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Receitas Públicas: Planejamento e Execução

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Disciplina: Contabilidade Pública
Aula 2: As receitas públicas
Apresentação
A receita pública é a principal fonte de recursos para atendimento das demandas sociais. Nesta aula, analisaremos esta
temática sob o enfoque orçamentário das receitas, destacando o planejamento e a execução.
Vamos re�etir sobre como são classi�cados e organizados os tributos recolhidos, por exemplo, junto aos respectivos
Tesouros: federal, estaduais e municipais. Veremos também a distribuição das receitas entre os entes federativos, as cotas
de participação e a competência de arrecadação estabelecida na Constituição Federal.
Objetivos
Identi�car o enfoque orçamentário e o patrimonial das receitas públicas;
Identi�car os estágios obrigatórios da receita orçamentária;
Classi�car as receitas de acordo com a categoria econômica e suas especi�cidades na Administração Pública.
O conceito
A receita assume, na Administração Pública, um papel de fundamental importância por estar envolvida em diversas situações,
como a sua distribuição e a destinação entre as esferas governamentais e o seu relacionamento com os limites legais impostos
pela legislação.
De acordo com Lima e Castro (2003, p.54):

A receita pública seria, pois, o recebimento efetuado pela instituição pertencente ao
Estado, com a finalidade de ser aplicado em gastos operativos e de administração.
(LIMA e CASTRO, 2003, p.54)
Já para Andrade (2008, p.51):

Define-se como todo e qualquer recolhimento aos cofres públicos em dinheiro ou outro
bem representativo de valor que o governo tem direito de arrecadar em virtude de leis,
contratos, convênio e quaisquer outros títulos, de que seja oriundo de alguma finalidade
específica, cuja arrecadação lhe pertença ou caso figure como depositário dos valores
que não lhe pertençam. É, pois, o conjunto de ingressos financeiros, provenientes de
receitas orçamentárias ou próprias e receitas extraorçamentárias ou de terceiros, que
produzirão acréscimos ao patrimônio da instituição, seja União, estados, municípios ou
Distrito Federal, suas autarquias e fundações.
(ANDRADE, 2008, p.51)
Silva (2009, p.222) esclarece e complementa o conceito da receita pública e seu relacionamento direto com as despesas:

Para fazer face a suas necessidades, o Estado dispõe de recursos ou rendas que lhe são
entregues através da contribuição da coletividade. 
 
O conjunto desses recursos constitui a denominada receita pública e com ela o Estado
vai enfrentar todos os encargos com a manutenção de sua organização, com o custeio
de seus serviços, com a segurança de sua soberania, com as iniciativas de fomento e
desenvolvimento econômico e social e com seu próprio patrimônio.
(SILVA, 2009, p.222)
Constata-se em todas as de�nições dos autores citados, que a receita pública é
representada pelos ingressos de recursos �nanceiros que serão aplicados na
aquisição de bens e serviços, visando à prestação de serviços públicos à comunidade.
 (Fonte: BaanTatSaNa / Shutterstock).
Tipos de receitas públicas
Primeiramente, em um sentido amplo, os ingressos de recursos �nanceiros nos cofres do Estado são chamados de receitas
públicas. Porém, estas são as receitas orçamentárias, pois representam disponibilidades de recursos �nanceiros para o erário.
Sendo assim, podemos dividir os ingressos �nanceiros em:
Clique nos botões para ver as informações.
Valores não previstos no orçamento. Correspondem a fatos de natureza �nanceira decorrentes da própria gestão das
entidades.
O Estado, neste caso, é simples depositário de valores que serão restituídos na época oportuna aos interessados por
decisão administrativa ou sentença judicial. O governo poder bene�ciar-se com as prescrições, medidas administrativas e
sentenças favoráveis.
Constituem estes tipos de rendas, por exemplo:
Caução;
Descontos consignados em folha de pagamento dos servidores.
É muito comum nas contratações de serviços pela Administração Pública a exigência, junto à empresa contratada, de
caucionar um determinado percentual sobre o valor global do contrato, e que, ao �nal da vigência, deverá ser devidamente
devolvido à empresa.
Esse valor é um típico exemplo de classi�cação de uma receita extraorçamentária, no momento de seu depósito.
