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1 MÚSICA NOS SÉCULOS XX E XXI 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA .................................................................................................... 2 1. O PONTO DE PARTIDA: A INTERTEXTUALIDADE DA HISTÓRIA, ARTE E MÚSICA 3 1.2 A MÚSICA EM SEUS PRIMÓRDIOS .....................................................3 1.3 O CRISTIANISMO NA HISTÓRIA DA MÚSICA ...................................6 1.4 O RENASCIMENTO ............................................................................6 1.5 O BARROCO MUSICAL ......................................................................7 1.6 O CLASSICISMO E MÚSICA ..............................................................8 1.7 O PERÍODO DO ROMANTISMO .........................................................9 2.0 A MÚSICA NO SÉCULO XX (MÚSICA MODERNA) ......................................... 10 2.1 IMPRESSIONISMO, EXPRESSIONISMO E O DODECAFONISMO ....11 2.2 A RELAÇÃO DE MÚSICA ERUDITA E A CONSTRUÇÃO DA MÚSICA CONTEMPORÂNEA .............................................................................................13 2.3 MÚSICA ELETRÔNICA ........................................................................14 2.4 JAZZ E BLUES .....................................................................................15 2.5 ROCK ...................................................................................................16 2.5 MPB ......................................................................................................20 3.0 A MÚSICA NO SÉCULO XXI ............................................................................ 23 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 26 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 1. O PONTO DE PARTIDA: A INTERTEXTUALIDADE DA HISTÓRIA, ARTE E MÚSICA Considerando o ser humano como agente histórico de transformações e mudanças, podemos entender a música como forma de expressão humana, construída pela emoção, meios sociais e culturais. Para construirmos o conhecimento da formação da música nos séculos XX e XXI, é necessário compreendermos, o percurso percorrido até os tais. Segundo o estudioso da Psicologia Cognitiva, Daniel Levitin (2006, p.25), “não há nenhuma cultura conhecida no mundo que não tenha alguma forma de música, e alguns dos artefatos humanos mais antigos são instrumentos musicais [...]. De fato, o ato de fazer música antecede a agricultura nos registros arqueológicos”. O estudo da história da música, por essa razão, se torna, ao mesmo tempo, uma investigação das características socioculturais de cada período da humanidade. 1.2 A MÚSICA EM SEUS PRIMÓRDIOS Pode se dizer que além da voz, a percussão é compreendida como a primeira forma de música realizada pelos homens primitivos. Em 1998, pesquisadores americanos e canadenses descobriram na Eslovênia (Balcãs, Europa) uma flauta rudimentar feita com pedaço de fêmur de uma espécie de urso, com 4 orifícios. Pesquisadores do Queens College, da Universidade de Nova Iorque, afirmaram que a idade aproximada da flauta foi estabelecida a partir da análise de cinco dentes de um urso das cavernas encontrados perto da flauta: 45 mil anos. O Homem de Neandertal é o provável criador do mais antigo instrumento musical já descoberto no mundo. (FREDERICO, 1999, p.9) 4 Após isso com a evolução do homem em suas ferramentas, descoberta do fogo, manipulação de metais, diversos povos criaram instrumentos com notas musicais definidas, como flautas (chineses), arpas/saltérios (mesopotâmia), harpas (Egito), liras (Síria), etc. Embora já tivesse sido criado alguns instrumentos, acredita-se que a música daquele tempo era utilizada em caráter ritualístico, tendo a voz, como seu principal instrumento. Os gregos usavam a música e as artes para estarem mais próximos das divindades. Ao som da lira, vozes, teatro e dança, eram encenadas as chamadas “tragédias”. Um grande destaque nessa época foi Pitágoras que descobriu as notas e as escalas musicais. A partir daí a música passa a tomar forma e os gregos integram a base para construção dos processos de organização das notas, para posteriormente criação de escalas, tetracordes diatônicos (formados por dois tons e um semitom). 5 Assim como mostra na imagem a seguir as Escalas Diapason de Tetracordes Ascendentes (Hiper) e descendente (Hipo): Já em Roma, tomando como grande influência os gregos e etruscos, a música era usada com a finalidade de comunicação entre soldados das tropas, comemoração com hinos mediante as vitórias, bem como em rituais de cultos aos deuses. Roma também se destaca por ter as chamadas “sacerdotisas”, que eram as mulheres que tocavam alguns instrumentos. Os chineses por sua vez, além de usarem a música em eventos religiosos e civis tiveram uma percepção mais apurada da música e de como esse refletia sobre o povo chegando a usar a música como "identidade" ou forma de "personalizar" momentos históricos e seus imperadores. Hiperdório – (si – lá – sol – fá / mi – ré – dó – si); Hipodório – (lá – sol – fá – mi / ré – dó – si – lá). [...]