos, animais bastante utilizados pelos seres humanos na caprinocultura (cabras) e na ovinocultura (ovelhas). 
O surgimento desta subfamília ocorreu no período Miocénico (4ª parte da era Cenozóca), tendo se diversificado na Idade do Gelo, época em que seus representantes iniciaram a ocupação de locais como regiões desérticas, subárticas e tundras. Em geral, os caprinos apresentam uma constituição física bastante robusta, alimentação adaptável, consumindo praticamente todos os tipos de vegetais presentes na natureza.
As espécies que surgiram na Era do Gelo estão todas extintas. Isso ocorreu devido a sua interação com os seres humanos, que utilizavam animais deste grupo para alimentação e vestimenta. Entre as espécies que não foram dizimadas, apenas sete estão fora de risco. Porém, há sete tipos de integrantes da subfamília caprinae sob cuidados especiais para que sejam conservados, oito são classificados como vulneráveis e cinco estão em risco de extinção.
Os integrantes da subfamília caprinae tem tamanho bastante variável. Partem de 1 m de comprimento, como o Goral Cinzento, mas podem chegar a 2,5 m de comprimento como o boi-almiscarado. 
O animal mais leve deste grupo pesa 30 kg, chegando a mais de 650 kg como no caso do já citado boi-almiscarado. Os membros da 
caprinae possuem duas distinções: defensores e pastadores. Os primeiros defendem uma área de território em que há bastante alimento. No caso dos segundos, vagueiam em rebanhos por áreas maiores e geralmente inférteis. Os mais primitivos do grupo são os denominados defensores. São animais de menor porte, com tons escuros, sendo que as fêmeas e os machos se parecem bastante. Apresentam chifres com formado de adaga, crinas alongadas e orelhas tasseladas.
Os pastadores são mais evoluídos. São maiores do que os defensores, convivem em grupos, demarcam territórios através de suas glândulas odoríferas e apresentam comportamento altamente dominante. Apesar das diferenças, não foi traçada nenhuma linha para fazer uma diferenciação dentro da subfamília caprinae.
De acordo com alguns biólogos, os animais que deram origem às cabras e carneiros movimentaram-se na direção de regiões de montanhas. No caso dos carneiros, ocuparam notavelmente as planícies e elevações, pois apresentam características como a de escalar, pular e trotar para a defesa do grupo em relação aos predadores. Já as cabras tiveram um processo de adaptação em terrenos e áreas mais íngremes, pois nestas regiões conseguem ficar protegidas de predadores.
Categorias animais e ciclo de produção
· BodeOs caprinos foram introduzidos no Brasil durante o período de colonização. Devido ao porte, eram facilmente transportados nos navios. Da mesma forma, devido à grande adaptabilidade a muitos ambientes, podiam ser criados nos territórios recém-colonizados, sem maiores problemas para subsistência.
· CabraRebanho dividido em 5 principais categorias
· Cabrito
· Cabrito em aleitamento
· Cabrito desmamado
· Cabrito em engordaEm uma criação de caprinos, o rebanho é dividido em cinco categorias principais: bodes (reprodutores), cabras (matrizes), cabritos em aleitamento (cria), cabritos desmamados (recria) e cabritos em engorda (terminação)”, afirma a professora Cristiane Leal dos Santos, do curso Criação de Caprinos de Corte, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Bodes
Os bodes são os machos reprodutores, criados e mantidos na propriedade para fazerem a monta, garantindo a geração de cabritos de alta qualidade. Há grande influência na qualidade da sua descendência (enquanto a cabra produz um ou dois descendentes ao ano, o bode cobre 35 fêmeas, podendo ser o pai de até 70 crias).
Como características produtivas, devem apresentar:
· Corpo largo, comprido e profundo, o que significa que existe maior quantidade de carne em sua carcaça;
· Genética que indique capacidade de transmitir características de carcaça aos seus descendentes, que serão os animais destinados ao abate;
· Saúde: especial destaque para a saúde reprodutiva, para que possam cumprir com facilidade seu papel como reprodutores;
· Estrutura corporal: membros bem estruturados que facilitem o deslocamento na busca por alimentos na pastagem, na execução da monta e como garantia de longevidade.
Cabras
As cabras são as fêmeas reprodutoras, que cobertas pelos bodes, vão gerar, parir e criar os cabritos, até o desmame. Elas compõem a categoria animal que permanece por mais tempo no rebanho. Muitas vezes, elas geram mais de um cabrito por gestação, com partos gemelares. Para isso, também devem apresentar algumas características fundamentais para que possam desempenhar bem sua função no rebanho:
· Estrutura corporal: particularmente membros fortes para resistirem à monta e à gestação
· Úberes e tetas: para uma elevada produção leiteira, indispensáveis ao desenvolvimento das crias
· Alta fertilidade: para garantir a manutenção do embrião e nascimento do maior número de crias possíveis ao longo de sua vida
· Precocidade: para que sua vida reprodutiva se inicie o quanto antes
· Longevidade: para que sua vida útil seja a mais extensa possível
· Prolificidade: para que produza o maior número de cabritos vivos por gestação
Cabritos em aleitamento
Os cabritos em fase de cria são aqueles que ainda dependem do aleitamento, proporcionado por suas mães, para que se desenvolvam. Por volta dos 20 dias de idade, já pastejam e comem alimentos concentrados. São desmamados, com cerca de três meses, e merecem muita atenção em seu manejo, pois de sua sobrevivência, e de seu peso à desmama, que deve ser o maior possível, depende, significativamente, a lucratividade da caprinocultura .