Veja o exemplo de uma cláusula de uma minuta contratual <galeria/aula2/anexo/a02_05_01.pdf> onde é exigido o depósito
de caução.
Ingressos extraorçamentários 
É a mais importante, destacando-se, neste contexto, a receita tributária, que se constitui de impostos, taxas e contribuições
de melhoria.
São as que foram previstas no orçamento e que efetivamente �nanciarão os gastos públicos.
Elas serão o destaque desta aula.
Receitas orçamentárias 
Estágios obrigatórios da receita orçamentária
Na Administração Pública, a receita orçamentária obrigatoriamente passa por três etapas, que estudaremos a seguir:
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GRA273/galeria/aula2/anexo/a02_05_01.pdf
 (Fonte: Bakhtiar Zein / Shutterstock)
1ª Etapa | Previsão
A previsão começa a partir das de�nições das estimativas de
receitas quando da elaboração do orçamento. É a estimativa
de quanto se espera arrecadar durante o exercício.
 (Fonte: Bakhtiar Zein / Shutterstock)
2ª Etapa | Lançamento
O lançamento é a identi�cação do devedor ou da pessoa do
contribuinte.
A Lei n°4.320/64
<//www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4320.htm> de�ne o
lançamento da receita como o ato da repartição competente
que veri�ca a procedência do crédito �scal, a pessoa devedora
e inscreve a débito dela.
O Código Tributário Nacional de�ne esta medida como
procedimento administrativo que veri�ca:
A ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente;
A matéria tributável;
O cálculo do montante do tributo devido;
A identi�cação do respectivo sujeito passivo.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4320.htm
 (Fonte: Vetreno / Shutterstock)
3ª Etapa | Arrecadação e
Recolhimento
A arrecadação da receita está ligada aos pagamentos
realizados diretamente pelos contribuintes às repartições
�scais e rede bancária autorizada.
Já o recolhimento compreende a entrega do produto da
arrecadação pelas referidas repartições e estabelecimentos
bancários para crédito da conta do Tesouro.
O Art.56 da Lei 4.320/64 cita:

O recolhimento da receita far-se-á em estrita observância ao princípio da unidade de
caixa, sendo proibida a criação de caixas especiais.
Lei 4.320/64
Abaixo, veja o �uxo dos estágio da receita orçamentaria:
 Fluxograma dos Estágios obrigatórios da receita orçamentária. (Fonte: Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – Volume I –página 35 – 2ª
edição.)
Periodicamente, podem ser emitidos os “Balancetes da Receita”, onde o contador
acompanha a sua execução, veri�cando, entre outros pontos:
• Se determinada receita prevista está se realizando conforme a previsão inicial;
• Se determinado tributo está arrecadando acima do valor estimado.
Classi�cações da receita orçamentária
O Art. 11 da Lei n°4.320/64 classi�cou a receita orçamentária em duas categorias econômicas:
1. Receitas correntes; 
2. Receitas de capital.
Na tabela a seguir podemos visualizar a disposição de todas as receitas orçamentárias, classi�cadas de acordo com a categoria
econômica.
Receitas correntes Receitas de capital
Receita tributária Operações de crédito
Receita de contribuição Alienação de bens
Receita patrimonial Amortização de empréstimos
Receita agropecuária Transferências de capital
Receita industrial Outras receitas de capital
Receitas de serviços
Transferências correntes
Outras receitas correntes
A seguir, veremos as características de cada uma, de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Receitas correntes - tributárias
Tributo é uma das origens da receita corrente na classi�cação
orçamentária por categoria econômica.
Já a procedência trata da receita derivada, cuja �nalidade é
obter recursos �nanceiros para o Estado custear as atividades
que lhe são correlatas.
Sujeitam-se aos princípios da reserva legal e da anterioridade
da Lei, salvo exceções. (Fonte: Khaoniewping / Shutterstock)
O art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN) de�ne tributo da seguinte forma:

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
Art. 3º do CTN
a) Impostos
Os impostos, segundo o art. 16 do CTN, são espécies tributárias cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal especí�ca relativa ao contribuinte, o qual não recebe contraprestação direta ou imediata pelo
pagamento.
