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RESUMO BIOLOGIA CELULAR (COMPLETO)

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LUCAS MELO 103 
 
BIOLOGIA CELULAR E DOS 
TECIDOS: 
MEMBRANA CELULAR OU PLASMALEMA 
Estrutura dinâmica, trilaminar (não são 3 camadas, 
quer representar que existe uma parte interna, uma 
externa e outra intermediaria), formada principalmente 
por lipídeos e proteínas, o papel dela é isolar os 
componentes de certas partes que precisam ser 
isoladas para a realização de seus “trabalhos”. 
FUNÇÕES 
Definem os limites celulares e mantém definidos e 
diferenciados (uma interface entre o citoplasma e 
meio extracelular) a parte interna (citosol) e externa 
da célula – um dos mais importantes. Também é 
composta por proteínas intrínsecas, canais e aderidas. 
Mantém a integridade da estrutura, tem uma 
permeabilidade seletiva, moléculas pequenas 
passam (H2O, ureia, glicerol), moléculas grandes não 
(glicose, sacarose), apolares passam (O2, CO2, N2, 
benzeno), polares não, moléculas sem carga passam, 
com carga não (íons: H+, Na+, K+). 
Obs: No final das contas cada substancia vai ter o seu 
mecanismo de transporte\entrada na célula especifico. 
As partes das celulas que vão inicialmente entrar em 
contato são as membranas, ou seja, interações 
celulares. Facilitam o reconhecimento, pois em sua 
superfície temos proteínas e glicocálix. Todos os sinais 
que indicam alguma coisa para a célula, vão chegar 
pela membrana, mais especificamente por um receptor 
que está na membrana. 
Obs: FIBRONECTINA e INTEGRINA foram coisas que 
ele bateu muito na tecla durante essa aula. 
MODELO MOSAICO FLUIDO: 
Dupla camada fosfolipídica, com proteínas 
mergulhadas. Essas proteínas possuem diferentes 
funções na célula e elas não são fixam, tem um certo 
movimento, na grande maioria é metade lipídio e 
metade proteína. 
Obs: FACE E – EXTRACELULAR/ FACE P – 
PROTOPLASMA. 
LIPIDIOS: 
Fosfolipídios, possuem muitas insaturações que 
favorecem a fluidez na membrana. Glicolipídios, 
associados a resíduos de açucares possuindo também 
uma polaridade. Esteroides: o colesterol tem um grupo 
funcional de álcool, mas a característica dele não é de 
álcool, é de lipídio, portanto ele não é degradado e vira 
aldeído como todos os álcoois no nosso corpo, ele é 
degradado em HDL, LDL, etc. Todos os esteroides do 
corpo vão ter uma estrutura básica de colesterol, o que 
muda é o radical, exemplificando, a testosterona por 
exemplo. 
A parte polar do lipídio sempre é voltada pra parte 
externa e interna da célula, pois o maior componente 
dos “líquidos” intracelulares e extracelulares é a água, 
se fosse ao contrario não existiria possibilidade de 
interação então você não conseguiria ter uma estrutura 
celular organizada. 
Obs: miscelas e lipossomas. 
ESTRUTURAS DOS FOSFOLIPÍDIOS 
As insaturações desviam o plano da molécula, essas 
insaturações fazem com que a membrana seja menos 
compacta abrindo “espaços” para a interação com 
outras moléculas, como a interação do colesterol com 
os lipídios, que também entram nesses espaços. 
RELAÇÃO COM O COLESTEROL: colesterol é uma molécula 
bem estável, formando um cone estático, quanto maior 
a presença de colesterol nas membranas menor a 
fluidez, ou seja, impede a interação do lipídio com 
outras coisas. 
A finalidade de aumentar ou diminuir a fluidez da 
membrana depende de onde essa célula esta, por 
exemplo, nos ossos a membrana tem que ser mais 
estática, em partes moles, mais fluida, e assim vai 
seguindo a analogia. 
MOVIMENTOS INTRAMENBRANA E INTERMEMBRANA 
Os lipídios fazem uma série de movimentos, sendo 
esses os laterais, os em torno do seu próprio eixo, ou 
seja, rotação e o flip-flop – é um movimento que só 
acontece em condições especiais, o lipídio muda de 
plano, ou seja, se está no ME, vai para o MI, ou ao 
contrário, esse movimento é mediado pelas enzimas 
flipase, flopase e flip-flopase. 
