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COBERTURAS CONCEITOS Subsistema superior da edificação O termo cobertura é utilizado para designar todo o conjunto da obra destinado a cobrir edificações. Funções da cobertura • Proteger a edificação das intempéries • Utilitária: impermeabilidade, leveza, isolamento térmico e acústico. • Estética: forma e aspecto harmônico com a linha arquitetônica, dimensão dos elementos, textura e coloração. • Econômicas: custo da solução adotada, durabilidade e fácil conservação dos elementos. Para a escolha da cobertura é preciso o profissional observar os fatores do clima (calor, frio, vento, chuva, granizo, neve, etc) Tipos de coberturas As coberturas podem ser dividida em dois grupos principais: Superfícies planas Lajes Telhados Horizontais Inclinadas Telhas cerâmicas Fibrocimento Pedras Vidro/acrílico/policarbonato Fibras vegetais Outros Superfícies curvas Abóbodas Cúpulas Cascas DIMENSIONAMENTO • Variações de telhas • Variações de estrutura • Variações da estrutura e da telha estão vinculadas – pois a estrutura vai atender o tipo de telha definido pelo profissional. • Levar em consideração: o custo (estrutura, telha e mão de obra) o estilo do projeto Tipos de estrutura do telhado • Variações de tesouras e pontaletes • O madeiramento deve ser sempre executado em madeira de lei. Tipos de estrutura do telhado • Deve ser madeira dura, resistente às intempéries e ao ataque de fungos, brocas e cupins. • Existem mais de 100 tipos de madeiras de lei no Brasil, e elas se partem e empenam menos que as madeiras nativas da América do Norte. • No Brasil as árvores freqüentemente crescem mais de 60 metros e podem produzir toras livres de nós que possuem diâmetro de mais de 2 metros. • Ex.: (Imbuia ou Ipê, Jatobá, Carvalho, Cedro-Rosa, etc..) • Para residências é muito comum usar o pinheiro, porém necessita de tratamento contra fungos e cupins. http://www.ehow.com.br/tipos-madeiras-lei-brasileiras-info_173272/ http://www.ehow.com.br/tipos-madeiras-lei-brasileiras-info_173272/ TIPOS DE MADEIRA PARA TELHADOS PEROBA ROSA - Quase todo o Brasil. É uma das madeiras mais nobres disponíveis no mercado, porém apresenta um alto custo e é difícil de ser encontrada. GARAPEIRA – Da Bahia ao sul do Brasil. Seu principal diferencial é a resistência natural aos cupins. Além disso, apresenta um valor intermediário e é bem resistente tanto a estresses mecânicos quanto à umidade. PARAJÚ OU MAÇARANDUBA – Região Sul e Sudeste. Aqui, temos uma madeira nobre com um preço mais acessível. Por ser muito dura, ela não é muito empregada em móveis e outras estruturas — o que aumenta sua demanda para os telhas e reduz o valor. Sua grande vantagem é a resistência elevada, ideal para suportar os grandes pesos e impactos que incidem sobre uma cobertura. CARAMBÁ – Várias espécies (MG, SP, CE, PE, PR). O carambá é uma das madeiras mais utilizadas, pois apresenta um dos menores preços em comparação a outras opções para telhados. Também é muito dura, o que garante um reserva de mercado para a sua aplicação em coberturas. Aguenta bem as forças mecânicas e a umidade. blogregionaltelhas.com.br https://blog.regionaltelhas.com.br/6-dicas-essenciais-para-fazer-a-gestao-de-custos-na-construcao-civil/ https://blog.regionaltelhas.com.br/voce-conhece-as-vantagens-da-cobertura-metalica/ TIPOS DE MADEIRA PARA TELHADOS SUCUPIRA (está na lista de espécies ameaçadas de extinção) – Região central. A sucupira é muito popular no setor de mobiliário, sendo bastante difícil encontrá-la para os telhados. Sofre uma fiscalização mais intensa dos órgãos ambientais. Apresenta a resistência necessária para a tarefa. ANGELIM (está na lista de espécies ameaçadas de extinção) - Região norte e centro-oeste. É uma das madeiras mais populares na construção civil. Grande parte das portas, das janelas e dos pré-fabricados são feitos a partir dela. Ela se destaca das opções anteriores por sua leveza, o que facilita o processo de instalação. Ainda assim, é bastante resistente e