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Manejo dos Rebanhos - OVINOCULTURA 4

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OVINOCULTURA 
 
MANEJO DOS REBANHOS 
 
 Entende-se por manejo o ato de utilizar recursos 
ordenadamente para obter um fim com a máxima 
eficiência; 
 O manejo eficiente do rebanho é um fator 
fundamental para se obter um bom desempenho, sendo 
que seu custo é mínimo, já que constitui uma ação 
intelectual, mais do que financeira; 
 O que se pode ter é perda financeira, direta ou 
indireta, devido a má execução do trabalho. 
 
Antes de entrarmos em detalhes sobre o manejo dos 
ovinos, devemos lembrar algumas normas que devem 
ser conhecidas pelas pessoas que manejam ovinos: 
 Jamais os ovinos deverão ser imobilizados sendo 
segurados pelas patas ou puxados pela a lã. O correto é 
abraçá-los firme pelo pescoço e com a outra mão 
segurá-los pela virilha. 
 Com o auxílio do joelho, podemos facilmente conduzi-
los, sentá-los ou derrubá-los. 
 
- Segure o ovino colocando a mão esquerda firme sob a 
mandíbula mantendo a cabeça na posição normal e com 
a mão direita segure na anca ou na cauda. 
 
 
 
- Segure com as duas mãos na garacha, pele com lã na 
junção do pescoço e da mandíbula. 
 
 
 
Maneira prática de como derrubar um ovino: 
- Coloque a mão esquerda sob a mandíbula da ovelha e o 
pescoço e firme com a mão direita no flanco, firmando 
no osso do quadril. 
 
 
 
- Comum golpe rápido, com a mão esquerda force a 
cabeça da ovelha para a direita e com a mão direita 
pressione o quadril para baixo, colocado a ovelha numa 
posição sentada. 
 
 
 
- Force a cabeça e exerça pressão no posterior, fazendo-
o rodar até sentar no chão. 
 
 
 
- Levante o animal em direção ao seu próprio corpo, 
passando pelo peito e pela cabeça, até que se acomode 
dentre suas pernas, exerça pressão para baixo no 
posterior. 
 
 
- Nesta posição e com a flexão do pescoço em direção ao 
solo, o animal fica perfeitamente acomodado e sujeitado 
ao operador, sem causar traumatismos ao ovino 
facilitando a vida do trabalhador. 
 
 
 
Para revisão do rebanho olhar inicialmente os animais 
um pouco distante, fazendo-os passar aos poucos; 
Devemos ter cuidado com o manejo no brete e 
mangueira e passagem em porteira para evitar 
amontoamento de animais e traumatismo. O ideal na 
mangueira é separar os animais em pequenos grupos; 
Jamais dosificar os animais deitados, comprimidos no 
brete ou com a cabeça para trás (comum em cordeiros 
segurados no colo); 
 
Limpeza da lã na cara ou desolhe 
Em algumas raças de ovinos, a lã cresce na cara e cobre 
os olhos dos animais. Isso dificulta a visão trazendo: 
- Riscos de acidentes; dificulta o manejo; Dificuldade de 
deslocamento e de alimentação para os animais. 
Com tesoura de esquilar, deve-se retirar a lã que 
encobre os olhos dos animais. 
 
Limpeza pré-parição 
Quinze a trinta dias antes do início da parição; 
Usasse um banco em forma de X, coloca-se a ovelha em 
decúbito dorsal (barriga para cima) e procede-se à 
limpeza do períneo (região vulvar e entre pernas) e do 
úbere, deixando livres os dois tetos. Pode-se retirar 
também a lã da cabeça para facilitar a visão; 
 
 
 
A limpeza da cabeça facilita para a mãe enxergar o 
cordeiro e se deslocar em busca de alimento. A limpeza 
do úbere facilita o acesso do cordeiro ao teto. A limpeza 
do períneo reduz o risco de contaminação. 
 
ASSINALAÇÃO, CASTRAÇÃO E DESCOLE 
Após o nascimento dos cordeiros, o próximo trabalho 
com o rebanho será assinalação, castração e descole da 
produção; 
Esse trabalho jamais deverá ser realizado em mangueiras 
empoeiradas, onde são realizados os trabalhos de rotina 
com o rebanho durante o anos, já que há mais risco de 
ocorrência de infecções como o tétano 
Deve-se evitar dias que não haja sol, preferencialmente 
em dias frios, com formação de geadas, para evitar 
miíases; 
Se as condições permitirem, o ideal é improvisar 
encerras, utilizando-se esteiras portáteis, em um canto 
do campo de cria; 
 
Castração: 
Ideal com 7 a 15 dias de idade; 
Algumas pessoas preconizam a castração entre 15 e 30 
dias de idade do cordeiro, quando o mesmo encontra-se 
mais desenvolvido; 
Deve-se ter cuidado com a higiene e a desinfecção da 
área operada. 
 
Métodos de castração: 
Castração com testículo coberto  realizada com a 
utilização de - Burdizzo ou borracha; 
- Criptorquidismo induzido: introdução e manutenção 
dos testículos na cavidade abdominal. Mantêm 
produção hormonal (testosterona). 
Castração com testículo descoberto  feito com 
abertura cirúrgica do escroto e retirada dos testículos 
por arrancamento. 
 