CRIOFATURA: é um método de análise que mostrou que 
a parte externa e a parte interna da membrana 
plasmática são diferentes. 
ASSIMETRIA: são diferentes fosfolipídios e proteínas que 
compõem a membrana e a distribuição e localização 
deles é que causa a assimetria. 
A maioria das celulas em seu estado basal são 
negativas dentro e positivas forma. 
LIPID RAFTS 
São agrupamentos de lipídios, ou seja, que são ricos 
em colesterol ou esfingomielina, e mantém próximos 
elementos da membrana que participam de um mesmo 
conjunto de reações. 
PROTEÍNAS 
Podem ser transmembrana (que são aquelas que 
atravessam a membrana), periféricas (ficam fora da 
membrana e se associam com outras proteínas ou com 
citoesqueleto e se movimentam livremente), 
intrínsecas/integrais (inseridas na membrana) ou 
ancoradas (estão associadas aos fosfolipídios). 
Periféricas fazem ligação covalente com proteínas e 
Ancoradas fazem ligação covalente com lipídios. 
LUCAS MELO 103 
 
As transmembrana podem ser unipasso (passam 1 
vez pela membrana e normalmente são receptoras), ou 
multipasso (passam várias vezes pela membrana 
formando uma área que possibilita a passagem de 
moléculas especificas). 
PROTEIN RAFTS: 
Bolsas situadas a baixo da membrana, mas não estão 
ligadas nela, como se tivessem flutuando sobre ela, 
essas são chamadas de rafts, funcionam como um 
armazenamento rápido, ali ficam armazenados 
proteínas, enzimas, anticorpos, cada uma pode ter um 
tipo de proteína especifica, mas por que ela está ali?: 
Há vários motivos, mas por exemplo para resposta 
imunológica, que necessita de uma rapidez na 
liberação de anticorpos. 
Nem todas as celulas possuem rafts, normalmente as 
que precisam de reação imunológica rápida são as que 
tem. 
Obs: Todo raft está relacionado com uma resposta 
rápida para defesa, mas nem sempre toda resposta 
rápida é de raft e nem toda reação rápida de defesa vai 
ser imunológica de raft. 
O tipo de proteína e o tipo de inserção vão determinar 
a função dessa proteína na membrana. 
Funções: transportes, suportes, receptores, carreadoras 
CARBOIDRATOS 
GLICOCALIX: é o conjunto de carboidratos da parte 
externa da membrana, suas funções são de 
reconhecimento (contato), imunológica, filtração, 
proteção, etc. 
Ele nem sempre é açúcar e proteína (glicoproteína), ele 
pode ser açúcar e lipídeo (glicolipídios), ou seja, é um 
resíduo de açúcar sobre uma estrutura de membrana 
(ainda temos os proteoglicanos e gangliosídeos). 
Obs: os carboidratos são fabricados pelo complexo de 
golgi e ficam na parte interna da vesícula, quando essa 
se funde com a membrana, eles ficam voltados para o 
exterior. 
TRANSPORTE ATRAVÉS DE MEMBRANA: 
Sem gasto de energia é o transporte passivo (significa 
que não gasta energia oriunda de ATP) em que há a 
difusão simples e a difusão facilitada, e as com gasto 
de energia oriunda do ATP, representadas pelo 
transporte ativo. 
O transporte passivo não envolve gasto de energia e é 
a favor do gradiente de concentração, é representado 
principalmente pelos canais iônicos, proteínas 
carreadoras. Um íon positivo vai passar por um canal 
eletricamente negativo definido por uma resultante de 
outra ação, normalmente uma mudança de 
conformação. O íon entra em meio a água, pois dentro 
da proteína há água que permite a passagem dele. E 
concomitantemente os íons negativos passam em 
canais carregados positivamente. 
Os íons não entram nos canais errados por causa do 
raio atômico, ou seja, não conseguem passar por ali. 
Moléculas menores nem sempre passam em canais de 
moléculas de grandes raios atômicos pois há outras 
questões que impedem, como características química 
e elétricas. 
