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D i b e BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA DEFINIÇÃO A bronquiolite viral aguda (BVA) é a IVAI mais comum em crianças pequenas. Resulta da obstrução infl das pequenas VAs (bronquiolos). Tem gravidade variável, mas geralmente se manifestam de formas leves. Ocorre nos 1os 2 anos de idade, com incidência maior em lactentes <6m, sendo uma das causas mais freq de internação hospitalar nessa faixa etária. o Incidência no 1o ano de vida = 11%. o Pico incidência entre 2-5m o Incidência no 2o ano = 6%; o Risco de hospitalização <1a = ~2%. o Mortalidade das crianças hospitalizadas é de 1-3,5%, sendo que infecções bac secund podem aumentar a morbimortalidade. ETIOLOGIA: Vírus Sincicial Respiratório (VSR), influenza, rinovírus, parainfluenza, adenovírus, metapneumovirus, etc. Por volta dos 2a, quase todas as crianças já terão sido infectadas por um dos agentes da BVA, desenv ou não a enfermidade, sendo que as apresentações severas ocorrem em bebês de baixa idade (1-3m). FR: BP ao nascer, desnutrição, sexo masc, idade e tabagismo materno, ausência de AM e aglomeração EPIDEMIO E TRANSMISSÃO VSR é um paramixovírus de RNA, envelopado s/ glicoproteínas de superfície (Hemaglutinina e Neuraminidase), e tem 2 grandes subtipos – A e B. Infecções pelo VSR não conferem imunidade completa, sendo comuns as reinfecções durante a vida. Fonte da infecção: geralm é membro da família ou colega da creche/escola, com enfermidade resp aparentemente benigna. As crianças maiores e os adultos podem tolerar melhor situações de edema bronquiolar, expressando manifs menos exuberantes. Transmissão: contato direto ou próximo a secreções contaminadas (gotículas ou fômites). Período de incubação: 2-8 dias Período de disseminação: 3-8 dias, mas pode se prolongar, especialmente em lactentes mais novos, que podem disseminar por até 3- 4 semanas. PATOGÊNESE Os lactentes tem condições anatomofisiologicas das VAs que os tornam + vulneráveis: o A superfície de troca gasosa nos pulmões ainda não está plenamente desenvolvida e a resistência aérea é alta nos 1os meses de vida. Além disso, os anticorpos recebidos da mãe na vida IU caem bruscamente nos 1os meses após o nasc. o Qualquer inflamação da mucosa e acumulo de secreção nas VAs gera grande aumento na dificuldade de passagem do ar; o Eles tem maior no de linfócitos, neutrófilos, mastócito e eosinófilo no conteúdo alveolar, de forma que a produção de mediadores infl deflagrada por agressão infecciosa é tb mais proeminente. Nas crianças, a BVA se estende além das lesões diretas do vírus no epitélio bronquiolar, pois como geram resp imune e infl do hospedeiro, podem comprometer o desenv normal das pequenas VAs. O tipo de lesão e manifs vão depender do tropismo, virulência, calibre das VAs e resp imune. A inoculação do VSR ocorre pela superfície da mucosa nasal, e após período de incubação de 4-5 dias, a criança desenvolve sintomas características de IVAS. A disseminação p/ VAI é mediante inspiração • A lesão das VAs é causada tanto pelo efeito citopático viral DIRETO (pela interação celular entre o vírus e o hospedeiro) e o efeito INDIRETO (mediado por mecs imunológicos). • Resp imunológica primária: infiltração tecidual por PMN e macrófagos, a partir dos mediadores químicos liberados pelo epitélio agredido. • Essas céls liberam mais mediadores, alterando permeab endotelial, a camada epitelial e o transporte de íons, gerando inflamação c/ migração celular adicional e edema. O acúmulo de secreções e detritos no lúmen contribui p/ obstrução das VAs, produzindo limitações no fluxo de ar, como atelectasia e desequilíbrio V/Q (com consequente hipoxemia, retneção de CO2 e ácido resp). • Outros potenciais mecs da obstrução VAs são: contração do m liso; anormalidades dos sist adrenérgico e colinérgico comuns nas viroses resp, e o sist não adrenérgico/não colinérgico (NANC), que podem induzir broncoconstrição em virtude do dano epitelial. • A capacidade de recuperação dps da infecção com VSR