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Zona Agro-Ecologica 1
Está localizada na Região Sul de Moçambique e compreende o interior da Província de Maputo (Matutuine, Magude, Moamba, Namaacha e Boane). Ocupa uma área de 19,855 km2 . A altitude da Zona está abaixo de 200 metros. Existem, contudo, áreas cuja altitude é ligeiramente superior a 500 metros. O relevo é quase plano a ondulado. A Zona é caracterizada por solos de origem aluvionar e basáltica, em geral planos. A textura vária de arenosa a franco arenoso, com fertilidade marginal a boa.
As chuvas concentram-se no período Outubro/Novembro a Março. A principal característica é que é muito irregular. Em geral, verifica-se precipitação durante o inverno. Os valores de precipitação média anual que ocorrem nesta região situam-se entre 600 a 800 mm, aproximadamente. A temperatura média situa-se entre 20 a 25ºC. Esta é uma região semi-árida com clima seco, Nas terras altas, onde existem solos da textura arenosa, cultiva-se, no período chuvoso, milho, amendoim, feijão nhemba, feijão jugo, mandioca, batata-doce, cucurbitáceas, fruteiras e, em pequena proporção, hortícolas (MINAG, 2007).
Fonte: Ministério da Agricultura e Pescas, 1996
Fonte: Docsity “Palestra sobre Zonas agroecológicas-CFA Moçambique”.
A região 1 de baixa altitude (< 200 metros) está coberta de solos castanhos e escuros derivados de basalto (região dos Libombos, província de Maputo). A fisiografia, população, clima, informação geológica e solos das zonas agro-ecológica 1 e 2 são demonstradas a seguir.
Fonte: Docsity “Palestra sobre Zonas agroecológicas-CFA Moçambique”.
 
Fonte: IIAM Relatório de Pesquisa No. 3P Agosto de 2006.
Geologia
Moçambique, do ponto de vista geológico apresenta duas unidades geológicas: Precâmbrico e Fanerozóico.
Fanerozóico
É constituído essencialmente por rochas sedimentares que se formaram entre 300 e 70 milhões de anos. Essas rochas incluem também as formações eruptivas (magmáticas) como basaltos e riolitos e se podem encontrar junto à fronteira de Namaacha.
Localização
Ocupa quase na totalidade as províncias de Inhambane,Gaza e Maputo e vai se estreitando para o norte até ao curso do rio Rovuma ocupando 1/3 do território nacional. Onde vamos encontrar grades depósitos nas provincias de Gaza e Inhambane encontra-se grandes depósitos de areias pesadas, e areia de construção e na Província de Maputo rica em grades depósitos de áreas e pedra e placas rioliticas usadas para construção.
Os tipos de solos
Solos da região Sul
A região sul apresenta uma predominância de solos arenosos brancos bastante permeáveis, solos fluviais de elevado grau de fertilidade e já na zona fronteiriça de Namaacha (cadeia dos Libombos) os solos são pouco evoluídos e não muito aptos para a prática da agricultura uma vez que são pouco profundos.
HIDROGRAFIA
Bacias hidrográficas da Zona 1 e 2
Moçambique dispõe de muitos rios, que se localizam ao longo do território nacional, apresentando diferenças no seu comportamento influenciado pelas condições climáticas e morfológicas, fundamentalmente.
Bacia de Incomáti (46.200 k km², sendo 14.925 km² em Moçambique) 
O Rio Incomáti nasce na África do Sul e desagua no Oceano Indico, depois de um percurso de 280 km. O rio Sábie é o seu afluente, sobre o qual, ergueu-se a barragem de Corumana, no Distrito de Moamba, província do Maputo.
Bacia do Maputo (1.570 km²)
O rio Maputo nascendo no Kwazulu-Natal na África do Sul na confluência entre os rios Phongolo Ngwavuma e Suthu percorre 150 km no território moçambicano até a baia de Maputo onde desaguam em estuário.
Bacia de Umbelúzi (2.240 km² em Moçambique, dos 5.460 km² do seu total)
O rio Umbelúzi nasce na Suazilândia e entra em Moçambique através do posto administrativo de Goba. É sobre ele que foi erguida a barragem dos Pequenos Libombos, de salientar que as suas águas abastecem as cidades de Maputo e Matola.
Bacia de Save (22.575 km²)
O rio Save nasce no Zimbabwe e tem a sua foz no Índico, percorrendo 330 km, atravessando uma vasta planície, separando as províncias de Manica e Sofala (Centro), Gaza e Inhambane (Sul) e desagua em forma de estuário no oceano Índico em de Nova Mambone, possuindo regime periódico.
