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LUCAS MELO 103 BIOLOGIA CELULAR E DOS TECIDOS: MEMBRANA CELULAR OU PLASMALEMA Estrutura dinâmica, trilaminar (não são 3 camadas, quer representar que existe uma parte interna, uma externa e outra intermediaria), formada principalmente por lipídeos e proteínas, o papel dela é isolar os componentes de certas partes que precisam ser isoladas para a realização de seus “trabalhos”. FUNÇÕES Definem os limites celulares e mantém definidos e diferenciados (uma interface entre o citoplasma e meio extracelular) a parte interna (citosol) e externa da célula – um dos mais importantes. Também é composta por proteínas intrínsecas, canais e aderidas. Mantém a integridade da estrutura, tem uma permeabilidade seletiva, moléculas pequenas passam (H2O, ureia, glicerol), moléculas grandes não (glicose, sacarose), apolares passam (O2, CO2, N2, benzeno), polares não, moléculas sem carga passam, com carga não (íons: H+, Na+, K+). Obs: No final das contas cada substancia vai ter o seu mecanismo de transporte\entrada na célula especifico. As partes das celulas que vão inicialmente entrar em contato são as membranas, ou seja, interações celulares. Facilitam o reconhecimento, pois em sua superfície temos proteínas e glicocálix. Todos os sinais que indicam alguma coisa para a célula, vão chegar pela membrana, mais especificamente por um receptor que está na membrana. Obs: FIBRONECTINA e INTEGRINA foram coisas que ele bateu muito na tecla durante essa aula. MODELO MOSAICO FLUIDO: Dupla camada fosfolipídica, com proteínas mergulhadas. Essas proteínas possuem diferentes funções na célula e elas não são fixam, tem um certo movimento, na grande maioria é metade lipídio e metade proteína. Obs: FACE E – EXTRACELULAR/ FACE P – PROTOPLASMA. LIPIDIOS: Fosfolipídios, possuem muitas insaturações que favorecem a fluidez na membrana. Glicolipídios, associados a resíduos de açucares possuindo também uma polaridade. Esteroides: o colesterol tem um grupo funcional de álcool, mas a característica dele não é de álcool, é de lipídio, portanto ele não é degradado e vira aldeído como todos os álcoois no nosso corpo, ele é degradado em HDL, LDL, etc. Todos os esteroides do corpo vão ter uma estrutura básica de colesterol, o que muda é o radical, exemplificando, a testosterona por exemplo. A parte polar do lipídio sempre é voltada pra parte externa e interna da célula, pois o maior componente dos “líquidos” intracelulares e extracelulares é a água, se fosse ao contrario não existiria possibilidade de interação então você não conseguiria ter uma estrutura celular organizada. Obs: miscelas e lipossomas. ESTRUTURAS DOS FOSFOLIPÍDIOS As insaturações desviam o plano da molécula, essas insaturações fazem com que a membrana seja menos compacta abrindo “espaços” para a interação com outras moléculas, como a interação do colesterol com os lipídios, que também entram nesses espaços. RELAÇÃO COM O COLESTEROL: colesterol é uma molécula bem estável, formando um cone estático, quanto maior a presença de colesterol nas membranas menor a fluidez, ou seja, impede a interação do lipídio com outras coisas. A finalidade de aumentar ou diminuir a fluidez da membrana depende de onde essa célula esta, por exemplo, nos ossos a membrana tem que ser mais estática, em partes moles, mais fluida, e assim vai seguindo a analogia. MOVIMENTOS INTRAMENBRANA E INTERMEMBRANA Os lipídios fazem uma série de movimentos, sendo esses os laterais, os em torno do seu próprio eixo, ou seja, rotação e o flip-flop – é um movimento que só acontece em condições especiais, o lipídio muda de plano, ou seja, se está no ME, vai para o MI, ou ao contrário, esse movimento é mediado pelas enzimas flipase, flopase e flip-flopase. CRIOFATURA: é um método de análise que mostrou que a parte externa e a parte interna da membrana plasmática são diferentes. ASSIMETRIA: são diferentes fosfolipídios e proteínas que compõem a membrana e a distribuição e localização deles é que causa a assimetria. A maioria das celulas em seu estado basal são negativas dentro e positivas forma. LIPID RAFTS São agrupamentos de lipídios, ou seja, que são ricos em colesterol ou esfingomielina, e mantém próximos elementos da