Exemplo
São exemplos de impostos de competência:
da União: 
• IR - imposto sobre a renda; 
• IPI - imposto sobre o produto industrializado.
dos Estados: 
• IPVA - imposto sobre a propriedade de veículos automotores; 
• ICMS - imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços.
dos Municípios: 
• IPTU - imposto sobre a propriedade territorial e urbana; 
• ISSQN - imposto sobre serviço de qualquer natureza.
OBS: IRRF - imposto de renda retido na fonte - Pertence 100% ao ente político que fez a retenção na fonte.
O art. 5º do CTN e os incisos I, II e III do art. 145 da CF/88 tratam das seguintes espécies tributárias: impostos, taxas e
contribuições de melhoria.
b) Taxas
As taxas cobradas pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, no âmbito das respectivas atribuições, são,
também, espécie de tributo na classi�cação orçamentária da receita, tendo, como fato gerador, o exercício regular do poder de
polícia administrativa, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público especí�co e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto a sua disposição.
Veja o art. 77 do CTN:

As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Art. 77 do CTN
Taxas são tributos vinculados porque o aspecto material do fato gerador é prestação
estatal especí�ca diretamente referida ao contribuinte, em forma de contraprestação
de serviços.
Porém, podem ser tributos de arrecadação não vinculada, pois as receitas auferidas por meio das taxas não se encontram afetas
à determinada despesa, salvo se a lei que instituiu o referido tributo assim determinou.
As taxas estão sujeitas ao princípio constitucional da reserva legal e, sob a ótica orçamentária, classi�cam-se em:
Clique nos botões para ver as informações.
São de�nidas em lei e têm como fato gerador o exercício do poder de polícia, poder disciplinador, por meio do qual o Estado
intervém em determinadas atividades, com a �nalidade de garantir a ordem e a segurança.
A de�nição de poder de polícia está disciplinada pelo art. 78 do CTN:
Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade,
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do poder público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos.
Taxas de �scalização ou de poder de polícia 
São as que têm como fato gerador a utilização de determinados serviços públicos, sob ponto de vista material e formal.
Nesse contexto, o serviço é público quando estabelecido em lei e prestado pela Administração Pública, sob regime de direito
público, de forma direta ou indireta.
A relação jurídica, nesse tipo de serviço, é de verticalidade, ou seja, o Estado atua com supremacia sobre o particular. É
receita derivada e os serviços têm que ser especí�cos e divisíveis.
Conforme o art. 77 do CTN: 
(...) os serviços públicos têm que ser especí�cos e divisíveis, prestados ao contribuinte, ou colocados à sua disposição.
Para que a taxa seja cobrada, não há necessidade de o particular fazer uso do serviço, basta que o Poder Público coloque tal
serviço à disposição do contribuinte.
Taxas de serviço público 
c) Contribuição de melhoria
É espécie de tributo na classi�cação da receita orçamentária e tem como fato gerador valorização imobiliária que decorra de
obras públicas, contanto que haja nexo causal entre a melhoria havida e a realização da obra pública.
De acordo com o art. 81 do CTN:

A contribuição de melhoria cobrada pela União, Estados, pelo Distrito Federal e pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao
custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total
a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar
para cada imóvel beneficiado.
Art. 81 do CTN
Receitas correntes - contribuições
Segundo a classi�cação orçamentária, contribuições são a origem da categoria econômica das receitas correntes.
O artigo 149 da Magna Carta estabelece competir exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias pro�ssionais ou econômicas, como instrumento de atuação nas respectivas
áreas.
O §1º do artigo estabelece que estados, Distrito Federal e municípios poderão instituir contribuição, cobrada de seus servidores,
para o custeio, em benefício destes, de regimes de previdência de caráter contributivo e solidário.
As contribuições classi�cam-se nas seguintes espécies:
Clique nos botões para ver as informações.
Classi�cada como espécie de contribuição, por força da Lei nº4.320/64, a contribuição social é tributo vinculado a uma
atividade Estatal que visa atender aos direitos sociais previstos na Constituição Federal.
Pode-se a�rmar que as contribuições sociais atendem a duas �nalidades básicas:
Seguridade social (saúde, previdência e assistência social);
Outros direitos sociais, como, por exemplo, o salário educação.
Contribuições sociais 
A contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE) é um tributo classi�cado no orçamento público como espécie
de contribuição que atinge um determinado setor da economia, com �nalidade quali�cada em sede constitucional —
intervenção no domínio econômico — instituída mediante um motivo especí�co.