O transporte ativo é aquele que envolve gasto de 
energia e é contra o gradiente de concentração. As 
bombas são os mecanismos de transporte ativo mais 
conhecidos. 
Obs1: Toda célula normalmente possui uma carga 
elétrica, membrana funciona como capacitor, com 
cargas positivas fora e negativas dentro, isso é 
diretamente influenciado, por exemplo, pela presença 
da bomba de sódio e potássio, ela faz com que tenha 
uma resultante negativa, coloca 3 positivos pra fora e 2 
positivos pra dentro, ou seja, a resultante é uma cargapositiva pra fora – uma bomba eletro-gênica -, isso é 
um dos motivos que faz com que a célula em repouso 
fique polarizada negativamente dentro e positivamente 
fora. 
Obs2: A energia cinética é responsável pelo transporte 
contra o gradiente de concentração, ou seja, faz com 
que essas moléculas saiam do meio mais concentrado 
para o meio menos concentrado. Se essa energia 
cinética não for maior que a força elétrica (que faz uma 
“pressão” para o íon ficar dentro da célula) o íon não 
sai. 
Obs3: No transporte ativo em relação as bombas, o 
processo ocorre contra o gradiente eletroquímico, por 
isso há um gasto de molécula energética, pois só a 
energia intrínseca não é o suficiente. 
O transporte que depende de outro para acontecer 
(necessariamente) é o secundário, como o da glicose e 
o outro é o primário, em relação aos transportes ativos. 
FIBROSE CISTICA: É uma doença genética, acúmulo de 
muco em todas as vias que apresentam fluido. Muco é 
açúcar e proteína, ou seja, vai ser um meio de cultura 
propicio para infecções, principalmente, além de alterar 
outros âmbitos das trocas e entradas de moléculas nas 
celulas. 
CÓLERA: Doença bacteriana, ao invés de reter a água 
dentro das celulas como na fibrose cística, na cólera os 
canais são alterados e fazem com que a concentração 
de cl- fora da célula seja maior, então aumenta a 
pressão osmótica para o exterior, provocando uma 
diarreia excessiva que pode levar a morte se não 
tratada. 
JUNÇÕES TIPO GAP: é um canal proteico formado por 
subunidades, os conéxons, não é um fluxo unidirecional 
e está sempre aberto, possui uma baixa resistência 
elétrica, ou seja, passa uma corrente elétrica mais 
facilmente (entender corrente elétrica como fluxo de 
íons). 
Obs: Na doença de chagas, o protozoário vai parar 
perto das gaps do coração, aumentando a resistência 
delas, provocando um ritmo cardíaco alterado e causa 
LUCAS MELO 103 
 
contrações ectópicas (contrações em diferentes partes 
do coração), essas dificuldades fazem com que o 
coração tenha que trabalhar mais causando a 
hipertrofia, o que não é bom pois diminui a quantidade 
de sangue bombeado por contração sendo cada vez 
mais difícil suprir as celulas. 
SINALIZAÇÃO CELULAR 
São importantes para a formação de tecidos e órgãos, 
coordenação do crescimento, proliferação 
especialização, ou seja, é importante para a 
sobrevivência da célula, se uma célula deixa de receber 
sinais ela é encaminhada para a apoptose e morre. 
Para que esse processo ocorra é necessário uma 
célula sinalizadora, o ligante e uma célula-alvo(onde 
estão os receptores). 
TIPOS DE SINALIZAÇÃO 
1- PARÁCRINA: A molécula sinalizadora tem vida 
curta e atua em celulas diferentes da que a 
emitiu. 
2- AUTÓCRINA: A molécula também tem vida curta 
e atua em celulas iguais a que a emitiu ou na 
mesma célula. 
3- DEPENDENTE DE CONTATO: Célula alvo precisa 
encostar para fazer contato no receptor. 
4- ENDÓCRINA: As moléculas sinalizadoras têm 
vida longa e são lançadas na corrente 
sanguínea para atingir celulas que estão longe, 
é o caso dos hormônios. 
5- NEURONAL: a molécula sinalizadora é o 
neurotransmissor e viaja dentro dos axônios, é 
um caso especial. 
Obs: Células diferentes podem responder de diferentes 
modos a mesma molécula sinalizadora. 
