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Possuem diferença? Eles são animais com várias particularidades diferentes, como hábito, convívio... e etc. O número de cromossomos são diferentes, sendo os ovinos 54 pares de cromossomos e os caprinos 60 pares, então não conseguimos realizar o cruzamento; Os ovinos possuem maior número de vértebras caudais por tanto o rabo é caído, e das cabras é em pé; Os ovinos não possuem barba já os caprinos sim tanto macho quanto a fêmea; Nos ovinos temos uma fossa em baixo do olho que se chama fossa lacrimal, os caprinos não possuem; Os ovinos possuem glândulas no interdígito, os caprinos machos possuem uma glândula que se chama glândula de schietzel, glândula afrodisíaca, glândulas de odor hírcino; Os carneiros possuem um odor almiscarado, mais adocicado; Ovinos possuem uma bolça escrotal curta, e arredondada, caprinos mais compridas e ovaladas; No focinho dos ovinos temos o lábio fendido, e os caprinos não possuem a fenda; Ovinos possuem perfil nasal convexo, e caprinos mais planos, porém temos raças sendo os machos com perfil nasal convexo também; Os chifres dos ovinos possuem secção transversal triangular espiralados, e nos caprinos temos chifres ovalados e achatados de cima para baixo e voltados para trás; Os ovinos tendem a comer alimentos rasteiras, de comida baixa, caprinos gostam de se alimentar de cabeça levantada; O estômago do ovino é menor que o do caprino., sendo o rúmen dos caprinos com uma capacidade maior; Em relação a defesa ou ataque o caprino ergue e da a cabeçada, ficando em pé, o ovino pega distancia para trás e da a cabeçada; Os caprinos se instalam na região nordeste, e o resto distribuído em outras regiões; Os ovinos se instalam no nordeste e no sul, sendo no nordeste utilizados mais para carnes e no sul lã. CaprinoculturaCaprinocultura e ovinocultura Ie ovinocultura I @kekem ed ve t Panorama O Brasil em relação aos ovinos é o 17° colocado em tamanho de rebanho e o 25° produtor de carne , sendo nos estados: RS, BA, CE, PI, PR, SP, MS. O Brasil em relação aos caprinos é o 21° colocado, sendo o 28° produtor de carne e 15° produtor de leite, sendo nos estados: nordeste, MG, PA, SP, PR, RS. Mundo Caprinos – China, Índia, Nigéria, Paquistão, Bangladesh, Sudão, Etiópia, costumam usar os animais como subsistência para consumo próprio, sendo um animal fácil de ser criado e de bom retorno. Mundo Ovinos – China, Austrália, Índia, Irã, Nigéria, Sudão, Reino Unido, temos meios culturais em criação de ovinos, eles ingerem muita carne de ovino, e temos países que são grandes exportadores, sendo a Austrália, Reino unido e nova Zelândia, e os outros países se relacionam mais a alimentação e lã. A maioria dos criadores do Brasil estão na mão de pequenos produtores, sendo de menos de 50 hectares de área. Leite caprino • 15.700 propriedades; • 150 mil cabras ordenhadas; • 25 milhões de litros em 2017; • Média de 238 L/cabra/ano; • Maiores produtores: Paraíba, Bahia, Minas e Pernambuco. Derivados do leite de cabra • Consumo Brasil 5 kg/pessoa/ano; • Consumo Europa 25 kg/pessoa/ano. Além de usar o leite para ingestão, podemos utilizar para fazermos cosméticos, se o bode fica próximo da cabra a tendência é o leite ter gosto mais forte, então nas propriedades eles mantem longe.. Carne de caprinos A carne é muito valorizada, principalmente no nordeste. Costumam abater o animal ainda novo, para não ter carne com muito gosto, costumam castrar o animal bem novo, para o abate, aqueles não castrados não podem ser abatidos por conta do gosto da carne. Leite ovino • 750 propriedades; • 5700 ovelhas ordenhadas; • 1,72 milhões de litros em 2017; • Média de 300 L/cabra/ano. Derivados do leite ovino • Consumo Brasil 700 g/pessoa/ano; • Consumo NZ 32 kg/pessoa/ano; Geralmente abatem o animal jovem cordeiro, é feito também iogurtes, calhada, requeijão, manteigas e etc. Lã de ovinos • Média 3,3 kg/animal/ano R$ 9,65 kg/lã. Não é qualquer raça que pode dar a lã, pois ela não tem boa qualidade, se da o nome de velo, que não serve para utilizar na indústria têxtil. Pode também se utilizar