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HIGIENE BUCAL EM ODONTOPEDIATRIA O QUE VOCÊ PRECISA SABER? Profª Lygia Rostoldo Macedo O que será abordado? Técnicas de Escovação sequência de escovação evidenciadores Escovas Dentais Escova Elétrica Escova Interproximal 2 Escova Unitufo/Bitufo Dentifrícios Fluoretados Hidroterapia Fio Dental Enxaguantes Bucais Recomendações Específicas INTRODUÇÃO ODONTOLOGIA – Prevenção de doenças bucais: alto custo e dificuldades nos procedimentos curativos – crianças MODELO DE ATENÇÃO: Conceitos de Promoção de Saúde – Manutenção da saúde bucal – Bem estar e qualidade de vida ESTADO DE SAÚDE GERAL: Equilíbrio e bom funcionamento de todos os sistemas (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Criança: sem microorganismos na boca ao nascer – contaminação é rápida Saliva: Defesa muito eficaz!! Antes da erupção dos dentes – bactérias fixam-se em tecidos moles: lábios, língua, bochechas – células se renovam rapidamente, bactérias são deslocadas com elas pela saliva e não sobrevivem (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Erupção dos dentes: AUMENTO da chance de sobrevida das bactérias e de instalação Face lingual e vestibular: atrito constante durante a mastigação, fonação e deglutição – MENOR possibilidade de sobrevida – INSTALAÇÃO nos espaços mais protegidos: fissuras ou defeitos do esmalte, aderido à gengiva, entre os dentes, nas bordas das restaurações e coroas (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) No Brasil: Cárie dentária constitui um problema de saúde pública Último levantamento epidemiológico nacional: Presença considerável da doença – 2,3 dentes em crianças de 5 anos Ações de prevenção da doença são necessárias: - Remoção mecânica do Biofilme: ESCOVAÇÃO manual - Método mais acessível - Escova: Instrumento de autocuidado simples, baixo custo e eficaz 6 (GARBIN et al., 2012) BIOFILME DENTAL Formação da película adquirida: camada protéica acelular, constituída de componentes da saliva e do fluido gengival, além de componentes bacterianos As bactérias começam a colonizar essa película de 2 a 4 horas após a escovação M-OS pioneiros crescem rapidamente, formando microcolônias embebidas em uma matriz extracelular composta por moléculas bacterianas do hospedeiro e da dieta Colonização por outras bactérias (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Fase 1 Fase 2 Fase 3 Formação do biofilme: Película de glicoproteína . Colonização inicial: aeróbios (Gram +) anaeróbios (Gram -) Maturação da placa: processo de co-agregação (MARINHO, 2007) BACTÉRIAS INSTALADAS – FORMAÇÃO DE AGLOMERADO – FORMAÇÃO CONTÍNUA REMOÇÃO DIÁRIA: PROCEDIMENTO BÁSICO NA PREVENÇÃO E CURA DE DOENÇAS BUCAIS RELACIONADAS A HIGIENE (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) PREVENÇÃO CÁRIE – Já esteve vinculada: - FLUORTERAPIA - ACONSELHAMENTO DIETÉTICO - CONTROLE DO BIOFILME Tratamento: Procedimentos Restauradores - ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS: FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS – Alto índice de prevalência e gravidade da cárie (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) CONTROLE MECÂNICO DO BIOFILME • Atua na prevenção e remoção; • Instrumentos: Escova; Fio dental; Escovas interproximais; Escovas elétricas; Escovas unitufo. 11 (GEBRAN, 2002) MOTIVAÇÃO DO PACIENTE/PAIS/RESPONSÁVEIS Escovação dental - Abordada sob diversos aspectos, como: técnicas, ensino, método de avaliação, motivação do paciente, colaboração dos pais e tipo de escovação MOTIVAÇÃO E EDUCAÇÃO do paciente e de seus responsáveis são fatores DETERMINANTES para o SUCESSO do tratamento!!! (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Em que idade as crianças devem começar escovar os dentes? O MAIS CEDO POSSÍVEL!!! Pais escovando os próprios dentes na presença dos filhos – DESPERTA CURIOSIDADE, em especial das crianças menores de 2 anos Posteriormente: criança ganhará sua escova para imita- los Quando a criança se adaptar a escova, os pais executarão a escovação com pequenos movimentos vibratórios Não realizar na área de hiperemia - característica de erupção dental (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Pereyra