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EMANUEL VITOR DE SOUZA PAULO RA - 8107838 Portifólio – Lógica Clássica GOVERNADOR VALADARES 2020 Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano para a disciplina de Lógica Clássica, ministrada pelo Tutor Luis Geraldo da Silva. Portifólio – Lógica Clássica 1) Leia o excerto a seguir: A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição de que a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque faz sem imagem e fabulação; e, enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora em apenas estado de crisálida, está contido o pensamento: "Tudo é um" (NIETZSCHE, F. Crítica Moderna; Pré-Socráticos). No excerto, Nietzsche destaca a posição dos pré-socráticos quanto ao princípio fundamental da identidade. Descreva as principais características da proposta dos pré-socráticos e relacione com os princípios aplicados a Lógica Aristotélica. Os primeiros filósofos, denominados pré-socráticos, inauguraram a filosofia se perguntando o que é a physis (natureza), que no seu sentido amplo significa gênese, origem, manifestação. O estudo da physis, que levanta a questão do princípio de todas as coisas que estão inseridas na realidade, foi o motivo para Aristóteles denominá-los physiologoi, “fisiólogos”, isto é, estudiosos da physis. Em síntese, aqueles pensadores se ocupavam em saber se há um princípio único, nomeado de arché, que também poderia ser considerado como “comando” que ordena todas as coisas no mundo. Destacando dois filósofos pré-socráticos: Tales de Mileto, Parmênides de Eléia, pode-se observar o que influenciou Aristóteles a organizar os princípios da lógica, já que este era muito sistemático no que se referia ao estudo dos primeiros filósofos. Tales, sendo filósofo monista, defendia que tudo se origina por meio de um único princípio (arché), por isso, afirmava que a água era a origem de todas as coisas. Apesar desse raciocínio se esbarrar com algumas dificuldades, sua dedução é válida, e estabelecia que tudo o que existe ou acontece tem uma causa para existir ou ocorrer (a água). Logo, o raciocínio de Tales corroborou para Aristóteles estruturar o princípio lógico da causalidade. Parmênides, com o pensamento o Ser é e o não-Ser não é, inaugura a lógica, mais precisamente no que se refere ao princípio da não contradição, que determina que nada pode ser e não ser ao mesmo tempo e na mesma relação. Ou seja, o Ser é e não pode não ser; o não-Ser não é e não pode ser. Ademais, se se pode dizer que o Ser é Ser, isso se deve pelo conhecimento que temos de sua identidade, o que inicia o princípio da identidade que designa que o que é, é. Outro princípio que se encaixa a esse pensamento é o do terceiro excluído, que consiste em afirmar que uma coisa é ou não é, negando a possibilidade de uma terceira opção. Por exemplo, o Ser é ser ou o Ser não é ser. 2) Leia o trecho que se segue: Julgamos conhecer cientificamente cada coisa, de modo absoluto e, não, à maneira sofística, por acidente, quando julgamos conhecer a causa pela qual a coisa é, que ela é a sua causa e que não pode ser de outra maneira (ARISTÓTELES. Segundos Analíticos, I, 2, 71b 9-12 apud Oswaldo Porchat. Ciência e dialética em Aristóteles). Descreva o que diferencia o modo absoluto do modo sofista e destaque a crítica de Górgias quanto a essas perspectivas? O modo absoluto consiste em verdades e valores estáveis, que não se modificam de acordo com o pensamento de cada um. Ele é alcançado pelo uso da razão, descartando a falsa sabedoria ditada pelos sentidos e pelas opiniões. O importante é anunciar a verdade. Porém, o modo sofista está relacionado a relativização da verdade e dos valores, tornando-os instáveis. Para os sofistas a veracidade de um argumento não importa, o que é necessário é a eloquência do mesmo. Contudo, para Górgias a verdade absoluta não pode ser alcançada, pois nossa razão não pode criar regras absolutas, somente iluminar as situações que vivemos. Qualquer saber, mesmo que relativo, é impossível e falso, porque não conseguimos expressá-los como eles são, pois, as palavras não transmitem nada com veracidade a não ser elas mesmas. 3) Elabore um argumento simples e um argumento complexo válido, composto de premissas e uma conclusão relacionado as propostas da BNCC aplicadas à Educação. Argumento Simples Todo o aluno do Ensino Médio deve respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos. Emanuel é aluno do Ensino Médio. Portanto, Emanuel deve respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos. Argumento complexo Todos os professores que seguem as competências da BNCC devem conscientizar os alunos sobre a multiculturalidade, incentivando à curiosidade e a experimentação. Contudo, Carla não conscientiza sobre a multiculturalidade, incentivando à curiosidade e a experimentação. Portanto, Carla não é uma professora que segue as competências da BNCC. Evidentemente, Carla é uma professora. Logo, existe uma professora, pelo menos, que não segue as competências da BNCC.
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