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História América colonial Resumo As primeiras expedições portuguesas A chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, em 1500, não despertou um planejamento imediato de colonização do novo território encontrado pelos portugueses. A conquista da rota para as Índias por Vasco da Gama, em 1498, atraiu muito mais o interesse lusitano, visto que os altos lucros obtidos com as especiarias do oriente e com o comércio na África deixavam de lado maiores investimentos na América. Apesar dessa negligência inicial, que marca o período conhecido popularmente como “Pré-Colonial”, expedições exploradoras não deixaram de acontecer durante o século XVI. Já em 1501, uma expedição chefiada por Gaspar de Lemos confirmou a existência e o valor do pau-brasil, pelo qual era possível a extração de tinta vermelha, muito preciosa na Europa. Inicialmente, a exploração da madeira foi realizada através do uso de mão de obra indígena, que cortavam e carregavam o pau-brasil em troca de objetos europeus (escambo), mas, logo essa mão de obra nativa passou a ser escravizada e o chamado “negro da terra” (nativo-americano) também se tornou uma moeda de troca entre tribos e portugueses. Essa escravidão indígena foi utilizada no Brasil durante décadas, no entanto, comparada à colonização espanhola, a lusitana dependeu muito mais do negro africano do que do nativo- americano. Afinal, os indígenas que ocupavam a colônia portuguesa viviam muito mais dispersos e, muitas vezes, em lugares de difícil acesso, resistindo à escravidão. Outro fator importante também foi o genocídio das tribos que viviam no litoral, o trabalho dos jesuítas, que impediam a captura de nativos nos aldeamentos indígenas e, enfim, o lucro obtido com o tráfico de africanos escravizados era tão exorbitante que essa mão de obra passou a ser mais valorizada. Tendo em vista essa exploração do pau-brasil, já em 1503, uma expedição comandada por Gonçalo Coelho estabeleceu as primeiras feitorias no litoral, com o objetivo de armazenar alimentos, equipamentos e conservar a madeira para exportação que, a partir do estabelecimento do estanco, passou a ter a exploração monopolizada por Portugal. Essa medida visava proteger o produto das investidas “estrangeiras”, ou seja, europeus que não pertenciam ao Império Português e que já realizavam assaltos e contrabandos no litoral. Essas investidas de franceses, holandeses e espanhóis no território português, naturalmente, despertaram a preocupação da Coroa portuguesa quanto a manutenção e proteção do território brasileiro, afinal, apesar do Tratado de Tordesilhas, contrabandistas e colonos de países rivais poderiam facilmente ocupar e colonizar o vasto território que os portugueses reivindicavam. Tendo em vista essa preocupação, apenas em 1531 que Martim Afonso de Souza foi enviado para realizar a primeira expedição colonizadora oficial de Portugal no Brasil. O colono deveria ocupar e povoar a terra, descobrir riquezas e combater estrangeiros, sendo essa administração realizada através da doação de terras chamadas de sesmarias (lotes de terra). Assim, Martim História Afonso de Souza, no Brasil, fundou os primeiros núcleos de colonização, as vilas de São Vicente e Santo André da Borda do Campo, onde hoje conhecemos como o território de São Paulo. A administração colonial portuguesa. Durante a expansão portuguesa pelo Oceano Atlântico, algumas ilhas conquistadas receberam um modelo administrativo baseado na divisão do território e na doação de faixas de terras para donatários, modelo que ficou conhecido como capitanias hereditárias. As capitanias eram doadas aos capitães-donatários por meio de forais e cartas de doação e o donatário que recebesse a faixa de terra deveria proteger o território e seus colonos, fundar vilas, estimular a exploração do pau-brasil e descobrir novas riquezas. Entre 1534 e 1536, 15 capitanias foram criadas e doadas para seus administradores, no entanto, apenas duas prosperaram, Pernambuco e São Vicente, graças ao rico cultivo da cana-de- açúcar, que se tornaria o produto mais importante da colonização portuguesa no Brasil e base da civilização colonial. O