Castração com testículo aberto: burdizzo 
 
 
Coloque a “boca” do burdizzo no cordão espermático. 
Feche a boca e espere em torno de 60 segundos. 
 
- Cordeiro com cripotorquidismo induzido com 
borrachinha. 
 
 
 
Castração com testículo descoberto 
- Desinfecção do bisturi ou faca. 
- Corte do escroto 
- Exteriorização dos testículos 
- Retirada dos testículos 
- Aplicação spray repelente e cicatrizante 
 
Descole: 
Normalmente realizado junto com a castração. É 
preferível que estas operações sejam realizadas em dias 
frescos para evitar bicheiras; 
O descole favorece a estética e higiene do rebanho; 
Diferenciação sexual  machos 15 cm e fêmeas 5 cm; 
Principais cuidados no descole: 
- No momento do corte não se deve puxar a cauda. Isto 
faz com que a pele, que iria ficar para proteger a região, 
saia com a cauda, deixando a vértebra exposta; 
- Após o corte e depois, três vezes por semana, devem-
se fazerem curativos, com pomadas repelentes e 
cicatrizantes. 
- Riscos do descole  Hemorragias, miíases, tétano, 
perda de peso, morte. 
 
Assinalação e/ou identificação do rebanho 
Assegura ao criador o direito de posse de seus animais; 
Como não é possível marcar os ovinos a fogo, o sinal 
representado por diferentes tipos de corte nas orelhas 
identifica perfeitamente os animais; 
Pode ser feito a faca ou por meio de pinças especiais; 
Pode-se usar também uma tatuagem feita com 
tatuadeiras especiais; 
Utilizam-se também brincos especiais numerados que 
são fixados nas orelhas dos animais por meio de pinças 
adequadas. 
 
 
 
Considerações: 
Não esquecer que o material cirúrgico deverá sofrer a 
melhor assepsia possível e estar sempre imerso em uma 
solução desinfetante, não tendo contato com a terra; 
Aspergir as lesões com um desinfetante; 
Após estes trabalhos os animais deverão ser 
imediatamente soltos no campo, evitando que fiquem 
na encerra. Em campos grandes, é conveniente 
pastorejar, aproximando as ovelhas dos cordeiros, para 
que não haja extravio; 
Até a completa cura das lesões, revisar periodicamente 
os animais, para evitar que surjam surtos de miíases; 
Aproveitar esse momento para vacinação dos cordeiros 
contra as clostridioses (principalmente carbúnculo 
sintomático, gangrena gasosa e enterotoxemia); TÉTANO 
se for o caso 
Normalmente aproveita-se esse momento para 
realização de dosificação estratégica do rebanho; 
Pode-se realizar a primeira dosificação dos cordeiros, 
caso seja necessário (depende da idade). 
 
Marcação: 
É usada para identificar a propriedade e classificar o 
rebanho segundo a idade, sexo, grau de sangue, 
parentesco, descarte, etc.; 
É feita com tintas especiais em regiões do corpo bem 
visíveis, como o lombo e a paleta; 
 Essas marcas são feitas geralmente com ferro de 
marcação a fogo de bovinos, molhando-se em tinta 
especial para marcação e aplicando-se sobre a lã; 
 Nunca se deve aplicar piche na marcação, pois esse 
produto é totalmente absorvido pela lã causando grande 
prejuízo ao criador pelos pequenos preços que consegue 
alcançar pelos velos; 
A marcação deve ser repetida sempre que for dissolvida 
pela chuva ou enfraquecida pela ação do sol. 
 
Corte de cascos 
No dia-a-dia da criação de ovinos, o produtor se depara 
com várias enfermidades que acometem o rebanho, mas 
que podem ser evitadasatravés da implantação de 
práticas simples de manejo que devem ser habituais. 
Uma delas é o casqueamento, técnica que consiste em 
"aparar" o casco dos animais a fim de evitar problemas 
que podem ocasionar baixo rendimento como: 
a podridão do casco, também conhecida como 
pododermatite necrótica; (Dichelobacter nodosus e 
Fusobacterium necrophorum) 
Anomalias de postura (aprumo), principalmente em 
reprodutores; dificuldades de locomoção. 
 
A realização do casqueamento pode ser influenciada 
pelo terreno no qual os animais se locomovem, ou seja: 
em terrenos onde existem muitas pedras ou cascalho, o 
próprio meio causa abrasão nos cascos, sendo 
necessário realização de poucos aparos nos mesmos; 
em terrenos mais arenosos, o desgaste dos cascos quase 
não acontece, sendo necessário o casqueamento 
periódico. 
 
O material utilizado no casqueamento pode ser tesoura 
de casquear, faca, groza e lima. 
 
 
Com o auxílio da tesoura de casquear ou faca deve-se 
retirar todo o excesso de casco, iniciando os corte na 
parte anterior da unha circundando a cora do casco e 
prosseguindo até a parte posterior. Entre os dígitos 
remove-se o excesso de casco até que se forme um 
espaço entre os mesmos; com a ajuda da lima faz-se o 
arredondamento da coroa e o nivelamento da sola. 
Após a realização dos cortes os cascos devem ser deve-
se emergir o casco ou passar os animais em pedilúvio 
com solução a base de formol, sulfato de cobre ou 
sulfato de zinco (10%), para prevenir a proliferação de 
bactérias indesejáveis, em possíveis lesões nos cascos 
decorrentes da prática. 
 
