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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL EDUARDO OLIVEIRA DA ROCHA – MAT. 01275227 HUGO GABRIEL PINTO DE SOUZA – MAT. 01272359 LEONARDO CARVALHO DE CARVALHO JUNIOR – MAT. 01275893 TIAGO LOPES DOS SANTOS – MAT. 01277707 RELATÓRIO DOS EXPERIMENTOS DE MECÂNICA DOS FLUÍDOS PETROLINA-PE, 2020 2 EDUARDO OLIVEIRA DA ROCHA – MAT. 01275227 HUGO GABRIEL PINTO DE SOUZA – MAT. 01272359 LEONARDO CARVALHO DE CARVALHO JUNIOR – MAT. 01275893 TIAGO LOPES DOS SANTOS – MAT. 01277707 RELATÓRIO DOS EXPERIMENTOS DE MECÂNICA DOS FLUÍDOS PETROLINA-PE, 2020 Trabalho apresentado à disciplina de Mecânica dos Fluídos do Curso Superior de Engenharia Civil – UNINASSAU. Professor: Marcos Vinícius Plácido . 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................ 5 EXPERIMENTO I – MANOMETRO DIFERENCIAL (MANGUEIRA DE NÍVEL) ......... 5 A Lei de Stevin ......................................................................................................... 5 Objetivos do Experimento ........................................................................................ 6 Materiais Utilizados .................................................................................................. 6 Procedimento ........................................................................................................... 6 EXPERIMENTO II – PRINCÍPIO DE STEVIN (PRESSÃO NUM PONTO DE UM LÍQUIDO EM EQUILÍBRO) ......................................................................................... 8 Objetivos do Experimento ........................................................................................ 8 Materiais Utilizados .................................................................................................. 8 Procedimento ........................................................................................................... 9 EXPERIMENTO III – VELOCIDADE DE FLUÍDOS POR UM PEQUENO ORIFÍCIO12 Objetivos do Experimento ...................................................................................... 13 Materiais Utilizados ................................................................................................ 13 Procedimento ......................................................................................................... 13 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 16 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 17 4 INTRODUÇÃO O presente relatório irá tratar das execuções das aulas experimentais realizadas pelos alunos de Engenharia Civil no laboratório da Uninassau – Campus Petrolina. Tais procedimentos, são de extrema importância na formação e desenvolvimento dos mesmos afim de aplicação e utilização das técnicas para a atividade fim. Ainda, vale salientar que as atividades práticas buscam formas de o aluno refletir sobre os modelos e processos aprendidos durante todo o período na disciplina. Isso proporciona uma maneira educativa e criativa para o uso dos conteúdos e a busca de novas soluções tanto para problemas cotidianos quanto para em seu serviço como engenheiro. 5 DESENVOLVIMENTO Uma das áreas de estudo da física se destina ao estudo dos fluidos, seja este em repouso ou movimento. Para tal estudo, é observado as propriedades fluídicas, sendo elas volume, viscosidade, velocidade vetorial, entre outras. A mecânica dos fluídos, envolve sistemas de armazenagem, transferência e conversão de energia. Muitos dos processos existentes nos dias atuais derivam-se dos conhecimentos das leis da Mecânica dos Fluídos. Pode-se notar que a expansão e comprimento de gás de geradores, bombeamento de água na irrigação, mistura de ar e gasolina dentro de automóveis, são alguns dos muitos exemplos que se pode utilizar para comprovar o uso e a necessidade de se dominar tal área. Além disso, a automação das indústrias se deve muito aos processos de controle e monitoramento de grandes maquinas que utilizam dessas leis, onde sempre se busca fazer as correções necessárias a tempo afim de que o produto final esteja dentro das normas e qualidade especificadas para tal. EXPERIMENTO I – MANOMETRO DIFERENCIAL (MANGUEIRA DE NÍVEL) A Lei de Stevin Segundo a Lei de Stevin, a pressão exercida por um fluído depende exclusivamente da sua altura. Ou seja, ele tenta explicar que através da pressão atmosférica e a pressão dos líquidos, é possível fazer verificações de alturas. Quando se considera um determinado líquido em equilíbrio, têm-se que observar dados como sua massa especifica, aceleração da gravidade e a altura que o liquido se encontra. Por artifício matemático, utiliza-se a expressão abaixo afim de relacionar a pressão do fluído: 𝑃𝐵 − 𝑃𝐴 = 𝑑 . 