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RESUMO: TIPOS DE COBERTURAS E SEUS PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO

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RESUMO: TIPOS DE COBERTURAS E SEUS PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO
As edificações tem passado por mudanças, motivadas por uma nuance de fatores associados a exigências dos contratantes, postura do consumidor, legislações e racionalização da produção. Assim, a melhoria da produtividade pode acontecer no momento em que se entende o serviço a ser analisado. Neste caso, as coberturas com telhados, tendo em vista a importância da relação dos custos de um empreendimento. A falta de uma coerência técnica que seja comum em todas literaturas, trouxe por iniciativa, definições de acordo com o significado que procura apurar, seja ele geométrico, funcional ou cultural.
Desse modo, a busca por novas tecnologias para se adaptar ao atual quadro, resultou no surgimento de processos construtivos e evidenciou a importância de se obter um melhor desempenho no aproveitamento dos recursos físicos e humanos. Desta maneira, os principais pontos comuns a serem considerados no processo de definição de coberturas são: arquitetônicos; sistemas de ventilação; sistemas mecânicos; sistemas elétricos e sistemas hidráulicos. Estes elementos podem ser contínuos ou descontínuos. Isto é, constituídos de lajes de concreto moldadas in loco, lajes mistas de concreto, blocos cerâmicos, poliestireno, painéis de concreto e de madeira. Como também, podem ser formados por elementos de aço ou ligas metálicas. Em síntese, ao observar os telhados, utilizam-se superfícies descontínuas de elementos principais (tesouras) ou lajes inclinadas.
Importante ressaltar que, o uso de termos e linguagens características para os elementos expostos tem sua terminologia geométrica das coberturas divididas em: superfície de cobertura (área exposta aos agentes atmosféricos); água (superfície de cobertura plana inclinada); beiral (parte do telhado além do alinhamento da parede); vértice (ponto de encontro da linha de cumeeira com uma linha de espigão); cumeeira (linha de intersecção de duas superfícies de cobertura com inclinação de sentido oposto e divergente); espigão (aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas); rincão (aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas, que forma um diedro côncavo, sendo um captador de água também denominado por água furtada); rufo (linha de intersecção da superfície de cobertura com outra superfície vertical); inclinação (expressa em percentuais e equivale à tangente trigonométrica do ângulo entre o desnível compreendido da a cumeeira ou rufo, a linha do beiral e a distância em projeção horizontal entre estas duas referências); peças complementares (conjunto de peças que permite a solução de detalhes do telhado); elementos de cobertura (fixação, ligação e continuidade entre partes); mansardas (telhado que sobressai em relação à cobertura inicial, normalmente executado em edificações de alto padrão, com os mesmos elementos e funções da cobertura). 
Sendo assim, o estudo fica dividido em dois sistemas (elementos de estanqueidade e elementos de sustentação). As partes constituintes da cobertura têm por função distribuir as cargas verticais ao restante da edificação e os elementos de estanqueidades, por sua vez, garantir a drenagem das águas pluviais. 
Dessa forma, as telhas cerâmicas são padronizadas devido sua modulação por encaixe: colonial (formada por duas peças côncavas ou convexas que se recobrem longitudinalmente e transversalmente); francesa (encaixes laterais, um ressalto na face inferior e outro para fixação); paulista (constituídas de peças côncavas e convexas que permite mudanças na moldagem desde que se mantenham os sistemas de encaixe e as dimensões da galga para cada tipo); romana (possui uma capa e um canal interligados, sua aplicação deve ser feita em fiadas, iniciada pelo beiral, indo em direção à cumeeira). É válido ressaltar também que as telhas dos beirais são as mais solicitadas às interferências dos ventos, e caso os beirais não tenham proteção, devem ser fixadas na estrutura de sustentação. Assim como, as saliências e reentrâncias que definem o recobrimento lateral determinam a sequência de colocação das telhas. Outra modulação está nas telhas produzidas por extrusão de argamassa, cimento e areia, possuindo diversas seções transversais dotadas de reentrâncias, nervuras e apoios para obter uma melhor estanqueidade. A diferença para as telhas cerâmicas situa-se nos encaixes para sobreposição lateral (dois sulcos, em forma de pequenos canais permitem o encaixe e a drenagem) e longitudinal (a face superior é lisa e na inferior se formam as barreiras para a água). As telhas de fibrocimento, por sua vez, possuem uso em larga escala no Brasil e pode ter maior ou menor recobrimento lateral em sua montagem. Por fim, telhas compostas por ligas metálicas, que constam de uma resistência mecânica superior as anteriores, permitindo pequenas declividades em suas medidas construtivas que asseguram a estanqueidade e sobrecargas. Oportuno afirmar que, a instalação de elementos como calhas, rufos e peças de vedação são sempre bem vindas no projeto para execução de coberturas.
Os procedimentos para os elementos de sustentação são fracionados em modelos estruturais que possa suportar carregamentos permanentes e sobrecargas das coberturas, podendo ser contínuo (plano e não plano), ou descontínuo. Uma das aplicações são estruturas pontaletadas, onde a trama é apoiada sobre pontaletes, devendo ser contraventados com mãos francesas e/ou diagonais. Por consequência, o apoio das terças no pontalete deve ser feito através de encaixe (talas laterais de madeira, fitas ou chapas de aço), sendo que não deve ser diretamente escorado sobre a laje de forro. Outro modelo significativo é o processo de produção em blocos, mais conhecidos como oitões, onde servirão de base para as terças, desde que sejam adotados reforços na região de apoio. Os pilaretes, assim como os oitões, utilizam blocos em seu procedimento de fabricação, servindo de apoio para as terças. Por fim, as tesouras, sistema mais utilizado em cobertura, sendo formada por treliças planas vertical, compondo uma rede de triângulos, transferindo o carregamento do telhado aos pilares.
Não obstante, para o ofício de execução de coberturas com telhado composto por estrutura de apoio e trama em madeira, juntamente com as telhas (cerâmicas, de concreto, entre outras), podem-se conceituar quatro fases distintas durante o processo de construção: recebimento, onde os materiais empregados na execução (madeira, telhas e demais) são entregues no canteiro, podendo os mesmos serem adquiridos pela empresa que executa a edificação ou pela responsável especificamente pela cobertura com telhado (caso este serviço seja subempreitado); estocagem, onde é exigido a existência de um local predeterminado para alocação, visto que, não irá atrapalhar a execução do serviço e facilitará a circulação pelos colaboradores; processamento intermediário, etapa de ajustes na espessura e/ou o comprimento das peças que chegaram no canteiro não sejam os especificados em projeto (consideram-se também os recortes das telhas para os espigões e cumeeira); processamento final, etapa da execução da partes constituintes da cobertura com telhado (estrutura de apoio, trama e telhamento), com as peças de madeira e demais constituintes em sua espessura e comprimento corretos. À vista disso, portanto, é importante que a equipe possua as ferramentas corretas em todas as etapas, para que não ocorram atrasos e erros que ocasionem retrabalhos no procedimento de execução de coberturas.

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