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Prof. Me. Evandro Rafael UNIDADE II Contabilidade Pública e Governamental Contabilidade Pública x Contabilidade Societária (privado) Contabilidade pública Contabilidade pública é o ramo da ciência contábil que aplica os princípios e as normas contábeis no processo de geração, elaboração e divulgação de informações direcionadas à gestão de entidade públicas. Fonte: https://br.freepik.com/vetores-gratis/escolha-o-caminho_760358.htm Lei n. 4.320/1964 Título IX – Da contabilidade Capitulo I – Disposições gerais Capitulo II – Da contabilidade orçamentária e financeira Capitulo III – Da contabilidade patrimonial e industrial Capitulo IV – Dos balanços Contabilidade pública Patrimônio público é o conjunto: de direitos e bens; tangíveis ou intangíveis; onerados ou não; adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público; que seja portador e represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro; inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações. Patrimônio público Fonte das imagens: https://br.freepik.com/vetores-grátis/ São bens que fazem parte do patrimônio público e são classificados em: Bens móveis: são aqueles bens que têm existência material e que podem ser transportados sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Exemplos: as máquinas, aparelhos, equipamentos, bens de informática, móveis e utensílios, materiais culturais e educacionais, veículos, bens móveis em andamento. Bens imóveis: são os bens vinculados ao terreno (solo), que não podem ser retirados sem destruição ou danos. Exemplos: os imóveis residenciais, comerciais, edifícios, terrenos, aeroportos, pontes, viadutos, obras em andamento, hospitais, entre outros. Classificação dos imóveis públicos segundo Código Civil: Bens de uso comum do povo; Bens de uso especial; Bens dominicais (dominiais). Bens públicos O controle tem a finalidade de garantir que os agentes públicos estejam exercendo a função administrativa de acordo com os princípios e normas contábeis. Controle interno: é realizado com base nos serviços de contabilidade por meio dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral (RCPG) com o objetivo de garantir o cumprimento das normas e comprovar a legalidade dos atos da administração, bem como avaliar os resultados quanto à eficiência e a eficácia dos atos. Controle externo: as fiscalizações contábil, financeira e orçamentária serão exercidas pelo Congresso Nacional; na União, e terão como órgão auxiliar o Tribunal de Contas da União. Nos estados e nos municípios, os Poderes Legislativos têm como órgãos auxiliares para tal tarefa os Tribunais de Contas. Controle nas entidades públicas Regime de caixa x regime de competência? Os princípios fundamentais de contabilidade dizem que se aplica o princípio da competência tanto para receita quanto para despesa. Na lei 4.320/64, entende-se que as receitas devem ser reconhecidas pelo regime de caixa e as despesas pelo regime de competência. Regime orçamentário x regime contábil? Sobre o impacto orçamentário que será demonstrado no balanço orçamentário, deve-se respeitar o exigido pelo art. 35 da lei 4.320/1964. Sobre o impacto no patrimônio nos balanços patrimonial e financeiro, deve-se atender os princípios contábeis. Regimes contábeis Diz respeito ao período em que as empresas devem elaborar as suas demonstrações contábeis. Na lei 4.320/64, no que tange às questões orçamentárias, está determinado que o exercício financeiro coincidirá com o ano civil. Tal determinação tem relação direta com a execução da Lei Orçamentária Anual. Exercícios contábeis x Exercício social Fonte: https://br.freepik.com/search?dates=any&format=sear ch&page=2&query=calendario+2020&sort=popular É uma peça em que as receitas e despesas devem ser previstas e realizadas pela administração pública (Poder Executivo) e submetidas à aprovação (Poder Legislativo). No Brasil é um instrumento de ação do governo, que articula um conjunto de ações para atingir um objetivo comum, preestabelecido para atender as necessidades da sociedade. O planejamento do orçamento público é feito pela administração pública por meio de planos e programas de trabalho por ela desenvolvidos pela planificação das receitas a serem obtidas e pelas despesas a serem efetuadas, objetivando a continuidade e a melhoria quantitativa e qualitativa dos serviços prestados à sociedade. A metodologia utilizada no Brasil é a denominada de orçamento-programa, definido como um plano de trabalho expresso por um conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários para a sua execução. Orçamento público Os princípios orçamentários visam estabelecer regras básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e transparência aos processos de elaboração, execução e controle do orçamento público. Unidade ou totalidade. Universalidade. Anualidade ou periodicidade. Exclusividade. Orçamento bruto. Legalidade. Publicidade. Transparência. Não vinculação (não afetação) da receita de impostos. Princípios orçamentários É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora, aprova, executa, controla e avalia os programas do setor público nos aspectos físico e financeiro, referentes ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público. Ciclo orçamentário Elaboração Aprovação Execução Avaliação O modelo orçamentário tem por base a Constituição Federal e deve ser aplicado por todos os poderes (executivo, legislativo e judiciário) e nas três esferas de governo (Federal, Estadual/Distrital e Municipal). Plano Plurianual (PPA) – define as diretrizes, objetivos e as metas de médio prazo. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – estabelece as metas e prioridades. Lei Orçamentária Anual (LOA) – é o instrumento para a realização do conjunto de ações e objetivos propriamente ditos, em que são fixadas as despesas e estimadas as receitas. Créditos adicionais: Suplementares; Especiais; Extraordinários. Elaboração das propostas orçamentárias Ao contabilizar as receitas e despesas de acordo com o art. 35 da lei n. 4.320/64, adota-se, no subsistema orçamentário, o regime contábil de: a) Competência para a receita e para a despesa. b) Caixa para a despesa e de competência para a receita. c) Competência para a despesa e de caixa para a receita. d) Caixa para a receita e para a despesa. e) Caixa ou de competência, para a receita e despesa, conforme a legislação própria de cada ente. Interatividade Ao contabilizar as receitas e despesas de acordo com o art. 35 da lei n. 4.320/64, adota-se, no subsistema orçamentário, o regime contábil de: a) Competência para a receita e para a despesa. b) Caixa para a despesa e de competência para a receita. c) Competência para a despesa e de caixa para a receita. d) Caixa para a receita e para a despesa. e) Caixa ou de competência, para a receita e despesa, conforme a legislação própria de cada ente. Resposta É todo recurso obtido pelo Estado para atender às despesas públicas. Receita Orçamentária Efetiva – é o ingressos de recursos não foram precedidos de registro de reconhecimento do direito e não constituem obrigações correspondentes. Exemplo: Impostos Receita Orçamentária Não Efetiva é o ingresso de recursos que foram precedidos de registro do reconhecimento do direito ou constituem obrigações correspondentes. Exemplo: Operações de Créditos Classificação Orçamentária das Receitas: Ingressos Orçamentários; e Ingressos Não-Orçamentários. Receita pública É todo ingresso de recurso durante o exercício que aumentam o saldo financeiro. Pertencem ao Estado – Transitam pelo patrimônio – Estão previstana LOA Essas Receitas são classificadas segundo os seguintes critérios: Natureza; Fonte/destinação de recursos; e Indicação de resultado primário. Tais receitas também podem ser classificadas quanto à procedência em: Originárias – arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas; e Derivadas – decorrente de imposição legal, por isso arrecadada de forma impositiva. Receita orçamentária É um código de identificação da Receita que contém todas as informações necessárias para as devidas alocações orçamentárias. Quadro: Codificação da receita orçamentaria Essa estrutura de códigos está disposta de forma a proporcionar extração de informações imediatas, a fim de prover celeridade, simplicidade e transparência, sem a necessidade de qualquer procedimento paralelo para concatenar dados. Classificação da receita – por natureza C O E DDDD T Categoria Econômica Origem Espécie Desdobramento para indicação de peculiaridades da receita Tipo Exemplo de codificação da receita orçamentaria Classificação da receita – por natureza Fonte: Adaptado de: MTO (2020, pg18). Categoria Econômica Origem Espécie Desdobramento para identificação de peculiaridades Tipo Principal Imposto sobre a Renda de Pessoa Física – IRPF Impostos Impostos, taxas e contribuições de melhoria Receita corrente 1 1 1 3.01.1 1 Classificação por Categoria Econômica: 1. Correntes – são arrecadadas dentro do exercício financeiro e constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e ações orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades públicas. 2. De Capital – são arrecadadas dentro do exercício financeiro e são instrumentos de financiamento dos programas e ações orçamentários, a fim de se atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das receitas correntes, as receitas de capital em geral não provocam efeito sobre o patrimônio líquido. Receitas de Operações Intraorçamentárias (7 e 8) Representa movimentação de receitas entre órgãos e não novas entradas de recursos nos cofres públicos. Classificação da receita – por natureza Classificação por Origem da Receita: 1 - Receitas Correntes: 1 - Impostos, Taxas e Contribuições de melhorias; 2 - Contribuições; 3 - Receita Patrimonial, 4 - Agropecuária, 5 - Industrial e 6 - Serviços; 7 - Transferências Correntes; e 9 - Outras Receitas Correntes. 