membrana que participam de um mesmo conjunto de reações. PROTEÍNAS Podem ser transmembrana (que são aquelas que atravessam a membrana), periféricas (ficam fora da membrana e se associam com outras proteínas ou com citoesqueleto e se movimentam livremente), intrínsecas/integrais (inseridas na membrana) ou ancoradas (estão associadas aos fosfolipídios). Periféricas fazem ligação covalente com proteínas e Ancoradas fazem ligação covalente com lipídios. LUCAS MELO 103 As transmembrana podem ser unipasso (passam 1 vez pela membrana e normalmente são receptoras), ou multipasso (passam várias vezes pela membrana formando uma área que possibilita a passagem de moléculas especificas). PROTEIN RAFTS: Bolsas situadas a baixo da membrana, mas não estão ligadas nela, como se tivessem flutuando sobre ela, essas são chamadas de rafts, funcionam como um armazenamento rápido, ali ficam armazenados proteínas, enzimas, anticorpos, cada uma pode ter um tipo de proteína especifica, mas por que ela está ali?: Há vários motivos, mas por exemplo para resposta imunológica, que necessita de uma rapidez na liberação de anticorpos. Nem todas as celulas possuem rafts, normalmente as que precisam de reação imunológica rápida são as que tem. Obs: Todo raft está relacionado com uma resposta rápida para defesa, mas nem sempre toda resposta rápida é de raft e nem toda reação rápida de defesa vai ser imunológica de raft. O tipo de proteína e o tipo de inserção vão determinar a função dessa proteína na membrana. Funções: transportes, suportes, receptores, carreadoras CARBOIDRATOS GLICOCALIX: é o conjunto de carboidratos da parte externa da membrana, suas funções são de reconhecimento (contato), imunológica, filtração, proteção, etc. Ele nem sempre é açúcar e proteína (glicoproteína), ele pode ser açúcar e lipídeo (glicolipídios), ou seja, é um resíduo de açúcar sobre uma estrutura de membrana (ainda temos os proteoglicanos e gangliosídeos). Obs: os carboidratos são fabricados pelo complexo de golgi e ficam na parte interna da vesícula, quando essa se funde com a membrana, eles ficam voltados para o exterior. TRANSPORTE ATRAVÉS DE MEMBRANA: Sem gasto de energia é o transporte passivo (significa que não gasta energia oriunda de ATP) em que há a difusão simples e a difusão facilitada, e as com gasto de energia oriunda do ATP, representadas pelo transporte ativo. O transporte passivo não envolve gasto de energia e é a favor do gradiente de concentração, é representado principalmente pelos canais iônicos, proteínas carreadoras. Um íon positivo vai passar por um canal eletricamente negativo definido por uma resultante de outra ação, normalmente uma mudança de conformação. O íon entra em meio a água, pois dentro da proteína há água que permite a passagem dele. E concomitantemente os íons negativos passam em canais carregados positivamente. Os íons não entram nos canais errados por causa do raio atômico, ou seja, não conseguem passar por ali. Moléculas menores nem sempre passam em canais de moléculas de grandes raios atômicos pois há outras questões que impedem, como características química e elétricas. O transporte ativo é aquele que envolve gasto de energia e é contra o gradiente de concentração. As bombas são os mecanismos de transporte ativo mais conhecidos. Obs1: Toda célula normalmente possui uma carga elétrica, membrana funciona como capacitor, com cargas positivas fora e negativas dentro, isso é diretamente influenciado, por exemplo, pela presença da bomba de sódio e potássio, ela faz com que tenha uma resultante negativa, coloca 3 positivos pra fora e 2 positivos pra dentro, ou seja, a resultante é uma cargapositiva pra fora – uma bomba eletro-gênica -, isso é um dos motivos que faz com que a célula em repouso fique polarizada negativamente dentro e positivamente fora. Obs2: A energia cinética é responsável pelo transporte contra o gradiente de concentração, ou seja, faz com que essas moléculas saiam do meio mais concentrado para o meio menos concentrado. Se essa energia cinética não for maior que a força elétrica (que faz uma “pressão” para o íon ficar dentro da célula) o íon não sai. Obs3: No transporte ativo em relação as bombas, o processo ocorre contra o gradiente