RECEPTORES 
Depende de como é a molécula sinalizadora, pois se 
ela conseguir atravessar a membrana, ele normalmente 
vai ser um receptor intracelular, mas se ela não 
conseguir ultrapassar a membrana, o receptor terá de 
ser extracelular, para receber a mensagem. 
Exemplos: As moléculas sinalizadoras composta por 
proteínas, como a ocitocina, não passam a membrana, 
então seu receptor deve ser extracelular. Já as 
moléculas sinalizadoras compostas de esteroide, como 
o estrogênio, não necessitam de um receptor 
extracelular, pois elas são solúveis em lipídios e 
ultrapassam a membrana, seu receptor deve ser 
intracelular. 
OBSERVÇÃO: 
Temos exemplos a serem destacados em relação aos 
ligantes (exemplos citados em algum material de 
estudo). Na sinalização por ligantes hidrofóbicos é 
necessário ressaltar o NO (óxido nítrico) – chega o 
sinal, há a produção dele, sai da célula, se espalha 
pelas celulas adjacentes e causa uma vasodilatação –, 
e os hormônios – moléculas hidrofóbicas, com vida 
longa que vão pela corrente sanguínea até celulas alvo, 
porém sua resposta não é imediata mas dura mais 
tempo, pois ela mexe com genes e sua transcrição –. 
Nas moléculas hidrofílicas, a sinalização é meio que 
passada para outro componente, para que esse passe 
a informação e assim vai, pois, a molécula não entra na 
célula. 
RECEPTORES 
Temos 4 principais tipos de receptores, os canal 
(quando recebem o ligante mudam sua forma e abrem 
o canal iônico), os associados a proteína G, os 
intracelulares e os associados a atividade 
enzimática. 
Proteína G: é uma proteína multipasso que ao receber 
um ligante ela muda sua conformação e ativa outra 
proteína passando o sinal. Primeiramente ela se 
encontra em estado de repouso associada a um GDP, 
quando recebe o ligante, ela solta esse GDP e logo um 
GTP se associa a ela, então ela se torna ativada e 
passa o sinal a diante, após isso, ela hidrolisa o GTP 
em GDP e volta ao seu estado de repouso. Quando 
essa proteína ativa outras ela é denominada 
estimulatória = Gs, e quando ela inibe algo, ela é 
denominada inibitória = Gi, quando ativam enzimas, 
essas enzimas passam o sinal a diante. 
MENSAGEIROS SECUNDÁRIOS E PROTEÍNAS EFETORAS 
Adenilciclase: ela recebe a mensagem e faz com que 
a célula perceba essa mensagem por meio do aumento 
súbito de AMPc, dessa forma a célula percebe a 
mensagem, mas depois disso, esse AMPc tem que 
sumir, pois esse mecanismo só funciona com picos, ou 
seja, ele tem que ter um aumento súbito e depois uma 
queda brusca, senão não funciona. 
Fosfolipase C: é responsável por clivar lipídios e 
também vem da mensagem enviada pela proteína G, 
nesse processo de clivagem há dois produtos, o DAG e 
o IP3. O DAG vai ter a função de recrutar uma proteína 
quinase que só é ativa com cálcio (proteína quinase C) 
e o IP3 vai atrás do cálcio para essa proteína, ele se 
liga a um receptor canal no reticulo endoplasmático, e 
abre um canal de cálcio para o citoplasma. 
OBSERVAÇÃO: de receptores enzimáticos é bom 
saber um exemplo (Tirosina quinase) e o que é uma 
cascata de sinalização. A cascata de sinalização é a 
mesma coisa que uma amplificação de um sinal, são 
ativadas por diferentes receptores, porém possuem 
componentes em comum (lembra que falamos que 
receptores podem agir de diferentes formas para com 
um ligante). 
CITOESQUELETO 
É a parte da célula que está relacionada com a forma, 
sustentação, suporte para movimentos, divisão 
celular, direcionamento de organelas, músculos e 
neurônios. Além disso, sua estrutura consiste 
basicamente em uma “cama de gato”, com muitas 
fibras entrelaçadas. 