. Hiperfrígio – (lá- sol – fá – mi / ré – dó – si – lá); Hipofrígio – (sol – fá – mi – ré / dó – si – lá – sol). [...]. Hiperlídio – (sol – fá – mi – ré / dó – si – lá – sol); Hipolídio – (fá – mi – ré – dó / si – lá – sol – fá). [...]. Misturando-se (Mixo) algumas notas, com alterações na afinação, dos modos Lídio e Hiperdório chegou-se ao: Mixolídio – (si – lá – sol – fá / mi – ré – dó – si). [...]. O modo Hipófrígio gerou o: Modo Jônico – (dó – si – lá – sol / fá – mi – ré – dó). Um pouco mais grave 6 Quase todos os povos criaram escalas musicais, estas, por motivos culturais, foram organizadas de diferentes formas. Chineses, árabes, africanos entre outros, desenvolveram escalas diferentes das nossas e estas serviram como base para modificações futuras nos séculos XX e XXI. 1.3 O CRISTIANISMO NA HISTÓRIA DA MÚSICA Destaca-se um papel de suma importância na história da música no que se refere ao período da idade Antiga para a Idade Média. Podemos destacar como marca desse período, o canto Monofônico (uma só voz sem harmonização), utilização de melismas (sustentação de uma mesma vogal alterando um tom acima/baixo), bem como o canto salmodia (o canto que chama a resposta). Com a ruptura das igrejas de Constantinopla e Romana, a música passa a dividir-se em duas vozes (diafonia), que é o que popularizamos como “segunda voz”, cantando uma terça ou quinta acima, até se dissolverem em um único som. 1.4 O RENASCIMENTO Após esse período a história da músicapassa por algumas transformações, inicia- se com os cristãos, após a queda do império romano e vai até o período do renascimento, momento no qual a razão passa a predominar sobre a religião. No período que chamamos de renascimento século XV e XVI ocorria grande renovação cultural e com isso um aumento na valorização das artes e ciências. Surge então a reforma protestante com Martinho Lutero, promotor de uma espécie de rito devocional, no qual eram integrados os corais polifônicos, cantados a capela. Nesse período, ainda não existiam marcações em andamento da música, pois o metrônomo não havia sido inventado. Para referência do andamento e velocidade das músicas eram utilizadas as danças, e a Suíte era o conjunto de danças que serviam como referências para dar andamento as composições. Nesse período, na Europa, cresce o interesse pela 7 música profana (que não era religiosa). Nessa modalidade a música também era trabalhada em várias melodias, porém as melhores composições ainda ficavam a encargo da igreja. 1.5 O BARROCO MUSICAL Período que compreende desde o aparecimento da ópera até o início do classicismo. Destaca-se pela morte do alemão, violinista, compositor e maestro Johann Sebastian Bach. A música barroca foi muito fértil contendo elaborações, brilhantismo e imponência não vistos anteriormente na história da música, fato esse, talvez, devido à oposição aos modos gregorianos até então vigentes. A criação aflorou no período barroco e diversos gêneros musicais foram criados. A partir daí as partituras musicais ganham força, são criados novos instrumentos (1600-1750), onde podemos citar a criação dos violoncelos, violinos e outros. Surge-se a definição da estrutura da ópera, concertos musicais. Podemos dar destaque ao compositor de óperas, Cláudio Monteverdi (1567-1643), consagrado com 8 a Ópera Orfeu (1607), talvez tenhamos aqui a formação da primeira orquestra, já que para esta peça Monteverdi utilizou cerca de 40 instrumentos musicais, dentre eles famílias inteiras de instrumentos de corda. 1.6 O CLASSICISMO E MÚSICA Já no século XVIII até o início do século XIX, entramos no que chamamos de período clássico, caracterizado pelo estilo galante, as sinfonias criadoras de períodos de tensão e relaxamento, no qual Mozart “considerado gênio em suas composições” e logo após Beethoven, foram os nomes representativos. No Classicismo, a música instrumental foi muito valorizada e os músicos buscaram libertar sua Arte de qualquer relação com um texto, seja ele poético, mitológico ou filosófico. Nesse período surge, a sonata, e os espetáculos de ópera e as orquestras começam a ter maior destaque. A orquestra nesse período toma forma, os metais começam a fazer parte da concepção harmônica, bem como alguns instrumentos de percussão. Nesse período, a 9 música instrumental passa a ter maior destaque, adquirindo "porte", elegância e sofisticação. O período do classicismo foi marcado por discursos musicais de forma sonata, esse estilo trata-se de divisões de temas tônicos, como se fosse uma ponte, apresenta se o primeiro tema, depois o segundo e logo após os dois temas alternando as tonalidades, finaliza-se com o retorno ao primeiro tema sem modulação. Além do estilo sonata, podemos mencionar a sinfonia, trata-se de um modelo de sonata para orquestra, significa “soar em conjunto”. Compreende-se como um discurso musical com início, meio e fim. Normalmente o primeiro movimento bem rápido, depois mais vagaroso e por fim mais brilhante e vigoroso, algumas vezes inseridos trios e minuetos. 