pele, a de caprino e ovino são altamente valorizadas, principalmente no nordeste, onde utilizam para bolsas, sapatos, sandálias e etc. Manejo reprodutivo de ovinos O sucesso dos sistemas de produção de caprinos e ovinos depende, dentre outros fatores, da taxa de reprodução do rebanho. . Entretanto, para se aumentar a eficiência reprodutiva de um rebanho é necessário o uso de práticas adequadas de manejo reprodutivo. O manejo reprodutivo está inserido em aspectos diversos como, por exemplo, a alimentação, o sistema de acasalamento, as biotécnicas a serem utilizadas no processo de evolução genética, o estabelecimento de critérios para a seleção de reprodutores e matrizes e o controle de doenças da esfera reprodutiva. Introdução É semelhante a outras espécies, a duração do dia é responsável pela estacionalidade reprodutiva dos pequenos ruminantes, os quais ciclam em função da diminuição do fotoperíodo, o que ocorre do final de verão ao início de inverno no cone sul da América Latina. Puberdade machos Puberdade fisiológica Caprinos: Idade → 4 a 5 meses; Peso: 12 a 15 kg de peso vivo; Não devem acasalar mais que 1 fêmea / dia, em monta controlada, Quando adultos, devem apresentar perímetro escrotal superior a 30 cm e concentração espermática de 3 a 4 bilhões de espermatozoides / ejaculado. Ovinos Idade: 7 a 8 meses; Peso: 22 a 28 kg de peso vivo; não devem acasalar mais que 1 fêmea / dia, em monta controlada, quando adultos, devem apresentar perímetro escrotal superior a 32 cm e concentração espermática de 3 a 4 bilhões de espermatozoides / ejaculado. Puberdade zootécnica A partir dos 10-12 meses de idade para caprinos, e 18 meses para ovinos. Os caprinos quando percebem que a fêmea se encontra no cio eles ficam com a lingua para fora bodejando. Puberdade fêmeas Puberdade fisiológica Caprinos A puberdade fisiológica ocorre por volta dos 3.5- 4 meses de idade em machos e fêmeas, portanto como regra de manejo a separação entre sexos deve ocorrer aos 3 meses de idade. Ovinos A puberdade fisiológica ocorre por volta dos 5 meses de idade em machos e fêmeas, favorecido nas raças precoces e deslanados. Puberdade zootécnica 65-70% do peso adulto. Ciclo estral Cabras ---- 21 dias • Variações de 17 a 24 dias. • Dura em torno de um dia e meio a dois dias (36 a 48 horas). • Apresenta 2 a 3 ondas de crescimento folicular, se ela não evolar tem formação de outro folículo e assim vai indo. • A gestação é de 5 meses. • O primeiro estro da estação, bem como aquele induzido pelo efeito macho pode ser ovulatório. Ovelhas --- 18 dias Variações de 14 a 19 dias. Dura em torno de um dia a um dia e meio (24 a 36 horas). apresenta 2 a 3 ondas de crescimento folicular; a gestação é de 5 meses. O primeiro estro da estação, bem como aquele induzido pelo efeito macho pode ser anovulatório. Sinais do cio • A vulva apresenta-se inchada e avermelhada (ovelha e cabra). • Presença de muco na vulva (ovelha e cabra) Procura o macho com muito interesse (ovelha e cabra). • Monta e deixa ser montada por outras fêmeas ou pelo macho (mais a cabra). • Fica inquieta e agitada e berra com muita frequência (principalmente a cabra). • A cauda apresenta movimentos laterais rápidos (principalmente a cabra). • Diminuição de apetite (cabra e ovelha). • Diminuição da produção leiteira (principalmente a cabra). Sinal de Fleming Sinal que o macho faz para saber se a fêmea está no cio, ele cheira a região posterior da fêmea ou sua urina, pois no nariz eles tem um reconhecimento de feromônios, através do órgão vomeronasal para reconhecimento de cio. Duração de cio • Ovelhas: 24 a 36 horas. • Cabras: 24 a 48 horas. Fatores que influenciam na duração do cio: • Raça; • Idade; • Estação; • Presença de macho; Ovulação De maneira espontânea, geralmente melhor quando próxima ao final do cio. • ovelha: 24 a 27 horas após o início do cio. • cabra: 24 a 36 horas após o início do cio. Fatores que afetam a ovulação• Raça Temos raças que costumam ovular mais do que outras raças, principalmente nos ovinos. - Merino ovula 1,2 óvulos em média; - Highlander e Primera ovulam até 4 óvulos. • Gene