Os cabritos em aleitamento constituem a categoria animal mais sensível ao manejo do rebanho. Merecem toda a atenção, especialmente nos primeiros 30 dias de vida. (Devemos ficar atentos à saúde das crias, pois as verminoses constituem a principal ameaça).
Assim que são desmamados, os cabritos entram na fase de recria cujo objetivo é trabalhar a condição corporal dos animais, preparando-os para o acabamento, também conhecido como terminação (que é um período de aumento da musculatura e deposição da gordura) ou para a reprodução (quando os animais são incorporados ao rebanho como matrizes ou reprodutores) . Ao final da recria deverão estar pesando pelo menos 15 kg.
A recria é feita, em geral, exclusivamente na pastagem, ou acompanhada de ligeira suplementação, para aumento de ganho de peso. Nessa fase, os cabritos crescem, acelerando o seu desenvolvimento corporal. Vale destacar que não existe duração pré-estabelecida para a recria. Se estiverem sendo produzidos animais para abate, o ideal é que os animais passem diretamente do desmame para a fase de acabamento, o que exige alto peso ao desmame. Se isso ocorre, o caprinocultor terá condições de comercializar seus animais muito mais cedo. Porém, nas situações em que as crias são desmamadas com menos de 15 kg, que é o peso de início da terminação, os cabritos precisarão passar pela recria até atingirem esse peso.
As fêmeas, após esta fase, estarão em condições de monta, quando atingirem peso corporal mínimo de 45 a 50 kg, geralmente, por volta de 6 a 7 meses de idade; quanto antes, melhor. Os bodes estarão maduros, sexualmente, a partir de 5 a 6 meses de idade. No entanto, tem-se dado preferência a idades mais avançadas para os reprodutores e fêmeas iniciarem sua vida reprodutiva, por volta de 11 a 12 meses, quando se tem certeza da condição corporal adequada.
Cabritos em terminação 
Após a recria, os cabritos e cabritas destinados à comercialização para o abate passam por uma fase chamada de terminação, em que o ritmo de crescimento do animal é acelerado com a produção de músculo e deposição de gordura, até o momento em que a carcaça alcance sua melhor qualidade. O cabrito em ponto de abate deve ser o mais jovem possível,pesando entre 18 e 20 kg, com boa carcaça
Ciclo de produção 
Os bodes fazem a monta, fertilizando as cabras, que, ao final de cinco meses de gestação, geram os cabritos, que serão mantidos junto às suas mães por 90 dias, quando é feito o desmame. Os cabritos e as cabritas são, então, recriados em pastagens, ou com suplementação, até que estejam em condições de terminação, chegando ao peso de abate que é de no mínimo 18 a 20 kg. Parte desses animais, principalmente as fêmeas, são incorporadas ao rebanho como reprodutoras ou matrizes.
Ovinos
O tronco original dos ovinos domésticos deve ser procurado no gênero Ovis, nos grupos de ovinos selvagens:
Argali (Ovis ammon) - Ásia e Europa; Urial (Ovis vignei) -Afeganistão, Irã, Índia e Tibet; Mouflon (Ovis musimon) - Córsega e Sardenha
· Categorias zootécnicas dos ovinos, é dada de acordo com a idade, sendo: Borrego ou borrega = desde os seis meses até por volta de um ano a um ano e meio (de dentes de leite a dois dentes)
· Fêmeas são consideradas borregas até o primeiro parto
· Ovelha = fêmea adulta em idade reprodutiva (quatro dentes a boca cheia)
· Carneiro = macho adulto inteiro em idade reprodutiva (quatro dentes a boca cheia)
· Capão = macho castrado, pouco usado nos sistemas de produção de carne 
· Borrego ou borrega = desde os seis meses até por volta de um ano a um ano e meio (de dentes de leite a dois dentes)
· Fêmeas são consideradas borregas até o primeiro parto
· Ovelha = fêmea adulta em idade reprodutiva (quatro dentes a boca cheia)
· Carneiro = macho adulto inteiro em idade reprodutiva (quatro dentes a boca cheia)
· Capão = macho castrado, pouco usado nos sistemas de produção de carne
Cordeiro
É considerado cordeiro, o ovino jovem (macho ou fêmea) do nascimento até a idade de 7 meses. Na fase de aleitamento ele é também chamado de cordeiro mamão. As melhores carcaças produzidas são de cordeiros.