2 - Receitas de Capital: 1 - Operações de Crédito; 2 - Alienação de Bens; 3 - Amortização de Empréstimos; 4 - Transferência de Capital; e 9 - Outras Receitas de Capital. Classificação da receita – por natureza Classificação por Espécie: permite qualificar com maior detalhe o fato gerador das receitas. Classificação por Desdobramentos para Identificação de Peculiaridades da Receita: identifica as particularidades de cada receita (podem ou não ser utilizados). Classificação por Tipo: identificar o tipo de arrecadação a que se refere aquela natureza. Classificação da receita – por natureza Tem como objetivo de identificar as fontes de financiamento dos gastos públicos, ou seja, fazer associação da receita orçamentária com uma despesa orçamentária de forma a evidenciar os meios para se atingir os objetivos públicos. Ressalte-se que esse mecanismo de fonte/destinação de recursos é obrigatório, devido aos mandamentos constantes da Lei Complementar nº 101/2000 (LRF). Classificação da receita – por fonte/destinação de recursos Esta classificação orçamentária da receita não tem caráter obrigatório para todos os entes e foi instituída para a União com o objetivo de identificar quais são as receitas e as despesas que compõem o resultado primário do Governo Federal, que é representado pela diferença entre as receitas primárias e as despesas primárias. Classificação da receita – para indicação de resultado primário São as etapas ou operações que as entidades responsáveis pela receita pública devem realizar ou percorrer para que a mesma seja efetivada. Previsão; Lançamento; Arrecadação; e Recolhimento. Exceção às Etapas da Receita Etapas (estágios) da receita orçamentária Os recursos referentes à venda de um terreno pertencente ao Estado são classificados segundo a categoria econômica e origem, respectivamente, como: a) Receita corrente – patrimonial. b) Receita de capital – alienação de bens. c) Receita corrente – contribuições. d) Receita de capital – operações de crédito. e) Receita corrente – alienação de bens. Interatividade Os recursos referentes à venda de um terreno pertencente ao Estado são classificados segundo a categoria econômica e origem, respectivamente, como: a) Receita corrente – patrimonial. b) Receita de capital – alienação de bens. c) Receita corrente – contribuições. d) Receita de capital – operações de crédito. e) Receita corrente – alienação de bens. Resposta É o conjunto de dispêndios (gastos) realizados pelos entes públicos para o funcionamento e manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade. Despesa orçamentária efetiva – aquela que, no momento de sua realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo. Exemplos: pessoal e encargos; juros e encargos da dívida. Despesa orçamentária não efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil permutativo. Exemplo: investimentos; amortização da dívida. Classificação orçamentária das despesas: Despesa orçamentária; Despesa não orçamentária. Despesas públicas São todos os dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e manutenção dos serviços públicos. Ela deve figurar no orçamento público (Lei Orçamentária Anual – LOA) para que se possa efetivamente realizar o gasto. Essas despesas são classificadas segundo os seguintes critérios: Institucional; Funcional; Por estrutura programática; Por natureza. Despesa orçamentária A classificação institucional reflete as estruturas organizacional e administrativa de alocação de crédito e está estruturada em dois níveis hierárquicos: Unidade orçamentária: representa o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias; Órgãos orçamentários: correspondem a agrupamentos de unidades orçamentárias. Exemplo: Classificação da despesa orçamentária – institucional M in is té ri o d a E d u c a ç ã o Escolas Técnicas Federais Universidades Federais FNDE Órgãos orçamentários Unidade orçamentária Segrega em função e subfunção, o que permite a vinculação das despesas a objetivos específicos do governo. Função – o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público, ao qual está quase sempre relacionada com a missão institucional do órgão. Exemplo: educação. Subfunção – nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar a natureza de cada área da atuação governamental. Exemplo: educação infantil. Classificação da despesa orçamentária – funcional Todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por programas e ações, mas cada um estabelecerá seus próprios programas e ações de acordo com os objetivos no PPA, sendo: Programa – instrumento de organização da atuação, visando à solução de um problema ou ao atendimento de uma necessidade da coletividade. Exemplo: educação de qualidade para todos. Ação – são operações que resultam em bens e serviços que contribuem para atender ao objetivo do programa. Exemplo: detalhar investimentos em infraestrutura, formação profissional e outras preocupações que vão além da sala de aula, a fim de atingir