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FARMACOLOGIA E TOXICOLOGIA INTERFERÊNCIA DE FÁRMACOS, DROGAS E TOXICANTES NOS EXAMES LABORATORIAIS INTRODUÇÃO 68 a 93% dos erros laboratoriais Poderia ser evitado na fase pré clínica. Orientações ao paciente. - jejum adequado, - não realização de exercícios físicos extenuantes anterior à coleta do material biológico. - informações relativas aos hábitos de vida de fumar, beber (álcool, psicoestimulante), uso de drogas ilícitas. - período do ciclo menstrual em que a cliente se encontra. - utilização de fármacos e/ou drogas terapêuticas em uso. - exposição a toxicantes no ambiente de trabalho. Obs. É considerado um problema relacionado com medicamentos (PRM) – quando ocorre com fármacos. -Nem sempre é possível fazer a interrupção do uso ou do contato com o toxicante antes da coleta. Processos ou tipos de interferência e consequências Biológica ou “in vivo” – resultado das ações, efeitos desejados ou adversos, do agente toxicante, droga de abuso, fármaco ou de seus metabólitos. Analítica ou “in vitro” – resulta da interferência direta no processo analítico, pelas interações físico-químicas com os reagentes ou as próprias reações analíticas. Podem gerar: Resultados falso positivos: E interpretação errônea sobre a patologia do paciente, ou um problema de saúde que ele não apresenta, ou não efetividade do tratamento a que ele foi submetido. Resultados falso negativos: E risco de um não tratamento da patologia do paciente, ou agravar e gerar riscos futuros. Obs. As interações biológicas são mais previsíveis que as analíticas (processos não biológicos relacionados com a metodologia utilizada). Exemplos Biológicas ou “in vivo”: glicemia. Estrogênios – redução da tolerância à glicose - hiperglicemia. Fenitoína – reduz liberação de insulina. Hiperglicemia. Corticóides (cortisona, dexametasona, prednisona, prednisolona...) – reduz liberação de insulina e aumenta glucagon – hiperglicemia. Ácido acetilsalicílico – bloqueio do metabolismo de glicose a piruvato. Hiperglicemia. Álcool – metabólitos alteram o metabolismo de glicose – hipoglicemia Betabloqueador – propranolol – aumenta liberação de insulina – hipoglicemia. Exemplos Analíticas ou “in vitro”: Ácido ascórbico (vitamina C) – interfere com os reagentes e reduz a detecção de glicose pelo método da glicose oxidase (a vitamina C é antioxidante). Falso negativo. Paciente com hipoglicemia. Levodopa: Falso negativos – método da glicose oxidase. Hipoglicemia. Falso positivos – método com sulfato cúprico. Hiperglicemia. Cefalosporina, penicilina – método com sulfato cúprico na urina – glicosúria. Obs. Existem situações em que ainda não se identificou o mecanismo de interferência. Classificado como desconhecido. Amitriptilina (antidepressivo), Baclofeno (relaxante muscular), haloperidol (antipsicótico) - hiperglicemia Como contornar as interações Quando possível as interferências devem ser evitadas. Quando não, devem ser relatadas. Coleta de informações: Padronizada – - Jejum ou não - Atividade física – intensidade - Uso de drogas ilícitas ou lícitas. - Uso de fármacos – últimos 10 dias ou tratamento crônico. Alteração da metodologia utilizada – quando possível. Suspensão da utilização ou do contato – drogas de abuso, fármacos ou toxicante. O tempo é variável de acordo com a substância química. Atividade Utilizando o trabalho sugerido no Blackboard – pesquisar um exemplo de Interação de fármacos com os seguintes (10) exames laboratoriais: Colocar na frente do exame o fármaco, e se a interação é biológica, analítica ou desconhecida. a) Dosagem de ácido úrico no sangue. b) Proteínas totais c) Teste de Coombs d) Dosagem de ácido fólico e vitamina B12 e) Dosagem de sódio sérico f) Medição de HCG – teste de gravidez g) Dosagem de bilirrubina h) Dosagem de cálcio i) Teste da uréia para detecção de H. pilory. j) Sangue oculto nas fezes
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