Borrego 
É o ovino macho, dos 7 meses de idade até que se torne apto para reproduzir (12-18 meses).
Borrega 
É a ovino fêmea, dos 7 meses de idade até o primeiro parto (12-24 meses)
Carneiro 
Após se tornar apto para a reprodução, o borrego é chamado de carneiro ou reprodutor. A vida útil de um carneiro é de 6 anos. Neste tempo, o animal apresenta sêmen de boa qualidade e libido. Entretanto, dificilmente um reprodutor permanece por mais de 2 anos em uma propriedade. Este pouco tempo de permanência no rebanho, é para evitar que o reprodutor fertilize as suas filhas e para não vende-lo com uma idade muito avançada, o que diminuiria o seu valor.
Ovelha 
Após o primeiro parto, a borrega passa a ser chamada de ovelha. A vida útil de uma ovelha é de 6 anos. Entretanto, algumas ovelhas podem continuar a se reproduzir por mais tempo. O importante é descartar a ovelha com base nas informações dos seus cordeiros e não somente pela idade. Enquanto ela estiver parindo anualmente e desmamando bem os seus cordeiros, ela é considerada uma boa matriz.
Capão 
É o ovino macho castrado cuja função é a produção de lã. A castração permite que ele seja criado juntamente com as ovelhas. Para a produção de carne, o interessante é abater os ovinos antes de se tornarem borregos e não castra-los. A castração reduz o ganho de peso de animais jovens e aumenta a deposição de gordura na carcaça, o que não é desejável.
Rufião 
É o ovino utilizado para identificar ou induzir o cio das borregas e ovelhas. Um rufião pode ser obtido através de 3 tipos de cirurgias para evitar a fecundação das fêmeas (vasectomia, epididimectomia e desvio do pênis). Também podem ser utilizados machos castrados e fêmeas como rufião, se forem realizadas aplicações de hormônios masculinos nestes animais.
Dentição dos ovinos
A utilização da dentição para determinação da idade dos animais é uma prática muito comum, possibilitando obter esta informação de formaprática no campo e com boa margem de segurança.
A evolução da dentição dos ovinos pode ser descrita em quatro etapas:
· 
· Nascimento dos dentes de leite;
· Rasamento e nivelamento dos dentes de leite;
· Muda dos dentes de leite para dentes permanentes;
· Rasamento e nivelamento dos dentes permanentes.
Os ovinos jovens possuem 20 dentes de leite, sendo esta dentição composta por:
	
	Mandíbula
	Maxila
	Total
	Incisos
	8
	0
	8
	Caninos
	0
	0
	0
	Pré – molares
	0
	0
	0
	Molares
	6
	6
	12
Os ovinos possuem 32 dentes permanentes, sendo esta dentição composta de:
	
	Mandíbula
	Maxila
	Total
	Incisos
	8
	0
	8
	Caninos
	0
	0
	0
	Pré – molares
	6
	6
	12
	Molares
	6
	6
	12
A erupção dos incisivos de leite se dá da seguinte forma:
· 
· Nascimento: nascem sem dentes
· 3º ao 4º dia: aparecem as pinças e os primeiros médios
· 10º dia: aparecem os segundos médios
· 20º ao 30º dia: aparecem os extremos
O desgaste (rasamento e nivelamento) dos dentes de leite é bastante irregular, sendo dependente da idade de desmame e da dureza dos alimentos que consomem. Os dentes de leite possuem menor tamanho e forma mais retangular quando comparados com os incisivos permanentes. Os incisivos permanentes apresentam uma forma mais piramidal, estreitando-se desde a coroa até a raiz, razão pela qual, quando desgastados, parecem estar mais separados. O desgaste dos dentes permanentes começa por volta dos 4 anos estando o grau de desgaste relacionado a dureza dos alimentos que consomem. O nivelamento ocorre por volta dos nove anos, mas após seis anos se torna mais difícil e impreciso estabelecer a idade dos animais pela dentição. Os 8 dentes incisivos, tanto na dentição de leite quanto na permanente, podem ser subdivididos em:
· 2 Pinças;
· 2 Primeiros médios;
· 2 Segundos médios;
· 2 Extremos;
· Os ovinos não possuem dentes incisivos no maxilar.
· A troca dos incisivos de leite pelos incisivos permanentes se dá da seguinte forma:
· Dentes de leite: mais ou menos até 1 ano;
· Muda das pinças permanentes: 12 a 13 meses (2 dentes trocados);
· Muda dos primeiros médios: 21 a 22 meses (4 dentes trocados);
· Muda dos segundos médios: 26 a 28 meses (6 dentes trocados);
· Muda dos extremos: 30 a 36 meses (8 dentes trocados – animal "boca cheia").
Características fisiológicas dos ovinos
· Temperatura corporal normal: 38,5 a 40,0 oC
· Capacidade do rúmen: ± 24 litros.
· Freqüência respiratória: 12 a 20 movimentos / minuto;
· Freqüência cardíaca: 80 batimentos / minuto;
·

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