Bacia de Limpopo (80.000 km²)
O rio Limpopo nasce na África do Sul, percorrendo 1.170 km, dos quais, 600km em Moçambique. Ela é partilhada ainda pelo Zimbabwe e termina no Indico na zona de Xai-Xai. Possui como afluente principal, o rio dos Elefantes onde se localizam as barragens: de Massingir e de Macarretane.
As características gerais dos rios
O comportamento dos rios moçambicanos é influenciado por vários factores de natureza diversa e distinta, como por exemplo: a própria situação geográfica do país, a disposição do relevo, a cobertura vegetal, o clima, o solo e a acção do Homem.
Destacam-se, como suas características gerais:
· A maioria nas regiões altas dos países vizinhos do interland (interior);
· A maioria tem uma orientação (sentido) Oeste para Este;
· Desaguam no Oceano Índico em forma de estuário ou delta;
· A maioria é de regime periódico.
Os da região Sul são de planície, e ao longo do seu percurso meandram o terreno e o seu leito corre em vales abertos em caleira, o que favorece a rápida evaporação das suas águas. Na zona Sul verifica-se que eles possuem capacidade erosiva, fraco potencial hidroeléctrico e forte hidroagrícola.
Características das principais bacias hidrográficas das zonas agroecológicas 1 e 2
Bacia do rio Maputo
É uma bacia internacional e possui uma área total de 29030Km2, dos quais 27460Km2 na África do Sul e em Moçambique com 1570Km2. O rio nasce na África do Sul e as suas elevações encontram-se no extremo sudoeste da bacia atingindo os 2000m, com a altitude média cerca de 815m. O regime do rio é permanente com um escoamento médio anual cerca de 28500* 106m3. Desagua na baía do Maputo.
Bacia do Incomáti
A bacia do Incomáti possui uma área de 46.200 Km2, dos quais somente 32% situa-se em território Moçambicano. Na Swazilândia a área é de 6% e na República da África do Sul é de 62%. Os principais afluentes são Komati, Crocodilo e Sábiè. O Komati entra em Moçambique a jusante da afluência dos rios Komati e Crocodilo em Ressano Garcia, passando a chamar-se Incomáti. O comprimento do rio em Moçambique é de 280Km.
A contribuição de Moçambique para o escoamento do rio Incomáti é aproximadamente de 4%. O país está fortemente dependente dos recursos hídricos dos países de montante. O escoamento médio anual do rio Incomáti calculado para um período de 30 anos é igual a 2.015 Mm3 . O escoamento médio anual do rio Sábiè é de 630 Mm3. O escoamento mínimo ocorre geralmente em Setembro/Outubro, mas também podem ocorrer escoamentos baixos entre Maio e Novembro.
O clima da bacia em Moçambique, varia de tropical húmido de savana, na Costa, a seco de estepe, nas regiões mais a oeste e centrais. A temperatura média anual varia de 22,4ºC a 23,9ºC. A precipitação média anual varia de 1073 mm em Calanga na costa, a 509 em Mapulanguene (P 600), perto da fronteira com a África do Sul. A precipitação média anual, na área moçambicana da bacia, é de cerca de 650mm. Os solos da parte de jusante da bacia são principalmente aptos para arroz, particularmente perto da foz e, noutras zonas como os terraços mais elevados de origem marinha.
Existem algumas colinas arenosas, boas para o cultivo de vegetais e bananas. Na parte central, as deposições fluviais são boas para trigo, milho, cana-de-açúcar e vegetais. A outra infra-estrutura hidráulica que tem um papel importante a desempenhar é o açude de Chauali, uma barragem de terra cujo objectivo é aumentar a capacidade natural de armazenamento do lago Chuali até 200 Mm3. Localiza-se no rio Massimachopes, no distrito da Manhiça.
Bacia do Limpopo
O Rio Limpopo com cerca 1 461Km de comprimento possui uma bacia com uma área de 412.000 Km2 de extensão é partilhada por quatro Estados da região da SADC, nomeadamente África do Sul, Botswana, Zimbabwe e Moçambique. Ela localiza-se entre os paralelos 22º e 26º Sul e entre os meridianos 26º e 35ºEste. Em território nacional está enquadradaentre os paralelos 21º e 25º Sul e os meridianos 31º e 35º, e confina a norte com a bacia do Rio Save, a sul com a do Rio Incomáti e a este com a do Rio Govuro o quadro a seguir indica as áreas parciais da bacia do Rio Limpopo.
O rio Limpopo e seus afluentes são considerados como sendo perenes os rios Limpopo e Elefantes, e intermitentes os rios Changane e Nuanetze. A densidade do Rio Limpopo, com base nos dados acima é estimada em 0.011/Km.