pode ser utilizada nos telhados. EUCALIPTO - Em todo o Brasil. É uma das madeiras maciças mais baratas do mercado, pois é extensivamente cultivada no nosso território. Contudo não é muito apreciada nos telhados, pois atrai bastante cupins e é muito sensível à umidade. GUARAJÁ – Quase todo o Brasil. Também é uma opção bastante leve e flexível, sendo bastante utilizada para a fabricação de ripas de madeira. Todavia perde um pouco na estética, pois apresenta um padrão de vincos bem comum e simples. blogregionaltelhas.com.br Tipos de telhas As telhas da cobertura podem ser de: Cerâmica Fibras minerais (fibrocimento) e vegetais e madeira Vidro e fibra de vidro Policarbonato / Acrílico / Plástico / EPS Metálicas Concreto Pedras Shingle (manta asfáltica composta) Fonte: NBR 15575:2013 Tacaniça: remate de topo de um telhado de duas águas, formando normalmente um triângulo. Funciona como um pequena água de um telhado. COMPONENTES DO TELHADO ELEMENTOS COMPONENTES - COBERTURA Conjunto formado por: telhado - telhas; trama ou armação - estrutura secundária de apoio às telhas; Estrutura principal de apoio, que pode ser uma estrutura maciça, treliçada ou lamelar; contraventamento e estruturas secundárias, com a função de manter a estabilidade do conjunto; condutores de águas – elementos que protegem, conduzem e afastam as águas pluviais (calhas, rufos). Espigão: aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas que formam um ângulo saliente, isto é, o espigão é um divisor de água. Rincão: aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas que formam um ângulo reentrante, isto é, o rincão é um captador de águas (também conhecido como água furtada). Peça complementar: componente de detalhes do telhado, usado em cumeeiras, rincões, espigões e arremates em geral; peça especial destinada a promover a ventilação e/ou iluminação do ático ou, na inexistência de forro, do próprio ambiente da edificação. Detalhes da cobertura Sistema de drenagem de águas pluviais – por meio de elementos de proteção, captação e escoamento, como: Inerentes ao projeto arquitetônico – rufos, contra- rufos, calhas, coletores e canaletas; Inerentes ao projeto hidráulico - Tubos de queda, caixas de derivação e redes pluviais. Rufo: peça complementar de arremate entre o telhado e uma parede. Calha: captador de águas Calha: captador de águas Calha: captador de águas Protetor para condutores de calhas (Grelhas) Beirais: Em Laje Em vã (solto) Platibandas: ►Água : superfície plana inclinada de um telhado; ►Beiral: projeção do telhado para fora do alinhamento da parede; ►Cumeeira: aresta horizontal delimitada pelo encontro entre duas águas que geralmente localizada na parte mais alta do telhado; ►Fiada: seqüência de telhas na direção do comprimento; ►Linha: seqüência de telhas na direção da sua largura. Telhados flexionados Este tipo de telhado exige tomar um cuidado especial . A inclinação no primeiro metro do telhado deve sempre atender à especificação mínima de cada tipo de telha. A partir do primeiro metro, o aumento de inclinação varia em função do projeto, lembrando que, a partir de 96%, é necessária a amarração das telhas. TIPOS DE TESOURAS Fonte: ceap.br TIPOS DE TESOURAS Fonte: ceap.br • Elementos reais: – desenho do polígono da cobertura e/ou beiral; – linhas do telhado mostrando as águas; – elementos do telhado (chaminés, reservatórios...) – contorno da construção (linha tracejada); – elementos da rede pluvial (calhas, condutores, caixas, canalizações...) Planta de Cobertura • Informações: – cotas da cobertura; – Norte; – cotas de beirais e/ou similares; – setas de indicação do sentido de escoamento das águas dos telhados, terraços, calhas e canalizações; – dimensões dos elementos do telhado; – cotas de posição de elementos do telhado; – dimensionamento da redepluvial (diâmetros, declividades, dimensões gerais.) – tipos de telhado quanto ao material; – inclinação ou declividade das águas do telhado; Planta de Cobertura Cálculo do ponto do telhado • É necessário que