et al., ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL Cooperação do paciente RESISTÊNCIA ÀS DOENÇAS COOPERAÇÃO DOS PAIS E RESPONSÁVEIS (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) LEMBRETE: Instruções devem ser reforçadas ao longo do tratamento, NÃO devendo ser parte apenas da consulta inicial e final Trazer a escova em toda consulta! TREINO E HÁBITO (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) O QUE MOSTRAM AS PESQUISAS? ENSINO INICIAL E REFORÇO CONSTANTE = SUCESSO!!! ABANDONO DA PRÁTICA = ALTO ÍNDICE DE BIOFILME RESUMINDO: Paciente deve ser encorajado a participar ATIVAMENTE de programas de PREVENÇÃO e PROMOÇÃO da saúde A participação dos PAIS é imprescindível, pois sua supervisão é fundamental em idades precoces e seu apoio deve ser ESTIMULADO mesmo em crianças com idade mais avançada. (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) MÉTODO DE ENSINO| APRENDIZAGEM DA ESCOVAÇÃO Rotina SIMPLES – não esquecer DETALHES HÁBITO PRAZEROSO – recursos, disponibilidade e tempo gasto = possibilidade de melhores resultados Livros, ilustrações e slides Modelo: execução dos movimentos com a escova e posterior escovação dos dentes Feito pela própria criança em frente ao espelho (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO Inúmeras técnicas – passíveis de críticas e elogios O que IMPORTA NÃO é a técnica, e sim a EFICIÊNCIA da ESCOVAÇÃO na remoção do BIOFILME e na MASSAGEM DA GENGIVA – não lesando os tecidos moles Relatos: pacientes adaptaram- se à técnica e modificaram-na de acordo com sua destreza > BONS RESULTADOS! (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) QUAIS SÃO OS REQUISITOS PARA A TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO INDICADA? 1. Evitar ou eliminar totalmente o BIOFILME 2. Estender-se a maioria da população, semelhante a outras medidas de saúde pública 3. Não ter efeitos colaterais – retração gengival e abrasão das áreas cervicais 4. Prevenção e cura das atuais doenças bucais Técnicas de escovação podem apresentar FALHAS na remoção do BIOFILME: • Difícil aceitação e pouco domínio das técnicas • Dificuldade de compreensão e valorização da prevenção • Difícil substituição de hábitos inadequados de limpeza dental por procedimentos corretos ESCOLHA DA TÉCNICA: CONSIDERAR A IDADE, HABILIDADE, INTERESSE DO GRUPO FAMILIAR E DISPONIBILIDADE DE TEMPO Técnicas mais simples: CRIANÇAS DE POUCA IDADE, MENOS HABILIDOSAS E MENOS INTERESSADAS – O MESMO PARA OS PAIS! POSIÇÃO DE STARKEY – entender a posição para depois entender a técnica! Recomendada para criança em idade PRÉ-ESCOLAR E POUCA HABILIDADE MANUAL Fones ou Stillman modificada (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) TÉCNICA DE FONES Recomendada para crianças menos hábeis, menos interessadas ou, ainda, quando se tem pouco tempo para ensino Fácil execução – bem desenvolvida = boa higiene dental Boca fechada na fase de escovação da parte vestibular – facilidade e conforto! (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) TÉCNICA DE STILLMAN MODIFICADA Para crianças mais habilidosas e interessadas Mais eficiente que a técnica de fones Mais difícil aprendizado (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) TÉCNICA DE BASS Técnica bastante difícil Indicada em Odontopediatria apenas para pacientes portadores de aparelhos ortodônticos fixos (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) O que mostram os artigos... Acredita-se ser viável o ensino de ambas as técnicas propostas – a medida que a criança se desenvolve, em geral, esse aprendizado se torna mais fácil Fones tem se mostrado a técnica de mais fácil aprendizado se comparado com Stillmann modificada Aprendizado da técnica de fones também é mais rápido quando há pouco tempo disponível para o ensino – com mais tempo, Stillman é mais EFETIVA Gengivite: em ambas as técnicas foi observado 100% de regresso da doença (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) No estudo de Ferraz quanto e ficiência na remoção da placa bacteriana, as três técnicas determinaram MELHORA da higiene bucal – a de Fones foi superior a de Bass que foi superior a giratória Kon et