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UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 1 Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 2 UTI GUIA DE BOLSO ENFERMAGEM FLORENCE MARCYH FLORENCE 1° Edição Porto Alegre 2020 © Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial dessa obra sem a autorização expressa do autor. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 3 Marcyh Florence E-book: UTI Guia de Bolso Arte da capa: D. D. Pazze Diagramação: D. D. Pazze Florence, Marcyh - 1° Edição – Publicação independente 2020. © Todos os direitos reservados Enfermagem Florence Proibida a reprodução total ou parcial dessa obra sem a autorização expressa do autor. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 4 Agradecimentos Primeiramente gostaria de parabenizá-lo por ter adquirido nosso Guia de UTI. Espero que o conteúdo que apresento aqui ajude você da mesma forma que ajudaram a mim. Esse material foi criado para ser literalmente seu guia prático na área de UTI. Esse material é de extrema importância no dia a dia de todos que prestam assistência nessa área, pois está diretamente relacionado com a qualidade e segurança do nosso atendimento e da eficácia dos procedimentos realizados. O objetivo desse material é guiar você durante sua trajetória estudantil e profissional, pois cada conteúdo que você encontrar aqui foi pensado baseado no seu dia a dia para que se tornasse prático e rápido de acordo com sua necessidade. Mas não é só isso, esse conteúdo vai estar sempre sendo atualizado e estaremos criando novos conteúdos e adicionando ao nosso Guia de UTI. A Enfermagem Florence surgiu com o objetivo de auxiliar estudantes e profissionais da área da enfermagem a adquirir mais conhecimento, através de publicações de artigos e vídeo aulas, mantendo sempre a qualidade dos conteúdos produzidos, procurando estar sempre atualizada em prol do crescimento dessa profissão. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 5 Sumário História da UTI ................................................................................................. 13 História da Unidade de Terapia Intensiva: Surgimento e Evolução .............. 13 A primeira UTI ............................................................................................ 13 Humanização ................................................................................................... 15 Política Nacional de Humanização................................................................ 15 Como valorizar usuários, profissionais e gestores ..................................... 15 Diretrizes do HumanizaSUS ...................................................................... 16 Humanização e Enfermagem .................................................................... 16 Direitos e deveres do paciente ......................................................................... 18 Direitos do paciente ...................................................................................... 18 Deveres do paciente ..................................................................................... 19 Materiais de box ............................................................................................... 21 Carrinho de Emergência .................................................................................. 23 Parte externa ................................................................................................ 23 Parte superior ............................................................................................... 23 1° gaveta: medicamentos .............................................................................. 24 2° gaveta ....................................................................................................... 24 Caixa de psicotrópicos .................................................................................. 25 3° gaveta ....................................................................................................... 25 4° gaveta ....................................................................................................... 26 Gavetas laterais ............................................................................................ 26 Ventilação Mecânica ........................................................................................ 28 Modos ventilatórios ....................................................................................... 28 CIPAP e BIPAP ................................................................................................ 30 Como funciona o CPAP ................................................................................ 30 Indicações de CPAP .................................................................................. 31 O que é BIPAP .............................................................................................. 31 Indicações de BIPAP ................................................................................. 31 Diferença entre CPAP e BIPAP ................................................................. 31 Técnica Correta de Higiene das Mãos ............................................................. 32 5 Momentos de Higiene das Mãos ................................................................... 35 6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente .......................................... 36 1. Identificação do paciente ....................................................................... 36 2. Comunicação efetiva ............................................................................. 36 Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 6 3. Uso de medicamentos ........................................................................... 36 4. Cirurgia segura ...................................................................................... 37 5. Higiene das mãos .................................................................................. 37 6. Risco de queda ...................................................................................... 38 Imprudência, Negligência e Imperícia .............................................................. 39 Precauções e Isolamentos ............................................................................... 40 Precaução padrão ......................................................................................... 40 Precaução de contato ................................................................................... 41 Precaução de aerossóis ................................................................................ 41 Precaução de gotículas ................................................................................. 42 Equipamentos de Proteção Individual .............................................................. 43 Como realizar uma anotação de enfermagem ................................................. 45 Diferença de Anotação e Evolução de Enfermagem..................................... 45 Passagem de Plantão ...................................................................................... 48 Transporte de Paciente intra-hospitalar ........................................................... 49 Cuidados gerais ............................................................................................ 49 Transportecom maca ................................................................................... 49 Cuidados específicos .................................................................................... 50 Monitorização Hemodinâmica .......................................................................... 52 Monitorização Hemodinâmica Invasiva e Não Invasiva ................................ 52 Monitorização Hemodinâmica Não-Invasiva .............................................. 52 Monitorização Hemodinâmica Invasiva...................................................... 55 Balanço Hídrico ................................................................................................ 57 Cálculo do balanço hídrico ............................................................................ 57 Como Descartar Corretamente o Resíduo Hospitalar ...................................... 59 Materiais potencialmente infectantes ............................................................ 59 Resíduos químicos ........................................................................................ 59 Rejeitos radioativos ....................................................................................... 60 Resíduos comuns ......................................................................................... 60 Resíduos recicláveis ..................................................................................... 60 Resíduos perfurocortantes ............................................................................ 60 Tipos de Riscos na Enfermagem ..................................................................... 61 Risco físico .................................................................................................... 