eletroquímico, por isso há um gasto de molécula energética, pois só a energia intrínseca não é o suficiente. O transporte que depende de outro para acontecer (necessariamente) é o secundário, como o da glicose e o outro é o primário, em relação aos transportes ativos. FIBROSE CISTICA: É uma doença genética, acúmulo de muco em todas as vias que apresentam fluido. Muco é açúcar e proteína, ou seja, vai ser um meio de cultura propicio para infecções, principalmente, além de alterar outros âmbitos das trocas e entradas de moléculas nas celulas. CÓLERA: Doença bacteriana, ao invés de reter a água dentro das celulas como na fibrose cística, na cólera os canais são alterados e fazem com que a concentração de cl- fora da célula seja maior, então aumenta a pressão osmótica para o exterior, provocando uma diarreia excessiva que pode levar a morte se não tratada. JUNÇÕES TIPO GAP: é um canal proteico formado por subunidades, os conéxons, não é um fluxo unidirecional e está sempre aberto, possui uma baixa resistência elétrica, ou seja, passa uma corrente elétrica mais facilmente (entender corrente elétrica como fluxo de íons). Obs: Na doença de chagas, o protozoário vai parar perto das gaps do coração, aumentando a resistência delas, provocando um ritmo cardíaco alterado e causa LUCAS MELO 103 contrações ectópicas (contrações em diferentes partes do coração), essas dificuldades fazem com que o coração tenha que trabalhar mais causando a hipertrofia, o que não é bom pois diminui a quantidade de sangue bombeado por contração sendo cada vez mais difícil suprir as celulas. SINALIZAÇÃO CELULAR São importantes para a formação de tecidos e órgãos, coordenação do crescimento, proliferação especialização, ou seja, é importante para a sobrevivência da célula, se uma célula deixa de receber sinais ela é encaminhada para a apoptose e morre. Para que esse processo ocorra é necessário uma célula sinalizadora, o ligante e uma célula-alvo(onde estão os receptores). TIPOS DE SINALIZAÇÃO 1- PARÁCRINA: A molécula sinalizadora tem vida curta e atua em celulas diferentes da que a emitiu. 2- AUTÓCRINA: A molécula também tem vida curta e atua em celulas iguais a que a emitiu ou na mesma célula. 3- DEPENDENTE DE CONTATO: Célula alvo precisa encostar para fazer contato no receptor. 4- ENDÓCRINA: As moléculas sinalizadoras têm vida longa e são lançadas na corrente sanguínea para atingir celulas que estão longe, é o caso dos hormônios. 5- NEURONAL: a molécula sinalizadora é o neurotransmissor e viaja dentro dos axônios, é um caso especial. Obs: Células diferentes podem responder de diferentes modos a mesma molécula sinalizadora. RECEPTORES Depende de como é a molécula sinalizadora, pois se ela conseguir atravessar a membrana, ele normalmente vai ser um receptor intracelular, mas se ela não conseguir ultrapassar a membrana, o receptor terá de ser extracelular, para receber a mensagem. Exemplos: As moléculas sinalizadoras composta por proteínas, como a ocitocina, não passam a membrana, então seu receptor deve ser extracelular. Já as moléculas sinalizadoras compostas de esteroide, como o estrogênio, não necessitam de um receptor extracelular, pois elas são solúveis em lipídios e ultrapassam a membrana, seu receptor deve ser intracelular. OBSERVÇÃO: Temos exemplos a serem destacados em relação aos ligantes (exemplos citados em algum material de estudo). Na sinalização por ligantes hidrofóbicos é necessário ressaltar o NO (óxido nítrico) – chega o sinal, há a produção dele, sai da célula, se espalha pelas celulas adjacentes e causa uma vasodilatação –, e os hormônios – moléculas hidrofóbicas, com vida longa que vão pela corrente sanguínea até celulas alvo, porém sua resposta não é imediata mas dura mais tempo, pois ela mexe com genes e sua transcrição –. Nas moléculas hidrofílicas, a sinalização é meio que passada para outro componente, para que esse passe a informação e assim vai, pois, a molécula não entra na célula. RECEPTORES Temos 4 principais tipos de receptores, os canal (quando recebem o ligante mudam sua forma e abrem o canal iônico), os associados a proteína G, os intracelulares e os associados a atividade enzimática. Proteína G: é uma proteína multipasso que ao receber um ligante