al., pesquisando as diferentes técnicas concluíram que a COMBINAÇÃO de várias técnicas poderia ser utilizada de acordo com a necessidade do paciente – profissional deve AVALIAR o caso - MOTIVAÇÃO DO PACIENTE PARA QUE ESCOVE OS DENTES ADEQUADAMENTE É A TAREFA DIFÍCIL! (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) SEQUÊNCIA DE ESCOVAÇÃO Deve ser feita de maneira criteriosa pra que não haja negligência em nenhuma região Metodologia na sequência de ensino Opção: - Superfícies vestibulares no quadrante superior esquerdo indo até o lado direito do mesmo arco - Superfícies vestibulares do arco inferior, da direita pra esquerda - Faces linguais do mesmo arco, da esquerda pra direita - Faces palatais dos dentes superiores, da direita pra esquerda - Faces oclusais do arco superior e em seguida do inferior (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) EVIDENCIADORES Substâncias corantes que permitem controlar a qualidade dos procedimentos de remoção do biofilme, tingindo-o, e devem ser totalmente eliminados pela escovação CD consegue mostrar ao paciente onde se localiza o biofilme, auxiliando no ensino da escovação e na determinação da condição de higiene bucal (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Tipos variados, sendo mais comuns os em solução, podendo também usar os de pastilha – NÃO são muito bem aceitos pelas crianças Fucsina 2% / Eritrosina Lugol, Iodo, Verde de malaquita e plack-lite Aplicadas sobre os dentes com cotonetes – superfícies com a presença de placa são identificadas pelo tingimento (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Pastilhas: mastigar por 30s A evidenciação também pode ser feita em casa, sob a supervisão do responsável – CONTROLE da escovação e OBSERVAÇÃO das deficiências na higienização Índices de classificação: Green e Vermillion, Loe e Silness, entre outros Feita no início do tratamento e mais 2 ou 3 vezes até o final (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Índice de Green e Vermillion Simplificado Utilizado para dentes permanentes, mas pode ser adaptado para dentição decídua Observação de 06 superfícies 04 superfícies de 1ºs molares permanentes: - Faces vestibulares dos 1ºs molares superiores - Faces linguais dos inferiores Obs: Na presença exclusiva de dentes decíduos, substituir pelos segundos molares decíduos Faces vestibulares superior e inferior dos incisivos centrais direitos (permanente ou decíduo) (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Classificação Zero: não há depósito Um: depósitos que não vão além de 1/3 da superfície do dente Dois: depósitos que cobrem mais de 1/3, não ultrapassando 2/3 da superfície do dente Três: depósitos que cobrem mais de 2/3 da superfície do dente (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Índice de Loe e Silness Obtido com a observação da presença/ausência de biofilme Classificação: Zero: ausência de biofilme Um: pequena película de biofilme aderido à gengiva marginal, observado apenas com uso de evidenciadores Dois: moderado acúmulo de biofilme aderido à gengiva marginal, que pode ser observado a olho nu Três: abundante quantidade de biofilme junto à margem gengival (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) ESCOVAS DENTAIS Características físicas das escovas devem ser consideradas, pois sua anatomia conduz à obtenção de resultados positivos ou negativos • Escova ideal promove eficiente limpeza, e deve ser de fácil acesso e manuseio • Método eficaz, mas insuficiente em áreas interproximais (GEBRAN, 2002) CABO; CABEÇA; CERDAS Condições ideais: macia/extra macia Cabo anatômico com boa empunhadura – deve ter formato retangular ou achatado Cabeça deve ter entre 25 e 32mm (pequena a média) apresentando 3x6 ou 3x8 de tufos: PERMITE fácil introdução e manobra nas regiões mais posteriores e ao mesmo tempo cobrir de uma só vez o maior número de superfícies dentais (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Cerdas devem ser artificiais (náilon) – por ser mais homogêneo Devem apresentar: - Diâmetro regular - Mais durabilidade - Menor redução da rigidez quando em água - Pontas arredondadas em sua extremidade - Consistência média – maior