𝑔 . (∆ℎ) 𝑃𝐵 = 𝑃𝐴 + 𝑑. 𝑔. ℎ 6 Objetivos do Experimento • Compreender de maneira prática o princípio físico empregado e relacionar a Lei de Stevin, equilíbrio de pressões num mesmo nível com aplicação do estudo de Manometria. Materiais Utilizados • Mangueira de nível de 6m; • Trena; • Giz de cera; • Água. Procedimento Após o relato sobre a Lei de Stevin pelo professor e como iria dar-se-á a aula prática, cortamos a mangueira afim de que dois grupos pudessem fazer o experimento de maneira mais rápida. Em seguida, enchemos a mangueira com água, afim de que pudéssemos aferir e observar a altura através do local onde se encontrava a água, tendo feito algumas observações também em relação a algumas mudanças quanto ao escoamento da água quando mudávamos um dos lados de altura e quando uma das pontas era vedada, afim de observar por completo o fenômeno e suas alterações. Nos deslocamos então para uma área do Campus que possui uma pequena elevação, fazendo o experimento naquele local, acompanhando o corrimão lá presente. Apesar da especificação do uso do alaranjado de metila, não utilizamos devido ao não fornecimento do mesmo, entretanto não atrapalhou o experimento em si, visto que sua utilização era apenas para melhor visualização da água dentro da mangueira de nível. Para iniciarmos, fizemos uma marcação em uma altura qualquer do corrimão, vindo em seguida com a mangueira e tirado o seu nível. Devido a mangueira estar com água, observamos o fluído entrar em equilíbrio no outro lado da mangueira, vindo posteriormente a marcar o local onde ocorrera neste lado. Feito isso, se pode observar 7 a diferença de altura devido a subida que tinha o piso. Repetindo o procedimento até o final do corrimão, vindo também a verificar e anotar a distância entre um ponto e outro, além de suas alturas. Na figura abaixo, podemos observar os dados anotados do experimento: Figura 1 – Dados do corrimão Fonte: Imagem feita por Eduardo Oliveira (2020) Figura 2 – Ilustração de como tirar nível com a mangueira Fonte: www.arqua.com.br Altura definida Altura nivelada Diferença das alturas Ponto de partida Ponto nivelado Nível da água Água Linha de nivelamento Mangueira 8 EXPERIMENTO II – PRINCÍPIO DE STEVIN (PRESSÃO NUM PONTO DE UM LÍQUIDO EM EQUILÍBRO) A segunda atividade prática apresenta conteúdos relacionados a hidrostática. Cabe destacar a pressão atmosférica — pressão imposta pela camada de gases que circundam à terra — como conceito fundamental para esse experimento. A determinação dessa podeser realizada por meio de um barômetro. Ademais, na experimentação operamos com um manômetro de tubo aberto. Vale ressaltar, a importância de saber as características do material usado como fluido, na situação proposta fizemos manuseio da água. Ademais, a força de adesão molecular e a força de coesão molecular se relacionam com a formação de meniscos, interferindo diretamente nos resultados do ensaio. Assim sendo, devemos comensurar a variação de pressão durante o processo. Objetivos do Experimento • Manejando a água como líquido manométrico devemos caracterizar e lidar com um manômetro de tubo aberto. Precisamos discernir e apurar o princípio de Stevin e relacioná-lo com o princípio dos vasos comunicantes. Além disso, necessitamos manusear e elaborar que o produto do peso específico pela altura de um ponto "h", num líquido em equilíbrio, é análogo à pressão manométrica no ponto em questão. Materiais Utilizados • Tripé; • Haste de sustentação; • Seringa; • Tampão; • Painel manométrico; • Tubo de sonda; 9 • Becker; • Prolongador para a seringa. Procedimento Inicialmente, não houve alterações no painel manométrico haja vista que o mesmo já se encontrava