Os cascos devem ser aparados no mínimo uma vez por 
ano, com revisão a cada seis meses, principalmente no 
período chuvoso. 
 
Aplicação de medicamentos 
Dosificações 
Os locais mais recomendados para aplicações injetáveis 
de vacinas e injeções de medicamentos são: 
1 - ENDOVENOSA ( veias) : na jugular; 
2 - SUBCUTÂNEA ( entre a pele e a carne): de 
preferência na axila, podendo ser na tábua do pescoço 
ou atrás da paleta ou virilha ; 
3 - INTRAMUSCULAR ( no músculo): de preferência na 
anca ou pescoço; 
 
 
 
MANEJO REPRODUTIVO DE OVINOS 
 Na criação animal, a reprodução representa uma fase 
que requer grande atenção, pois a partir dela o rebanho 
cresce em quantidade e qualidade quando os 
acasalamentos são bem direcionados. Desde a escolha 
dos animais para reprodução até a gestação e início da 
lactação, o criador deve seguir alguns cuidados que 
podem ser determinantes para o desenvolvimento da 
criação. Essas atividades devem ser seguidas de perto 
pelo técnico, criador ou tratador, para garantir a 
“eficiência reprodutiva” do rebanho. 
 
Eficiência reprodutiva: 
A eficiência de reprodução de um rebanho está 
diretamente relacionada com o número de produtos 
obtidos, sendo portanto, fundamental se obter altas 
taxas de reprodução; 
Com o aumento do número de cordeiros obtidos tem-se 
mais animais para venda, o que é importante do ponto 
de vista econômico, bem como maiores possibilidades 
para fazer a reposição do rebanho. 
Além disso, obtenção de ganhos em termos de 
quantidade e de qualidade da produção (lã, carne, leite, 
animais de genética, etc.) 
 
De maneira geral, existem 3 vias para se aumentar os 
índices reprodutivos do rebanho: 
a) Diminuindo o número de ovelhas “falhadas”, ou seja, 
não prenhas e não paridas (taxa de parição); 
b) Aumentando o número de cordeiros nascidos por 
ovelha parida (taxa de prolificidade); 
c) Diminuindo o número de cordeiros que morrem após 
o nascimento (taxa de mortalidade). 
 
Algumas atividades que necessitam de atenção para um 
bom desempenho reprodutivo do rebanho: 
1) Escolha do reprodutor: 
O carneiro é importante no melhoramento genético do 
rebanho e é a aquisição de maior relevância para a 
criação; 
O carneiro pode produzir anualmente mais de 50 
descendentes, enquanto que a ovelha produz um ou 
dois; 
Por essa grande capacidade que possuem os 
reprodutores de fecundarem elevado número de 
ovelhas, é indispensável muita cautela e observação 
deste animal. 
 
Características a serem observadas no reprodutor, antes 
do início da cobertura: 
o Boa conformação e características racias; 
o Testículos simétricos, ovóides, firmes e 
presentes na bolsa escrotal; 
o Deve ter integridade escrotal; 
o O animal deve ser isento de alterações penianas 
ou prepuciais; 
o Deve apresentar boa libido; 
o Deve apresentar aspecto masculino; 
o Isento de doenças; 
o Não deve apresentar hérnia umbilical nem tetas 
supranumerárias; 
o Não deve ser prognata; 
o Deve ter bons cascos e aprumos; 
o Deve apresentar o espermograma dentro dos 
padrões da normalidade. 
 
2) Escolha da Matriz  Para uma fêmea ser selecionada 
como matriz, deve apresentar as seguintes 
características: 
 - Boas características raciais; 
 - Deve ter ausência de raquitismo e alterações 
ósseas; 
 - Úbere bem inserido, com apenas duas tetas 
sadias; 
 - Boa produção de leite (partos anteriores); 
 - Boa habilidade materna (partos anteriores); 
 - Não ter vulva infantil e nem deformada; 
 - Apresentar gestações e partos normais 
(aborto, distocia); 
 - Apresentar boa fertilidade e prolificidade; 
 - Ser livre de doenças infecciosas; 
 - Ausência de defeitos eliminatórios 
(prognatismo, etc.) 
 - Ter aspecto feminino. 
 
3) Idade dos animais para entrar em reprodução: 
- Machos: 
 - 6 meses de idade  apto a cobrir e fecundar 
uma ovelha. Pode comprometer o desenvolvimento; 
 - Melhor época  18 meses quando já se 
apresenta vigoroso. 
Fêmeas: 
 - Puberdade  se manifesta em torno de seis 
meses de idade; 
 - Cobertura com essa idade pode prejudicar o 
seu desenvolvimento; 
 - Pode-se esperar dois dentes; 
 - Apresentar 60 a 70% do seu peso vivo adulto; 
 - Tem-se preconizado ±40 kg de peso vivo; 
 - A ovelha normalmente é usada para 
reprodução até os seis a sete anos de idade, sendo 
depois descartada. 
 