Essa intervenção se dá pela �scalização e atividades de fomento, como:
Desenvolvimento de pesquisas para crescimento do setor;
Oferecimento de linhas de crédito para expansão da produção.
Um bom exemplo de contribuição de intervenção no domínio econômico é o Adicional sobre Tarifas de Passagens Aéreas
Domésticas, que são voltadas à suplementação tarifária de linhas aéreas regionais de passageiros, de baixo e médio
potencial de tráfego.
Contribuições de intervenção no domínio econômico 
Espécie de contribuição que se caracteriza por atender a determinadas categorias pro�ssionais ou econômicas, vinculando
sua arrecadação às entidades que as instituíram. Não transitam pelo orçamento da União.
Estas contribuições são destinadas ao custeio das organizações de interesse de grupos pro�ssionais, como OAB, CREA,
CRM etc.
Visam também ao custeio dos serviços sociais autônomos prestados no interesse das categorias, como SESI, SESC e
SENAI.
Contribuição de interesse das categorias pro�ssionais ou econômicas 
Instituída pela Emenda Constitucional nº39, de 19 de dezembro de 2002, que acrescentou o art. 149-A à Constituição Federal
com a �nalidade de custear o serviço de iluminação pública. A competência para instituição é dos municípios e do Distrito
Federal.
Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do
serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, nafatura de consumo de energia elétrica.
Contribuição de iluminação pública 
Receitas correntes – patrimoniais
Receitas provenientes da fruição dos bens patrimoniais do
ente público (bens mobiliários ou imobiliários), ou, ainda, de
participações societárias.
São classi�cadas no orçamento como receita corrente e de
natureza especí�ca de origem como receita patrimonial.
 (Fonte: Makc / Shutterstock)
Receitas correntes - agropecuárias
As receitas agropecuárias estão contempladas no grupo das
receitas correntes e são originadas pela entrada de recursos
da exploração pelas entidades públicas de atividades desta
natureza.
Este tipo de receita é um tanto atípico de exempli�cação, mas
o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP,
6ª edição) esclarece que decorrem da exploração econômica,
por parte do ente público, de venda de produtos, entre
produtos:
Agrícolas (grãos, tecnologias, insumos etc.);
Pecuários (sêmens, técnicas em inseminação; matrizes
etc.);
Para re�orestamentos.
 (Fonte: Nadia Buravleva / Shutterstock)
Receitas correntes - industriais
Receitas originárias das atividades industriais exercidas pelo
ente público e que também possuem atipicidade de
exempli�cação. Portanto, assim como as receitas
agropecuárias abordadas no subitem anterior, o Manual de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP, 6ª edição)
exempli�ca, nesta categoria, todas as receitas provenientes de:
Extração mineral;
Indústria de transformação;
Indústria de construção;
Outras receitas industriais consideradas de utilidade
pública e arrecadas pela Administração Pública.
 (Fonte: Katrevich Valeriy / Shutterstock)
Receitas correntes - serviços
As receitas de serviços estão elencadas no rol das receitas
correntes. Desta forma, pode-se a�rmar que são originárias de
entradas de valores decorrentes de atividades da prestação
de serviços pela Administração Pública.
São exemplos destas receitas:
Serviços hospitalares;
Serviços de processamento de dados;
Serviços de saneamento básico.
 (Fonte: Golden Sikorka / Shutterstock)
Receitas correntes – transferências
correntes
Bastante comum nos estados e municípios, as receitas de
Transferências Correntes referem-se aos valores �nanceiros
esperados (previstos) e arrecadados entre os próprios entes
públicos, ou também, de forma menos comum, dos entes do
setor privado.
Essas transferências podem ocorrer entre os entes de uma
mesma esfera de governo, denominada de transferências
intragovernamentais. Já as transferências ocorridas entre
diferentes esferas de governo são denominadas de
transferências intergovernamentais.
 (Fonte: Iconic Bestiary / Shutterstock)
Exemplo
Para melhor exempli�car, saiba que a competência de arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos automotores
(IPVA) é do estado. Assim, para o estado, a receita será classi�cada como uma receita tributária.