limpeza, menor risco de lesão aos tecidos duros e moles (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Podem ser uma forma de transmissão de microorganismos, já que diferentes espécies estão na cavidade oral – transferidas as escovas durante uso Necessários alguns cuidados de acordo com a ADA (American Dental Association) -Correto acondicionamento -Substituição de 3 a 4 meses ou mais previamente se as cerdas apresentarem sinais de desgaste • Sua escolha dependerá das características do paciente: - Idade; - Habilidade manual; - Condições anatômicas da boca. (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) ESCOVA DENTAL ELÉTRICA • Surgiram em 1960 • Efetividade similar a das escovas manuais; • Realizam automaticamente movimentos desejados sob baixa frequência vibratória • Indicada para pacientes com dificuldades manuais e motores, para pacientes com necessidades especiais (KRIGER, 2003; GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) • Para áreas de difícil alcance para escovas tradicionais – áreas interproximais • Útil para pacientes portadores de aparelhos ortodônticos ou próteses fixas • Facilita limpeza em áreas de maior retenção de placa. (KRIGER, 2003; GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) ESCOVA DENTAL UNI/BITUFO DENTIFRÍCIOS FLUORETADOS Forma mais comumente utilizada para representar o sistema de liberação de flúor nas superfícies dentais promovendo remineralização de lesões cariosas iniciais e redução da solubilidade do esmalte dentário (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) • Compostos de várias substâncias: água, abrasivos, umectantes, espessantes, detergentes e terapêuticos, sabores e preservantes • Promovem efeito adicional de limpeza • Importante papel terapêutico no controle e prevenção da cárie – removem 70% de biofilme em associação com a escova dental • Agentes microbianos: clorexidina, triclosan, óleos essenciais – funções terapêuticas como antiplaca, antigengivite e anticálculo (ANDRADE JUNIOR et al., 1997; KRIGER, 2003; CURY et al., 2004) • De acordo com a ANVISA (Resolução nº 79 de 28 de agosto de 2000): - Concentração de flúor no máximo 1.500 ppm - Abaixo de 1.100 ppm mostra-se com baixa eficácia • Indicações: toda população, crianças menores de 9 anos devem usar pequenas quantidades (0,3 gramas) devido ao risco de fluorose. • Tipos de compostos fluoretados encontrado nos dentifrícios: - Fluoreto de Sódio (NaF) ionização quando em contato com a água - Monofluorfosfato de sódio ação de enzimas fosfatases (GUIA DE RECOMENDAÇÃO PARA O USO DE FLUORETOS NO BRASIL, 2009; GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) QUAL A QUANTIDADE CORRETA DE DENTIFRÍCIO ? • Ocupa lugar importante na prevenção e terapêutica periodontal; • Remoção de resíduos interproximais – local que a escovação não consegue alcançar • Uso inadequado pode ser traumático para a papila gengival – essencial que seja usado adequadamente • Existem vários tipos de fio dental (SILVA, 1997) FIO DENTAL HIDROTERAPIA Indicada para a manutenção da higiene bucal Irrigadores utilizam um jato d’água para deslocar a placa bacteriana Recomenda-se como coadjuvante Complementação para obtenção de boa higiene dental Segundo Schluger, seus efeitos benéficos podem ser observados em pacientes portadores de próteses extensas ou bandas ortodônticas Alta pressão do jato para dentro da cavidade oral pode levar os MOS orais para os tecidos circundantes, aumentando o colapso periodontal (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Odontopediatria: indicado para crianças portadoras de aparelho ortodôntico Muitas vezes as crianças ingerem alimentos, especialmente os açucarados, em lugares onde não é possível escovar os dentes, diante disso, elas devem ser instruídas a realizar bochechos vigorosos com água, como substituição a escovação – porém, não deve ser rotineira (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Coykendall mostrou os benefícios do bochecho para remover resíduos alimentares imediatamente após as refeições quando as escovações fossem impraticáveis Resultado: concentrações de açúcar na saliva caíram para níveis mínimos, se efetuado 04 