61 Risco químico ............................................................................................... 61 Risco ergonômico ......................................................................................... 61 Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 7 Risco biológico .............................................................................................. 61 Mudança de decúbito ....................................................................................... 63 Indicação de Mudança de Decúbito .............................................................. 63 Importância da mudança de decúbito ........................................................ 63 Técnica para Mudança de Decúbito .......................................................... 64 Higiene oral ...................................................................................................... 66 Complicações aliadas à falta de Higiene Oral ............................................... 66 Cuidados de Enfermagem ......................................................................... 68 Pacientes Conscientes sem Limitação ...................................................... 68 Pacientes com Limitação ........................................................................... 68 Pacientes intubados .................................................................................. 68 Banho de leito .................................................................................................. 69 Como dar Banho de Leito ............................................................................. 69 Materiais Necessários................................................................................ 70 Como realizar ECG .......................................................................................... 71 Posição Correta dos Eletrodos ..................................................................... 72 Orientação ao paciente .............................................................................. 72 Escala de avaliação da dor .............................................................................. 74 Oxigenoterapia Invasiva e Não Invasiva .......................................................... 81 Indicações de Oxigenoterapia ....................................................................... 81 Sintomas presentes para indicação de oxigenoterapia ............................. 82 Sistemas de baixo fluxo ............................................................................. 82 Sistemas de alto fluxo ................................................................................ 83 Aspiração de Vias Aéreas ................................................................................ 85 Sistemas de aspiração .................................................................................. 85 Indicações de aspiração de vias aéreas inferiores .................................... 86 Contraindicações ....................................................................................... 86 Procedimento de aspiração de vias aéreas inferiores ............................... 86 Aspiração de vias aéreas superiores ......................................................... 87 Indicações .................................................................................................. 87 Contraindicação ......................................................................................... 87 Procedimento ............................................................................................. 87 Protocolo AVC .................................................................................................. 88 Sinais de alerta de AVC ................................................................................ 88 Instalação do Código de AVC .................................................................... 89 Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 8 Medidas iniciais do Protocolo de AVC ....................................................... 89 Exames diagnósticos ................................................................................. 90 Conduta após confirmação do diagnóstico de AVC ................................... 90 Critérios de alta .......................................................................................... 91 Avaliação das pupilas ....................................................................................... 92 Exame Neurológico ....................................................................................... 92 Avaliação das pupilas ................................................................................ 92 Técnica para avaliação das pupilas ........................................................... 93 Tipos de pupilas ......................................................................................... 93 Escala de Glasgow .................................................................................... 94 Classificação da lesão ............................................................................... 95 Ritmos de Parada Cardiorrespiratória .............................................................. 96 Desfibrilação e Cardioversão Elétrica .............................................................. 98 Desfibrilação ................................................................................................. 98 Cardioversão Elétrica .................................................................................... 98 Tipos de Choque .............................................................................................. 99 O que é choque ............................................................................................ 99 Posições para Exames ................................................................................... 102 Decúbito dorsal ...........................................................................................102 Decúbito ventral .......................................................................................... 102 Litotomia ..................................................................................................... 102 Decúbito Fowler .......................................................................................... 102 Decúbito lateral direito ou esquerdo............................................................ 103 Decúbito de sims lateral esquerdo .............................................................. 103 Ginecológica ............................................................................................... 103 Trendelenburg ............................................................................................. 103 Genupeitoral ............................................................................................... 103 Ereta ........................................................................................................... 104 Glicemia capilar .............................................................................................. 105 Materiais utilizados para realizar o teste ..................................................... 105 Técnica do Procedimento ........................................................................... 105 Cateteres de Curta e Longa Permanência ..................................................... 107 Cateteres de curta permanência ................................................................. 107 Cateteres de longa permanência ................................................................ 107 Jelco........................................................................................................ 107 Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 9 Portocath ................................................................................................ 108 Hickman .................................................................................................. 108 PICC ........................................................................................................ 109 Coleta de Urina em Pacientes Sondados ....................................................... 110 Materiais para realizar a coleta: .................................................................. 110 Procedimento para realizar a coleta ........................................................ 110 O que é Sepse e como pode ser Evitada ....................................................... 112 Sintomas de Sepse ..................................................................................... 112 Fatores de risco ....................................................................................... 112 Diagnóstico de sepse............................................................................... 113 Tratamento .............................................................................................. 113 Prevenção ................................................................................................ 