Portanto, a Constituição Federal determina que os estados devem transferir 50% do valor arrecadado do IPVA para seus
respectivos municípios. Então, a receita orçamentária no município será classi�cada como uma Transferência Corrente
Intergovernamental.
As transferências correntes ainda são divididas em:
Clique no botão para ver as informações.
Como a própria nomenclatura já revela, não são obrigatórias, assim o gestor público deverá recorrer para a captação destes
recursos junto a outros entes públicos.
Exemplos: Receitas de convênios para alguma área especí�ca (convênio de auxílio ao idoso, convênio de auxílio de
de�cientes físicos, entre outros).
Transferências voluntárias 
Exemplo
Receitas de convênios para alguma área especí�ca (convênio de auxílio ao idoso, convênio de auxílio de de�cientes físicos, entre
outros).
Saiba mais
Para auxiliar e melhor explorar as Transferências de Convênios (Transferências Correntes Voluntárias), acesse o Portal de
Convênios do Ministério de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, denominado: SICONV <//portal.convenios.gov.br> .
Clique no botão para ver as informações.
São aquelas arrecadadas por um ente, mas que devem ser transferidas a outros entes por disposição constitucional ou legal.
Transferências constitucionais 
Exemplo
Exemplos de transferências constitucionais:
Fundo de Participação dos Municípios (FPM);
Fundo de Participação dos Estados (FPE);
IPVA;
ICMS.
Distribuição aos Municípios
 Fonte: Elaborada pelo autor.
Distribuição aos Estados e Municípios
 Fonte: Elaborada pelo autor.
http://portal.convenios.gov.br/
Receitas correntes – outras receitas
correntes
Neste grupo de receitas correntes, intitulado de outras
receitas correntes, são registradas todas as receitas
orçamentárias que não se classi�cam nas receitas correntes
citadas nos itens anteriores.
Portanto, é neste grupo que se registram:
Multas e juros tributários ou não;
Indenizações e restituições recebidas;
Todas as receitas de dívida ativa tributária ou não.
 (Fonte: Jiw Ingka / Shutterstock)
Atenção
Muitos leigos na Administração Pública confundem a classi�cação de juros e multas sobre um determinado tributo como uma
receita tributária. Porém, nesta análise, deve ser compreendido que apenas o valor principal do tributo é classi�cado como uma
receita tributária. O valor acessório (multas e juros) é classi�cado no grupo outras receitas correntes.
Agora, veremos as classi�cações das receitas de capital, de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Receitas de capital – operações de
crédito
As operações de crédito são muito comuns na Administração
Pública, portanto neste grupo de receitas de capital são
registrados os valores orçamentários que ingressam na forma
de recursos de empréstimos obtidos, �nanciamentos
contratados e ainda o retorno sobre os títulos públicos
colocados para negociação.
Importante observar que as operações de crédito podem ainda
ser de duas espécies:
Internas – como receitas advindas de um �nanciamento
junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social
(BNDES);
Externas - como receitas advindas de um empréstimo
junto ao Banco Internacional para a Reconstrução e
Desenvolvimento (BIRD).
 (Fonte: MicroOne / Shutterstock)
Receitas de capital – alienação de bens
A palavra alienação nesta classi�cação pode ser associada ao
aspecto de “venda”.
Desta maneira, as receitas de capital referente à alienação de
bens no setor público são os ingressos �nanceiros desta
operação, podendo ser de:
Bens imóveis – como ingressos de venda de um terreno
pertencente à prefeitura municipal;
Bens móveis - como ingressos de venda de um veículo
inservível (viatura de saúde/ambulância) pertencente ao
um determinado estado.  (Fonte: petovarga / Shutterstock)
Receitas de capital – amortização de
empréstimos
Alguns órgãos da Administração Pública emprestam dinheiro
para pessoas físicas ou pessoas jurídicas. Os valores
�nanceiros referentes a isso são classi�cados no orçamento
nesta rubrica das receitas de capital denominada
especi�camente de amortização de empréstimos.
 (Fonte: Anatolir / Shutterstock)
Exemplo
Preste bastante atenção neste exemplo para não confundir com as receitas de operações de crédito abordadas anteriormente:
Um banco estadual “Banco do Povo” empresta dinheiro por meio de linha de microcréditos a cidadãos. Ao receber as parcelas,
este valor é classi�cado como uma receita de capital (amortização de empréstimos), neste órgão público.