relaciona-se c/ níveis secretórios das IgA, IgG e IgM e de anticorpo dependentes da citotoxicidade mediada por céls. Esses mecs poderiam ser responsáveis pelos sintomas leves nas reinfecções. DIAGNÓSTICO • É predominantemente clínico. Sintomas duram ~14 dias, e 10% pode ser sintomático por 3 semanas • Geralmente há pródromo com sintomas leves de VAs – ESPIRROS, RINORRÉIA, TOSSE (seca e associada à sibilância) e FEBRE baixa (38,5-39°C), que evolui p/ DIFICULDADE RESP, com tosse paroxística, DISPNEIA, Irritabilidade, SIBILÂNCIA expiratória (pq resistência a passagem é > durante expiração), Taquipnéia, TIRAGENS (subcostal, intercostal e supraclavicular), e Crepitações inspiratórias disseminadas por todos os campos pulmonares. • Na maioria dos casos, a doença é autolimitada. • Presença de CIANOSE indica hipoxia e caracteriza gravidade, que pode vir associada a episódios de APNEIA, princip em prematuros. D i b e Achados RX • É mais indicada para os casos mais graves, quando há piora súbita do quadro resp ou quando há doenças cardíacas ou pulm previas, ou quando outros diag forem suspeitados. • Principais achados: Hiperinsuflação torácica difusa, hipertransparência, retificação do diafragma e até broncogramas aéreos c/ infiltrado intersticial. • Freq observam-se áreas de atelectasias secundarias a tampões mucosos e infiltrados de baixa de secreções infectadas, que produzem pneumonia ou bronquiolite. densidade com discreto espessamento pleural. TRATAMENTO Na maioria dos pacientes, a evolução é benigna e o processo evolui p/ cura s/ necessidade de intervenção. Necessidade de internação é baixa (1-2%), e nestes casos, os critérios de hospitalização estão basicamente foçados no grau de comprometimento do sofrimento resp e na presença de FRs. No hospitalizado, é feito oxigenoterapia, manutenção do status hídrico, o mínimo manuseio e precoce identificação de complicações associadas. Trat Não-Farmacológico Manter cabeceira do leito elevada; Prevenir infecção cruzada (lavar bem as mãos, etc); Aliviar obstrução nasal/rinorreia c/ higiene e aspiração —> importante p/ evitar comprometimento da mecânica resp nos lactentes muito pequenos; Aporte hídrico —> fazer via parenteral; Trat Farmacológico OXIGENOTERAPIA: O2 aquecido e umidificado, sendo adm por cânula nasal. Sempre monitorar SatO2 por oxímetro de pulso, visado manter níveis >90%; Broncodilatadores (Salbutamol e Adrenalina), Solução Salina Hipertônica, Corticoesteroides: não são recomendados, há discussão quanto ao real beneficio do uso desses medicamentos, e não há estudos de grande importância que demonstrem o beneficio de seus usos. SUPORTE VENTILATÓRIO: necessidade varia de 5-15% pcnts internados. o Maiores candidatos são lactentes <3m, pcnts c/ displasia pulm, portadores de desnutrição proteicocalórica, síndrome de down, cardiopatias congênitas e bronquiolite intra-hospitalar. o Período de ventilação mec costuma variar de 5-15 dias. Prevenção • IMUNIZAÇÃO PASSIVA: imunoglobulina EV especifica (IGEV-VSR) e o anticorpo monoclonal humanizado p/ VSR (palivizumabe) tem se mostrado efetivos na prevenção da infecção pelo VSR em população de risco. Prognóstico e Complicações • Lactentes com BVA apresentam alto risco de maior comprometimento resp nas 1as 48-72h após inicio da tosse e dispneia. • Mortalidade é <1%, com morte atribuível a apneia, parada resp ou desidratação grave. • As complicações são divididas em agudas e crônicas (sequelas). As AGUDAS estão relacionadas às complicações habituais de pneumopatia decorrentes de hiperinsuflação pulm, e ocorrem em ate 79% crianças, e em 24% são mais serias.