Booroola Isolado de algumas ovelhas, para termos mais filhotes, principalmente das de corte, para ter partos múltiplos. - 30% partos simples ou triplos. - 70% partos duplos. • Idade - Máxima: 3 aos 6 anos, a idade influencia, menores de 3 anos ou maiores de 6 anos tendem produzir menos filhotes. • Estação - Maior ovulação no final da estação. Escolha dos reprodutores • Verificar se o animal apresenta padrão racial característico da raça escolhida; • Observar se os dois testículos são do mesmo tamanho; • Se têm forma ovóide e consistência e tamanho normais; • Verificar se o animal apresenta boa atividade sexual e boa fertilidade; • No caso de reprodutores adultos procure conhecer a descendência; • Comprar animais entre a primeira e a terceira muda dentária. ( 1 ano a 3 anos e meio), comprar somente se trocou as pinças e os médios; • Não comprar animal que apresente qualquer tipo de defeito ou doença. Descarte de reprodutores • Ausência de um testículo e testículos pequenos; • Testículos duros ou muito moles (degeneração testicular); • Presença de hérnia; • Queixo curto (agnata); • Queixo comprido (prognata); • Baixa atividade sexual; • Animais muito velhos e com defeitos graves nos cascos. Escolha das matrizes • Verificar se a fêmea se enquadra no padrão racial da raça escolhida; • Não comprar fêmea que apresente qualquer tipo de defeito ou doença; • Observar se a fêmea apresenta bom desenvolvimento corporal, úbere normal, bem formado e bem inserido; • Verificar se a fêmea tem boa fertilidade e boa produção de leite, boa aptidão para criar e se teve gestação e parto normais; • Comprar fêmeas jovens e em idade compatível para reprodução; • Recomenda-se comprar fêmeas que tenham feito no máximo, a terceira muda dentária. Descarte de matrizes • Abortos frequentes; • Baixa fertilidade (pare pouco); • Queixo curto (agnata); • Queixo longo (prognata); • Baixa capacidade para criar; • Doenças crônicas; • Úbere “perdido”. Estação de monta É uma prática de fácil uso e de baixo custo que permite planejar épocas adequadas para o nascimento das crias, visando maior sobrevivência, facilitando a execução dos programas de melhoramento genético do rebanho, trazendo aumento de produção de cordeiros e cabritos, facilitando o sistema de comercialização. A escolha da época de acasalamento deve basear-se em parâmetros que variam de acordo com a região, com a finalidade da criação e com a disponibilidade de alimento ao longo do ano o que, resumidamente, seriam: a) as necessidades nutricionais durante os períodos de gestação, parição e lactação; b) a época mais adequada para o nascimento e desenvolvimento das crias; c) a estratégia de colocação de carne no mercado consumidor. Temos a monta natural controlada, monta natural controlada e inseminação artificial. Monta natural não controlada Nos sistemas de criação extensivos de caprinos e ovinos é muito usada a monta ou a cobrição natural não controlada, que acarreta bastante problemas no controle zootécnico do rebanho, onde o macho é colocado no rebanho com as fêmeas sem controle das coberturas. Em criação de ovinos, a colocação do macho com as fêmeas, tanto na monta controlada, como na não controlada é chamado de encarneiramento. Monta natural controlada A monta ou a cobrição pode ser feita a campo ou no centro de manejo. Cobrição a campo com controle de paternidade: • Dividir os lotes; • Deixe o reprodutor 25 a 30 dias juntos com as fêmeas. Cobrição no centro de manejo; • Faça a marcação do rufião na região do esterno (peito) com uma mistura de tinta xadrez em pó e graxa; • Coloque um rufião para 30 matrizes; • Faça inspeção do rebanho duas vezes ao dia, para observar as fêmeas marcadas pelo rufião; • Retire as matrizes marcadas pelo rufião e coloque com o reprodutor nos currais ou baias. Biotécnicas reprodutivas Em pequenos ruminantes podemos usar: • Inseminação (vaginal, transcervical e laparoscopia) – sêmen fresco ou congelado; Na técnica vaginal colocamos um espéculo na fêmea, uma pipeta e injetamos, na técnica transcervical a fêmea fica de cabeça para baixo, com alguém segurando no