LUCAS MELO 103 
 
O citoesqueleto é formado por proteínas e tem 3 
componentes principais: os microfilamentos, 
microtúbulos e filamentos intermediários. Todos 
esses têm uma função diferente na célula e 
dependendo do tipo de célula, algum destes vai estar 
em maior quantidade e outro em menor, porém sempre 
vai haver os 3 (por exemplo o fibroblasto, que apresenta 
em sua composição de citoesqueleto uma maior 
quantidade de filamentos intermediários). 
MICROFILAMENTOS 
São aqueles que determinam a forma celular, 
relacionados mais ao deslocamento/locomoção 
(sempre lembrar que a contração muscular tem a ver 
com os microfilamentos), direcionam exocitose e 
endocitose, transporte e divisão mitótica. São 
polímeros, formados por várias subunidades que 
podem se polimerizar ou despolimerizar, portanto 
formam feixes flexíveis e se acumulam em redes na 
periferia da célula. Formados principalmente por 
actina. 
POLIMERIZAÇÃO 
O microfilamentos apresenta 2 “pontas”, uma é a 
positiva/plus que é onde acontece a incorporação de 
mais subunidades o que provoca o crescimento,e a 
negativa/minus que é onde ocorre a despolimerização. 
OBS1: o início de um microfilamento só ocorre se 
houver um núcleo de ARPs, no caso a 2 e a 3 (ARP 2-
3), e esse núcleo é ativado pela actina G para que se 
dê início a polimerização. 
OBS2: Esses microfilamentos podem se associar com 
diferentes proteínas para diferentes funções. 
DESPOLIMERIZAÇÃO 
Depende de alguma circunstância, por exemplo quando 
a proteína gelsolina se liga ao Ca++, ai imediatamente 
acontece a fragmentação do microfilamento, ou quando 
a cofilina se liga na actina F. 
MICROTÚBULOS 
Na microscopia é literalmente um micro tubo, proteínas 
associadas, formados principalmente por tubulina (2 
subunidades, alfa e beta). 
Normalmente tem centros organizadores (os 
centrossomas), em que a parte minus do microtúbulos 
fica voltada centrossoma e a plus para a periferia. OBS: 
celulas em divisão possuem dois fusos. 
Como nos microfilamentos, as duas “pontas” do 
microtúbulo são diferentes, uma é positiva e é onde 
acontece o crescimento e a outra é negativa e é onde 
ocorre a despolimerização/decrescimento. 
POLIMERIZAÇÃO 
POLARIDADE: extremidade + onde cresce (adição de 
proteínas), extremidade – é a que decresce (retirada de 
proteínas). Nunca ocorre entre as mesmas 
subunidades. 
COMO OCORRE... 
Instabilidade dinâmica, na polimerização preciso de 
energia para o crescimento que vem por meio da GDP, 
para a despolimerização não preciso de energia. 
MAP’s são famílias de proteínas que vão executar o 
processo de polimerização e auxiliar o processo de 
estabilidade do microtúbulo, existem MAPs para cada 
tipo de célula. Qualquer movimento da célula precisa 
de microtúbulo. Também há fatores externos que são 
necessários, como uma concentração mínima de 
subunidades e uma temperatura adequada. 
OBSERVAÇÂO: Os microtúbulos fazem movimentos de 
encurtamento e alongamento, que são possíveis pela 
hidrólise de GTP em GDP ou a associação de GTP. 
PROTEINAS RELACIONADAS COM OS MICROTÚBULOS 
MOTORAS: Destacando o grupo das cinesinas e 
dineínas. As cinesinas são responsáveis pela 
exocitose e “caminham” em direção a parte plus, ou 
seja, em direção a periferia da célula. As dineínas 
fazem o contrário das cinesinas, elas estão 
relacionadas com a endocitose e “caminham” para o 
centro, ou seja, na direção minus. 
ACESSÓRIAS: y-tubulina: Nucleação de novos 
microtúbulos. Tau: estabiliza o microtúbulo protegendo 
sua face minus. MAP, cinesinas e dineínas também 
são. 
OBS: Centríolo, estrutura proteica, 9 trincas de 
microtúbulos, cílios (movimentação de alguma coisa, 
temos problemas como síndrome dos cílios imóveis 
(doença de kartagener), flagelos (locomoção celular, 
como nos espermatozoides). 