todos os painéis de um mesmo telhado devam ter caimentos iguais. Isso é necessário por motivos estéticos e técnicos. • A inclinação do telhado será de acordo com o tipo de telha – Cerâmica – Metálica – Fibrocimento – Outras Cálculo do ponto do telhado h = d * L/2 Onde: h = altura do telhado d = percentual de inclinação do telhado (de acordo c/ telha escolhida) L = comprimento da base do telhado Tesouras Vãos até 3,00m não precisam de escoras. Vãos acima de 8,00m deve-se colocar tirantes. O espaçamento ideal para as tesouras deve ficar na ordem de 3,0m. O ângulo entre a perna e a linha é chamado de inclinação; O ponto é a relação entre a altura da cumeeira e o vão da tesoura. Tesouras • A distância máxima entre o local de intersecção dos eixos da perna e da linha e a face de apoio da tesoura deverá ser ≤ 5,0cm. As tesouras devem ser contraventadas, com mãos francesas e diagonais na linha da cumeeira. Elementos de uma tesoura Elementos de uma tesoura detalhe em corte transversal Elementos de uma tesoura detalhe em corte longitudinal TERÇAS As terças devem ser apoiadas nos nós das tesouras. Para vãos maiores que 3,50m devemos utilizar bitolas especiais o que não é aconselhável pelo seu custo. • Terças apoiam-se sobre tesouras ou pontaletes e suas bitolas dependem dos vãos entre elas, tipo de madeira e telha empregada. Ex: o Bitolas de 5 x 7,5 – vão até 2,5m o Bitolas de 5 x 15 – vãos entre 2,5 a 3,5m CAIBROS • Dimensões usuais: 5 X 5 cm ou 5 X 7 cm terças espaçadas até 2,00m usamos caibros de 5 x 5. quando as terças excederem a 2,00m e não ultrapassarem a 2,50m, usamos caibros de 5 x 7cm. espaçamento no máximo 50 cm de eixo a eixo. RIPAS • Ripas: variam de 1,0 cm a 5,0 cm, geralmente com 4,5 m de comprimento e são vendidas por dúzia. • Para bitolas diferentes ou comprimentos maiores o preço da peça aumenta. USUAIS PARA COBERTURAS DE TELHAS TRAÇADO DO TELHADO 1. Com a forma do telhado, dividir toda a superfície em retângulos, começando do maior para os menores 2. Traçar bissetrizes dos ângulos (nos vértices dos retângulos) 3. Fazer a união dos pontos formados pelo encontro das bissetrizes, começando pelos pontos mais altos (retângulos maiores) 4. Sempre que houver ângulo reentrante, traçar uma linha de rincão (representar com duas linhas paralelas) TRAÇADO DO TELHADO TRAÇADO DO TELHADO TRAÇADO DO TELHADO CÁLCULO DE TELHAS FIBROCIMENTO CÁLCULO DE TELHAS FIBROCIMENTO In cl in aç ão % 8,7 10 15 17,6 20 25 26,8 30 35 36,4 40 45 46,6 50 55 57,7 70 83,9 Graus 5 5,7 8,5 10 11,3 14 15 16,7 19,3 20 21,8 24,2 25 26,6 28,8 30 35 40 R 1,004 1,005 1,001 1,015 1,020 1,031 1,035 1,044 1,059 1,064 1,077 1,097 1,103 1,118 1,141 1,155 1,221 1,155 O valor de R é encontrado na tabela a seguir: 1º PASSO 2º PASSO CÁLCULO DE TELHAS FIBROCIMENTO Considerar sempre o comprimento útil das telhas, que é definido em função do recobrimento longitudinal, que depende da inclinação da cobertura (ver tabela ao lado). Nos telhados com cumeeira, considerar 30 cm de comprimento. Telhas disponíveis em estoque. Telhas em promoção. Telhas de preferência do cliente. Telhas de preferência da loja. Telhas com menor consumo de terças. Telha (m) Comprimento Útil (m) 5° a 9° 10° a 14° 15° ou + 1,22 0,97 1,02 1,08 1,53 1,28 1,33 1,39 1,83 1,58 1,63 1,69 2,13 1,88 1,93 1,99 2,44 2,19 2,24 2,30 3,05 2,80 2,85 2,91 3,66 3,41 3,46 3,52 3º PASSO Calcular o Número de Telhas por Faixa O número de telhas por faixa é determinado em função de diversos fatores: CÁLCULO DE TELHAS FIBROCIMENTO 4º PASSO 5º PASSO 6º PASSO CÁLCULO DE TELHAS CERÂMICA Para se calcular a quantidade correta de telhas de uma cobertura siga passo a passo as orientações abaixo: Devemos obter a área a ser coberta, incluindo o beiral e as sobreposições do telhado, para que não ocorra erro no quantitativo; 1º passo: Encontrar a área em planta e depois transformar em área inclinada; Ex.: Você possui uma área de 12m x 10m = 120,0m² (esta área ainda não está corrigida para a inclinação solicitada), este é o próximo passo. 