113 Nutrição Enteral e Parenteral ......................................................................... 115 Nutrição Enteral .......................................................................................... 115 Nutrição Parenteral ..................................................................................... 115 Retirada de Pontos ......................................................................................... 116 Materiais utilizados: ..................................................................................... 116 Técnica de retirada de pontos ................................................................. 116 Gasometria arterial ......................................................................................... 117 Parâmetros da Gasometria ......................................................................... 117 Técnica de coleta ..................................................................................... 118 Acidoses e Alcaloses Metabólicas e Respiratórias .................................. 118 Suporte de vida extracorpóreo – ECMO ........................................................ 120 Indicações de ECMO .................................................................................. 120 Contraindicações para ECMO ................................................................. 121 Complicações da ECMO .......................................................................... 122 Cuidados de Enfermagem ....................................................................... 122 Enema / Lavagem intestinal ........................................................................... 124 Materiais utilizados para realizar o Enema ................................................. 124 Técnica do Procedimento ........................................................................... 124 Cuidados Paliativos ........................................................................................ 126 Princípios dos Cuidados Paliativos ............................................................. 126 Equipe de Cuidados Paliativos ................................................................ 127 Morte encefálica (protocolo) ........................................................................... 129 O que é Morte Encefálica ............................................................................ 129 Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 10 Diferença entre Morte Cerebral e Morte Encefálica ................................. 130 Diferença entre Morte Encefálica e Coma ............................................... 130 Protocolo de Morte Encefálica ................................................................. 131 Escala de coma de Glasgow ................................................................... 131 Realização de exames neurológicos e de reflexos .................................. 131 Teste de apneia ....................................................................................... 132 Testes confirmatórios mandatórios .......................................................... 132 Confirmação da ausência de reflexos por outro especialista ................... 132 Materiais para Procedimentos ........................................................................ 133 Materiais para passagem de sonda vesical de demora .............................. 133 Materiais para passagem de sonda nasoenteral ........................................ 133 Materiais para passagem de sonda nasogástrica ....................................... 134 Materiais para intubação endotraqueal ....................................................... 134 Materiais para drenagem torácica ............................................................... 135 Materiais para passagem de cateter de PICC ............................................ 135 Materiais para realizar enema (lavagem intestinal) ..................................... 136 Materiais para realizar teste de glicemia capilar (HGT) .............................. 136 Materiais para realizar toracocentese ......................................................... 136 Materiais para realizar nebulização............................................................. 136 Cuidados de Enfermagem .............................................................................. 138 Cuidados com a Sonda Vesical de Demora ................................................ 138 Cuidados de Enfermagem com a Sonda Nasoenteral ................................ 139 Cuidados de Enfermagem com Gastrostomia ............................................ 139 Cuidados de Enfermagem com Traqueostomia.......................................... 140 Cuidados com paciente intubado ................................................................ 140 Cuidados com o Dreno de Tórax ................................................................ 141 Cuidados com cateter de PICC ................................................................... 141 Cuidados com Cateter Venoso Periférico ................................................... 142 Cuidados com Cateter Venoso Central ....................................................... 143 Cuidados de Enfermagem na Administração de Medicamentos ................. 143 Cuidados com drogas vasoativas ............................................................... 144 Cuidados com as queimaduras ................................................................... 144 Cuidados com Lesão por Pressão .............................................................. 145 Cuidados com Cistostomia ......................................................................... 145 Cuidados com Colostomia .......................................................................... 146 Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 11 Cuidados com Flebite ................................................................................. 146 Cuidados com Sonda Nasogástrica ............................................................ 147 Cuidados com Toracocentese .................................................................... 147 Cuidados com Nebulização ........................................................................ 148 Medicamentos Mais Utilizados Em UTI .......................................................... 149 Medicamentos para Sedação em UTI ......................................................... 149 Benzodiazepínicos ................................................................................... 150 Bloqueio Neuromuscular ............................................................................. 152 Outras Classes ........................................................................................... 154 Tipos de Soluções usadas em hospital .......................................................... 157 Medicamentos de alta vigilância ..................................................................... 159 Quais são os Medicamentos de Alta Vigilância .......................................... 159 Drogas Vasoativas mais utilizadas ................................................................. 161 Catecolaminas ............................................................................................ 161 Vasodilatadores .......................................................................................... 162 Tipos de Insulina | Início, Pico e Duração ...................................................... 164 Insulina ........................................................................................................ 164 Início, Pico e Duração ................................................................................. 164 Vias de Administração de Medicamentos ...................................................... 167 Via oral ........................................................................................................ 167 Via sublingual .............................................................................................. 167 Via inalatória ............................................................................................... 167 Via nasal ..................................................................................................... 168 Via oftálmica ............................................................................................... 168 Via otológica ............................................................................................... 168 Via geniturinária .......................................................................................... 168 Via retal ....................................................................................................... 168 Vias injetáveis ............................................................................................. 168 Via intradérmica .......................................................................................... 169 Via subcutânea ........................................................................................... 