ela muda sua conformação e ativa outra proteína passando o sinal. Primeiramente ela se encontra em estado de repouso associada a um GDP, quando recebe o ligante, ela solta esse GDP e logo um GTP se associa a ela, então ela se torna ativada e passa o sinal a diante, após isso, ela hidrolisa o GTP em GDP e volta ao seu estado de repouso. Quando essa proteína ativa outras ela é denominada estimulatória = Gs, e quando ela inibe algo, ela é denominada inibitória = Gi, quando ativam enzimas, essas enzimas passam o sinal a diante. MENSAGEIROS SECUNDÁRIOS E PROTEÍNAS EFETORAS Adenilciclase: ela recebe a mensagem e faz com que a célula perceba essa mensagem por meio do aumento súbito de AMPc, dessa forma a célula percebe a mensagem, mas depois disso, esse AMPc tem que sumir, pois esse mecanismo só funciona com picos, ou seja, ele tem que ter um aumento súbito e depois uma queda brusca, senão não funciona. Fosfolipase C: é responsável por clivar lipídios e também vem da mensagem enviada pela proteína G, nesse processo de clivagem há dois produtos, o DAG e o IP3. O DAG vai ter a função de recrutar uma proteína quinase que só é ativa com cálcio (proteína quinase C) e o IP3 vai atrás do cálcio para essa proteína, ele se liga a um receptor canal no reticulo endoplasmático, e abre um canal de cálcio para o citoplasma. OBSERVAÇÃO: de receptores enzimáticos é bom saber um exemplo (Tirosina quinase) e o que é uma cascata de sinalização. A cascata de sinalização é a mesma coisa que uma amplificação de um sinal, são ativadas por diferentes receptores, porém possuem componentes em comum (lembra que falamos que receptores podem agir de diferentes formas para com um ligante). CITOESQUELETO É a parte da célula que está relacionada com a forma, sustentação, suporte para movimentos, divisão celular, direcionamento de organelas, músculos e neurônios. Além disso, sua estrutura consiste basicamente em uma “cama de gato”, com muitas fibras entrelaçadas. LUCAS MELO 103 O citoesqueleto é formado por proteínas e tem 3 componentes principais: os microfilamentos, microtúbulos e filamentos intermediários. Todos esses têm uma função diferente na célula e dependendo do tipo de célula, algum destes vai estar em maior quantidade e outro em menor, porém sempre vai haver os 3 (por exemplo o fibroblasto, que apresenta em sua composição de citoesqueleto uma maior quantidade de filamentos intermediários). MICROFILAMENTOS São aqueles que determinam a forma celular, relacionados mais ao deslocamento/locomoção (sempre lembrar que a contração muscular tem a ver com os microfilamentos), direcionam exocitose e endocitose, transporte e divisão mitótica. São polímeros, formados por várias subunidades que podem se polimerizar ou despolimerizar, portanto formam feixes flexíveis e se acumulam em redes na periferia da célula. Formados principalmente por actina. POLIMERIZAÇÃO O microfilamentos apresenta 2 “pontas”, uma é a positiva/plus que é onde acontece a incorporação de mais subunidades o que provoca o crescimento,e a negativa/minus que é onde ocorre a despolimerização. OBS1: o início de um microfilamento só ocorre se houver um núcleo de ARPs, no caso a 2 e a 3 (ARP 2- 3), e esse núcleo é ativado pela actina G para que se dê início a polimerização. OBS2: Esses microfilamentos podem se associar com diferentes proteínas para diferentes funções. DESPOLIMERIZAÇÃO Depende de alguma circunstância, por exemplo quando a proteína gelsolina se liga ao Ca++, ai imediatamente acontece a fragmentação do microfilamento, ou quando a cofilina se liga na actina F. MICROTÚBULOS Na microscopia é literalmente um micro tubo, proteínas associadas, formados principalmente por tubulina (2 subunidades, alfa e beta). Normalmente tem centros organizadores (os centrossomas), em que a parte minus do microtúbulos fica voltada centrossoma e a plus para a periferia. OBS: celulas em divisão possuem dois fusos. Como nos microfilamentos, as duas “pontas” do microtúbulo são diferentes, uma é positiva e é onde acontece o crescimento e a outra é negativa e é onde ocorre a despolimerização/decrescimento. POLIMERIZAÇÃO POLARIDADE: extremidade + onde cresce (adição de proteínas), extremidade – é a que decresce (retirada de proteínas). Nunca