• Complicações resp (60%), infecções (41%), complicações CV (9%) e alterações eletrolíticas (19%). • Além disso, são mais comuns em prematuros (87%), crianças c/ alterações cardíacas congenitas (93%), e com outras anomalias congênitas (90%). PNEUMONIA COMUNITÁRIA DEFINIÇÃO É quadro de inflamação do parênquima pulmonar, geralm provocado por agente infeccioso. Pode tb ser causada por aspiração de alimento/conteúdo gástrico, corpos estranhos, reações de hipersensibilidade ou pneumonite induzida por drogas e radiação. • É a principal causa mundial de morte entre crianças <5 anos (19%). • Incidência é 10x maior em países em desenv, assim como o no de mortes é maior. • Em neonatos e hospedeiros comprometidos, as infecções tendem a ser mais graves! • FRs: desnutrição, baixa idade, comorbidades e gravidade da doença, baixo peso ao nascer (<2500g), permanência em creche, episódios prévios de sibilos e pneumonia, ausencia de AM, vacinação incompleta, variáveis socioeconômicas e variaveis ambientais. ETIOLOGIA É difícil estabelecer o diag etiológico pq seu curso clinico costuma ser muito semelhante p/ diversos agentes. D i b e VÍRUS: responsáveis por 90% pneumonias no 1o ano de vida e por 50% casos na idade escolar. Predomina em crianças <5a. VSR, influenza, parainfluenza, adenovírus e rinovírus; mais incomuns são a varicela-zoster, coronavírus, enterovirus, CMV, virus epstein-baar, herpes simples,virus da caxumba e sarampo, e hantavírus. BACTÉRIAS: principais responsáveis pela maior gravidade e mortalidade por PAC na infância. S pneumoniae (pneumococo). H influenzae, S aureus. o Crianças com alto risco p/ infecção por pneumococo: HIV +, imunodeficiência congênita ou adquirida, cardiopatas, neuropatas e pneumopatia crônicas (asma grave, DM, hemoglobinopatias), etc. Germes ATÍPICOS: Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia pneumoniae. PATOGÊNESE VAI costumam ser mantidas estéreis por mecs de defesa fisiológicos (depuração mucociliar, IgA secretora e desobstrução das VAs por meio da tosse). Já os mecs de defesa imunológicos do pulmão são macrófagos presentes nos bronquíolos e alvéolos, IgA secretora e outras Igs. Pneumonia VIRAL = geralm é consequência da difusão de infecção ao longo das VAs, acompanhada por lesão direta do epitélio resp, resultando na obstrução das VAs por conta de edema, secreções anormais e restos celulares. o Essa obstrução costuma ser acompanhada de hipoxemia expressiva causada por atelectasia, edema intersticial e desequilíbrio V/Q. o Tb pode causar predisposição a posterior infecção bacteriana ao alterar os mecs de defesa normais do hospedeiro, alterar secreções e modificar a flora bacteriana. • Pneumonia BAC = ocorre + freq quando m.o do TR colonizam a traqueia e, em seguida, alcançam os pulmões, mas pode tb resultar de disseminação direta do tecido pulm após bacteremia. o Quando infecção bac é estabelecida no parênquima pulm, o processo patológico varia de acordo com o organismo invasor. o M. pneumoniae —> fixa-se ao epitélio resp, inibe a ação ciliar e provoca destruição celular e resp infl na submucosa. Com progressão da infecção, há acumulo de secreção que causa obstrução das VAs e a propagação da infecção ocorre ao longo da árvore brônquica. o S. pneumoniae —> causa edema local que auxilia na proliferação de m.o e em sua propagação p/ partes adjacentes do pulmão, resultando em envolvimento lobar focal. o Streptos grupo A —> infecção mais difusa com pneumonia intersticial. A patologia compreende necrose da mucosa traqueobrônquica; formação de grandes quants de exsudato, edema e hemorragia local, com extensão para os septos interalveolares; envolvimento de vasos linfáticos e aumento da probabilidade de envolvimento pleural. o S aureus —> broncopneumonia confluente, que costuma ser unilateral e caracterizada pela presença de amplas áreas de necrose hemorrágica e áreas irregulares de cavitação do parênquima pulmonar, resultando em pneumatoceles, empiema ou fístulas broncopulmonares. CLÍNICA e DIAGNÓSTICO • Geralm é precedido por vários dias de sintomas de IVAS – RINITE e TOSSE, seguido de evolução e piora do quadro clinico. • O diag é basicamente clinico, se dispensa a realização de RX, que é só recomendado nos casos graves que demandam internação. • RX Tórax: o Consolidação alveolar, pneumatoceles, derrames plurais e abscessos —> sugerem etiologia BAC o Padrão intersticial (sinais de aumento da trama broncovasc, espessamento peribrônquico e hiperinsuflação)—> VÍRUS, Mycoplasma pneumoniae ou Chlamidia pneumoniae. • Diag microbiológico só é indicado nos caso de PAC grave, em crianças internadas ou quando a evolução do pcnt é desfavorável. 