Receitas de capital – transferências de
capital
As receitas orçamentárias denominadas transferências de
capital assemelham-se muito com as receitas orçamentárias
denominas transferências correntes.
Portanto, o que as diferencia é o destino e também o vínculo
em que estas receitas vão ser aplicadas.
Neste aspecto, os ingressos recebidos podem ser de outras
esferas de governo (intergovernamentais) e da mesma esfera
de governo (intragovernamentais) e são destinados para
atender despesas de capital, tal como investimento no setor
público.  (Fonte: Iconic Bestiary e petovarga / Shutterstock)
Receitas de capital – outras receitas de capital
As receitasorçamentárias de capital que não possuem características para serem classi�cadas como alienação, amortização de
empréstimos ou transferências de capital serão registradas nesta rubrica orçamentária.
ESTRUTURA DE CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DE RECEITA
A classi�cação orçamentária por natureza de receita é estabelecida pelo § 4º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964. No âmbito da
União, sua codi�cação é normatizada por meio de Portaria da SOF, órgão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão. A normatização da codi�cação válida para Estados e Municípios é feita por meio de Portaria Interministerial (SOF e STN).
DÍGITO 1º 2º 3º 4º a 7º 8º
SIGNIFICADO CategoriaEconômica
Origem Espécie Desdobramentos para identificação de
peculiaridades da receita
Tipo
Atenção
Importante destacar que as receitas orçamentárias abordadas neste conteúdo não devem ser confundidas com a classi�cação e
com o plano de contas contábeis. Elas recebem uma classi�cação e um plano de execução do orçamento público.
Classi�cação quanto à origem ou à fonte de recurso
As receitas orçamentárias também se classi�cam de acordo com a sua origem ou fonte de recurso, sendo:
Recurso do Tesouro - é a principal fonte de recurso próprio do Tesouro nos níveis federal, estadual ou municipal;
Recurso de outras fontes - envolve os vários tipos de receitas próprias das entidades de autonomia �nanceira: autarquias,
fundações ou empresas públicas.
Atividade
1. Quanto às receitas orçamentárias, assinale aquela que é classi�cada como uma receita corrente:
a) Receitas de alienação de bens.
b) Receitas de amortização de empréstimos.
c) Receitas de operações de crédito.
d) Receitas de transferências de capital.
e) Receitas patrimoniais.
2. Na Administração Pública, a receita orçamentária obrigatoriamente passa por três estágios. Assinale a alternativa correta
quanto àquele que “é a estimativa de arrecadação da receita constante na Lei do Orçamento Anual (LOA), resultante de
metodologia de projeção de receitas orçamentárias:
a) Pagamento
b) Arrecadação/Recolhimento
c) Previsão
d) Fixação
e) Lançamento
3. Como é denominado o relatório que pode ser emitido periodicamente para o acompanhamento do desempenho da receita
orçamentária?Referências
ANDRADE, Nilton de Aquino. Contabilidade pública na gestão municipal. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
BRASIL. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de contabilidade aplicada ao setor público: aplicado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: procedimentos contábeis orçamentários. 4 ed. 1. Reimpr. Brasília: Secretaria do Tesouro
Nacional, Coordenação-Geral de Contabilidade, 2011.
LIMA, Diana Vaz de; CASTRO, Róbson Gonçalves de. Contabilidade pública: integrando União, Estados e Municípios (Sia� e
Siafem). 2 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
SILVA, Lino Martins da. Contabilidade governamental: um enfoque administrativo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
SOF - Secretaria de Orçamento Federal. Manual Técnico de Orçamento: MTO/2019. Brasília, 2019. Disponível em:
https://www1.siop.planejamento.gov.br/mto/doku.php/mto2019
<https://www1.siop.planejamento.gov.br/mto/doku.php/mto2019> . Acesso em 12 mar. 2019.
Próxima aula
Conceitos de Despesa Pública e sua divisão;
Estágios obrigatórios da despesa pública orçamentária;
Restos a Pagar de�nição;
https://www1.siop.planejamento.gov.br/mto/doku.php/mto2019
Restos a Pagar – de�nição;
Créditos Orçamentários Adicionais: tipos e fontes de abertura.
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