As altitudes médias por sub-bacia são de 75 m para Changane, 700 m para o Limpopo e 900m para a sub-bacia do rio dos Elefantes. A bacia do Limpopo em Moçambique, faz parte da bacia sedimentar da parte Sul do País, é limitada no extremo Oeste por riolitos e basaltos (Superior do Karoo) da cadeia dos Libombos.
Bacia do Save
O Save é uma bacia internacional partilhada por Zimbabwe e Moçambique, respectivamente com áreas de drenagem de 83845Km2 e 22575Km2, 79% e 21% da área total de cerca de 106420Km2. Tem um comprimento total de 735Km dos quais 330 no território moçambicano e 405Km no território Zimbabwiano. A rede de drenagem é bem distribuída. No Zimbabwe, junto a fronteira, confluem duas linhas de água principais, os rios Runde e Save, constituindo naquele país duas bacias hidrográficas independentes.
Nasce na República do Zimbabwe e corre para Este entrando em Moçambique pela localidade de Mavue distrito de Massangena. No seu percurso, limita as províncias de Manica e Sofala na região Centro, das de Gaza e Inhambane respectivamente na zona sul e desagua no Oceano Índico em Nova Mambone distrito de Govuro.
Bacia do Govuro
Com uma área de 11500Km2, é o mais importante rio da região Norte da Província de Inhambane. Nasce em Mapinhane distrito de Vilankulo e desenvolve-se de Sul para Norte ao longo de mais de 150Km, percorrendo os distritos de Vilankulo e Inhassoro, desagua no Oceano Índico na Região de Macovane.
Bacia de Inharrime
Possui uma área de 11850Km2 e um comprimento de 150Km abrangendo total ou parcialmente os distritos de Panda, Zavala e Inharrime. Nasce na província de Gaza e desagua na Lagoa Poelela em Inharrime.
Bacia de Mutamba
É um rio com uma área de 748Km2 e um comprimento de 65Km. Nasce perto da Lagoa Nhangela no distrito de Inharrime, desenvolvendo-se de Oeste a Este e desagua na Baía de Inhambane.
Bacia de Inhanombe
É um rio com uma área de 443Km2 e um comprimento de 22.5Km. Nasce em Manhenge no distrito de Massinga e desagua no Oceano Índico em Pomene no mesmo distrito.
Zona Agro-ecológica 2
Fica localizada na Região Sul de Moçambique e compreende toda a faixa costeira de Maputo (Marracuene e Manhiça), Gaza (Bilene-Macia, Chibuto e Manjacaze) e aproximadamente toda a Província de Inhambane (Zavala, Inharrime, Panda, Jangamo, Homoíne, Inhambane, Maxixe, Morrumbene, Funhalouro, Massinga, Vilanculo, Inhassoro e Govuro) até ao rio Save. Ocupa uma área de 69,301 km2. A altitude da Zona é inferior a 200 metros. Do ponto de vista de geologia, o sul e toda a faixa costeira até ao rio Save apresentam rochas sedimentares do quaternário alternado com rochas sedimentares do terciário.
Esta Zona é caracterizada por apresentar uma grande predominância de solos arenosos, intercalados com solos hidromórficos (machongos). De acordo com a classificação da FAO, são considerados Arenossolos. São encontrados Fluvissolos nos vales dos rios. Os principais rios desta zona são: o Limpopo, o Inharrime, o Govuro e o Save.
Em geral, o gradiente de precipitação vária da costa para o interior. Na pequena faixa costeira, a precipitação é de aproximadamente 1000 mm. Na maior parte da Zona, o período chuvoso vai de Novembro a Março. Na região adjacente a costa, o período chuvoso inicia em Outubro. Mais para o interior, no limite da Zona, a precipitação vária de 600 a 800 mm. A irregularidade das chuvas origina períodos de seca, em pleno período chuvoso. Na faixa costeira ocorrem chuvas, no inverno. A temperatura média anual situa-se entre 22 e 26oC.
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BIBLIOGRAFIAS
ALBINO, Rodolfo, José (2012). Bases Geoambientais para a Gestão da Bacia Hidrográfica do rio Umbeluzi-Moçambique. Maputo.
Conselho de Ministros (2007). Estratégias Nacional de Gestão de Recursos Hídricos. Maputo.
DOS MUCHANGOS, Anicento (1999).Moçambique Paisagens e Regiões Naturais. Maputo
www.arasul.co.mz 
www.aranorte.co.mz 
http://www.limpopo.riverawarenesskit.org; 
http://www.fao.org/docrep/008/y5744e/y5744e07.htm

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