1.7 O PERÍODO DO ROMANTISMO Nesse período, a música estava em busca de uma quebra da estrutura clássica e em busca de expressões mais vivas e abstratas, com emoções, dores, imaginação, misticismo, sentimentos, era uma verdadeira expressão da alma, a ópera ganha uma nova vida é o período da música erudita em que um grande número de músicos ficaram conhecidos: Tchaikovsky, Brahms, Liszt, Wagner e Chopin, entre outros. As composições buscavam uma a reconhecimento do indivíduo, exaltação do belo, expressões de melancolia e saudade. A Artes de pintura e literatura voltam a fazer parte das músicas e surgem festivais de músicas. O período do romantismo é marcado pela música programática, aquela na qual tem uma busca por evocar ideias, significados, mensagem e sentimentos que vão além da música em si. O concerto nesse período também sofreu algumas modificações, apenas o solista apresentava os movimentos para a orquestra. A Ópera ganhou mais vida com danças, artes cênicas e artes plásticas. 10 Considera-se importante uma contextualização da sequência dos passos musicais como passar dos séculos, para melhor compreensão de como se formou a música do século XX. Por essa razão, o estudo da música passa a ser uma investigação das características culturais de cada tempo, conforme as transformações ocorridas. 2.0 A MÚSICA NO SÉCULO XX (MÚSICA MODERNA) Para iniciarmos esse tópico é importante partir do pressuposto de que a música do século XX, não se trata de uma nova doutrina de forma a esquecer a construção anterior advinda das contribuições sociais e culturais dos períodos, todavia parte do pressuposto de que os objetivos artísticos e musicais hoje analisados, foram originados em outras épocas e culturas distintas. Compreendemos então que os novos compositores só conseguiram chegar ao “novo” compreendendo e valorizando os aspectos do passado. A esse respeito, Eric Salzman (1967, p. 1-2), professor de música do Queens College, afirmou “a música do século XX parece ser tão fundamentalmente diferente da música do passado, e tão variada e abrangente nela mesma, que se torna difícil compreender que a música do nosso tempo 11 tenha raízes profundas naquilo que veio antes e, ao mesmo tempo, uma unidade penetrante que a distingue deste passado”. Em um contexto de grande influência nas artes, por Freud, além de conflitos políticos e guerras mundiais, os músicos dos romantismos começaram a se libertar das formas estabelecidas pelos clássicos. Nesse período podemos destacar Debussy, em sua obra “La Mer”, na busca da transmissão de imagens aos ouvinte; O russo Igor Stravinsky “grande músico do século XX”, na sua exploração da harmonia e uso dos instrumentos; No Brasil Heitor Villa-Lobos e sua apresentação na Semana da Arte Moderna (1922), e sua rica contribuição cultural, viajando pelo país e unindo as tradições e costumes musicais , produzindo “Bachianas Brasileiras” , músico erudito de maior destaque no Brasil. Um grande marco na história da música neste tempo foi a expansão do rádio e a invenção da televisão, isso promoveu uma avanço na difusão da comercialização, formas de composição e novos instrumentos, rompendo com as barreiras físicas e adentrando no processo de globalização. Nesse período desenvolve-se também a música popular, estilos como Blues, Rock, Jazz, ganham seu espaço 2.1 IMPRESSIONISMO, EXPRESSIONISMO E O DODECAFONISMO Desenvolvido na França o Impressionismo iniciou-se no século XIX e foi até o século XX, foi caracterizado pelo uso das escalas maior e menor, ausência de uma delimitação melódica nítida, grande importância aos sons contidos dentro das obras dedilhados, floreios, etc. São considerados grandes nomes do impressionismo, Claude Debussy (Imagem abaixo) e Maurice Ravel. Diferindo da música programática no que tange a não buscar contar uma história, apenas estimular percepções ou melhor impressões, com acordes não resolvidos e harmonias quase modais, as vezes sem compasso e barras. O Impressionismo também influenciou a música de músicos de jazz, bossa-nova, assim como o maestro Tom Jobim, que utilizou não só motivos impressionistas, como também estruturas harmônicas similares às de Debussy e Ravel, nas suas músicas popularescomo nas eruditas. 