os objetivos. Subtítulo/localizador de gasto – o menor nível de categoria de programação, deve ser detalhado com objetivo de identificar o uso e fonte de recursos, a finalidadedo gasto, em que e onde serão alocados os recursos. Componentes da programação física – meta física (quantidade de produto a ser ofertado por ação). Classificação da despesa orçamentária – por estrutura programática É o conjunto de informações que formam um código (8 dígitos) e informam a categoria econômica da despesa, o grupo a que ela pertence, a modalidade de aplicação e o elemento. Essa estrutura deve ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo. Classificação da despesa orçamentária – por natureza 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° Categoria econômica Grupo de natureza de despesa Modalidade de aplicação Elemento de despesa Subelemento Classificação por categoria econômica: 3) Correntes: referem-se aos gastos operacionais da administração pública para a manutenção da máquina administrativa. Exemplo: aquisição de material de consumo; pagamento de juros. 4) De capital – referem-se aos gastos para a formação ou aquisição de um bem novo (bem de capital). Porém, de forma diversa das despesas correntes, as despesas de capital, em geral, provocam efeito sobre o patrimônio líquido. Exemplo: aquisições de equipamentos e material permanente; amortização da dívida. Classificação da despesa orçamentária – por natureza Classificação por natureza de despesa: 3) Correntes 1. Pessoal e encargos sociais; 2. Juros e encargos da dívida; 3. Outras despesas correntes. 4) De capital 4. Investimentos; 5. Inversão financeira; 6. Amortização da dívida. Classificação da despesa orçamentária – por natureza Classificação por modalidade de aplicação: Tem a finalidade de indicar se os recursos são aplicados diretamente pelo órgão ou se o recurso é proveniente de transferência de outro órgão, eliminando, assim, a duplicação na contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. Exemplos: 20) Transferência à união; 22) Execução orçamentária delegada à união; 30) Transferência a estados e ao Distrito Federal; 40) Transferência a municípios; 80) Transferência ao exterior; 90) Aplicação direta; Classificação da despesa orçamentária – por natureza Classificação por elemento de despesa: Tem a finalidade de identificar os objetos de gasto que a administração pública utiliza para atingir suas finalidades, é o último nível de detalhamento da despesa, obrigatório, uma vez que o desdobramento (subelemento) é facultativo. Exemplos: 11) Vencimentos e vantagens – pessoal civil; 12) Vencimentos e vantagens – pessoal militar; 18) Auxílio financeiro a estudantes; 21) Juros sobre a dívida por contrato; 30) Material de consumo; 38) Locação de mão de obra; 61) Aquisições de imóveis; 92) Despesas de exercícios anteriores. Classificação da despesa orçamentária – por natureza Uma construtora foi contratada para a construção de um hospital. O reconhecimento desse gasto deve ser classificado segundo sua categoria econômica e natureza de despesa, respectivamente, como: a) Despesa de capital – amortização da dívida. b) Despesa corrente – inversões financeiras. c) Despesa de capital – investimentos. d) Despesa corrente – investimento. e) Despesa de capital – inversões financeiras. Interatividade Uma construtora foi contratada para a construção de um hospital. O reconhecimento desse gasto deve ser classificado segundo sua categoria econômica e natureza de despesa, respectivamente, como: a) Despesa de capital – amortização da dívida. b) Despesa corrente – inversões financeiras. c) Despesa de capital – investimentos. d) Despesa corrente – investimento. e) Despesa de capital – inversões financeiras. Resposta É a despesa que não consta da lei do orçamento (LOA) Sua realização não se vincula à execução orçamentária, compreendendo as diversas saídas compensatórias no ativo e no passivo financeiro, bem como quaisquer valores que se revistam de características de simples transitoriedade, recebidos anteriormente e que, na oportunidade, constituíram receitas extraorçamentárias. Exemplos: caução, consignação, retenções; salário-família, salário-maternidade; restos a pagar. Despesa extraorçamentária São autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA. É requerido que ocorram fatos novos que provocam o surgimento de novas necessidades e/ou ampliam as já existentes. Há um redimensionamento do planejado anteriormente; e Novas autorizações para a execução dos programas de trabalho. Os créditos adicionais são classificados em: Suplementares – reforço de despesas já existentes; Especiais – despesas que não tenham indicação específica; e Extraordinários – despesas urgentes e imprevistas. Créditos adicionais Os créditos suplementares e especiais somente poderão ser abertos se houver recursos para lastrear a despesa, mediante prévia exposição justificativa. Créditos extraordinários não precisam dessa exigência (ter recursos