169 Via intramuscular ........................................................................................ 169 Via intravenosa ........................................................................................... 170 Seringas e Agulhas ........................................................................................ 171 Seringas ...................................................................................................... 171 Agulhas ....................................................................................................... 173 Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 12 Os 13 certos na Administração de Medicamentos ......................................... 175 Preparo pré-operatório ................................................................................... 177 O que é Período Pré-Operatório ................................................................. 177 Pré-operatório mediato ............................................................................ 177 Pré-operatório imediato ........................................................................... 177 Cuidados de Enfermagem no Pré-Operatório .......................................... 177 Preparo pós-operatório .................................................................................. 180 Preocupações clínicas Imediatas no Pós-Operatório.................................. 180 Tipos de anestesias ....................................................................................... 184 Geral ........................................................................................................... 184 1 – Pré-medicação ................................................................................... 184 2 – Indução .............................................................................................. 184 3 – Manutenção ....................................................................................... 185 4 – Recuperação ..................................................................................... 185 Anestesia Regional ..................................................................................... 185 1 – Anestesia raquidiana ......................................................................... 185 2 – Anestesia peridural ............................................................................ 186 Anestesia Local ........................................................................................... 186 Transformações de Unidades ........................................................................ 187 Unidades usadas pela Enfermagem ........................................................ 187 Transformações de Unidades usadas pela Enfermagem ........................ 187 Fórmulas de Gotejamento .............................................................................. 188 Cálculo de Gotejamento em Horas ............................................................. 188 Fórmula de gotas para infusão em horas ................................................ 188 Fórmula de microgotas para infusão em horas ........................................ 188 Cálculo de Gotejamento em Minutos .......................................................... 189 Fórmula de gotas para infusão em minutos .............................................189 Fórmula de microgotas para infusão em minutos .................................... 189 Regra de Três ................................................................................................ 190 5 passos para resolver a regra de três: ....................................................... 190 Sobre Autora .................................................................................................. 191 Criadora dos conteúdos: ............................................................................. 192 Conecte-se a Autora ...................................................................................... 193 Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 13 História da UTI A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma área do hospital destinado aos pacientes com situação de vida mais grave, que precisam de um cuidado mais complexo e que sejam monitorizados de forma contínua por 24 horas. Esta unidade é formada por uma equipe multidisciplinar, com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos, fonoaudiólogo, psicólogos e assistentes sociais. História da Unidade de Terapia Intensiva: Surgimento e Evolução O conceito de Unidade de Terapia Intensiva foi implantado na Guerra da Crimeia em 1854 através de Florence Nightingale, que separou homens de mulheres, adultos de crianças, graves de não graves. Era conhecida como a “Dama da Lâmpada” porque circulava à noite com uma lamparina para avaliar os pacientes. E assim a lamparina se tornou o símbolo da assistência internacional da enfermagem. Florence percebeu a importância de separar os pacientes com estado mais grave e determinar um cuidado mais completo, e com essa atitude a mortalidade diminui de 40% para 2%. Em 1920 surgiu Philip Drinker que criou o primeiro ventilador mecânico, chamado “Pulmão de Aço“. O paciente era colocado dentro da máquina com a cabeça para fora, enquanto o aparelho exercia uma pressão negativa, expandindo a caixa torácica, forçando a entrada de ar para os pulmões. A primeira UTI A primeira UTI foi criada em 1926, pelo médico neurocirurgião Walter Edward Dandy em Boston nos Estados Unidos. Foram criados 3 leitos neuropediátricos pós-cirúrgicos. O primeiro médico intensivista chamado Peter Safar, nascido na Áustria, migrou para os Estados Unidos após permanecer no campo de concentração nazista. Formou-se médico anestesista e na década de 1950, estimulou e preconizou o atendimento de urgência e emergência. Nesta mesma época, Peter formulou o ABC primário em que criou a técnica de ventilação artificial boca a boca e a massagem cardíaca externa. Alguns voluntários da sua equipe participavam dos experimentos, onde eram submetidos a sedação mínima durante o estudo. O procedimento possui os seguintes passos: A de airway (via aérea) Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 14 Vias aéreas e controle da coluna cervical. Nesse momento do atendimento, é preciso checar se o paciente está com as vias aéreas desobstruídas, verificar se não há corpos estranhos impedindo a respiração, fraturas de face ou qualquer lesão na coluna cervical. Esse processo deve ser tátil, através da verificação de sinais de edemas ou sangramentos, além de observar se a vítima não emite som durante a respiração, tosse ou agitação. Após realizar a permeabilização, o colar cervical deve ser colocado. B de breathing (respiração) Respiração e ventilação. Logo após realizar a permeabilidade das vias respiratórias, é preciso confirmar se o paciente está respirando bem, através da observação dos movimentos do tórax, fazer auscultas com o objetivo de eliminar qualquer lesão torácica e, se for necessário, utilizar métodos de ventilação mecânica para restabelecer a função. C de circulation (circulação) Circulação com controle de hemorragia. Após realizar os primeiros procedimentos, é preciso impedir que a vítima entre em quadros como a hipovolemia (diminuição do volume de), que pode causar o choque hemorrágico. É preciso verificar o dorso e identificar o foco da hemorragia para realizar sua contenção. É muito importante impedir que o indivíduo continue perdendo sangue durante o atendimento. Nessa etapa são observados o nível de consciência, a coloração da pele, a frequência e a amplitude do pulso, a perfusão periférica, a pressão arterial e do pulso e observar se há sudorese. Já no Brasil, as UTIs foram estabelecidas no início do ano de 1960, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Contudo, existiram muitos outros personagens que vieram a contribuir com o avanço e desenvolvimento das UTIs pelo mundo inteiro, porém não é possível encontrar todos esses dados por falta de registros históricos. Resolução Nº 7 Em 2010 até 2013 foi criada a RDC número 07, com o objetivo de determinar padrões mínimos para o funcionamento das Unidades de Terapia Intensiva, visando à redução de riscos aos pacientes, visitantes, profissionais e meio ambiente. É aplicada a todas as UTIs gerais do país, sejam públicas, privadas ou filantrópicas; civis ou militares. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 15 Humanização A humanização é a valorização do indivíduo, seja ele trabalhador, usuário ou gestor do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o conceito dado pelo SUS, a humanização pode ser definida como uma aposta ético-estético-política. Tem caráter ético uma vez que envolve atitude de gestores, profissionais e usuários, que devem ser responsáveis e comprometidos. Possui caráter estético pois está ligada ao processo de produção de saúde, com importância tanto de sujeitos anônimos, quanto de protagonistas. E possui caráter político porque está associada às práticas de atenção e gestão do SUS. Política Nacional de Humanização Em 2003 o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Humanização, que atua sobre as demais políticas públicas do SUS, traçando três princípios principais. Inseparabilidade entre gestão e atenção aos processos de produção de saúde; Transversalidade; Autonomia e protagonismo dos sujeitos. É uma política constituída envolvendo tanto o governo federal, como estados e municípios. Para aplicar a política nacional de humanização de forma efetiva, é necessária a ação dos sujeitos ligados à saúde, se reconhecendo como participantes e corresponsáveis dos processos, buscando garantir a universalidade de acesso, o cuidado integral e a equidade no atendimento. O objetivo da Política Nacional de Humanização é promover: Menor tempo de atendimento; Ampliação do acesso; Implementação do modelo de atenção com responsabilização e vínculo; Respeito aos direitos dos usuários; Valorização do trabalho em saúde; Gestão participativa. Como valorizar usuários, profissionais e gestores Com esse objetivo, existe a rede HumanizaSUS, que aposta na valorização do SUS e em princípios de inovação e melhor atendimento. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 16 Diretrizes do HumanizaSUS É importante que o profissional que trabalha ou que pretende trabalhar com o SUS saiba as diretrizes que norteiam o HumanizaSUS. 1 – Acolhimento Com a escuta adequada, o usuário pode ser encaminhado ou a ele oferecido o melhor atendimento em virtude de suas necessidades, garantindo acesso em situações de prioridades, vulnerabilidades e risco. 2 – Gestão Participativa E Cogestão Significa incluir novos membros nos processos de análise e gerenciamento, garantindo aprendizado coletivo. Pode ser aplicadocom a organização de rodas, para melhor entendimento dos problemas e buscar soluções para efetivamente resolver questões. É importante que seja estabelecido tanto grupos e acordos entre trabalhadores, usuários e gestores, como também de usuários e familiares no cotidiano das unidades de saúde. 3 – Ambiência Utilização de recursos que permitem a ampliação do diagnóstico, considerando a singularidade do sujeito, bem como a complexidade do processo saúde/doença. 4 – Valorização do trabalhador Considerar o diálogo e a inclusão do trabalhador nos processos de tomada de decisão, garantindo também a participação do trabalhador nos processos de gestão. 5 – Defesa dos direitos dos usuários Usuários do sistema de saúde possuem direitos garantidos por lei, que incluem a atenção e cuidado, assim como a informação sobre seu estado de saúde e aspectos que devem ser cumpridos, da recepção até sua alta. Humanização e Enfermagem No caso da enfermagem, os princípios que regem a humanização devem fazer parte do seu cotidiano, independentemente do seu local de trabalho. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 17 Dessa forma, alguns princípios podem ser sempre seguidos pela equipe de enfermagem: Não generalize o cuidado: cada indivíduo é único e possui necessidades únicas; Acompanhe o paciente em sua jornada, desde o início até o fim; Converse com o paciente olhando nos olhos; Escute o que o paciente tem a dizer; Mantenha sempre os valores pessoais de empatia, respeito e cordialidade. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 18 Direitos e deveres do paciente Os pacientes devem estar sempre cientes que possuem direitos e deveres, os quais devem ser sempre seguidos. É importante que o paciente saiba quais são seus direitos e deveres, bem como a Instituição de Saúde deverá sempre expor quais são esses direitos e deveres, para que o atendimento seja a contento. O profissional que lida com Saúde deve ter total ciência de quais são os direitos e deveres dos pacientes, agindo dentro das normas do local onde trabalha, bem como sendo orientado pelas políticas nacionais de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Direitos do paciente 1 – Todo paciente deve ser identificado pelo nome e sobrenome, ou nome social, mas nunca pelo nome de sua patologia ou por apelidos ou formas impróprias. A identificação deve ser sempre livre de preconceitos de raça, etnia, estado civil, sexo ou idade. Deve também ter sempre sua data de nascimento confirmada pela equipe de saúde; 2 – Toda pessoa merece um atendimento cordial, humanizado, em ambiente limpo e acolhedor. 3 – O paciente tem direito a informações claras sobre o seu estado de saúde, bem como ações diagnósticas e terapêuticas, bem como a duração do tratamento. O paciente também pode recusar procedimentos diagnósticos e terapêuticos como parte do tratamento; 4 – O paciente deve receber todas as informações sobre as medicações que lhe serão administradas, bem como do sangue e hemoderivados, em caso de transfusão, recebendo as informações sobre sorologia e validade; 5 – É assegurado ao paciente o direito à privacidade e essa privacidade deve ser sempre resguardada pelos profissionais da área da saúde que o (a) atendem; 6 – Para o paciente com mais de 60 anos, é assegurado o direito a um acompanhante durante o período de internação integral. No caso das crianças, Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 19 também há o direito de um acompanhante, preferencialmente o responsável legal; 7 – Devem ser respeitadas as crenças religiosas e espirituais dos pacientes, podendo receber ou recusar assistência psicológica, moral, social ou religiosa; 8 – Deve haver um canal para que o paciente possa se expressar e ser ouvido, tal como uma ouvidoria e a qual deve ouvir e dar uma resposta ao paciente sobre seus questionamentos ou reclamações. Deveres do paciente 1 – Informações acuradas, precisas e verdadeiras devem ser sempre fornecidas pelo paciente ou por seu representante legal, quando questionado sobre seu histórico de saúde, doenças prévias ou medicamentos que faz uso pelo profissional da área da Saúde; 2 – Mudanças inesperadas devem ser comunicadas pelo paciente à equipe de saúde; 3 – A confirmação do entendimento dos procedimentos bem como da conduta terapêutica deve ser sempre realizada pelo paciente; 4 – O paciente torna-se responsável pelas consequências da recusa ao tratamento; 5 – Sempre deve haver respeito do paciente com a equipe de saúde e funcionários da instituição de saúde na qual ele se trata, bem como com demais pacientes; 6 – Em casos de tratamentos particulares, o paciente deve informar ao hospital o responsável financeiro pelo tratamento; 7 – Nem acompanhantes nem o próprio paciente devem manipular equipamentos utilizados durante o tratamento; Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 20 8 – O paciente deve participar ativamente do plano de tratamento até sua alta hospitalar ou indicar quem possa fazê-la; 9 – Não se deve fumar nas dependências da unidade de saúde, valendo a regra para o paciente e para acompanhantes. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 21 Materiais de box Caneta esferográfica azul; Caneta permanente; Tesoura; Termômetro digital; Cortador de comprimidos; Garrote; Fita métrica; Caixa de luvas de procedimentos tamanhos P, M e G; Aparelho de HGT; Lanceta de HGT; Tiras de HGT; Álcool sachê; Pacotes de gaze; Eletrodos; Esparadrapo; Micropore tamanhos P, M e G; Bandeja; Seringas de 1 ml, 3 ml, 5 ml e 10 ml; Agulhas 40x12; Dânula (torneirinha); Luva plástica; Ambu; Álcool 70%; Clorexidina degermante; Traqueias; Ventilador mecânico; Cateter nasal; Óculos nasal; Extensor de oxigênio; Sonda de aspiração; Extensor de aspiração; Monitor de sinais vitais; Bomba de infusão para medicação; Bomba de infusão para dieta; Caixa de perfuro cortantes; Dispenser de álcool; Suporte para soro; Cabo de oximetria; Cabo de ECG; Estetoscópio e esfigmomanômetro; Kit de higiene (cuba rim, bacia, jarra, papagaio e comadre); Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 22 Gases medicinais (ar comprimido, vácuo e oxigênio); Frasco com graduação. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 23 Carrinho de Emergência Parte externa Ambú com máscara Estetoscópio Cardioversor Gel para eletrodo Eletrodo Protetor facial Caixa de perfuro cortante Relógio Chave de elevador Parte superior Cabo p/ laringoscópio Lâmina p/ laringoscópio curva nº 3 Lâmina p/ laringoscópio curva nº 4 Lâmina p/ laringoscópio curva nº 5 Cabo p/ laringoscópio - para lâmina 5 Lâmina p/ laringoscópio reta nº 3 Lâmina p/ laringoscópio reta nº 4 Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 24 Cadarço para fixação TOT Pinça Maguil Guia de entubação adulto Xilocaína 2% 30G gel Caixa de luva proced. latex n/ est. P Caixa de luva proced. latex n/ est.M Caixa de luva proced. latex n/ est. G T de Ayre Cânula de Guedel Nº 4 Pilha média (reserva) Seringa s/ agulha de 20 ML Pilha média (2 em cada cabo de laringoscópio 1° gaveta: medicamentos Epinefrina (Adrenalina) (1MG/ML) 1ML INJ Amiodarona (50MG/ML) 3ML INJ Água Destilada 10 ML INJ Bicarbonato de Sódio 8,4% - 10ML INJ Atropina (0,5MG/ML) 1ML INJ Glicose Hipertônica 50% 10ML INJ Adenosina 2ML (3MG/ML) INJ Salbutamol (0,5MG/ML) 1ML INJ Norepinefrina (1MG/ML) 4ML INJ Sulfato de Magnésio 50% 10ML INJ Deslanosideo (0,2MG/ML) 2ML INJ Metilprednisolona 125MG INJ Dopamina (5MG/ML) 10ML INJ Furosemida (10MG/ML) 2ML INJ Nitroprussiato de Sódio (25MG/ML) 2ML INJ Gluconato de Calcio 10% 10ML INJ Propatilnitrato (Sustrate) 10MG CP Lidocaina 2% (20MG/ML) 20ML INJ S/VASO Clor. de suxametônio (Succinilcolina) 20MG/ML 5ML INJ 2° gaveta Tesoura Cateter Insyte c/disp. segur. 