pescoço com as pernas e segurando os membros anteriores, outra pessoa passa o espéculo, procura a cérvix e pinça passando a pipeta e a laparoscopia, a fêmea fica deitada na maca, é feito dois furos na lateral, para entrar com a ótica e com a pipeta ejetando o sêmen diretamente no corpo do utero da fêmea. • Aspiração folicular/fertilização In Vitro - FIV; • Transferência de Embriões – TE. Indução de ciclicidade Alternativas para controlar a luz: Programas de luz: Antecipação da encerra dos animais mais cedo no final do verão, mantendo no galpão mais cedo, onde não temos luz direta do sol, diminuindo quantidade de luz seu organismo começa a se preparar para ciclagem. Efeito macho Prática de manejo que auxilia na indução de ciclicidade nas ovelhas, este tratamento consiste em deixar os reprodutores ou rufiões afastados das fêmeas por um período de 30 a 60 dias, sendo assim as fêmeas não podem ter contato visual, auditivo e olfativo com os machos (distância de 1 km), após os 60 dias trazemos o macho novamente, colocando o perto das fêmeas, e após o 5º dia, as fêmeas começam a apresentar sintomas de estro. Nutrição X reprodução Flushing • Aumento do aporte nutricional em favorecimento da reprodução; • Ovinos e Caprinos ---> Aumento da taxa de ovulação. • 3 – 4 semanas antes da data prevista para o encarneiramento. • Em ovelhas merinas ocorre 6% de aumento da taxa de parição para cada elevação de 4,5 kg no peso à cobertura (Veloso et al, 2009). Prenhez O período médio da prenhez da cabra e da ovelha é de aproximadamente 150 dias, apresentando variações de 146 a 154 dias. Os principais sinais observados nas cabras e ovelhas durante a prenhez são: • Ausência de cio; • Falta de interesse pelo macho; • Aumento da barriga e do úbere; • Fica mais calma e engorda com facilidade. Cuidados durante a prenhez Manter as cabras e as ovelhas em boas condições de saúde e bem alimentadas; • Evitar mudança brusca na alimentação; • Evitar transporte por período longo; • Evitar traumatismo; • Colocar as cabras e ovelhas que estejam perto • de parir em piquete maternidade. Parto Bem próximo ao parto as cabras e as ovelhas podem apresentar os seguintes sinais: • Depressão marcante em cada lado da cauda; • Depressão nos “vazios” (flancos); • Inquietação; • Presença de corrimento opaco na genitália externa (vulva). Em condições normais o parto dura em torno de trinta minutos, o feto deve estar em posição de mergulho para sair, os partos devem ocorrer em instalações limpas e bem arejadas ou no piquete de maternidade. Se houver necessidade a assistência ao parto deve ser resumida em: • Ajuda no ato de expulsão da cria; • Limpeza da cria, retirando-se os restos do parto (placenta) e as secreções das narinas e boca da cria; • Estímulo da respiração, neste caso pega-se a cria pelas pernas e coloca de cabeça para baixo por alguns segundos. Manejo de neonatos • Cura do Umbigo com iodo de 5-10% por 3-4 dias; • Fornecimento de colostro (banco de colostro); • Aleitamento o certo é pasteurizado, oriundo de cabras e ovelhas negativas para doenças. Regras básica do manejo reprodutivo • sempre realizar o exame andrológico dos reprodutores antes do início da estação reprodutiva; • sempre vermifugar o rebanho antes de iniciar o programa reprodutivo; • sempre ter mão de obra preparada para acompanhar cada etapa: encarneiramento, controle sanitário, diagnóstico de gestação, manejo pré-parto, parto, amamentação, desmame, recria e engorda; • sempre vermifugar as mães na primeira semana pós-parto, independente do controle geral do rebanho; • Ovelhas acasalam e parem nas primeiras horas do dia, acompanhamento criterioso manhã e madrugada para minimizar perdas com distorcias,cordeiros fracos, intempéries climáticas; • Pastos, piquetes, ou galpões de parição: minimizam ataque de predadores e facilitam o manejo perinatal; • Cuidados com a cria: umbigo, colostro, banco de colostro de ovelha, vaca ou cabra, proteção contra ventos e umidade, para diminuir perdas pelo complexo inanição, exposição (hipoglicemia e hipotermia).
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