OBS: Curva de tempo de polimerização: fase de 
retardo (tudo que é adicionado é retirado), crescimento, 
equilíbrio (tudo que está sendo adicionado está sendo 
retirado). Todo microtúbulo para crescer ele vai ter que 
ter essas três fases. 
Correlações clinicas: Alzheimer – conglomerados de 
proteínas que derivam de problemas de polimerização 
das proteínas de microtúbulos, que quando acontece 
na parte do cérebro responsável pela memória, é um 
dos motivos do Alzheimer, pode ser por excesso ou 
falta de proteínas. 
 
 
LUCAS MELO 103 
 
FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS 
São os que tem as proteínas mais robustas, ou seja, 
são do tipo que dão mais estabilidade e não estão 
relacionados a mobilidade, o que tem que associar é a 
resistência. Existem proteínas anexas a esses 
filamentos. Para cada tipo de tecido há um tipo de 
filamento principal. (exemplo: queratina, é o filamento 
intermediário que da resistência a pele). Ao contrario 
dos outros dois, os filamentos intermediários não são 
polarizados, portanto permite uma maior flexibilidade 
desses, evitando que estourem com facilidade. 
Correlações clinicas: Epidermolise bolhosa (os 
filamentos de queratina são frágeis, causando uma 
acúmulos de liquido sob a pele, ou seja, bolhas). 
Esclerose amiotrófica lateral. 
A origem de tumores pode ser detectada pela presença 
de filamentos intermediários fora do seu local original. 
NUCLEO: 
Central de comando da célula, todas as funções são 
coordenadas pelo material genético (genes). Embora 
as celulas tenham estruturas e aspectos diferentes, o 
material genético é igual, o que determina a diferença 
das celulas é o que é expresso pelo material genético, 
em algumas celulas está sendo ativo uma parte do DNA 
e em outras as partes ativas são diferentes, 
diferenciando as celulas. 
CICLO CELULAR: A preparação da célula para poder se 
dividir (interfase) – que no caso das celulas dos 
mamíferos é a maior parte da vida da célula – possui 
pontos de checagem para ver se está tudo certo 
(período g1, s – duplicação de tudo -, g2 – ponto de 
checagem para a divisão celular-). Algumas celulas ao 
longo do tempo que se tornam especializadas demais, 
tem relação com a repressão dos genes em relação a 
divisão celular. 
COMPONENTES NUCLEARES: 
Envoltório nuclear (carioteca), Material genético 
(pode estar simplesmente como material genético ou 
organizado), nucleoplasma (como se fosse o 
citoplasma do núcleo), nucléolo e poros. 
OBS1: Os poros do núcleo são o meio pelo qual as 
moléculas que não conseguem atravessar as 
membranas irem do núcleo para o citoplasma ou do 
citoplasma para o núcleo. 
OBS2: é importante lembrar que NÃO há síntese de 
proteínas dentro do núcleo, portanto as proteínas são 
sintetizadas fora e entram pelo poro. 
ENVOLTORIO NUCLEAR 
O envoltório nuclear é constituído por uma membrana 
que possui duas bicamadas fosfolipídicas e um espaço 
perinuclear. Sua parte interna se associa com a lâmina 
nuclear e sua parte externa se associa com o RER. 
 
POROS 
Fica fixado na carioteca por meio de diferentes reações 
químicas. As proteínas do poro (chamadas de cesta de 
basquete) estão presentes em todos os indivíduos de 
núcleo organizado, são proteínas diferentes que se 
associam para formar o poro (ou seja, temos que saber 
que o poro é algo bem complexo). 
IMPORTINAS: fazem com que estruturas entrem no 
núcleo. EXPORTINAS: são aquelas que exportam as 
coisas de dentro para fora. Essas proteínas estão 
associadas a pequenos RNA’s. 
MECANISMO DE TRANSPORTE: 
Associação de moléculas com o poro causa uma 
mudança conformacional, gerando uma reação química 
que causa a entrada dos elementos dentro do núcleo 
(quebra de GTP para entrada ou saída de substancias). 
Para entrar precisa da importina e da fosforilação (a 
fosforilação está ligada com a quebra do GTP), para 
sair, exportina e fosforilação também. 