14G Cateter Insyte s/disp. segur. 14G Cateter Insyte c/disp. segur. 18G Cateter Insyte c/disp. segur. 20G Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 25 Cateter Insyte c/disp. segur. 22G Álcool 70° sachê Protetor de conexão (em copo 200ML) Fita Micropore Hipoal 10MX12,5MM (P) Fita Micropore Hipoal 10MX25MM (M) Fita Micropore Hipoal 10MX50MM (G) Distribuidor 3 vias uma torneira (Dânula) Cloreto de Sódio 0,9% 250ML Equipo intrafix Gaze hidrófila estéril 7,5CMx7,5CM Clorexidina Alcoólica 0,5% 100ML Solução salina 0,9% 3ML Garrote Caixa de psicotrópicos Midazolam (5MG/ML) 3ML INJ Fentanila (0,05MG/ML) 10ML INJ Morfina (10MG/ML) 1ML INJ Etomidato (2MG/ML) 10 ML INJ 3° gaveta Cabo jacaré Equipo com bureta Microfix Equipo intrafix Equipo macrog. BI Colleague Equipo fotosenssivel bomba de infusão Extensor Extensorfix 60cm Kit Introdutor Valvulado 6FRX11CM Fio de marcapasso nº 5 Gerador de marcapasso Bateria para gerador de marcapasso KIT punção subclávia Lâmina p/ bisturi nº11 Cateter venoso central duplo lúmen Cloreto de sódio 0,9% 100ML Fio seda 2.0 Seringa s/ agulha 10ML Seringa s/ agulha 20ML Conjunto escova - esponja Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 26 Agulha c/ disp. Segurança 0,3MMx13MM Lidocaína 1% sem vaso 20ML INJ Sist. Transfer. Transofix 4° gaveta Sonda gástrica nº 18 Frasco coletor sistema aberto Urofix Touca descartável Máscara descartável Luva cirúrgica estéril 7 Luva cirúrgica estéril 7,5 Luva cirúrgica estéril 8,0 Cateter venoso central mono lúmen Tubo Endotraqueal 6,0 c/ balão Tubo Endotraqueal 6,5 c/ balão Tubo Endotraqueal 7,0 c/ balão Tubo Endotraqueal 7,5 c/ balão Tubo Endotraqueal 8,0 c/ balão Tubo Endotraqueal 8,5 c/ balão Tubo Endotraqueal 9,0 c/ balão Tubo Endotraqueal 9,5 c/ balão Cânula endotraqueal 7,0 c/ balão KIT Cricotirotomia C/ Cuff 5mm Cloreto de sódio 0,9% 250ML Cloreto de sódio 0,9% 500ML Cloreto de sódio 0,9% 1000ML Soro Glicosado 5% 250ML Eletrodo de Marcapasso Externo Máscara de Laringe nª 04 Máscara de Laringe nª 05 Gavetas laterais 1ª GAVETA LATERAL ESQUERDA – seringas Seringa s/ agulha 20ML Seringa s/ agulha 10ML Seringa s/ agulha 5ML 2ª GAVETA LATERAL ESQUERDA- seringas e agulhas Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 27 Agulha 1,2MM X 40MM Agulha 7MM X 25MM Distribuidor 3 vias 1 torneira (Dânula) 3ª GAVETA LATERAL ESQUERDA Sondas p/ aspiração traqueal n.10 Sondas p/ aspiração traqueal n.12 Extensor Aspir. Dren. Transparente 2M Luvas de aspiração Extensão Oxigênio Verde 2M FRENTE Torpedo de Oxigênio > 100L Tábua de parada Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 28 Ventilação Mecânica A ventilação mecânica é uma técnica de suporte para pacientes internados com dificuldades respiratórias, no caso de insuficiência respiratória aguda ou para suporte intra e pós-operatório. Essa técnica é bastante necessária e apresenta diversos benefícios para o paciente que a necessita, tais como: 1 – Promove equilíbrio ácido básico O pH do sangue em equilíbrio tem valores entre 7,3 e 7,45. Esses valores são influenciados pela quantidade de bicarbonato e pelos níveis de CO 2 no sangue, tendo uma relação diretamente e inversamente proporcional com o pH, respectivamente. Quando há elevação do CO 2 no sangue, há a ocorrência da chamada acidose respiratória. A diminuição excessiva leva à alcalose respiratória. Já quando o pH se torna ácido, temos a condição chamada acidose metabólica e quando se torna alcalino, alcalose metabólica. O organismo sempre trabalha com feedback negativo, ou seja, essas condições podem ser compensadas, levando ao reequilíbrio ácido básico. 2 – Correção da hipoxemia Outro benefício da ventilação mecânica é a correção da hipoxemia, que significa a correção da diminuição da oxigenação no organismo. O valor mínimo que pode ser ajustado é equivalente à porcentagem do oxigênio no ambiente, ou seja, em torno de 21% e o valor máximo, 100%. É importante lembrar que pacientes com doenças crônicas que cursam com queda de saturação já convivem com hipoxemia e uma alteração, na tentativa de correção, pode piorar o quadro do paciente. Modos ventilatórios Existem basicamente duas formas de se ventilar um paciente. Essas duas formas devem ser escolhidas conforme haja contração (ou não) da musculatura respiratória e estímulo neurológico que promove tal contração. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 29 Assisto-controlado: o ventilador mecânico substitui completamente a respiração do paciente, sem deixar de permitir que o paciente participe da respiração caso isso seja restabelecido. Espontâneo: a frequência respiratória é determinada pelo próprio paciente, fornecendo pressões positivas que auxiliam o paciente na oxigenação e na ventilação. 1 – Ventilação Controlada A Pressão Essa modalidade de método assisto-controlado é limitada à pressão inspiratória, ajustada no tempo respiratório, que determina o final da inspiração e início da expiração, apresentando vantagens e desvantagens. Sua principal vantagem é que ela evita barotrauma. Por outro lado, a desvantagem é que não garante o volume corrente adequado às necessidades do paciente. 2 – Ventilação Controlada A Volume Modalidade limitada ao fluxo e ciclada ao volume corrente. Sua principal vantagem é que ela garante o volume correto às necessidades do paciente. Porém, essa modalidade apresenta como desvantagem maior risco de barotrauma. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 30 CIPAP e BIPAP CPAP é um aparelho cuja sigla, em inglês, é Continuous Positive Airway Pressure, ou seja, pressão contínua positiva nas vias aéreas. Além da apneia do sono, o CPAP é um dispositivo também utilizado para o tratamento de outras doenças pulmonares e distúrbios respiratórios. O CPAP é um aparelho extremamente importante, pois permite melhorar a qualidade de vida de pessoas que apresentam distúrbios respiratórios, uma vez que pode ser usado não só durante o período do sono, mas também durante uma atividade física, para melhora do condicionamento. Como funciona o CPAP O CPAP se constituide uma caixa, onde é feita a regulação, um tubo de ar que sai dessa caixa e uma máscara. Existem diferentes tipos de máscara e a escolha do equipamento ideal deve ser feita com o fisioterapeuta respiratório. A grande maioria dos CPAPs presentes no mercado geram um fluxo de 4 a 20 cmH2O, sendo diferenciados em relação a pressão do ar, mas também do conforto ao respirar e capacidade de gerar dados para o acompanhamento médico. Podemos dividir os tipos de CPAPs existentes no mercado em três grandes grupos: CPAP básico: é o modelo mais simples e também mais barato e vem com recursos básicos como medidor de horas de uso, por exemplo. CPAP com alívio de pressão expiratória: é um modelo mais sofisticado, gerando mais conforto ao paciente. Esse modelo de CPAP consegue identificar o momento exato que o paciente expira, sendo ajustado em três níveis, para que o fluxo seja reduzido e o paciente consiga expirar com maior facilidade. CPAP automático: pode ser encontrado no mercado pelo nome APAP ou Auto-CPAP. Possui um ajuste do fluxo de ar tanto para inspiração quanto para expiração, baseando-se nas necessidades individuais de cada paciente. Além disso, vem com cartão de dados. É importante salientar que a quantidade máxima de pressão que o CPAP consegue fornecer é no máximo até 20 cmH2O. De fato, para pacientes que necessitem de pressões maiores, o CPAP não é a melhor escolha. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 31 Indicações de CPAP Tratamento de apneia em indivíduos saudáveis (sem outras doenças pulmonares); Apneia do sono obstrutiva moderada. O que é BIPAP O BIPAP é um aparelho cuja sigla em inglês é Bilevel Positive Airway Pressure, ou seja, é um aparelho binível, que permite a configuração de dois níveis diferentes de pressão, um para inspiração e outro para expiração. No mercado, encontramos modelos com pressão fixa e modelos nos quais há ajuste automático da pressão. Indicações de BIPAP Dificuldades na adaptação com CPAP; Apneia do sono; Necessidade de maior pressão; Doenças pulmonares com insuficiência respiratória; Insuficiência cardíaca; Doenças neuromusculares, como esclerose lateral amiotrófica. Diferença entre CPAP e BIPAP A principal diferença é que o BIPAP permite ajustar uma pressão para inspirar e outra para expirar, mas essa diferença só é notada quando a pressão necessária for acima do valor que o CPAP permite. Portanto, em casos leves de apneia do sono, o CPAP é indicado. Porém em casos de fluxos de ar mais elevados, o BIPAP é a melhor indicação. É importante mencionar que para a melhor indicação, é necessário realizar um exame de polissonografia do sono, no caso da apneia, para se ter um diagnóstico bem preciso da situação do paciente em si. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 32 Técnica Correta de Higiene das Mãos Abrir a torneira, molhar as mãos com cuidado para não encostar na pia; Aplicar sabão na palma da mão, com uma quantidade suficiente para higienizar todas as superfícies; Fazer movimentos de fricção com as palmas das mãos; Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, com os dedos entrelaçados e vice-versa; Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais; Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 33 Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos com movimentos de vai-e-vem, e vice-versa; Esfregar o polegar esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, com movimentos circulares e vice-versa; Friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fechada em concha, com movimentos circulares e vice-versa; Esfregar o punho esquerdo com a palma da mão direita, com movimentos circulares e vice-versa; Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 34 Enxague as mãos, retirando os resíduos de sabão, no sentido dos dedos para os punhos. Evite contato direto das mãos ensaboadas com a torneira; Secar as mãos com papel-toalha descartável, começando pelas mãos e seguindo pelos punhos. Descarte o papel-toalha no lixo comum. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 35 5 Momentos de Higiene das Mãos 1. Antes do contato com o paciente; 2. Antes de realizar procedimento asséptico; 3. Após risco de exposição a fluidos corporais; 4. Após contato com o paciente; 5. Após contato com áreas próximas ao paciente. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 36 6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente 1. Identificação do paciente - Essa etapa inicia no momento da admissão do paciente. - É colocada uma pulseira de cor branca no membro superior esquerdo, com nome completo e data de nascimento. 2. Comunicação efetiva - É de extrema importância que as informações sejam completas e claras. - Devemos ouvir atentamente, anotar e repetir, para garantir a efetividade da comunicação. - Precisamos registrar em prontuário todas as informações necessárias. 3. Uso de medicamentos Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 37 - Essa meta se refere aos medicamentos de alta vigilância, com o objetivo de melhorar a segurança dos mesmos. - Está relacionado ao seu armazenamento, movimentação e utilização. - Devemos ter muita atenção, pois alguns desses medicamentos possuem o nome, a grafia e aparência semelhantes. 4. Cirurgia segura - Os profissionais envolvidos devem garantir o local correto, o procedimento correto e a cirurgia no paciente correto. - É de extrema importância que o check-list cirúrgico ou time out seja preenchido adequadamente, garantindo assim a segurança do paciente. 5. Higiene das mãos - Tem o objetivo de reduzir o risco de infecção associado à assistência. - Todos os profissionais de saúde devem seguir os 5 momentos de higiene das mãos, para que o cuidado seja realizado da forma mais adequada. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 38 6. Risco de queda - Essa meta se refere aos pacientes que possuem riscos de queda. - Para essa avaliação, existe a escala de Morse, que possui 6 critérios de avaliação para risco de queda. - Possui a classificação de: risco baixo, médio e alto. - Pacientes que possuem risco de queda devem ser identificados com pulseiras, sendo: amarela para (risco baixo) e laranja para (risco médio e alto), além de fazer o registro em prontuário. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 39 Imprudência, Negligência e Imperícia Imprudência: ação realizada de forma precipitada, sem o devido cuidado. Sabe o que deve ser feito, porém não o faz. Exemplo: o profissional da enfermagem conhece a técnica de higiene das mãos, porém não realiza todas as etapas, causando contaminação durante a assistência. Negligência: deixar de fazer o que deveria ser feito. Omissão voluntária. Exemplo: o profissional da enfermagem deve realizar a leitura detalhada da prescrição médica, seguindo a primeira meta internacional de segurança do paciente: "identificaçãocorreta", porém não o faz, causando erro na administração dos medicamentos com danos irreversíveis à saúde do paciente. Imperícia: realização de procedimento técnico sem ter aptidão. Executar uma tarefa na qual não possui qualificação técnica. Exemplo 1: um técnico de enfermagem que realiza a passagem de sonda vesical de demora no paciente, sem possuir habilidades técnicas e qualificação pra isso. (função do enfermeiro).Exemplo 2: um enfermeiro que realiza a passagem de cateter venoso central no paciente, sem possuir conhecimento técnico pra isso. (função do médico). Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 40 Precauções e Isolamentos Precaução padrão Medidas aplicadas no atendimento de todos os pacientes, independente do diagnóstico. Indicação É indicado em casos onde ocorre contato com: Sangue; Pele não íntegra; Mucosas; Fluídos corporais, secreções e excreções. Conduta Realizar higiene das mãos; Usar luvas de procedimento; Fazer uso de avental; Uso de máscara; Usar óculos; Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 41 Uso de caixa de perfuro cortante. Precaução de contato Está relacionado ao contato direto ou indireto com pessoas, superfícies, artigos e equipamentos. Indicação Então, essa precaução é indicada em casos onde ocorre contato com: Bactérias multirresistentes; Escabiose; Diarreia; Pediculose. Conduta Realizar higiene das mãos; Usar luvas de procedimento; Fazer uso de avental; Uso de quarto privativo. Precaução de aerossóis Os aerossóis são partículas com diâmetro menos que 5 µm. Permanecem suspensas no ar e podem atingir longas distâncias. São encontradas em secreções oral e nasal e correntes de ar. Indicação É indicado em casos onde ocorre contato com: Tuberculose; Sarampo; Varicela. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 42 Conduta Realizar higiene das mãos; O profissional de saúde deve usar máscara PFF2 (N-95); O paciente deve usar máscara cirúrgica durante o transporte; Uso de quarto privativo. Precaução de gotículas As gotículas são partículas com diâmetro maior que 5 µm. Permanecem próximas ao paciente, até 1 metro de distância. São encontradas em espirros, tosse, fala e aspirações de vias aéreas. Indicação É indicado em casos onde ocorre contato com: Meningite; Coqueluche; Influenza; Difteria; Rubéola. Conduta Realizar higiene das mãos; O profissional de saúde deve usar máscara cirúrgica; O paciente deve usar máscara cirúrgica durante o transporte; Uso de quarto privativo. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 43 Equipamentos de Proteção Individual Segundo a Norma Regulamentadora N°6 do Ministério do Trabalho e do Emprego, são Equipamentos de Proteção Individual (EPI) todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Luva de procedimento Existem diversos tipos, como por exemplo: * Látex: material de borracha natural. Podem ser encontrados com talco ou sem talco. * Nitrílica: material de borracha resistente ao óleo, algumas gorduras animais e vegetais e água quente por períodos curtos. * Vinil: um tipo de plástico. Podem ser encontrados com talco ou sem talco. Máscara cirúrgica Função de proteção respiratória e de riscos biológicos. Óculos Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 44 Protege os olhos durante a exposição à radiação, impactos e agentes químicos e biológicos. Touca Protege contra partículas e impede a queda de cabelo durante o trabalho. Avental Cria uma barreira contra substâncias e deve ser sempre descartável. Sapato Cria uma barreira contra materiais perfurocortantes. Deve ser seguido as normas da NR-32. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 45 Como realizar uma anotação de enfermagem A anotação de enfermagem é um registro que fica salvo no prontuário do paciente, é nele que escrevemos tudo que acontece com o mesmo no dia a dia. Deve-se seguir uma ordem, que chamamos de “céfalo-caudal” (da cabeça aos pés), veja a seguir: • Nível de consciência; • Estado mental; • Vias aéreas; • Dietoterapia; • Uso de cateter, sondas, drenos, curativos; • Estado dos membros superiores e inferiores; • Eliminações fisiológicas. Diferença de Anotação e Evolução de Enfermagem Anotação de enfermagem A anotação de enfermagem trata-se de um registro pontual, que visa garantir o registro da situação em que o paciente se encontra naquele momento, dos procedimentos de enfermagem realizados ou não realizados e das observações feitas. A anotação de enfermagem pode ser realizada pelo enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 46 Evolução de enfermagem Já a evolução de enfermagem, trata-se do registro da evolução do paciente nas últimas 24 horas, sendo esta realizada exclusivamente pelo enfermeiro, uma vez que dependem de conhecimento técnico-científico e raciocínio clínico para reflexão, análise e contextualização dos dados coletados, características estas que não são exigidas para a formação do profissional de enfermagem, de nível técnico. De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), as anotação de enfermagem deve ser: Em ordem cronológica; Precedidas de data e hora, completas, concisas e legíveis; Sem rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços; Efetuadas imediatamente após a prestação do cuidado; Identificadas com a assinatura do profissional e carimbo. O uso do carimbo profissional é obrigatório, de acordo com o artigo 5º da Resolução Cofen 545/2017 e, em caso de inobservância, o profissional infrator estará sujeito às normas contidas no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Veja a seguir alguns exemplos de anotações de enfermagem: 7:00 Recebo paciente no leito, em decúbito dorsal, acordado, lúcido, orientado em tempo e espaço, eupneico em ar ambiente, corado, dieta branda via oral com boa aceitação, acesso venoso periférico do dia 23/04 às 15 horas n° 22 em membro superior direito salinizado, sem sinais flogísticos, deambula com auxílio de bengala, sonda vesical de demora com diurese amarela clara e sem grumos na extensão, última evacuação no dia 20/04. Extremidades aquecidas e perfundidas. Sem queixas. Sinais vitais: PA 130X70 mmHg, FC 98 bpm, FR 19 mpm, TAX 36,6 °C, Sat 98%, Dor 0. 