12 Após o impressionismo a música avança para o Expressionismo. Desenvolvido principalmente na Alemanha com Arnold Schoenberg e seus alunos Anton Webern e Alban Berg, o expressionismo caracterizava-se pela emotividade intensa, harmonias cromáticas, melodias frenéticas, desconjuntadas caracterizando o estilo atonal. Por outro lado, do ponto de vista de Wozzeck (obra de Alban Berg), o expressionismo toma uma forma menos angustiante e sofrida, caracterizada pela atonalidade livre, para uma forma mais inteligente construída. Por esta razão, os expressionistas usam formas tradicionais, tais como: cânone, invenção, fuga, suite, minueto, marcha, serenata, valsa, sonata clássica e especialmente a base da forma da canção. Através de formas tradicionais, eles fazem a ponte entre o racional e o emocional. Com as contribuições de Arnold Schoenberg surge também o Dodecafonismo, nesse sistema as notas são organizadas em grupos de doze notas denominados séries as quais podem ser usadas de quatro diferentes maneiras. As doze notas da escala apareciam Claude Debussy (1862 –1918) Arnold Schoenberg (1874 —1951) 13 melodicamente na série e numa ordem determinada que se mantinha inalterável ao longo de toda a obra. Construiu então, um método para organizar os doze sons da escala cromática igualmente. Essa técnica foi apresentada como "sistema dos 12 sons", que logo ficou conhecida como dodecafonismo serial. Possibilitou algo diferente, ou seja, a construção de uma base para a renovação da linguagem musical. Décadas depois, compositores como Pierre Boulez e Milton Babbitt ampliaram o conceito original e criaram o serialismo integral, que tratava-se de uma técnica, na qual os músicos tinham à disposição uma linguagem de organização coerente dos sons, ao longo de uma obra. Nesta variação da técnica todos os parâmetros musicais, como duração, timbre, altura e intensidade são ordenados segundo os princípios elaborados por Schoenberg. No Brasil o dodecafonismo iniciou com Hans-Joachim Koellreutter, pode se citar outros nomes que também o utilizaram em suas composições Tom Jobim, Arrigo Barnabé, César Guerra- Peixe, Edino Krieger, entre outros. 2.2 A RELAÇÃO DE MÚSICA ERUDITA E A CONSTRUÇÃO DA MÚSICA CONTEMPORÂNEA Nós capítulos anteriores vemos como a música ganhou forma expressiva, inserindo novas tensões, e buscando pela atonalidade. O serialismo entra como grande tendência no século XX, uma vez que, por mais que o entendimento do sistema não nos permita perder a possibilidade de contemplação da expressividade da obra, talvez o contrário seja possível, isto é, a organização matemática chega a níveis tão complexos que a “ordem de orientação” das músicas, a partir da série (como queria Schöenberg), talvez seja dificilmente perceptível para maioria dos ouvintes. De um lado a música serialista, de outro a música minimalista, que trata-se de um movimento muito menos complexo, com discurso musical mínimo com justaposição de elementos musicais, harmonia estática e repetições transcendendo o conceito tradicional de ritmo e forma musical. Em 1952 John Cage traz uma nova representação de música, que é a música aleatória. Em sua execução, o músico posiciona-se no palco, e em silêncio aciona um cronometro e utiliza os ruídos da plateia como os sons da música. Na França os compositores Pierre Schaeffer, Pierre Henry e Oliver Messiaen, com o desenvolvimento científico, utilizavam meios eletrônicos para gravar sons concretos, 14 nesse estilo é como se o compositor cortasse, manipulasse e editasse a melodia e o ritmo, de forma a buscar o melhor deles, buscando possibilidades novas do “rascunho original”, estilo conhecido como música concreta. 2.3 MÚSICA ELETRÔNICA De forma linear a música concreta, cria-se a música eletrônica em meados 1948, consistia em uma grande variedade de sons, com supressão de frequências indesejadas, adição de vibratos e reverberação entre tantas outras formas que se buscou de alterar um som fundamental ao ponto de se buscar um Som Puro, ou seja, um som que não soasse harmônico. Somente a nota real deveria aparecer. A música para fita magnética, criada sem sons naturais, foi batizada de Elektronische Musik,” por compositores como Karlheinz Stockhausen e Herbert Eimert.Pierre Schaeffer em 1948, realiza a difusão de Études de Bruits pela “Rádiodiffusion Télévision – Française”, a primeira obra gravada em fitas magnéticas. A música eletrônica e música concreta expandiram a gama de sonoridades disponíveis para a criação musical e abriram precedentes para a experimentação também no âmbito instrumental, suscitando técnicas “estendidas” de execução instrumental, esse estilo musical só começa a ganhar foco com o surgimento dos sintetizadores digitais (os samplers) e quando se torna possível criar batidas em computadores pessoais, que possuíam recursos de áudio fáceis para se montar um estúdio caseiro. 