CROMATINA: 
Pode estar mais ou menos condensada, de acordo com 
a associação dela com proteínas. Heterocromatina é a 
mais densa (condensada) e a Eucromatina é a que não 
está condensada. 
HISTONAS são responsáveis pela organização do 
nosso material genético, são proteínas onde o DNA 
está aderido (o DNA fica condensado na divisão celular 
para sua própria proteção, pois quando a célula está 
para ser dividida, há nucleases que podem danificá-lo, 
e inibe a transcrição genica). 
OBS: Epigenética é a influência do meio externo em 
processos intracelulares, como a condensação e 
descondensação do DNA: as metilações (adição de 
metil) nas histonas causam a sua inibição, ou seja, elas 
ficam mais condensadas, e as acetilações (adição de 
acetil) causam a estimulação, ou seja, deixam o DNA 
menos condensado. 
NUCLEOLO 
É o local de síntese de RNA ribossômico, apresenta 
regiões granulares (onde vai haver os pontos 
ribossomais), organizadoras (pontos de checagem e 
enzimas) e fibrilares (próximas ao RNA ribossômico). 
Composto por proteínas, RNA ribossômico e 
ribossomos, todos emaranhados. 
MITOCÔNDRIA 
Não temos capacidade de utilizar energia advinda do 
sol/calor/fontes físicas, temos que adquirir nossa 
energia por meio dos alimentos (vem de moléculas 
orgânicas, quebras das ligações dessas fontes). Tudo 
que normalmente é metabolizado se torna 50 % de ATP 
(utilizado para as reaçõesdo nosso organismo, que 
servem para a manutenção do nosso corpo) e 50% de 
calor (manutenção de temperatura). 
LUCAS MELO 103 
 
A mitocôndria tem capacidade de quebrar moléculas 
orgânicas e gerar produtos inorgânicos e energia. Já os 
cloroplastos fazem o contrário, transformam moléculas 
inorgânicas em orgânicas. 
FONTES DE ENERGIA: 
 Nossa alimentação se resume em 3 grupos: açucares 
(glicose/carboidrato), lipídios e proteínas. Nossa 
principal ‘moeda energética’ é o ATP (base 
nitrogenada, açúcar e fosfato), há outros que mudam a 
base nitrogenada como o GTP e o UTP, mas no final 
todos servem de moeda energética para partes 
diferentes do corpo. A quebra da ligação fosfática que 
libera energia para ser utilizada nos processos do corpo 
(essa energia é química e provem da energia do e- 
quando saltam ou retornam a sua camada inicial). 
Obs: não temos a capacidade de utilizar a energia do 
e- diretamente, há a presença de radicais livres que 
também corroboram para o processo de absorção e 
utilização dessa energia. 
Toda energia física vai se transformar em uma energia 
química numa molécula biodisponivel, no ATP a 
energia está disponível para uso pelas celulas, agora 
numa glicose por inteiro a energia não é disponível 
diretamente para uso. 
ESTRUTURA 
A mitocôndria possui membrana externa, membrana 
interna, espaço intermembrana, cristas 
mitocôndrias (ampliação da superfície de contato), 
matriz mitocondrial, ribossomos aderidos e DNA 
mitocondrial. 
Possui 2 compartimentos, um com membrana externa 
permeável (seletivo) com as porinas, outro com matriz 
e membrana interna de ácido graxo cardiolipina (única 
do corpo que tem esse), fazendo com que a membrana 
interna seja impermeável. 
OBS: A mitocôndria depende de algumas proteínas que 
não são sintetizadas por ela e que são importadas para 
ela, e isso acontecesse pois há uma sinalização nessas 
proteínas, pois senão a mitocôndria não a deixa entrar, 
ou seja, ela não é autossuficiente. 
Existem tipos de mitocôndrias, no nosso corpo temo 2 
tipos principais e a diferença entre elas são: a chamada 
de tubular (bolinha) além da função energética tem 
como principal função produzir esteroide. E a normal 
fica mais responsável pela produção de energia, onde 
a bolinha está no corpo define onde e qual esteroide 
será produzido. 