 
4) Ciclo estral: 
• Poliéstrica estacional 
• Fotoperíodo negativo 
• Melatonina – hormônio produzido pela gl. 
Pineal, intermedeia a reposta a modificações do 
fotoperiodismo em ovinos 
• Níveis ↑ na escuridão e ↓ durante o período de 
luz 
• Sinal de indicação da duração do dia no eixo 
neuroendócrino 
 
 
 
 
Os ovinos são animais poliéstricos estacionais, sendo 
considerado um animal de dia curto; 
 
 
 
- O cio da ovelha dura 24 a 48 horas reaparecendo 14 a 
21 dias depois (média de 17 dias), quando não foi 
fecundada; 
- Desde que não tenha sido fecundada, a ovelha 
continua apresentando-se periodicamente em cio, 
durante o período reprodutivo. 
- A ovulação (liberação do óvulo) na sua fase final; 
- Principais sintomas de cio: 
- a fêmea abana a cauda; 
- presença de muco vaginal; 
- vulva apresenta-se inchada; 
- animais ficam inquietos; 
- berram; 
- aceitam a monta. 
- ausência de movimentos pela fêmea quando o macho 
se aproxima 
 
Fatores que influenciam na duração do cio: 
- Raça  nas raças de lã é maior que nas de carne; 
- Idade  aumenta com a mesma. Em borregas, a 
duração do cio é menor (3 a 24 horas). Encarneiramento 
em separado pode ser boa opção. 
- Momento da temporada reprodutiva  na metade da 
temporada a duração do cio é maior do que no início e 
no final; 
 
5) Período pré-acasalamento: 
 - 30 dias antes do acasalamento  seleção de 
todas as fêmeas que irão entrar em reprodução, 
observando-se: 
- aspecto geral (nutrição (ECC), sanidade, padrão racial, 
etc.); 
- defeitos de dentição; 
- exame de glândula mamária (mastite, tamanho das 
tetas, tetas segas); 
- exame de vulva; 
- histórico anterior. 
- Quanto ao reprodutor: 
- Não deve estar muito gordo; 
- recomenda-se fazer exame andrológico do sêmen para 
avaliar a fertilidade e relacionar com a idade. 
 
6) Época de cobertura: 
- Carneiros todo o ano no rebanho, apresenta gravesinconvenientes: 
- Parição muito irregular; 
- Falta de melhores cuidados com o recém nascido; 
- Dificuldades no manejo nutricional e sanitário do 
rebanho de cria; 
- Desgaste excessivo dos machos; 
- Ausência do “efeito macho”; 
- Lotes desuniformes de cordeiros e de cordeiras. 
 
Origem geográfica dos animais e latitude  importantes 
fatores que condicionam o efeito da luz sobre a 
atividade reprodutiva dos ovinos: 
Raças de lã fina  menor estacionalidade (próximo ao 
equador); 
Raças de lã grossa  maior estacionalidade 
Cruzamento lã grossa x lã fina  comportamento 
intermediário. 
 
 
 
 
7) Duração do período de acasalamento  45 a 60 dias 
são suficientes em épocas adequadas. No mínimo, duas 
oportunidades para serem servidas e concentração da 
parição. 
 
 
8) Métodos de reprodução: 
- Monta natural: 
- método mais usual de reprodução; 
- machos soltos com as fêmeas na época de cobertura 
até que não haja mais ovelhas para fecundar; 
- Em função do número de ovelhas, aconselha-se fazer 
rodízio de reprodutores; 
- Opção de encarneiramento somente a noite no início 
- Pode-se marcar o carneiro no peito para controlar as 
coberturas. 
 
MONTA CONTROLADA OU DIRIGIDA: 
- As fêmeas permanecem no campo com os rufiões; 
- Passa-se no peito do rufião uma mistura de tinta xadrez 
com gordura. Ao montar, ele marca a fêmea em cio e 
esta é levada até o reprodutor que fica alojado em uma 
baia do aprisco; 
- Menor desgaste do reprodutor; 
- A cada 14 dias troca-se a cor da tinta do rufião (retorno 
ao cio); 
- Controle da data de cobertura; 
- Utiliza-se em média 1 rufião para cada 50 ovelhas; 
- Exige mão de obra qualificada; 
- Se mal conduzida, pode resultar em menor taxa de 
fertilidade. 
 
 
 
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL: 
- Carneiros de maior qualificação genética (pais de 
cabanha), são caros e não comporta a sua utilização em 
rebanhos gerais, é aconselhável a inseminação artificial 
que proporcionará uma melhoria nesses rebanhos; 
- Importante no melhoramento genético dos rebanhos; 
- O cio das ovelhas pode ser induzido e/ou sincronizado 
e detectado através de rufiões; 
- O sêmen é colhido dos reprodutores através de vagina 
artificial ou, em algumas circunstâncias, obtido através 
de estímulos elétricos pela utilização do 
eletroejaculador; 
- A qualidade do sêmen é checada e este é diluído e 
utilizado imediatamente; 
- O uso de sêmen congelado na inseminação implica em 
uma menor taxa de fertilidade. 
 