15 2.4 JAZZ E BLUES Iniciamos esse título com o posicionamento do historiador britânico Eric Hobsbawm sobre a história do jazz, e o que o define como um estilo. Para o autor trata se de uma manifestação a) baseada na mistura de linguagens musicais africanas e europeias, “fermentadas” nos Estados Unidos, no século XX; b) cujo apoio fundamental é o ritmo; c) na qual são empregados timbres instrumentais e vocais próprios; d) que originou formas musicais e repertórios específicos; e) que se trata de uma música “de executantes”, ou seja, em que há espaço para a improvisação individual (HOBSBAWM, 1990, p.42-47). 16 Pode ser considerado com uma das matrizes musicais mais importantes no século XX e XXI, grande parte do que ouvimos nos dias atuais sofreram influência desses estilos. O Jazz possui algumas particularidades musicais que vem da cultura africana, mais conhecida como “escala blue”, apoiado no ritmo constante e uniforme (geralmente de dois ou quatro por compasso). As formas comuns usadas pelo jazz são o blues e a balada. 2.5 ROCK Assim como o jazz, o iginou a partir de várias influências estilísticas (incluindo o próprio jazz), e é um gênero musical que pode ser definido a partir de elementos comuns que aparecem nas obras, tais como o ritmo, o timbre, o conteúdo das letras ou as formas musicais. No rock, o ritmo tem uma especificidade. Além da organização geral, respeitando, muitas vezes, a estrutura dos quatro compassos (revisitada várias vezes neste texto), é um ritmo quaternário, ou seja, cada unidade de tempo (compasso) é formada por quatro batidas. Se ouvirmos um rock e batermos a mão, é provável que uma frase musical completa se desenvolva a cada 16 batidas ou 4 compassos, com 4 batidas cada. A especificidade do rock é a acentuação das 4 batidas em cada compasso. Em diversos estilos musicais instrumentais ou na música dançante, de forma geral, a acentuação é feita dessa forma: fraco, forte, meio-forte, fraco. Já no rock, há um contratempo, isto é, comparados à estrutura anterior, os tempos fracos são acentuados. Como a bateria possui 17 um bumbo e uma caixa-clara, o ritmo básico do rock é feito dessa forma: bumbo (marcado), caixa (forte), bumbo (menos marcado), caixa (forte). O contratempo, então, se dá no toque forte da caixa (MADALOZZO, MADALOZZO, no prelo). Na análise dos timbres da banda de rock, ganham destaque quatro fontes sonoras básicas: a bateria, o (contra)baixo elétrico, a guitarra elétrica e o vocal. Os 29Por isso, é que dizemos que, ao dançar, fazemos “dois pra lá, dois pra cá”, ou seja, os dois passos principais correspondem aos tempos forte e meio-forte de cada compasso. I 51 I timbres da bateria são variados, não só porque o instrumento agrupa vários em um só (pratos, bumbo e caixas), mas também porque podemos tocar com baquetas mais oumenos duras ou mesmo com aquelas que imitam uma vassourinha. O vocal também possui diferentes tipos de timbre, que vão desde um canto mais suave até o chamado drive ou vocal gutural rasgado, típico de alguns estilos, dentro do rock. O baixo elétrico é uma espécie de versão do contrabaixo acústico encontrado em uma orquestra. 18 Já a guitarra, amplificada e, muitas vezes, tendo seu som manipulado por meio de mecanismos como os pedais de distorção, oferece uma variedade de timbres muito utilizada não só para acompanhamento das melodias do vocal, mas nos solos (momentos solistas) das músicas, quando o guitarrista se destaca do fundo sonoro da banda e, assim como no jazz, faz uma improvisação ou um solo escrito pelo compositor da música. Esse instrumento foi desenvolvido a partir da década de 1930, e perdeu a caixa de ressonância (como a do violão) a partir das criações de Leo Fender, na década de 1950 (MADALOZZO, MADALOZZO, no prelo). Por fim, do ponto de vista formal, o rock é organizado segundo o mesmo sistema de repetição versus contraste, já abordado nos capítulos anteriores. Dizendo de outra forma, as estrofes mais longas são alternadas com o refrão, que em geral, é a parte mais facilmente memorizável pelo ouvinte. Além disso, o rock tem um elemento organizador denominado riff. Trata-se de uma frase curta, em geral, tocada pela guitarra, repetida várias vezes na música, em especial, no refrão: é aquela frase musical que, quando ouvimos, nos faz remeter imediatamente à música (MADALOZZO, MADALOZZO, no prelo). Assim como no jazz, é inviável citarmos todas as variações do rock como estilo, ao longo dos séculos XX e XXI, mas podemos afirmar que as suas origens são parecidas com as do jazz, incluindo a música country, o blues e a música gospel americana. A fusão desses elementos foi experimentada por diversos músicos, inclusive por Chuck Berry (1926- ), por muitos, considerado o criador do rock. Uma de suas músicas mais famosas é Johnny B. Goode30 (1955), que possui o mesmo