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Responsabilidade-Civil-do-Estado-I

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www.preparatorioobjetivo.com.br
Elementos que indicam a Responsabilidade Civil no Brasil
Responsabilidade Civil é tema constante no Brasil. Sempre, em alguma situação da vida, já nos vimos diante de
alguma situação que gere a responsabilidade. Imagine você dirigindo um carro, e, de repente, por estar ao telefone e
por pura distração, colide em outro veículo. A RESPONSABILIDADE será sua, pois causou o episódio.
Mas e para a Administração Pública, será que é necessário comprovar CULPA?
Veja o Art. 37, parágrafo 6, da CF/88 que prevê:
As pessoas jurídicas de direito publico e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
 Elementos que surgem da análise:
a) Dano;
b) Alteridade do dano;
c) Nexo causal;
d) Ato estatal;
e) Ausência de causa excludente da responsabilidade estatal.
JURISPRUDÊNCIA IMPORTANTE – OBSERVAÇÃO FATAL: O STF CONSENTE QUE A RESPONSABILIDADE
CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO É OBJETIVA
RELATIVAMENTE A TERCEIROS USUÁRIOS E NÃO-USUÁRIOS DO SERVIÇO;
Para Concursos Públicos, você deve gravar o seguinte:
 RESPONSABILIDADE ENTRE PARTICULARES: SUBJETIVA
 RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: OBJETIVA
 
O Brasil adotou a TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO. Ou seja, independentemente de culpa ou de dolo, vai haver
resposta da Administração.
Cuidado! Em regra, no Brasil, não se aplica a TEORIA DA CULPA e nem a TEORIA DO RISCO INTEGRAL.
Fique atento!
 Três vertentes devem ser analisadas em nosso estudo:
 Negligência; 
 Imperícia; 
 Imprudência. Não sendo, entretanto, necessário individualizá-la, dado que pode ser atribuída ao serviço
público, de forma genérica, a falta do serviço.” (RE 369.820)
Direito Administrativo
Prof Lucas Neto
www.preparatorioobjetivo.com.br
Jurisprudência IMPORTANTE: Em sede de RE 327.904, o STF determinou que a ação com fundamento na
responsabilidade objetiva somente pode ser ajuizada contra o Estado e não contra seu agente, uma vez que o
disposto no art. 37, § 6º, da CF configura dupla garantia: “uma em favor do particular, possibilitando-lhe ação
indenizatória contra a pessoa jurídica de direito público ou de direito privado que preste serviço público; outra, em prol
do servidor estatal, que somente responde administrativa e civilmente perante a pessoa jurídica a cujo quadro funcional
pertencer”.
 Pode haver responsabilidade por ato do Poder Legislativo quando:
 Lei de efeito concreto declarada inconstitucional;
 Mora do legislador em estabelecer a forma de um exercício de um direito constitucionalmente assegurado.
 Diante do Poder Judiciário, temos a responsabilidade em situações previamente previstas em lei nas
seguintes hipóteses:
 Erro judiciário
 Preso além do tempo
 Juiz proceder com dolo ou fraude
 Recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar.
Via de regra, o Estado não é responsável civilmente pelos danos causados em vítima de crime cometido por foragido
da prisão. É certo que pode haver responsabilidade do Estado por ato omissivo. Contudo,
também nessa hipótese, não se pode dispensar a presença do nexo de causalidade . Assim, entende o STF que não
há, nesses casos, nexo de causalidade entre o ato delituoso e a omissão da autoridade pública (AI-AgR
463.531, AR 1.376 e RE 369.820).
De acordo com o STJ, em julgado atual, analisou esse entendimento, ao afirmar que o candidato aprovado em
concurso público e nomeado tardiamente em razão de erro da Administração Pública, reconhecido judicialmente, faz
jus à indenização por dano patrimonial, consistente no somatório de todos os vencimentos e vantagens que deixou de
receber no período que lhe era legítima a nomeação (EREsp 825037/DF, CORTE ESPECIAL).
ATENÇÃO!!!! OBSERVAÇÃO FATAL PARA DERRUBAR 10 MIL CONCORRENTES: O STJ consolidou o
entendimento de que o prazo prescricional para o ajuizamento de ações indenizatórias contra a Fazenda Pública
continua sendo de cinco anos (STJ, 1ª Seção: EREsp 1081885/RR).
Questões
1) Francisco é servidor de sociedade de economia mista, prestadora de serviço público. Em determinada data,
Francisco, no exercício de sua função, intencionalmente, causou danos a particulares. Nesse caso, a
responsabilidade da sociedade de economia mista pelos danos ocasionados é:
a) objetiva.
b) subjetiva.
c) subsidiária.
d) inexistente.
e) disjuntiva.
2) Determinado servidor da Secretaria da Fazenda inseriu informações falsas sobre cidadão, seu desafeto, no
cadastro de contribuintes do Estado, fazendo com que o referido cidadão passasse a figurar no cadastro de
inadimplentes. Diante dessa situação, o cidadão, que é um pequeno empresário, sofreu diversos prejuízos
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morais e patrimoniais, especialmente em decorrência de restrições de crédito. A responsabilidade do Estado
pelos danos sofridos pelo cidadão é:
a) subjetiva, dependendo, pois, da prévia responsabilização do agente público em processo disciplinar ou
administrativo.
b) objetiva, dependendo, para efeito do dever de indenizar o cidadão, da comprovação do nexo de causalidade
entre a conduta do servidor e os danos sofridos.
c) afastada, se comprovada culpa exclusiva do agente público, o qual responde civilmente perante o cidadão
prejudicado e administrativamente por falta disciplinar.
d) condicionada à comprovação de dolo do servidor, circunstância que, se presente, obriga o Estado a indenizar
os danos patrimoniais e morais sofridos pelo cidadão.
e) decorrente da prestação do serviço público, não estando presente na situação narrada em face da conduta
dolosa do agente público.
3) Em face de greve de serventuários da Justiça alguns candidatos à vagas abertas por uma prestigiada empresa
de tecnologia não puderam se submeter ao correspondente processo seletivo, por não terem logrado obter
certidões necessárias para comprovar a inexistência de antecedentes criminais. A responsabilidade civil do
Estado, perante referidos cidadãos,
a) somente se configura em face de condutas comissivas, sendo afastada, dada a sua natureza objetiva, quando
não identificado o agente causador do dano.
b) independe de comprovação de dolo ou culpa do agente, elementos esses que, somente, são requeridos para
fins do direito de regresso do Estado perante o agente.
c) depende da comprovação de dolo ou culpa dos serventuários, não bastando a comprovação do dano e do
nexo de causalidade com ação ou omissão de agente público.
d) é de natureza subjetiva, ensejando o direito de regresso em face dos servidores responsabilizados em
processo administrativo.
e) é de natureza objetiva e independe, portanto, da comprovação do dano, bastando a identificação do nexo de
causalidade.
GABARITO:
1) A
2) B
3) B

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