montado. Principiante, colocamos o becker com água na posição 0mm e adicionamos água no interior da parte que apresenta um tubo em forma de "U". Com duas aberturas, a água nos pontos A3 e B3 se igualaram em 40mm. Posteriormente, fechamos a entrada em F. Com apenas um acesso, passamos a subir o becker. Aferimos cinco medidas de altura do becker e dos pontos A3 e B3. Notamos que conforme o becker subia, o nível no ponto A3 encolhia e no ponto B3 o nível crescia. Ademais, percebemos que o nível no tubo interno do becker apresenta medidas distantes das obtidas no meio externo do becker. O princípio de Stevin e os conhecimentos acerca de vasos comunicantes servem para explicar a igualdade obtida inicialmente nos pontos A3 e B3. Segundo o princípio dos vasos comunicantes, "as superfícies livres de um líquido em equilíbrio em vasos comunicantes, se encontram num mesmo nível, independentemente da forma e dimensões do ramo (excluindo os tubos capilares)". Como havia duas aberturas, as superfícies dos dois pontos se encontravam acessíveis. Ademais, segundo o princípio de Stevin, "dois pontos situados no mesmo nível de um líquido em equilíbrio suportam pressões iguais". Portanto, sabemos que: 𝑃𝐴3 = 𝑃𝑆 + 𝜇𝐴3 . 𝑔 . ℎ𝐴3 𝑃𝐵3 = 𝑃𝑆 + 𝜇𝐵3 . 𝑔 . ℎ𝐵3 • 𝑷𝑺 é pressão que a superfície está exposta; • μ é a massa específica do fluido; • g é aceleração da gravidade; • h é altura da coluna deslocada. 10 Levando em conta que estão no mesmo nível e que o líquido usado em todos os pontos são a água. Temos que: 𝑃𝐴3 = 𝑃𝐵3 𝑃𝑆 + 𝜌 . 𝑔 . ℎ𝐴3 = 𝑃𝑆 + 𝜌 . 𝑔 . ℎ𝐵3 𝜌 . 𝑔 . ℎ𝐴3 = 𝜌 . 𝑔 . ℎ𝐵3 ℎ𝐴3 = ℎ𝐵3 Segundo o Teorema de Stevin, "a diferença entre as pressões de dois pontos de um fluido em equilíbrio é igual ao produto entre a densidade do fluido, a aceleração da gravidade e a diferença entre as profundidas dos pontos". ∆𝑃 = 𝜇 . 𝑔 . ∆ℎ • ΔP é a diferença de pressão; • μ é a massa específica do fluído; • g é a aceleração da gravidade; • Δh é a profundidade do deslocamento no fluído. Ademais, sem inalterabilidade quando adicionado o tampão no ponto F, o lado fechado apresenta pressão manométrica igual à: 𝑃𝑀 = 𝜇 . 𝑔 . ∆ℎ • 𝑷𝑴 é a pressão manométrica; • μ é a massa específica do fluido; • g é a aceleração da gravidade; • Δh é o desnível no fluido; Como: ɣ = 𝜇. 𝑔 • ɣ é o peso específico do fluido; • μ é a massa específica do fluido; • g é a aceleração da gravidade. 11 Portanto: 𝑃𝑀 = ɣ. 𝛥ℎ • 𝑷𝑴 é a pressão manométrica; • ɣ é o peso específico do fluido; • Δh é o desnível no fluido; Outrossim, tendo condições normais de temperatura e pressão a massa específica da água é 1,00x10³kg/m³. Além disso, adotando a aceleração da gravidade como 9,81m/s². Temos: ɣ = 𝝁. 𝒈 = 1,00x10³kg/m³ . 9,81m/s² = 9810N/m³; 𝑷𝑴 = ɣ. 𝜟𝒉 = 9810N/m³. Δh(m) = 9810N/m²; Sendo Δh o desnível e adotando milímetros como unidade; 𝑷𝑴 = 9,81 . Δh . N/m² Obtemos, Tabela 1 – pressão manométrica . Temperatura durante as medições = 25ºC Profundidade hcopo Dados no manômetro B3 (mm) A3 (mm) Δh (mm) 𝑃𝑀 = 9,81. Δh (N/m²) h1 = 0 mm 40 40 0 0 h2 = 10 mm 47 38 9 88,29 h3 = 20 mm 51 35 16 156,96 h4 = 25 mm 53 32 21 206,01 h5 = 30 mm 55 30 25 245,25 Fonte: dados do experimento realizado (2020) Quando levantamos o becker, notamos que o ar dentro do ensaio exerce pressão no tubo em "U", ocorrendo a movimentação. Percebemos que quanto maior a profundidade do corpo maior será o desnível, acarretando numa maior pressão manométrica. 12 Figura 3 - pressão manométrica Fonte: http://www.fem.unicamp.br Por último, reparamos que a altura interna do becker subia lentamente quando comparada a altura externa. Tabela 2 - Alturas internas e externas no becker. hn Bi (mm) Be (mm) h1 0 0 h2 0,3 10 h3 0,4 20 h4 0,6 25 h5 0,9 35 Fonte: dados do experimento realizado (2020) As alturas obtidas no meio externo do becker são maiores devido estarem submetidas somente a pressão atmosférica. As alturas registradas no interior são menores em razão de estarem conectadas ao experimento. EXPERIMENTO III – VELOCIDADE DE FLUÍDOS POR UM PEQUENO ORIFÍCIO Com o auxílio da Equação de Torricelli: 𝑉 = √2𝑔ℎ, a proposta desse experimento era a de notarmos como a velocidade do fluído se comporta com e sem 13 pressão atmosférica, sendo o orifício na parte baixa