1. INFECÇÃO VIRAL: § FEBRE (mais baixa que a bac), TAQUIPNEIA (manif + consistente de pneumonia), RETRAÇÕES subcostal, intercostais e supraesternais (pelo aumento dos trabalho resp), bat asas do nariz, utilização dos mm acessórios. § AP: pode revelar SIBILOS expiratórios e ESTERTORES insp, mas costuma ser difícil de identificar a origem em crianças muito pequenas. § Rx Tórax: infiltrados difusos, podendo estar acompanhado de hiperinsuflação § Maioria das crianças se recupera sem intercorrências e não apresenta sequelas. 2. INFECÇÃO BACTERIANA: LACTENTES: há pródromo de IVAS e diminuição do apetite, seguido de inicio abrupto de FEBRE, inquietação, apreensão e DESCONFORTO RESP (resmungos, dilatação nasal, retrações, taquipneia, taquicardia, falta de ar, cianose). Tb pode, apresentar sintomas GI (vômitos, anorexia, diarreia e distensão abd devido a um íleo paralítico). § CRIANÇAS + VELHAS: começa de repente, com FEBRE ALTA, TOSSE e DOR no PEITO. Tb pode ter sonolência com períodos intermitentes de inquietação, TAQUIPNEIA, ansiedade e delírio. Nota-se tb imobilização do tórax no lado acometido, a fim de minimizar a dor pleurítica e melhorar a ventilação; dor abdominal é comum quando acometimento dos lobos inferiores; AP: no inicio há mv diminuído, ESTERTORES dispersos e roncos sobre a área afetada. Com evolução e desenv de consolidação ou complicação (derrame pleural, empiema), observa-se submacicez à percussão e expansibilidade diminuída no lado afetado. Já nas crianças pequenas, dificilmente se encontram alterações localizadas à AP. v Pneumonia Pneumocócica • S pneumoniae é o principal agente em crianças entre 6m e 5a. • FRs: anemia falciforme, asplenia, disfunção esplênica, HIV, implante-se cocleares, imunodeficiência congênita, cardiopatia, pneumopatia crônica, nefropatia crônica, DM e malformações do SNC. • LABS: leucometria elevada p/ 15-40 mil, com predomínio de PMN. D i b e • RX TÓRAX: pneumonia lobar com hepatização, mas pode haver disseminação pela parede bronquiolar ou por via hematogenica com broncopneumonia. Pneumococo é principal agente causal de derrame pleural, e pode ter tb empiema. Pneumonia Estreptocócica Streptos do grupo A —> aumento da antiestreptolisina sérica é indicativo, mas diag definitivo requer isolamento do m.o o liq pleural, sg ou aspirado pulm. RX TÓRAX: broncopneumonia difusa, geralm com grande derrame pleural, e pode ter pneumatoceles. v Pneumonia Estafilo PAC por S aureus é infecção GRAVE e RAPIDAMENTE PROGRESSIVA. Se não tratada, tem morbimortalidade alta. 30% pcnts tem <3m e 70% <1a. A criança costuma ter histórico de piodermites, internação recente, outras afecções dermatologicas, trauma, osteomielite, etc. Causa broncopneumonia confluente, com áreas extensas de necrose hemorrágica e áreas irregulares de cavitação. v Pneumonia por H Inflenzae É causa freq de infecção bac GRAVE em lactentes que não receberam a vacina. Geralm éde padrão lobar, embora não haja um padrão RX típico, e tb cursa com empiema. Inicio do quadro é insidioso, e costuma prolongar-se por semanas. As complicações são freq, sobretudo nos lactentes pequenos – bacteremia, pericardite, celulite, empiema, meningite e pioartrose. v Pneumonia por Mycoplasma (pneumonia de Eaton) Uma das principais causas de pneumonia em crianças >5 anos. A incidência máxima é em adolescentes, com taxa de 33% entre 5-9a, e 70% de 9-15 anos. Evolução é longa, de 7-21 dias. Achados RX são inespecificos, costuma ser descrita como pneumonia intersticial ou broncopneumonia e os lobos inferiores costumam ser os mais envolvidos Complicações: otite media, pericardite, miocardite, meningoencefalite, eritema nodoso e síndrome de stevens-johnson v Pneumonia por Chlamydia Trachomatis Até 30% das gestante tem infecção genital, dai passa pro neonato, acarretando infecção conjuntival e nasofaríngea. Conjuntivite surge entre 