bochechos logo após a ingestão de carboidratos - Sem bochecho algum, o açúcar ainda pôde ser encontrado na saliva, 20 min após a ingestão do alimento (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) ENXAGUATÓRIOS BUCAIS • Recomendação baseia-se principalmente no risco de cárie apresentado pelo paciente e na abordagem profilática ou terapêutica do controle químico do biofilme • Reduz a adesividade das bactérias • Inibe o crescimento e proliferação de microorganismos • Modificação do biofilme tornando-o menos patogênico • Utilizados como auxiliares aos métodos mecânicos. (MOREIRA, 2001; GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) Clorexidina, Cloreto de cetilapiridínio, Triclosana e Óleos essenciais Embora eficientes, NÃO devem ser substituídas pelo controle mecânico Indicados para prevenção de cárie em crianças Risco em pré-escolares: intoxicação – ingestão aguda ou fluorose – ingestão crônica (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) • Anticéptico de amplo espectro; • Controla a placa bacteriana; • Age em bactérias promovendo ruptura da membrana e precipitação do citoplasma; • Pode ser encontrada em enxaguantes bucais (0,12 – 0,20%) • Seu uso diário apresenta efeitos colaterais: Manchas nos dentes e língua; Perda do paladar; Sensação de queimação da mucosa oral (SOUZA, 2007) (RECHE, 2005) CLOREXIDINA • Meios de utilização: - Bochechos Periogard, Duplac, Plackout - Géis Duplac, Plackout Perio-Kin • Indicações: recomendada no pós operatório periodontal; (KRIGER, 2003) CLOREXIDINA RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS POR IDADE A melhor fase para estabelecimento do PROGRAMA DE PREVENÇÃO é antes do nascimento da criança, quando os pais estão mais sensíveis às propostas para a saúde bucal do futuro filho Gestante: deve ser ESTIMULADA e ORIENTADA para a higiene bucal do recém-nascido, esclarecendo as vantagens do procedimento Odontopediatra: Individualizar o atendimento – postura de orientação e apoio e não autoritária (GUEDES-PINTO; MELLO-MOURA, 2016) ORIENTAÇÕES DE HIGIENE BUCAL - bebês Limpar a boca e massagear a gengiva mesmo antes do nascimento dos dentes – estabelecimento de uma flora bucal saudável e auxilio na erupção de dentes sadios Realizada com gaze umedecida com água filtrada, ou fervida, ou dedeira 1 vez ao dia Não realizar em crianças que fazem aleitamento materno exclusivo – proteção às infecções das vias respiratórias superiores conferida ao leite humano 54 (CFO, 2009) Ao nascerem os primeiros dentes decíduos – limpeza com escova de dentes, com uma quantidade mínima de dentifrício (0,1g) Pais devem escovar os dentes dos filhos até que eles possam fazer sozinhos Não usar enxaguantes bucais - fluorose 55 ORIENTAÇÕES DE HIGIENE BUCAL - bebês (CFO, 2009) Escova de dentes associado ao creme dental com flúor, mas em pequena quantidade – grão de ervilha Limitar a escovação à 2x ao dia e ensinar a criança a não engolir a espuma do creme dental Indicada técnica de fones Deve usar fio dental Supervisão dos pais Não usar enxaguantes - fluorose 56 ORIENTAÇÕES DE HIGIENE BUCAL – CRIANÇAS – 3 a 6 anos (STUANI et al., 2007) Escovação com pasta fluoretada pelo menos 3x ao dia Quantidade de pasta do tamanho de um grão de ervilha Responsabilidade por sua própria higiene bucal – supervisão dos pais ainda é importante!!! Recomenda-se o uso de evidenciador de placa para motivação Técnica de escovação escolhida de acordo com as características do paciente Pode ser usado enxaguante bucal caso haja alto risco e atividade de cárie e se o paciente tiver capacidade de expelir o mesmo Utilizar fio dental 57 ORIENTAÇÕES DE HIGIENE BUCAL – CRIANÇAS – 6 pra cima (BARROS, 2007) • O controle da placa é um dos pontos principais na prática odontológica • O uso de substâncias químicas não deve substituir o controle mecânico • O profissional deve julgar se é conveniente a utilização de recursos auxiliares levando em conta: - Grau de higiene do paciente - Efeitos colaterais - Eficácia e efetividade (condições ideais, controladas e na vida real - Alterações no nível da microbiota bucal - Custo e aceitação pelo paciente.
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