disponíveis). Considera-se recursos disponíveis para abertura dos créditos suplementares e especiais: o superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial do exercício anterior; os provenientes de excesso de arrecadação; os resultantes da anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou créditos adicionais, autorizados em Lei; e o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las. Recursos para a abertura de créditos adicionais Planejamento – é a análise para a formulação dos planos e ações governamentais. Fixação da despesa – limites de gastos. Descentralização de Créditos Orçamentários – movimentação de parte do orçamento. Programação Orçamentária e Financeira – compatibilização dos fluxos de pagamento com os de recebimento. Processo de Licitação e Contratação – procedimentos para aquisição (material/serviço), alienação, concessão. Etapas (estágios) da despesa orçamentária Execução – utilização dos créditos visando a realização das despesas. Empenho – criação da obrigação de pagamento. Ordinário – Estimativo – Global. Em Liquidação – separação entre os empenhos que possuem fato gerador dos que não possuem. Liquidação – verificação do direito do credor; e Pagamento – entrega de numerário ao credor. Etapas (estágios) da despesa orçamentária São as despesas empenhadas, do exercício atual ou anterior, mas não pagas ou canceladas até 31 de dezembro do exercício financeiro vigente. Inscrição de Restos a Pagar Deve-se observar as disponibilidades financeiras e condições da legislação pertinente. Assim, observa-se a LRF que veda contrair obrigação no último ano do mandato do governante sem que exista a respectiva cobertura financeira, eliminando, desta forma, as heranças fiscais onerosas. Exemplo de inscrição de restos a pagar. Recebimento de receita 1.000 Empenho de despesa 900 Liquidação da despesa 700 Inscrição de restos a pagar 900 Restos a pagar São as despesas empenhadas e não liquidadas (em liquidação). Ainda não ocorreu o fato gerador da obrigação, estando pendente de entrega do material ou do serviço adquirido. O prazo para cumprimento da obrigação, assumida pelo credor (contratado), encontra-se vigente. Exemplo de inscrição de restos a pagar Recebimento de receita 1.000 Empenho de despesa 900 Liquidação da despesa 700 Inscrição de restos a pagar não processados 200 (900 – 700) Restos a pagar não processados (RPNP) São as despesas empenhadas e liquidadas, porém não pagas no exercício financeiro. Não há pendência de entrega do material ou do serviço adquirido. Nesses casos, não pode ser cancelado, pois o fornecedor satisfez a obrigação. Exemplo de inscrição de restos a pagar Recebimento de receita 1.000 Empenho de despesa 900 Liquidação da despesa 700 Inscrição de restos a pagar processados 700 Restos a pagar processados (RPP) São despesas cujos fatos geradores ocorreram emexercícios anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamento. Para fins de identificação como despesas de exercícios anteriores, considera-se: Despesas que não se tenham processado na época própria, como aquelas cujo empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação. Restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor. Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do exercício correspondente. Despesas de exercícios anteriores É caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para futura prestação de contas. Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para conceder o recurso ao suprido é necessário percorrer três estágios da despesa orçamentária: empenho, liquidação e pagamento. Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial, pois, no momento da concessão, não ocorre redução no patrimônio líquido. Suprimentos de fundos (regime de adiantamento) No encerramento do exercício de uma autarquia foi constatada a seguinte movimentação: Recebimento de receita R$ 1.800 Empenho de despesa R$ 1.500 Liquidação da despesa R$ 1.200 A partir dessas informações, indique qual alternativa contém os valores, respectivamente, de restos a pagar não processados e restos a pagar processados. a) R$ 1.500 e R$ 1.200. b) R$ 1.200 e R$ 1.500. c) R$ 1.200 e R$ 300. d) R$ 600 e R$ 1.200. e) R$ 300 e R$ 1.200. Interatividade No encerramento do exercício de uma autarquia foi constatada a seguinte movimentação: Recebimento de receita R$ 1.800 Empenho de despesa R$ 1.500 Liquidação da despesa R$ 1.200 A partir dessas informações, indique qual alternativa contém os valores, respectivamente, de restos a pagar não processados e restos a pagar processados. a) R$ 1.500 e R$ 1.200. b) R$ 1.200 e R$ 1.500. c) R$ 1.200 e R$ 300. d) R$ 600 e R$ 1.200. e) R$ 300 e R$ 1.200. Resposta BRASIL. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Lei de Responsabilidade Fiscal – Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm. Acesso em: 31 ago. 2020. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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