ocorre entre as mesmas subunidades. COMO OCORRE... Instabilidade dinâmica, na polimerização preciso de energia para o crescimento que vem por meio da GDP, para a despolimerização não preciso de energia. MAP’s são famílias de proteínas que vão executar o processo de polimerização e auxiliar o processo de estabilidade do microtúbulo, existem MAPs para cada tipo de célula. Qualquer movimento da célula precisa de microtúbulo. Também há fatores externos que são necessários, como uma concentração mínima de subunidades e uma temperatura adequada. OBSERVAÇÂO: Os microtúbulos fazem movimentos de encurtamento e alongamento, que são possíveis pela hidrólise de GTP em GDP ou a associação de GTP. PROTEINAS RELACIONADAS COM OS MICROTÚBULOS MOTORAS: Destacando o grupo das cinesinas e dineínas. As cinesinas são responsáveis pela exocitose e “caminham” em direção a parte plus, ou seja, em direção a periferia da célula. As dineínas fazem o contrário das cinesinas, elas estão relacionadas com a endocitose e “caminham” para o centro, ou seja, na direção minus. ACESSÓRIAS: y-tubulina: Nucleação de novos microtúbulos. Tau: estabiliza o microtúbulo protegendo sua face minus. MAP, cinesinas e dineínas também são. OBS: Centríolo, estrutura proteica, 9 trincas de microtúbulos, cílios (movimentação de alguma coisa, temos problemas como síndrome dos cílios imóveis (doença de kartagener), flagelos (locomoção celular, como nos espermatozoides). OBS: Curva de tempo de polimerização: fase de retardo (tudo que é adicionado é retirado), crescimento, equilíbrio (tudo que está sendo adicionado está sendo retirado). Todo microtúbulo para crescer ele vai ter que ter essas três fases. Correlações clinicas: Alzheimer – conglomerados de proteínas que derivam de problemas de polimerização das proteínas de microtúbulos, que quando acontece na parte do cérebro responsável pela memória, é um dos motivos do Alzheimer, pode ser por excesso ou falta de proteínas. LUCAS MELO 103 FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS São os que tem as proteínas mais robustas, ou seja, são do tipo que dão mais estabilidade e não estão relacionados a mobilidade, o que tem que associar é a resistência. Existem proteínas anexas a esses filamentos. Para cada tipo de tecido há um tipo de filamento principal. (exemplo: queratina, é o filamento intermediário que da resistência a pele). Ao contrario dos outros dois, os filamentos intermediários não são polarizados, portanto permite uma maior flexibilidade desses, evitando que estourem com facilidade. Correlações clinicas: Epidermolise bolhosa (os filamentos de queratina são frágeis, causando uma acúmulos de liquido sob a pele, ou seja, bolhas). Esclerose amiotrófica lateral. A origem de tumores pode ser detectada pela presença de filamentos intermediários fora do seu local original. NUCLEO: Central de comando da célula, todas as funções são coordenadas pelo material genético (genes). Embora as celulas tenham estruturas e aspectos diferentes, o material genético é igual, o que determina a diferença das celulas é o que é expresso pelo material genético, em algumas celulas está sendo ativo uma parte do DNA e em outras as partes ativas são diferentes, diferenciando as celulas. CICLO CELULAR: A preparação da célula para poder se dividir (interfase) – que no caso das celulas dos mamíferos é a maior parte da vida da célula – possui pontos de checagem para ver se está tudo certo (período g1, s – duplicação de tudo -, g2 – ponto de checagem para a divisão celular-). Algumas celulas ao longo do tempo que se tornam especializadas demais, tem relação com a repressão dos genes em relação a divisão celular. COMPONENTES NUCLEARES: Envoltório nuclear (carioteca), Material genético (pode estar simplesmente como material genético ou organizado), nucleoplasma (como se fosse o citoplasma do núcleo), nucléolo e poros. OBS1: Os poros do núcleo são o meio pelo qual as moléculas que não conseguem atravessar as membranas irem do núcleo para o citoplasma ou do citoplasma para o núcleo. OBS2: é importante lembrar que NÃO há síntese de proteínas dentro do núcleo, portanto as proteínas são sintetizadas fora e entram pelo poro. ENVOLTORIO NUCLEAR O envoltório nuclear é