fracasso das outras capitanias, no entanto, deve-se às dificuldades encontradas pelos donatários na colonização e pelo desinteresse de muitos outros que nem chegaram a sair de Portugal. Assim, tendo em vista os problemas que se desencadearam por conta da descentralização provocada pelas capitanias, em 1548, o governo português decidiu fortalecer sua autoridade sobre a colônia centralizando a administração nas mãos de um governador-geral. O primeiro encarregado dessa função foi Tomé de Souza, que se estabeleceu em Salvador, em 1549, com a missão de garantir as condições necessárias para uma boa colonização portuguesa das novas terras, a proteção contra os ataques de nativos e estrangeiros, a construção de feitorias e fortalezas e o estímulo da economia açucareira. Para realizar essa missão, Tomé de Souza trouxe para o Brasil africanos escravizados, mulheres e um grupo de jesuítas que estabeleceu os primeiros colégios da colônia. Em 1554, os jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta fundaram o colégio de São Paulo, que se tornou um embrião da atual cidade brasileira. A permanência dos jesuítas no Brasil gerou uma série de conflitos entre os colonos, que desejavam expandir seus negócios e escravizar indígenas, e os próprios jesuítas, que acreditavam na possibilidade da catequização dos nativos. A civilização do açúcar e a escravidão na colônia. Se a colonização espanhola na América se concentrou nas riquezas minerais e na exploração da mão de obra indígena, na colônia portuguesa, como visto, a escravidão de africanos e o projeto agrícola foram as bases da colonização lusitana. O historiador Sérgio Buarque de Holanda, ao analisar as diferenças entre as duas colonizações compara a aventura portuguesa ao trabalho dos semeadores e a ocupação espanhola ao esforço dos ladrilhadores. Para o autor, os lusitanos com seu espírito aventureiro encaravam a colonização na América como uma fonte de exploração rápida dos seus bens, ou seja, como um semeador, os portugueses apostaram na agricultura e realizaram a ocupação de forma dispersa, sem um planejamento e visando lucros rápidos. Os espanhóis, por sua vez, como os ladrilhadores, investiram na colonização urbana e racionalizada que, apesar de mais lenta, levou a uma ocupação muito mais sólida e menos voltada para a agricultura. História Essa forma de colonização portuguesa, além de justificada pelo espírito aventureiro português, que buscava muito mais a exploração do que o sedentarismo, também pode ser explicado pelas condições demográficas e pela qualidade da terra. A baixa quantidade de portugueses dispostos a colonizar diversas partes isoladas do território brasileiro dificultava esse sedentarismo, assim como emperrou o próprio desenvolvimento das capitanias hereditárias e “atrasou” as descobertas de metais preciosos. Além do mais, a fertilidade da terra no litoral brasileiro, sobretudo no Nordeste, permitiu a criação de uma sociedade agrária que obteve um rápido sucesso em diversos pontos, principalmente com o cultivo da cana-de-açúcar. O cultivo da cana já era realizado por Portugal a décadas em outras colônias no Atlântico, como nos engenhos da Ilha da Madeira. Graças a essas experiências, os portugueses que aqui chegaram com as primeiras mudas já sabiam as melhores formas de investir nesse cultivo. Já em 1610, cerca de 400 engenhos estavam espalhados pela costa brasileira e movimentando a produção e exportação do açúcar para a Europa, grande apreciador e comprador do produto. O açúcar, assim, logo se tornou o principal produto da colônia e os engenhos verdadeiros núcleos de colonização, comandados pela figura do senhor de engenho, que detinha um grande poder local,um membro quase nobre da “açucarocracia” e que deu origem, no Brasil, ao modelo de sociedade patriarcal. Nesse modelo de sociedade, a figura do homem era central na tomada de decisões, deslocando as mulheres para afazeres domésticos e religiosos. No Brasil, esses homens ainda estabeleciam relacionamentos baseados no apadrinhamento, que ligava famílias mais ricas às mais pobres, ou senhores de engenho a homens que os dedicavam fidelidade, respeito e trocas de favores. O senhor