DNA MITOCONDRIAL: 
Ele é circular (aspecto circular) pois a mitocôndria não 
tem um núcleo organizado para delimita-lo. O DNA 
mitocondrial nem sempre segue o código genético 
universal (como nas bactérias), também não tem 
histonas que o estabilizam, tem varias copias que 
formam uma proteção contra mutações. 
Correlações clinicas: doença de Luft. 
SISTEMA DE ENDOMEMBRANAS: 
Como que as membranas vão estar interagindo para 
fazer a célula funcionar (organelas membranosas) 
O QUE SIGNIFICA? Qualquer tipo de membrana dentro da 
célula associada ou não a uma organela. 
COMPONENTES: 
Reticulo endoplasmático, complexo de golgi, 
lisossomos, endossomos, grânulos, vesículas de 
secreção e carioteca. 
RETICULOS ENDOPLASMATICOS: 
Formado por 2 sistemas de membranas, formando 
bolsas de fundo cego (não tem saída). São essas as 
bolsas que estão associadas aos ribossomos que 
formam o reticulo endoplasmático granuloso (rugoso), 
e as que não estão associadas aos ribossomos, que 
formam o reticulo endoplasmático agranular (liso). Para 
a identificação em imagens histológicas, o que tem 
pontinhos é o RER e o que não tem os pontinhos, só as 
bolsas é o REL. 
RUGOSO: 
Está presente em celulas com alta atividade metabólica 
e alta síntese proteica (celulas de defesa, produtoras 
de enzimas, hormônios proteicos, celulas do fígado). 
SINTESE DE PROTEINAS: Acontece na membrana do RER 
e a proteína sintetizada vai ser armazenada dentro das 
“cisternas”. A partir dessas cisternas, as proteínas 
sintetizadas tomam seu rumo dentro da célula. 
GLICOSILAÇAO: adição de açúcar nas proteínas que vão 
influenciar na função e estrutura da proteína. 
LISO: 
Fazem a síntese dos lipídios (colesterol, fosfolipídio, 
etc.), desintoxicação do organismo (citocromo p450 
- normalmente pegam a coisa tóxica, transformam em 
menos tóxica e mais solúvel que a outra para ser 
descartada), metabolismo do glicogênio, controle da 
atividade muscular. 
Obs: o material genético controla todas as atividades 
da célula, tudo leva ao material genético. A diferença 
da membrana dos retículos e da membrana plasmática 
é dada pelas proteínas que se encontram ao seu redor. 
SINTESE DE LIPIDIOS: produzidos pelo liso, é importante 
lembrar que além de produzirem esteroides, produzem 
fosfolipídios de membrana. 
TRANSPORTE DE LIPIDIOS: por meios das proteínas que 
estão nas membranas dos retículos responsáveis por 
esse transporte (lipases). 
COMPLEXO DE GOLGI: 
Sistema de bolsas com uma alta atividade enzimática e 
uma polarização (face sis e face trans), têm como 
função a sulfatação de proteínas, fosforilação, 
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glicosilação, polimerização de açucares (a célula 
que tem uma grande atividade metabólica vai também 
estar associada com um complexo de golgi bem 
desenvolvido). 
Temos proteínas carreadoras que levam as moléculas 
do RER para o Complexo de GOLGI, COP I (dentro do 
golgi) e COP II (do RER para o golgi e vice-versa) – 
essas duas se associam a clatrina (grupos de proteínas 
transportadoras), são proteínas que formam um 
envoltório sobre as bolsas que vão transportadas, 
funcionam como sinalização para o carreamento de 
proteínas. 
VIAS DE DEGRADAÇÃO DAS PROTEINAS: quando a proteína 
deixa de ser funcional ela é degradada por uma 
estrutura (sistema proteassoma) e saem em forma de 
peptídeos para serem reaproveitados em outra síntese 
proteica do organismo. 
LISOSSOMO: 
É uma vesícula membranosa com enzimas hidroliticas. 
A enzima dentro do lisossomo está inativa, pois, as 
proteínas dele para se tornarem ativas precisam de um 
pH ácido. 
PEROXISSOMOS: 
Organelas que possuem uma atividade enzimática 
dentro delas e que tem uma alta capacidade oxidante. 
O peróxido afeta as celulas de uma forma ruim, então 
os peróxidos existem para controlar isso.

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