Vagina artificial 
• Mais empregado 
– Assemelha a monta natural 
• O carneiro realiza a cópula em um aparelho 
adaptado 
Partes: 
• Tubo rígido de borracha (válvula) 
• Tubo flexível de borracha 
• Cintas elásticas 
• Tubo ou copo coletor 
Montagem: 
• Introduzir água quente para preencher o espaço 
entre o tubo rígido e tubo flexível 
• Temp. interna da Vagina Artificial: 40 a 42Cº 
• Controle da temperatura com termômetro 
• Cuidar a pressão interna da Vagina Artificial 
 
Técnica de coleta 
- Contenção da ovelha 
- Posição do operador 
- Excitação do carneiro 
- Desviar: falso salto 
- Coleta 
A dose a ser utilizada é de 0,05 ml por ovelha 
 Limpar a vulva com papel higiênico; 
 Introduzir cuidadosamente o espéculo tubular 
com a mão esquerda, enquanto os lábios 
vulvares são afastados com o dedo polegar e 
indicador da mão direita. 
 Acender a lâmpada para visualizar o colo. 
 Com a mão direita, introduzir a pistola pelo 
espéculo e dirigir a extremidade da pipeta em 
direção do orifício do colo. 
 Se o cervix é penetrável, a pipeta deverá ser 
introduzida suavemente o máximo possível para 
então retirar alguns milímetros, permitindo, 
dessa forma, a saída do sêmen. 
 
 
Inseminação intra-uterina 
 - Deposição de pequenas doses de sêmen diretamente 
nos cornos uterinos via laparoscopia 
 - Pode-se utilizar sêmen congelado (65 a 80%) 
 
9) Relação macho-fêmea e horário de monta: 
- Quando reprodutores adultos são utilizados: 
- média de 1 macho para 40 a 50 fêmeas; 
- pode chegar a 1:100 quando os piquetes são pequenos; 
- 1:30 em áreas grandes e acidentadas. 
- A relação macho:fêmea precisa ser ajustada quando 
são utilizados borregos ou quando o cio das ovelhas é 
sincronizado. Nestes casos, não se deve trabalhar com 
mais de 25 fêmeas para um único macho; 
- Dois picos diários de atividade reprodutiva são 
observados: das 4 às 8 horas e da 16 às 20 horas, 
coincidindo com o amanhecer e o entardecer; 
- O cio da ovelha dura 24 a 48 horas; 
- Encarneiramento ou rufiões a noite. 
 
11) Métodos de indução e sincronização de cio: 
- Fotoperíodo  principal fator ambiental que controla o 
período reprodutivo nos ovinos. Secundariamente a 
temperatura e a nutrição; 
- A estacionalidade é um obstáculo para o aumento na 
produtividade ovina. Problema para organizar e 
estabilizar o mercado da carne. 
- Indução de cio para contornar a sazonalidade 
reprodutiva e produtiva. 
- Programa de luz  consiste no fornecimento de luz 
artificial para completar um total de 16 a 18 horas diário, 
por um período de 60 dias. Após esse período, retira-se a 
fonte de luz artificial e 30 a 60 dias depois as fêmeas 
começam a manifestar cio. (10 W/m2 com lâmpadas a 2 
m acima da cabeça dos animais). Final do outono e inicio 
do inverno. 
 
 
- Melatonina  este hormônio apresenta relação direta 
com a percepção que o animal tem do fotoperíodo. 
Fornecido por meio de injeções, alimentação ou 
implante; 
- Efeito macho  esta prática é baseada na separação 
dos machos por um período de 60 dias (bem distante 
das fêmeas) a posterior reintrodução. As fêmeas 
costumam desencadear sintomas de cio após 5 dias do 
contato com os machos (importância do período de 
encarneiramento); 
 
 
 
Progestágenos 
• Simular ação do CL; 
• Utilizado fora da estação reprodutiva; 
• Aplica-se na esponja 1 ml (50mg) de Acetato de 
Medroxi-progesterona. 
• Em forma de pessários vaginais – “esponjas”. 
Permanece por 14 dias. 
• Associado ao eCG (200 UI) no dia da retirada 
aumenta a taxa de ovulação. 
• Inseminação 54 a 56hs após a retirada (período 
de crescimento folicular no proestro e ovulação 
no estro); 
 
• Dia 0  aplicação de PGF2 em todos os 
animais; 
• Dia 7  repete a aplicação. 
• Ex. 0,4 ml de PROLISE 
 
12) Fatores que afetam a fertilidade das ovelhas: 
a) Fatores genéticos (Raça e genes prolíferos)  
Raça - Na prática observa-se que raças especializadas 
para produção de carne normalmente apresentam taxas 
de fertilidade superiores as raças de lã; 
 
 
 
a) Fatores genéticos (Raça e genes prolíferos)  
Raças prolíferas - Finnish Landrace e Frisona Milchschaf; 
 
 
 
Genes prolíferos - Gene booroola e Gene Vacaria; 
 
 
 
b) Idade  A fertilidade da ovelha aumenta com a idade 
até aproximadamente aos 6 anos, e logo diminui 
rapidamente. O número de cordeiros nascidos aumenta 
até esta idade como conseqüência de um incremento na 
proporção de partos múltiplos e uma diminuição na 
proporção de ovelhas falhadas. A maior proporção de 
cordeiros desmamados aparece ao redor dos 6 anos, e é 
uma conseqüência de uma menor taxa de mortalidade 
dos cordeiros. 
 