5- 14 dias de vida, enquanto a infecção nasofaringea pode levar ao desenv de pneumonia “peculiar” – PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE (comum em lactentes e crianças >5 anos) MANIFS: surgem entre 1-3m, quadro insidioso e cursa com TOSSE persistente, taquipneia e ausência de febre. Pode ter ESTERTORES. Achado labs característico é a eosinofilia no sg periférico. RX mostra presença de sinais de hiperinsuflação com discretos infiltrados intersticiais ou alveolares TRATAMENTO Indicação de HOSPITALIZAÇÃO: o <2m; o Convulsões; o Estridor em repouso; o Ausencia de ingestão de líquidos; o Presença de comorbidades anemia, cardiopatias, pneumopatia); o Falha na terapêutica ambulatorial; problemas sociais; o Complicações radiológicas (derrame pleural, pneumatocele, abscesso pulm) Presença de tiragem subcostal; sonolência excessiva; desnutrição grave; sinais hipoxemia OMS - “SINAIS DE PERIGO” que indicam internação hospitalar imediata: o < 2m: FR>60 bpm, TIRAGEM subcostal, FEBRE alta, recusa do seio materno por >3 mamadas, SIBILÂNCIA, ESTRIDOR em repouso, sensório alterado com LETARGIA, sonolência anormal ou irritabilidade excessiva. o >2m: TIRAGEM subcostal, ESTRIDOR em repouso, recusa de liqs, CONVULSÃO, alteração do sensório e VÔMITO de tudo que lhe é oferecido. • OMS – crianças com PAC e tiragem subcostal são classificadas como portadoras de pneumonia GRAVE, e se apresentarem outros sinais de gravidade, são classificadas como pneumonia MUITO GRAVE. • O trat é EMPÍRICO. Pode ser feito ambulatorialmente, com reavaliação do pcnt dentro de 48-72h. • VIRAL: só medidas de suporte, embora alguns pcnts necessitem de internação p/ adm de líquidos IV, O2 ou ventilação assistida. • S pneumoniae: o Ambulatorial: PENICILINA PROCAÍNA (50 mil U/kg/dia IM 1x/dia) ou AMOXICILINA (50mg/kg/dia VO 8/8h) por 7-10 dias o Internação: PENICILINA CRISTALINA 100-200 mil U/kg/dia 4/4h ou 6/6h por 10-14 dias o Se resistência: cloranfenicol, vancomicina ou ceftriaxone • M pneumoniae: CLARITROMICINA (15 mg/kg/dia em 2 doses diárias por 10 dias) ou AZITROMICINA (10mg/kg/dia no 1o dia e 5mg/kg/dia nos outros 4 dias). • C trachomatis: ERITROMICINA (50mg/kg/dia VO 6/6h por 14 dias) ou AZITROMICINA. • Strepto grupo A: PENICILINA G por 2-3 semanas. • S aureus: atb (OXACILINA ou CLINDAMICINA. Se resistencia, VANCOMICINA) por 21 dias + drenagem de coleção purulenta + O2 • H influenzae: CEFTRIAXONA ou CEFUROXIMA pó 10-14 dias. • Outras orientações: manter alimentação da criança, aumentar oferta hídrica e manter as narinas desobstruídas. • Criança hospitalizada pode necessitar de uso de broncodilatadores, hidratação venosa, correção de distúrbios hidroelétroliticos, oxigenoterapia (se sat <92%), etc. PROGNÓSTICO e COMPLICAÇÕES Pcnts com PAC bacteriana não complicada costumam responder à terapia, com melhora nos sintomas clínicos dentro de 48-96h. A maoiria das crianças com PAC não sofre sequelas pulm a longo prazo. Se não houver melhora na resposta, refaz RX pra procurar o pq disso. As principais complicações são: abscesso, atelectasia, derrame pleural (S aureus e S pneumoniae), pneumotórax, fistula broncopleural, hemoptise, septicemia, bronquiectasia, infecções associadas (otite, sinusite, conjuntivite, meningite, osteomielite) Pneumatocele: lesões císticas de paredes finais, que acometem sobretudo crianças com PAC BAC, mas tb podem decorrer de trauma torácico, ventilação pulmonar mecânica invasiva e aspiração. Essas lesões se resolvem espontaneamente na maioria dos casos, mas em outros, podem demorar 3-15 meses ou cursar com complicações. Pneumonia Necrosante: complição geralm de PAC por pneumococo. Caracteriza-se por focos necróticos em áreas de consolidação pulm. É mais comum em adultos, e >60% casos necessitam de cirurgia. PREVENÇÃO Atualmente, o Brasil dispõe das vacinas pneumocócicas 13-valente (7 sorotipos + 1, 5, 7F, 3, 6A, 19A) e 10-valente (7 sorotipos + 1, 5, 7F), sendo a última disponível na rede pública de saúde D i b e
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