baixo característico do boogie-woogie aqui citado, e 19 um solo de guitarra, na parte central, em algumas gravações (MADALOZZO, MADALOZZO, no prelo). Seguindo uma cronologia, podemos destacar a ousada letra da canção Like a rolling stone (1965), de Bob Dylan (1941), e o famoso riff, com timbre de órgão. Fora dos Estados Unidos, foram fundamentais para o desenvolvimento do rock, bandas como The Beatles e The Rolling Stones. Na trajetória dos Beatles, fica evidente o quanto as músicas evoluem, pois os timbres, ritmos, melodias e 30A partir deste ponto, não forneceremos orientações sobre a busca de áudios na internet porque, de forma geral, os exemplos musicais podem ser mais facilmente encontrados a partir de seus títulos e dos nomes dos compositores. São estruturas simples do início da carreira passam por um aprimoramento e por uma complexidade musical e temática ao longo dos anos. No Brasil, o rock da década de 1950 dividiu espaço com a Bossa Nova, considerada um estilo erudito. A partir da influência de movimentos como a “Jovem Guarda” ou das experimentações acerca da fusão de elementos do rock com a cultura brasileira, feitas pela banda “Os Mutantes”, o rock passou a escrever uma história em nosso país, incluindo o uso sistemático da guitarra elétrica, importada dos Estados Unidos. Contudo, é interessante lembrar que, em 1967, houve uma passeata contra o uso desse instrumento, da qual participaram artistas, como Jair Rodrigues, Geraldo Vandré, Edu Lobo e Gilberto Gil, que protestavam contra uma suposta invasão de ideais norte-americanos na música brasileira, representados pelo uso da guitarra elétrica. (MADALOZZO, MADALOZZO, no prelo). Outros movimentos do rock são o rock progressivo e o punk rock, que representaram a incorporação de outros elementos ao estilo, como diferentes timbres instrumentais, letras e harmonias mais complexas e longas (no caso do rock progressivo), além de temas como a sexualidade, as drogas e a política, em canções mais curtas e simples (no caso do punk rock) 32. Ainda, podemos mencionar o rock alternativo, formado por misturas musicais, a 20 ponto de não estar bem definido em nenhum outro estilo específico (MADALOZZO, MADALOZZO, no prelo). A partir deste rápido panorama sobre o rock, bem com o desenvolvimento de suas principais características, fica evidente o fato de que se trata de um gênero musical complexo e com muitas variações, que podem ser trabalhadas pedagogicamente, não apenas por meio das características musicais específicas de cada obra estudada, mas também por esse pano de fundo histórico, que é tão importante para a compreensão das canções. Por considerarmos que o rock é um estilo musical que tem muita visibilidade nos dias de hoje, e cujos exemplos musicais são facilmente encontrados nas gravações em discos e na internet, propomos um trabalho de pesquisa e de identificação de outros elementos musicais, dentro da vasta produção de canções que caracterizam as evoluções históricas do gênero. Lembramos que, por estar relativamente próximo das preferências musicais de diversas gerações, o rock é um estilo que pode ter grande aceitação pelos alunos, quando trabalhamos com a história e a percepção musical. 2.5 MPB A expressão “música popular” é usada por aqui há séculos, mas sem se referir a nenhum movimento ou grupo artístico específico. A história da MPB só começa de verdade na segunda metade da década de 60. O contexto era o seguinte: a bossa nova, com influências do samba e do jazz americano, fazia sucesso com sua proposta de criar músicas mais sofisticadas, falando do cotidiano e das belezas do Brasil. Grandes nomes como Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Nara Leão já faziam sucesso com esse movimento. Ao mesmo tempo, havia um outro grupo que queria resgatar as origens da música brasileira, buscando inspiração no folclore e nos ritmos tradicionais vindos de diferentes regiões do país. O Surgimento da “música popular brasileira”, assim como no caso do jazz e do rock, remonta ao século XIX (suas influências vindas ainda de antes). Carlos Sandroni, professor de música da UFPE, afirma que, no final do século XIX, não se falava ainda, em “música popular”. A “música” era aquela considerada como Arte (com letra maiúscula), ou seja, pela complexidade e erudição, Como os escravos não eram considerados parte do “povo”, suas manifestações também não eram entendidas como música popular (SANDRONI, 2006). A ideia de “música popular” surgiu na década de 1920, quando Mário de Andrade e outros pesquisadores passaram a considerar que o povo brasileiro, na sua maioria, vivendo no 21 meio rural, havia criado manifestações musicais com alta carga de identidade cultural (SANDRONI, 2006). Segundo a autora, ao longo daquela década, a produção musical rural ficou conhecida como “música folclórica”, numa tentativa de diferenciá-la da música urbana, veiculada nas rádios e registrada nos discos, denominada “música popular”. É apenas nos anos 1960, que aparece a sigla MPB. Sobre isso, Sandroni (2006, p.1) argumenta que ela condensa, “[...] além de significações musicais – na qual ‘popular’ se define por oposição a ‘folclórico’ e ‘erudito’ – associações políticas, onde ecoam não apenas os CPCs [Centros Populares de Cultura] de antes do golpe, mas também o MDB de depois do golpe”. Dessa forma, se em sua origem, o conceito já buscava definir um tipo específico de produção musical distante do erudito, por um lado, e do folclórico, por outro, com o passar das décadas, percebemos que há uma indefinição da MPB como gênero musical específico, abrindo um leque de possibilidades muito grande sob a mesma denominação. O marco inicial da MPB foi a música Arrastão, escrita por Edu Lobo e Vinicius de Moraes e interpretada por Elis Regina. Além de inaugurar o que viria a ser conhecidocomo Música Popular Brasileira, a canção ainda foi o pontapé inicial da brilhante carreira de Elis. No ano seguinte, a música Pedro Pedreiro, de Chico Buarque, também entrou para a lista da MPB, e a partir daí foram surgindo mais e mais sucessos. Em 1966, as músicas Disparada, interpretada por Jair Rodrigues, e A Banda, de Chico Buarque, foram consideradas o marco definitivo de ruptura da MPB com a segunda geração da Bossa Nova. Por ter surgido como bandeira de luta, a Música Popular Brasileira nasceu com letras 22 críticas, as chamadas canções de protesto — músicas que tentam chamar a atenção dos ouvintes para problemas políticos e sociais. Podemos citar como exemplo a clássica Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores, de Geraldo Vandré. Nesse mesmo contexto, estava acontecendo outro fenômeno que mudou a história do Brasil: a popularização da televisão. A música, que até então só era ouvida no rádio, ganhou espaço nas telinhas e surgiram os famosos festivais musicais, responsáveis por consagrar de vez a MPB. Apesar da censura do regime, muitos artistas conseguiram se apresentar nos festivais cantando músicas que eram verdadeiras canções de protesto contra a ditadura. Alguns, infelizmente, não conseguiram fugir da censura, como Chico Buarque e Gilberto Gil, que tiveram o áudio cortado ao apresentarem a música Cálice, no festival Phono 73. A música Alegria, Alegria, de Caetano Veloso, foi apresentada no 3º Festival de Música Popular Brasileira, em 1967, e marcou o início definitivo de um importante movimento dentro da MPB: o Tropicalismo. Ao contrário do que se fazia até o momento, as músicas perderam o tom sério de crítica direta e passaram a abusar dos trocadilhos, das ironias e das figuras de linguagem, adotando uma sonoridade mais pop e experimental. Durante o mesmo período, surgiu uma outra vertente que consagrou nomes como Erasmo Carlos e Wanderléa: a Jovem Guarda. O movimento também teve seu espaço garantido na televisão e no coração dos brasileiros. Acontece que a Jovem Guarda foi para um caminho bem diferente do que tomava a MPB: adotou um estilo mais voltado para o rock, com guitarra elétrica, ritmos dançantes e letras com temas mais superficiais. A Música Popular Brasileira teve importância em vários movimentos sociais. É por isso que ela costuma ser classificada como um conjunto de manifestações artísticas e culturais que vão além do gênero musical. Ela foi muito importante na luta contra a censura e na busca pelo resgate das raízes culturais brasileiras, tanto que a história da MPB chega a se misturar com a do Brasil. Mas se engana quem pensa que a importância da MPB ficou no passado. Artistas como Tiago Iorc são um ótimo exemplo de que ela continua aqui para questionar e nos fazer refletir sobre os problemas sociais. Vários novos artistas têm se destacado e dado novos ares à MPB, seja buscando a fórmula “original” ou construindo novos conceitos. 23 3.0 A MÚSICA NO SÉCULO XXI Como tudo na vida se transforma, a música também passa por esse processo de transformação. As novas tecnologias fizeram com que as apresentações de música ganhassem um espaço alternativo: o cinema, a televisão, o rádio, a internet, os aparelhos de som e vídeo. Assistir a uma apresentação pela televisão é diferente de vê-la ao vivo no seu espaço real, pois, a falta de contato direto com os instrumentistas e vocalistas altera nossas sensações, ações e reações diante do espetáculo. As músicas promovidas pela indústria cultural são aquelas conhecidas como músicas de massa, aquelas que fazem parte das “paradas de sucesso” e são difundidas pela mídia e consumidas pela população. Os meios de comunicação, ao veicular os diferentes estilos de músicas fazem com que possamos conhecer, ouvir e cantar de várias partes do mundo. Apesar de atualmente