 
 
c) Peso corporal  A fertilidade está diretamente 
relacionada com o peso corporal dos animais no 
momento de encarneirar. Contudo, ovelhas 
excessivamente gordas podem ter problemas de 
fertilidade; 
 
 
O peso vivo no momento da concepção como único 
elemento não explica por si só, sua correlação com o 
índice de reprodução. Estudos demonstraram que sobre 
o peso vivo no momento da fecundação, poderia incidir 
três situações: 
1 – Que o animal estivesse perdendo peso; 
2 – Que o animal não estivesse ganhando e nem 
perdendo peso; 
3 – Que o animal estivesse ganhando peso. 
 
 
 
Quer dizer que com o mesmo peso no momento da 
concepção, podem dar-se três resultados distintos de 
índice de reprodução,segundo o animal esteja 
perdendo, ganhando ou estático em seu peso. 
 
d) Escore de condição corporal  A avaliação da 
condição corporal através de escores obtidos pela 
palpação da região lombar, auxilia no manejo nutricional 
e reprodutivo do rebanho. Para identificar a região da 
palpação, deve-se localizar a última costela e subir com 
os dedos até encontrar a vértebra lombar. Nesta, sente-
se dois processos denominados de apófises espinhosa e 
transversa. O escore obtido varia de 1 a 5 e se baseia na 
sensibilidade da palpação à deposição de gordura e 
músculo na vértebra. O escore 1 significa que o animal 
apresenta uma pobre condição corporal. Neste caso, 
sente-se muito as apófises espinhosa e transversa na 
palpação. Por outro lado, o escore 5 representa uma 
deposição excessiva de gordura, impedindo a 
sensibilidade das apófises. O escore de condição 
corporal sugerido para ovelhas na fase de reprodução 
(encarneiramento), varia entre 3 e 4. 
 
d) Nutrição: 
 
- O estímulo nutritivo antes e durante o serviço, 
conhecido como flushing, incrementa 
acentuadamente a cifra ovulatória e a incidência 
de partos múltiplos; 
- 21 dias antes até 21 dias após o início do 
período de cobertura. 
 
 
 
 
e) Momento da estação reprodutiva: 
 - A ovelha aumenta sua fertilidade 
(número de óvulos liberados), até alcançar um máximo 
na metade da temporada reprodutiva; 
 
 
 
 
 
f) Cobertura de lã na cara: a fertilidade é menor em 
ovelhas com essa característica. 
 
GESTAÇÃO 
A gestação das ovelhas dura aproximadamente 150 dias, 
ou seja, em torno de 5 meses. O período de gestação é 
considerado em duas fases distintas: 
- 1a Fase da gestação  É o período correspondente aos 
dois primeiros terços, ou seja, os três primeiros meses 
ou até 90 a 100 dias de gestação; 
- 2a Fase da gestação  É o período correspondente ao 
terço final, ou seja, a partir dos 100 dias da gestação ou 
os últimos 50 dias antes do parto. O feto ou fetos irão 
crescer 70% dos seus pesos corporais e também as 
ovelhas terão o início da lactação (em torno de 30 dias 
antes do parto). Portanto, neste período as matrizes 
devem receber a melhor alimentação possível, em 
quantidade e qualidade. 
 
• Principais problemas relacionados a má 
nutrição da ovelha durante a gestação: 
a) Produção de lã  a diminuição qualitativa e 
quantitativa da lã determinará graves perdas 
econômicas. Ovelha e cordeiro (maturação folicular); 
b) Mortalidade de ovelhas  toxemia da gestação 
(principalmente quando gestando gêmeos); 
c) Mortalidade de cordeiros: 
- dificuldades ao parto devido a debilidade das ovelhas; 
- cordeiros muito pequenos e débeis ao nascimento, 
com menor possibilidade de sobrevivência; 
- diminuição na produção de leite das ovelhas, o que 
provocará mortalidade de cordeiros por inanição. 
d) Queda de imunidade das ovelhas durante a lactação. 
 
Diagnóstico de gestação 
 É muito importante em rebanhos ovinos. 
– Avaliação imediata do serviço de 
cobertura / Inseminação; 
– Identificação de fêmeas vazias; 
 Com a comprovação da prenhez: 
 - Prever a data de parição e organizar lotes de parição 
(mostrar planilha setor); 
 - Previsão e definição do manejo sanitário e de 
alimentação; 
- US 
 