constituído por uma membrana que possui duas bicamadas fosfolipídicas e um espaço perinuclear. Sua parte interna se associa com a lâmina nuclear e sua parte externa se associa com o RER. POROS Fica fixado na carioteca por meio de diferentes reações químicas. As proteínas do poro (chamadas de cesta de basquete) estão presentes em todos os indivíduos de núcleo organizado, são proteínas diferentes que se associam para formar o poro (ou seja, temos que saber que o poro é algo bem complexo). IMPORTINAS: fazem com que estruturas entrem no núcleo. EXPORTINAS: são aquelas que exportam as coisas de dentro para fora. Essas proteínas estão associadas a pequenos RNA’s. MECANISMO DE TRANSPORTE: Associação de moléculas com o poro causa uma mudança conformacional, gerando uma reação química que causa a entrada dos elementos dentro do núcleo (quebra de GTP para entrada ou saída de substancias). Para entrar precisa da importina e da fosforilação (a fosforilação está ligada com a quebra do GTP), para sair, exportina e fosforilação também. CROMATINA: Pode estar mais ou menos condensada, de acordo com a associação dela com proteínas. Heterocromatina é a mais densa (condensada) e a Eucromatina é a que não está condensada. HISTONAS são responsáveis pela organização do nosso material genético, são proteínas onde o DNA está aderido (o DNA fica condensado na divisão celular para sua própria proteção, pois quando a célula está para ser dividida, há nucleases que podem danificá-lo, e inibe a transcrição genica). OBS: Epigenética é a influência do meio externo em processos intracelulares, como a condensação e descondensação do DNA: as metilações (adição de metil) nas histonas causam a sua inibição, ou seja, elas ficam mais condensadas, e as acetilações (adição de acetil) causam a estimulação, ou seja, deixam o DNA menos condensado. NUCLEOLO É o local de síntese de RNA ribossômico, apresenta regiões granulares (onde vai haver os pontos ribossomais), organizadoras (pontos de checagem e enzimas) e fibrilares (próximas ao RNA ribossômico). Composto por proteínas, RNA ribossômico e ribossomos, todos emaranhados. MITOCÔNDRIA Não temos capacidade de utilizar energia advinda do sol/calor/fontes físicas, temos que adquirir nossa energia por meio dos alimentos (vem de moléculas orgânicas, quebras das ligações dessas fontes). Tudo que normalmente é metabolizado se torna 50 % de ATP (utilizado para as reaçõesdo nosso organismo, que servem para a manutenção do nosso corpo) e 50% de calor (manutenção de temperatura). LUCAS MELO 103 A mitocôndria tem capacidade de quebrar moléculas orgânicas e gerar produtos inorgânicos e energia. Já os cloroplastos fazem o contrário, transformam moléculas inorgânicas em orgânicas. FONTES DE ENERGIA: Nossa alimentação se resume em 3 grupos: açucares (glicose/carboidrato), lipídios e proteínas. Nossa principal ‘moeda energética’ é o ATP (base nitrogenada, açúcar e fosfato), há outros que mudam a base nitrogenada como o GTP e o UTP, mas no final todos servem de moeda energética para partes diferentes do corpo. A quebra da ligação fosfática que libera energia para ser utilizada nos processos do corpo (essa energia é química e provem da energia do e- quando saltam ou retornam a sua camada inicial). Obs: não temos a capacidade de utilizar a energia do e- diretamente, há a presença de radicais livres que também corroboram para o processo de absorção e utilização dessa energia. Toda energia física vai se transformar em uma energia química numa molécula biodisponivel, no ATP a energia está disponível para uso pelas celulas, agora numa glicose por inteiro a energia não é disponível diretamente para uso. ESTRUTURA A mitocôndria possui membrana externa, membrana interna, espaço intermembrana, cristas mitocôndrias (ampliação da superfície de contato), matriz mitocondrial, ribossomos aderidos e DNA mitocondrial. Possui 2 compartimentos, um com membrana externa permeável (seletivo) com as porinas, outro com matriz e membrana interna de ácido graxo cardiolipina (única do corpo que tem esse), fazendo com que a membrana interna seja impermeável. OBS: A mitocôndria depende de algumas proteínas que não são sintetizadas por ela e que são importadas para ela, e isso acontecesse