a nossa referência para ouvir e apreciar uma música seja a escala cromática, a partir do início do século XX começaram a ocorrer uma série de transformações na música, contrapondo–se aos padrões clássicos da música tonal. Músicos como Arnold Schoenberg passaram a compor música atonal, rompendo com a tonalidade; Igor Stravinsky rompe com a rigidez métrica da música clássica e utiliza novos ritmos e harmonias; Maurice Ravel compõe O Bolero, prenunciando a música minimalista (que utiliza o mínimo de variações rítmicas, melódicas e harmônicas) tão presente na música hoje. Você já deve ter ouvido O Bolero de Ravel ou a Sagração da primavera (de Stravinsky). Estas músicas estão presentes nas propagandas, no rádio e até mesmo como campainha de celular. No Brasil, Carlos Gomes baseia-se na cultura brasileira para escrever a ópera O Guarani e Heitor Villa-Lobos compõe suas músicas a partir de temas do folclore e da cultura popular. A nossa música popular mistura elementos da música clássica com sons africanos, indígenas e orientais, por meio do trabalho de músicos como Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Cartola e tantos outros que passam a ser prestigiadose tornam-se populares. O blues, que tem sua raiz nos cantos de trabalho dos povos de origem africana nos Estados Unidos, é uma sobreposição harmônica do sistema tonal e sistema modal. Originário deste grupo social específico, o blues passa a ser conhecido por vários outros povos, sendo a base para outras formas musicais, como o jazz e, posteriormente, o rock. 24 Após tantos fios levantados, ainda não é hora de costurá-los. Mais do que fechar conceitos ou resolver questões, o objetivo deste estudo foi abrir possibilidades de trabalho com história da música. Se, no início dele, afirmamos que a história é o registro de nossos movimentos como agentes ao longo do tempo, sejamos agentes também da formação musical de nossos alunos, buscando ampliar possibilidades de contato com a música, na sala de aula, mostrando que a história é algo em transformação a cada dia, e vai além de um conjunto de datas “velhas” a serem memorizadas. Trata-se de um convite à exploração musical da diversidade que temos no nosso mundo atual. O progresso das novas tecnologias, a generalização do conhecimento e o desenvolvimento da era da Informação tornam cada vez mais pertinente repensar as dinâmicas do sistema musical contemporâneo, nomeadamente os papéis do músico no século XXI perante uma nova morfologia social: a rede, com um carácter demarcadamente virtual. Considerar a composição em pleno deslanchar do século XXI, após todos os rumos tão diversos pelos quais trilhou o pensamento musical no decorrer do século passado, em que o paradigma da tonalidade deixou de ser hegemônico e quando até mesmo o intérprete passou a ser prescindível para que ocorra o fato musical (como nas poéticas acusmáticas, importante vertente da música eletroacústica), remete-nos às relações da composição com sua própria história. Percebe-se, por fim, que esse ensaio precisou caminhar por um caminho que não fosse linear e descobrisse as suas trilhas infindáveis, ocultas. E, que, precisasse ser reiniciado a qualquer momento quando se percebesse em um limiar, não como um fundo 25 inesgotável, mas como seu próprio limite, reconhecido em si mesmo. O tema em si tem a preocupação de trazer a força do espírito grego transformador discutido em Nietzsche para o pensamento pós-moderno no século XXI, cenário que é notório a repetição dos mesmos valores estéticos morais modernos para comportamentos plenos em suas vontades e capacidades através da transvaloração de todos os valores e a construção de uma memória do futuro, desligados de padrões e modelos estéticos e morais modernos. Nesse sentido, percebe-se também que, em face da grande extensão das obras de Nietzsche divididas pelas suas três fases correspondentes, esse ensaio alcançou seu objetivo em deixar preparadas reflexões articuladas aos pensamentos de Nietzsche interligados à arte e a criação. Assim, os caminhospercorridos e suas trilhas desveladas se mostram, ainda, como uma pequena contribuição de grande valia para futuros trabalhos que se preocupem com a música e a criação de valores. 26 REFERÊNCIAS Coelho, T. J. História da Música Erudita e Popular I, II e III.Rede Itego. Governo de Goiás.Brasil.2017 HOBSBAWM, Eric J. História social do jazz. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. Enciclopédia da música do século XX. São Paulo: Martins Fontes, 1995. GROVE Dicionário de Música – Edição Concisa. ed. Stanley Sadie. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. p.407 COLLIER, James. Jazz: a autêntica música americana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,1995. GRIFFITHS, Paul. 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