• Cuidados durante a gestação: 
– As ovelhas devem gozar de 
tranqüilidade e de uma alimentação 
mais abundante, especialmente no 
terço final de gestação. Recomenda-se 
como alimentação uma ração 
suplementar de grãos, além de 
pastagens mais nutritivas, fenos, 
silagem, etc. 
– Devem ser evitadas as longas 
caminhadas e os banhos sarnicidas; 
– Quando forem conduzidas aos currais, 
corredores, bretes, etc., deve-se tomar 
o cuidado para que não se comprimam 
umas às outras. Cuidados na limpeza 
pré-parição e esquila de inverno; 
– É sempre conveniente dispor de abrigos 
para resguardar as ovelhas durante a 
época de parição, evitando-se assim a 
perda de cordeiros durante as épocas 
de muito frio ou de chuvas muito 
fortes. 
• Sintomas que indicam a parição: 
Variação estacional na proporção de partos múltiplos e de ovelhas falhadas 
(animais com idade média de 2 anos). 
RAÇA Época de 
encarneiramento 
% de ovelhas 
encarneiradas que 
pariram gêmeos 
% de ovelhas 
falhadas 
 Dezembro 6,7 18,6 
Ideal 
 Abril 25,0 15,2 
 Janeiro 10,6 56,4 
Corriedale Fevereiro 13,7 33,2 
 Março 29,2 20,8 
 Abril 19,1 12,0 
 Dezembro 1,6 30,2 
Merino 
 Abril 16,9 9,5 
 
– Ventre caído, os flancos deprimidos, as 
mamas desenvolvidas, tanto que ao 
serem espremidas mostram uma 
secreção; 
– A vulva se apresenta intumescida 
escorrendo dela uma mucosidade e 
entre a ponta das nádegas e a base da 
cauda aparece uma depressão causada 
pela dilatação dos ligamentos que 
unem as duas regiões. 
 
PARIÇÃO 
Durante o período de parição, a “recorrida do campo” 
deverá obrigatoriamente ser feita duas vezes ao dia: 
pela manhã e à tardinha. Ocorre que algumas ovelhas, 
como a da foto, podem deitar mal e não conseguir 
levantar-se vindo a morrer, além de serem presa fácil 
para predadores. Identificação inicial de partos 
distócicos também é importante. PLANILHA DE PARIÇÃO 
 
• Problemas durante a parição (partos 
distócicos): 
- Cordeiro com elevado peso ao nascer  super 
alimentação das fêmeas no terço final da gestação; 
- Cordeiro em posição anormal; 
- Idade da ovelha  as borregas apresentam maior 
dificuldade de parto do que as ovelhas, principalmente 
se os cordeiros forem grandes; 
- Cruzamentos mal programados. 
 
 
 
• Se for decidido pelo auxílio ao parto, alguns 
cuidados devem ser tomados: 
- Higiene das mãos e do local  o local deve ser limpo e 
as mãos bem lavadas. O correto é usar luvas; 
- O cordeiro deve ser colocado na posição correta antes 
de se tracionar, sendo que esta não deve ser muito 
forte; 
- Sempre que for necessário tracionar uma pata que está 
para trás, procurar envolver o casco do cordeiro com a 
mão para proteger o útero da ovelha; 
- Após retirar o cordeiro, colocá-lo imediatamente em 
contato com o focinho da mãe e deixar que ela o 
reconheça. Isto é importante para evitar casos de 
rejeição do cordeiro pela mãe; 
- Observar se o cordeiro vai mamar o colostro. Para a 
defesa do animal, é importante que o cordeiro mame o 
colostro nas primeiras horas de vida. 
 
MORTALIDADE NEONATAL 
• Um dos maiores problemas na ovinocultura é a 
alta mortalidade de cordeiros, que é um grande 
entrave do sistema produtivo; 
 
• As principais causas da alta mortalidade 
normalmente estão relacionadas com o manejo 
inadequado do rebanho 
– principalmente NUTRICIONAL; 
 
• A maior parte das perdas de cordeiros ocorrem 
nos três primeiros dias de vida (mortalidade 
neonatal); 
• Tem-se observado variações na mortalidade de 
cordeiros oscilando entre 15 a 30%, sendo que 
desses, apenas 3% morrem entre a assinalação e 
o desmame; 
Os principais fatores que influenciam sobre a 
mortalidade dos cordeiros são: 
 
• Nutrição Inadequada e Inanição do cordeiro  
principal causa da mortalidade de cordeiros. A 
taxa de mortalidade de cordeiros aumenta à 
medida que o peso ao nascer diminui. Os 
principais problemas do baixo peso do cordeiro 
ao nascimento são: 
– Poucas reservas energéticas; 
– Falta de vitalidade para buscarem o 
úbere de mãe e ingerirem colostro, e 
com isso, tornam-se menos resistentes; 
– Menor resistência ao frio. 
 
• Fatores climáticos adversos  frios, ventos e 
chuvas, principalmente quando atuam juntos, 
podem provocar altas porcentagens de 
mortalidade de cordeiros recém-nascidos. Deve-
se proteger as ovelhas recém paridas em 
instalações apropriadas. 
 
 
 
 
 
• Predadores  cachorro, graxaim, carcará, 
corvos, onça, javali, porco doméstico solto, etc.; 
– Controlar predadores. 
– Manter as ovelhas em piquetes 
próximos para que sejam 
constantemente observadas; 
 
Partosdistócicos  podem terminar com a morte do 
cordeiro e, em muitos casos, se a ovelha não for 
atendida a tempo, com a de ambos; 
Falta de habilidade materna  estas ovelhas devem ser 
descartadas; 
 
Idade da ovelha  Ovelhas de primeira cria e ovelhas 
muito velhas podem perder mais cordeiros. As borregas 
só devem ser colocadas em reprodução quando 
atingirem 60 a 70% do peso adulto, caso contrário, elas 
não conseguem manter a gestação até o final e se mal 
alimentadas, além de terem o seu desenvolvimento 
prejudicado podem vir a parir cordeiros de baixa 
viabilidade; 
Enfermidades infecciosas  brucelose, toxoplasmose, 
tétano, etc. 
 
