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A toxocaríase é uma zoonose, ou seja, doença infecciosa que acomete animais, e pode ser transmitida aos seres humanos por eles; Os nematódeos parasitas do gênero Toxocara são patógenos zoonóticos com impacto da saúde humana; Transmitidos ao hospedeiro humana pela via fecal-oral, causando toxocaríase ocular e outras complicações, incluindo distúrbios alérgicos e neurológicos; Estima-se que dezenas de milhões de pessoas estejam expostas ou infectadas por Toxocara, mas as informações epidemiológicas globais são limitadas; Descobertas recentes sugerem que o efeito da toxocaríase na saúde humana está aumentando em alguns países. O termo larva Migrans visceral foi estabelecido em 1952 por Beaver et al; Essa condição foi inicialmente caracterizada como síndrome rara em crianças; Desde então, várias manifestações clínicas foram descritas, como a larva migrans ocular, larva migrans visceral neurotoxocaríase e doença cardíaca associada à toxocaríase. Reino Animalia Filo Nematoda Classe Secernetea Subclasse Rhabditia Ordem Ascaridida Família Toxocaridae Gênero Toxocara Espécie T. canis, T. catis Zoonose com distribuição ampla em áreas tropicais e subtropicais, sem diferenças significativas na prevalência entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos; No Brasil, todas as regiões têm amostras do solo positivas para T. canis, variando de 17,5% a 91,7%; A infecção humana está relacionada com a presença de cães, principalmente filhotes de até 10 meses. Vermes adultos: Machos com 4 a 10 cm; Fêmeas com 6 a 18 cm. Ovos: Subglobulares com casca espessa cheia de escavações. Se ocorrer a infecção em cães fêmeas prenhas, os filhotes já nascem infectadas por haver uma transmissão pela placenta; Os ovos podem ser ingeridos pelo homem através do contato com as fezes dos animais contaminados ou ovos presentes em alimentos crus e água contaminada; Fatores relacionados à patogênese: Reações inflamatórias desencadeadas pela presença da larva no tecido; Condições imunológicas do hospedeiro e frequência da ingestão de ovos larvados; Sensibilização do hospedeiro por produtos secretados e / ou excretados pela larva; Número de larvas ingeridas e sensibilização do hospedeiro por antígenos da larva; Maioria dos pacientes é assintomática ou autolimitada; As larvas podem atingir o fígado, coração, pulmões, cérebro ou músculos, por exemplo, sendo os principais sintomas: Febre acima de 38° C; Tosse persistente e dificuldade para respirar; Dor abdominal e hepatomegalia; Hipereosinofilia; Manifestações cutâneas, como prurido, eczema e vasculite. Larvas Migrans ocular: Achados de fundoscopia; Granulomas amorfos do polo posterior com defeitos na camada de fibras nervosas da retina (figura A, B); Granulomas periféricos com debris no vítreo (figura C); Dobra tradicional da retina (figura D); Achados no vítreo com descolamento de retina e opacidades vítreas (figura E, F). Achados clínicos, epidemiológicos e sorológicos; Recomenda-se imunoensaio enzimático (EIA) para antígenos de Toxocara; Títulos séricos de anticorpos podem ser baixos ou indetectáveis em pacientes com larvas migrans ocular. Desparasitar cães e gatos; Higienização dos alimentos consumidos crus; Higienização frequente das mãos.
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