pois há uma sinalização nessas proteínas, pois senão a mitocôndria não a deixa entrar, ou seja, ela não é autossuficiente. Existem tipos de mitocôndrias, no nosso corpo temo 2 tipos principais e a diferença entre elas são: a chamada de tubular (bolinha) além da função energética tem como principal função produzir esteroide. E a normal fica mais responsável pela produção de energia, onde a bolinha está no corpo define onde e qual esteroide será produzido. DNA MITOCONDRIAL: Ele é circular (aspecto circular) pois a mitocôndria não tem um núcleo organizado para delimita-lo. O DNA mitocondrial nem sempre segue o código genético universal (como nas bactérias), também não tem histonas que o estabilizam, tem varias copias que formam uma proteção contra mutações. Correlações clinicas: doença de Luft. SISTEMA DE ENDOMEMBRANAS: Como que as membranas vão estar interagindo para fazer a célula funcionar (organelas membranosas) O QUE SIGNIFICA? Qualquer tipo de membrana dentro da célula associada ou não a uma organela. COMPONENTES: Reticulo endoplasmático, complexo de golgi, lisossomos, endossomos, grânulos, vesículas de secreção e carioteca. RETICULOS ENDOPLASMATICOS: Formado por 2 sistemas de membranas, formando bolsas de fundo cego (não tem saída). São essas as bolsas que estão associadas aos ribossomos que formam o reticulo endoplasmático granuloso (rugoso), e as que não estão associadas aos ribossomos, que formam o reticulo endoplasmático agranular (liso). Para a identificação em imagens histológicas, o que tem pontinhos é o RER e o que não tem os pontinhos, só as bolsas é o REL. RUGOSO: Está presente em celulas com alta atividade metabólica e alta síntese proteica (celulas de defesa, produtoras de enzimas, hormônios proteicos, celulas do fígado). SINTESE DE PROTEINAS: Acontece na membrana do RER e a proteína sintetizada vai ser armazenada dentro das “cisternas”. A partir dessas cisternas, as proteínas sintetizadas tomam seu rumo dentro da célula. GLICOSILAÇAO: adição de açúcar nas proteínas que vão influenciar na função e estrutura da proteína. LISO: Fazem a síntese dos lipídios (colesterol, fosfolipídio, etc.), desintoxicação do organismo (citocromo p450 - normalmente pegam a coisa tóxica, transformam em menos tóxica e mais solúvel que a outra para ser descartada), metabolismo do glicogênio, controle da atividade muscular. Obs: o material genético controla todas as atividades da célula, tudo leva ao material genético. A diferença da membrana dos retículos e da membrana plasmática é dada pelas proteínas que se encontram ao seu redor. SINTESE DE LIPIDIOS: produzidos pelo liso, é importante lembrar que além de produzirem esteroides, produzem fosfolipídios de membrana. TRANSPORTE DE LIPIDIOS: por meios das proteínas que estão nas membranas dos retículos responsáveis por esse transporte (lipases). COMPLEXO DE GOLGI: Sistema de bolsas com uma alta atividade enzimática e uma polarização (face sis e face trans), têm como função a sulfatação de proteínas, fosforilação, LUCAS MELO 103 glicosilação, polimerização de açucares (a célula que tem uma grande atividade metabólica vai também estar associada com um complexo de golgi bem desenvolvido). Temos proteínas carreadoras que levam as moléculas do RER para o Complexo de GOLGI, COP I (dentro do golgi) e COP II (do RER para o golgi e vice-versa) – essas duas se associam a clatrina (grupos de proteínas transportadoras), são proteínas que formam um envoltório sobre as bolsas que vão transportadas, funcionam como sinalização para o carreamento de proteínas. VIAS DE DEGRADAÇÃO DAS PROTEINAS: quando a proteína deixa de ser funcional ela é degradada por uma estrutura (sistema proteassoma) e saem em forma de peptídeos para serem reaproveitados em outra síntese proteica do organismo. LISOSSOMO: É uma vesícula membranosa com enzimas hidroliticas. A enzima dentro do lisossomo está inativa, pois, as proteínas dele para se tornarem ativas precisam de um pH ácido. PEROXISSOMOS: Organelas que possuem uma atividade enzimática dentro delas e que tem uma alta capacidade oxidante. O peróxido afeta as celulas de uma forma ruim, então os peróxidos existem para controlar isso.
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