2º passo: Depois de encontrar a área em planta, devemos multiplicar pelo fator de correção (F.C.), correspondente a inclinação do telhado para obtermos a área inclinada. CÁLCULO DE TELHAS CERÂMICA Supondo que o telhado tenha 36%, pela tabela temos para inclinação 36%, Fator de Correção (F.C.) = 1,063. Desta forma, multiplicamos a área em planta pelo fator de correção: 120,00m² x 1,063 = 127,56m² e encontramos a área inclinada. 3º Passo: Multiplica-se a área inclinada pelo consumo de telhas por m² Ex.1: Telha Romana = 16,0 telhas cobrem 1,0m². A quantidade que irá precisar é 2.041 telhas ABNT NBR 15575-5:2013 SISTEMAS DE COBERTURA Sistemas de Cobertura • Essa parte da NBR 15575 se refere às exigências dos usuários e aos requisitos referentes aos sistemas de cobertura. • Definição: Conjunto de elementos/componentes dispostos no topo da construção com as funções de assegurar estanqueidade às águas pluviais e salubridade, proteger demais sistemas da edificação habitacional ou elementos e componentes da deterioração por agentes naturais, e contribuir positivamente para o conforto termo acústico da construção • Impedem a infiltração de umidade oriunda das intempéries. Sistemas de Cobertura • Previnem a proliferação de microrganismos patogênicos e de diversificados processos de degradação dos materiais de construção, incluindo apodrecimento, corrosão, fissuras de origem hidrotérmica e outros. • Os sistemas de coberturas devem ser planejados e executados de forma a proteger os demais sistemas. • É a parte da edificação mais exposta a radiação direta do sol, exercendo predominante influência no conforto térmico e no consumo de energia. • As ações atuantes, como vento, chuvas e insolação, são as que exercem a maior influência e são determinantes nos projetos. Sistemas de Cobertura • Em função das necessidades básicas de segurança, saúde, higiene e economia, são estabelecidos requisitos mínimos de desempenho, nível M, para os diferentes sistemas de coberturas, que devem ser considerados e estabelecidos pelos intervenientes e obrigatoriamente atendidos. • Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de valor da relação custo/benefício dos sistemas, são indicados também níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S), conforme Anexo I da NBR 15575-5 2013. Sistemas de Cobertura • Componentes: • Estrutura de Engradamento = madeira ou de aço; • Telhas = cerâmicas, metálicas, alumínio, concreto, fibrocimento, etc.; • Calhas de rufos = concreto, cerâmico e/ou metálicos. • Tipo de Uso: • Cobertura de Edificações. • Vida útil prevista: • Período aproximando de 8 a 12 anos. Garantias • Calhas, instalação: 1 ano; • Rufos, instalação: 1 ano; • Sistema de cobertura, instalação: 1 ano; • Telhas cerâmicas, estanqueidade: 3 anos; • Telhas de concreto, estanqueidade: 3 anos; • Telhas metálicas, integridade: 5 anos; • Telhas de alumínio, integridade: 5 anos; • Estrutura de engradamento em madeira: 5 anos; • Estrutura de engradamento metálica: 5 anos. Perda da Garantia Deterioração do sistema de cobertura devido a impactos indesejáveis causados por lançamento de objetos ou trânsito de pessoas sobre o telhado; Reforma ou alteração sem aprovação da construtora; Retenção localizada de água na estrutura, suas ligações, calhas e rufos; Fixações não previstas. Se não forem tomados os cuidados de uso ou não forem feitas as manutenções previstas por profissional ou empresa habilitada. Ensaios Determinação da resistência às cargas concentradas em sistemas de coberturas acessíveisaos usuários; Determinação da resistência de peças fixadas em Forro; Verificação da resistência ao impacto em telhados; Determinação da estanqueidade à água; Verificação da resistência de suporte das garras de fixação ou de apoio; Determinação da resistência das platibandas; Determinação da resistência ao caminhamento; Verificação da estabilidade da cor de telhas e outros componentes das coberturas; Verificação da reação ao fogo em protótipo;
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