PERÍODO DE LACTAÇÃO 
• Se denomina lactação a produção de leite da 
ovelha desde o parto até que se realize o 
desmame. Uma baixa produção de leite neste 
período, além de reduzir a produção de lã e de 
carne, põe em perigo a vida do recém nascido; 
• Colostro: 
– é fundamental para a sobrevivência dos 
cordeiros (banco de colostro); 
– leite de cor amarela e com cheiro forte, 
sendo que seu valor energético é o 
dobro do leite normal. Possui duas 
vezes mais proteínas que o leite; 
– oferece ao recém nascido anticorpos, 
os quais são transferidos via leite do 
sangue da mãe para a cria. Este 
fenômeno é essencial para os 
ruminantes, já que não ocorre esta 
transferência via placentária; 
– sua ação laxante permite ao cordeiro 
eliminar os restos fecais do intestino 
(mecônio). 
 
ADMINISTAÇÃO DO COLOSTRO POR SONDA 
Cordeiro recém nascido recebendo colostro por sonda 
estomacal; 
 50 ml/kg de PV nas primeiras 6 horas de vida; 
 Colostro congelado deve ser fornecido morno. 
Descongelar em água quente agitando até que fique 
morno; 
 Não deve passar 56oC no descongelamento, para não 
inativar os anticorpos presentes. 
 
 
• Fatores que afetam a produção de leite: 
– A raça  existe raças mais produtoras 
de leite do que outras, devido ao fato 
delas ou das raças que a originaram, 
terem sofrido um processo de seleção 
para estas características; 
– Idade  A produção de leite aumenta 
até a quarta lactação e a partir daí 
começa a diminuir; 
– Número de cordeiros amamentados  
Aa ovelhas que criam gêmeos, 
produzem mais leite do que aquelas de 
parto simples, sendo que estas 
diferenças têm sido registradas 
oscilando em torno de 30%. Contudo, 
se um dos cordeiros morre, a ovelha 
passa a produzir leite como se tivesse 
um só cordeiro; 
– Nutrição  A alimentação durante a 
prenhes avançada afeta a lactação ao 
modificar o crescimento do tecido do 
úbere. Além disso, influencia sobre o 
momento de iniciação da lactação. A 
nutrição insuficiente reduz o 
rendimento inicial e altera a curva de 
lactação, fazendo-a mais plana. 
 
DESMAME 
• Quando a quantidade de pasto é fator limitante 
concorrência entre ovelha e cordeiro, pelo 
alimento disponível. Com isto, tanto um como o 
outro comem menos do que suas necessidades 
exigem, situação esta que traz transtornos ao 
normal desenvolvimento dos cordeiros; 
• Outro aspecto importante é que, estando os 
cordeiros com as ovelhas no momento em que 
começam a pastar, ficam grandemente expostos 
a infestações parasitárias, pois nas primeiras 
semanas pós-parto as ovelhas apresentam uma 
menor resistência às verminoses, com o que 
passam a constituir um grande foco de 
contaminação dos pastos. 
 
• Tendo em vista que, aos 8 dias de idade os 
cordeiros já começam a experimentar alimentos 
sólidos e que a partir dos 21 começam a ingerir 
ração, à suplementação dos cordeiros com uma 
ração inicial poderá favorecer: 
– o ritmo de crescimento; 
– reduzir a mortalidade bem como evitar 
restrições na produção futura do 
animal; 
– adaptação à dieta sólida, possibilitando 
desmame precoce; 
Importante ferramenta para obtenção de 3 partos em 
dois anos. 
 
• em sistemas intensivos de produção. A 
alimentação suplementar poderá ser realizada 
com a utilização de creep feeding, conforme a 
figura abaixo. 
 
DESMAME 
• Na maior parte dos estabelecimentos rurais 
gaúchos o desmame dos cordeiros ocorre 
quando estes apresentam cerca de 4 meses de 
idade; 
• Contudo, a partir da 8a semana de vida, o 
cordeiro já se apresenta como verdadeiro 
ruminante, o que não justificaria mais sua 
presença junto com a mãe; 
• Pode-se também desmamar precocemente com 
45 ou 60 dias de idade; 
• As principais vantagens da realização de um 
desmame precoce são: 
1)Aumenta a eficiência de conversão da forragem em 
carne de cordeiro ao evitar o duplo processo de 
transformação: pasto-leite e leite-carne; 
2) Com o manejo apropriado a desmama precoce pode 
reduzir a infestação de vermes nos cordeiros; 
3) Ovelhas sem o cordeiro ao pé normalmente 
produzem mais lã; 
4) As fêmeas conseguem recuperar o seu escore 
corporal mais rápido; 
5) O desmame precoce facilita o manejo do rebanho e as 
fêmeas apresentam cio mais cedo. 
• Obs: Utilização de creep-feeding para desmame 
precoce.

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