do recipiente, afim de que houvesse uma maior pressão e o líquido fosse forçado a sair. Objetivos do Experimento • Observar e fazer a medição do escoamento dos fluidos com a ação da gravidade, ver o tempo do escoamento em determinada altura e ver como a velocidade aumenta ou diminuí com dois ofícios, um pequeno e outro maior, isso tudo sob influência da pressão atmosférica. Materiais Utilizados • Cronômetro • Garra com água • Bacia • Agulha • Prego • Becker de vidro • Copo de plástico Procedimento Após a fala do professor sobre as fórmulas, foi passado como seria a prática em questão, com os matérias citados acima, os alunos iriam furar a garrafa com agulha e deixar a garra tampada, notando que mesmo com furo, era imperceptível notarmos a saída da água, já que a pressão na garrafa tampada não facilitava a saída, lembrando claro que o furo era quase que no fundo da garrafa, para haver maior pressão. Ao tirarmos a tampa da garrafa, notamos que a água começou a sair pelo furo, assim vendo a ação da pressão atmosférica agindo na garrafa, fazendo com que a água vazasse, com isso feito, fomos aos pontos, onde teríamos que cronometrar 14 quanto tempo levaria para a água que saia pelo furo demoraria a encher um copo de 180 ml e nisso vimos que demorou. A fórmula usada nesse procedimento foi Q = V/T Com isso fizemos o mesmo procedimento mais duas vezes, um outro buraco dessa vez feito por um prego, onde vimos que mesmo agora a garrafa tendo dois buracos, sem a pressão atmosférica, a vazão de água pelos buracos ainda era imperceptível. E claro, vimos também que com o buraco maior, era menor o tempo para encher o copo de 180ml já que a vazão era maior. E por último, usamos um becker de 250ml para vermos a velocidade de ambos buracos para encher o becker. Abaixo segue algumas fotos do experimento e os resultados. Figura 4 – Fluido da garrafa sofrendo pressão atmosférica Fonte: Imagem feita por Tiago Lopes (2020) 15 Figura 5 – Fluido da garrafa sem sofrer pressão atmosférica Fonte: Imagem feita por Tiago Lopes (2020) Figura 6 – Resultados e cálculos Fonte: Imagem feita por TiagoLopes (2020) 16 CONCLUSÃO Os três experimentos nos mostram de forma palpável o quão importante é o estudo da mecânica dos fluídos e seus derivados, demonstrando na prática como as propriedades fluídicas se comportam em determinadas condições dependendo dos locais que as contém. No experimento l, o equilíbrio do fluído em diferentes níveis de pressão, assim como, no terceiro experimento através da influência da vazão do fluído sem pressão atmosférica. A avaliação de pressão, mesmo que ainda em um ensaio utilizando escalas pequenas manifesta uma diferença notável, como pode ser visto no 2º experimento, valendo destacar que devemos ter cuidado com a profundeza do que estamos trabalhando, uma vez que esta pressão pode causar ao homem severas lesões. Além disso, por meio de todo o conteúdo disciplinar e utilização das formulas e conceitos demostrados em aula, concluímos os processos deixando claro a importância da mecânica dos fluídos no desenvolvimento de projetos em um vasto ramo da engenharia. 17 BIBLIOGRAFIA HALLYDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER J. Fundamentos de Física, Vol. 2: gravitação, ondas e termodinâmica. 8° Edição. Rio de Janeiro, LTC, 2011. Manômetro de Tubo em U. Unicamp. Disponível em: <http://www.fem.unicamp.br/~instrumentacao/pressao/manometro01.html>. Acesso em: 10 ago. 2020. RODRIGUES, LUIZ GUILHERME REZENDE. Mecânica dos fluídos, INFOESCOLA. Disponível em: <https://www.infoescola.com/fisica/mecanica-dos-fluidos/>. Acesso em: 10 ago. 2020. PUCCI, LUIZ FÁBIO S. Lei de Stevin, UOL. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/lei-de-stevin-teoria-e- aplicacoes.htm?next=0004H158U96N>. Acesso em: 10 ago. 2020. http://www.fem.unicamp.br/~instrumentacao/pressao/manometro01.html https://www.infoescola.com/fisica/mecanica-dos-fluidos/ https://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/lei-de-stevin-teoria-e-aplicacoes.htm?next=0004H158U96N https://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/lei-de-stevin-teoria-e-aplicacoes.htm?next=0004H158U96N
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