7:30 Realizada coleta laboratorial de rotina. 8:00 Administro medicação do item 5 da prescrição médica por via oral. 8:30 Aceitando bem dieta via oral. 10:00 Realizado banho de aspersão + tricotomia facial + higiene oral 11:00 Realizo HGT (110) e instalo medicação do item 2 da prescrição médica em acesso venoso periférico. 12:00 Esvazio SVD (530 ml). 13:00 Realizo passagem de plantão. ------------------------------------ Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 47 13:00 Recebo paciente no leito, em decúbito dorsal, cabeceira 30°C, sedado, RASS -4 ventilando por tubo orotraqueal n° 8, comissura labial 22 cm, em ventilação mecânica,modo controlado, FiO2 50%, PEEP 06, Sat 95%, hipocorado, dietoterapia por SNE à 45 ml/h em BI, cateter venoso central duplo lúmen do dia 28/05 às 06 horas em jugular direita, curativo limpo e seco externamente, infundindo fentanil 20ml/h e midazolan 10ml/h em via proximal, via distal com infusão de SF0,9% 10ml/h e noradrenalina 5ml/h em BI, contenção mecânica em MsSs, SVD com diurese amarela escura e uso de fralda, última evacuação no dia 30/04, botas de retorno venoso. Extremidades aquecidas e perfundidas. Sinais vitais: PA 90X60 mmHg, FC 115 bpm, FR 35 mpm, TAX 36,8 °C, Sat 95%. 13:30 Infusão de midazolan baixa para 5ml/h conforme orientação médica. 14:00 Administro medicação do item 1, 5 e 6 da prescrição médica por via enteral. Realizo alívio de pressão com uso de coxins. 14:30 Realizado banho de leito com clorexidina degermante + tricotomia facial. 15:00 Realizada higiene oral com clorexidina + troca da fixação do tubo e troco fixação da SNE. 16:00 Realizo HGT (206), comunico enfermeira. Instalo medicação do item 2 da prescrição médica em cateter venoso central em via proximal. 16:10 Administro 10 UI de insulina regular SC em região abdominal conforme orientação médica. 16:40 Realizo HGT (160). 17:00 Administro medicação do item 22 da prescrição médica por via enteral. 17:30 Paciente realiza RX de tórax no leito. 18:00 Realizo balanço hídrico parcial. 19:00 Realizo passagem de plantão. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 48 Passagem de Plantão A Passagem de Plantão é um mecanismo utilizado pela Enfermagem para assegurar a continuidade da assistência prestada. Durante a Passagem de Plantão ocorre a comunicação e a troca de informações entre o profissional que está concluindo e o profissional que está iniciando seu turno de trabalho. São abordados os seguintes assuntos: 1- O estado geral do paciente; 2- Quais foram os procedimentos realizados; 3- Se houve alguma intercorrência e qual foi a conduta tomada; 4- Se existe alguma pendência; 5- Se o paciente está recebendo alguma medicação contínua; 6- Se ele possui algum dreno ou sonda e qual é a situação dos mesmos; 7- Se o paciente possui algum tipo de curativo; 8- Qual tratamento está sendo feito para tratar essa lesão; 9- Se houve alguma alteração na prescrição médica. ATENÇÃO: Todas as informações devem ser feitas de forma clara e objetiva. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 49 Transporte de Paciente intra-hospitalar É a transferência do paciente de um local a outro dentro das dependências de um hospital, usando maca ou cadeira de rodas. Cuidados gerais O transporte deve ser realizado com muito cuidado; A movimentação mal feita pode provocar lesões; Deve-se agir com rapidez e segurança; Observar constantemente o estado geral do paciente; Movimentos suaves diminui vibrações, dor e desconforto; Não mova local fraturado ou com suspeita de fratura. Transporte com maca Conduzir a maca pelo corredor com o paciente olhando para frente; Ao entrar no elevador, nivelar o mesmo e travar a porta; Entrar primeiro com a cabeceira da maca; Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 50 Transportar a maca com grades elevadas; Transportar o paciente sempre com lençol ou cobertor. Transporte com cadeira de rodas Descer rampas com a cadeira de ré; Subir rampas com o paciente olhando para frente; Entrar no elevador com a cadeira de ré, pois ao sair já estará na posição correta. Cuidados específicos Paciente com soro Cuidado para não obstruir o cateter; Manter o soro na altura adequada para manter o gotejo; Não tracionar equipo; Se houver formação de soroma (infiltração de soro no tecido subcutâneo), interromper o gotejamento; Caso haja desconexão do cateter, procurar posto de enfermagem mais próximo. Paciente com sonda vesical de demora Verificar se a sonda está corretamente fixada; Manter a bolsa coletora sempre em nível abaixo do paciente, para evitar retorno de urina à bexiga. Paciente com dreno de tórax Pinçar o dreno e o prolongamento com 2 pinças próprias; O frasco só poderá ser elevado acima do nível do tórax do paciente quando o dreno e o prolongamento estiverem pinçados; Cuidado para não tracionar o dreno; Coloque o frasco entre os pés em transporte de cadeira. Em caso de maca, colocar entre os membros inferiores; Retirar as pinças imediatamente após a chegada do paciente ao destino, observando que o frasco esteja em nível mais baixo que o tórax do paciente. Paciente com tubo endotraqueal Transportar sempre com cilindro de oxigênio e ambu; O enfermeiro deve acompanhar o transporte; Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 51 Cuidado para não tracionar o tubo; Se o paciente também estiver com sonda nasogástrica e apresentar náuseas ou sinal de refluxo, abrir imediatamente a sonda. Pacientes agitados e confusos Transportar sempre em maca com grades elevadas; Utilizar contenção mecânica se necessário; Restringir o paciente se necessário. Pacientes anestesiados Transportar sempre em maca com grades elevadas; Não movimentar muito o paciente, isso provoca vômitos. Nestes casos, lateralizar a cabeça do paciente, para evitar aspiração. Se o paciente estiver com sonda nasogástrica, deverá ser mantida aberta. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 52 Monitorização Hemodinâmica Monitorização Hemodinâmica Invasiva e Não Invasiva Os sinais vitais de um indivíduo são o indicativo de sua condição hemodinâmica. Quando se trata de pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI), a monitorização dessa condição é fundamental e deve ser feita de maneira precisa e adequada. A monitorização hemodinâmica pode ser realizada de duas formas: invasiva e não invasiva. De maneira geral, embora a monitorização invasiva permita sinais mais precisos da condição do paciente, ela também pode levar a um maior risco de problemas, tais como infecção. Dessa forma, a monitorização hemodinâmica não invasiva deve ser sempre preferida assim que o estado do paciente permitir. Monitorização Hemodinâmica Não-Invasiva A observação rigorosa dos parâmetros vitais na monitorização não-invasiva permite uma análise excelente do paciente, permitindo intervenções rápidas e eficientes. Licensed to Ana Cláudia da Silva Lima de Lira - analira21@yahoo.com.br - HP00716065837371 UTI GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE 53 São considerados parâmetros importantes: temperatura corporal, pulso, pressão arterial, respiração, eletrocardiograma, oximetria de pulso e monitorização cardíaca. 1 – Temperatura Corporal Sob condições normais, a temperatura produzida internamente no organismo pelo metabolismo é balanceada pela perda de calor pela pele, sendo mantida internamente a 37°C. Porém, alguns fatores podem causar alteração dessa temperatura. Um deles é a idade do paciente. Pacientes idosos, em ambientes frios, podem ter a temperatura de 35°C. Por outro lado, recém-nascidos podem ter variação na temperatura de 35,5°C a 37,5°C. Mulheres também podem apresentar variação da temperatura mais frequentemente do que homens. O próprio ritmo circadiano durante o dia faz a temperatura se alterar no decorrer do dia. Além disso, a prática de exercícios também altera a temperatura do corpo, bem como a ingestão de líquidos quentes e
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