de engenho, portanto, era uma figura central nessa lógica açucareira e, vivendo na chamada Casa Grande, submetia aos seus mandos diversos homens livres, como padres, capatazes, feitores, comerciantes e até mesmo políticos. Nas câmaras municipais, onde eram resolvidos os problemas jurídicos, administrativos e fiscais das regiões colonizadas, os senhores de engenho exerciam forte influência para que seus interesses sempre fossem respeitados. Muitas vezes, os próprios senhores ou proprietários de terras menores realizavam os trabalhos administrativos diretamente na vila, sendo chamados de homens bons. Fonte: GÂNDAVO, Pêro de Magalhães. Tratado da terra do Brasil (1571). In: VIANNA, Hélio. História do Brasil. São Paulo: Melhoramentos, 1972, p.125 apud VICENTINO, Cláudio. História para o Ensino Médio: história geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2005, p. 157. Toda essa estrutura era garantida pelo chamado pacto colonial, que firmava o domínio português sobre os colonos em uma relação de exclusividade entre a metrópole e a colônia. 0 10 20 30 40 50 60 70 1570 1580 1600 1610 1630 1640 1650 1670 1710 1760 M ilh ar es d e to n el ad as Ano Exportação de açúcar (1570 - 1760) Açúcar História Logo, apesar da autonomia e do poder dessas figuras, ao fim, ainda precisavam respeitar os mandos da Coroa e da metrópole. Também vale destacar que, para o completo funcionamento dessa lógica agrícola e para render os altos lucros que o gráfico acima revela, os engenhos de açúcar, portanto, funcionavam em um modelo agrícola conhecido como plantation, que era um padrão de exploração voltado para a monocultura, a exportação dos produtos e o uso da mão de obra escravizada em grandes latifúndios (doação de sesmarias por donatários). Assim, no latifúndio, enquanto os senhores de engenho viviam na chamada Casa Grande, de onde partia o controle econômico da produção, às margens se localizavam as senzalas, local destinado aos negros escravizados e onde ficavam os braços do trabalho agrícola. A escravidão africana se tornou o motor dessa estrutura de exploração açucareira e, graças aos escravizados, os portugueses conseguiram superar o problema demográfico e produzir e exportar em grandes quantidades. Visto isso, a riqueza da colônia brasileira desde o início da ocupação portuguesa, tanto pelo pau-brasil, quanto pelo tráfico de africanos escravizados e pela agricultura, logo despertou os interesses “estrangeiros”. Já no século XVI a necessidade de colonizar para defender o território se mostrou importante, visto que piratas e corsários atuavam constantemente no litoral. França Antártica Os franceses, mesmo antes de Cabral, já conheciam o litoral brasileiro e comercializavam com os índios alguns gêneros tropicais, no entanto, em 1555, a primeira empreitada patrocinada pela coroa francesa teve como destino a baía de Guanabara. Liderados por Durand de Villegnon, 600 colonos franceses católicos e protestantes começaram uma colônia no atlântico sul. A colônia tinha o objetivo de participar do comércio de especiarias com os nativos que era exclusivo dos portugueses, os colonos passaram por diversas dificuldades como doenças e fomes, o que gerou inúmeras deserções dos franceses para as tribos indígenas. Villegnon chegou a proibir o contato e a união entre franceses e indígenas. Dois anos depois chegaram mais colonos, mas, desta vez, somente protestantes, que acabaram refletindo no Novo Mundo os conflitos religiosos do continente. Assim, a empreitada fracassou e, em 1565, os portugueses liderados por Estácio de Sá, em companhia de José de Anchieta, retomaram a região e fundaram a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. União Ibérica A crise que gerou a união das duas coroas começou em 1578, quando o jovem rei D. Sebastião se aventurou em uma batalha na região de Alcácer-Quibir no Marrocos, contra os árabes. Além História de seu entusiasmo cruzadístico, o rei tinha interesses em reabrir rotas comerciais no norte da África, porém, durante as expedições, D. Sebastião desapareceu em combate, deixando o trono vago, já que não tinha herdeiros. A figura de Dom Sebastião virou um símbolo de esperança, pois muitos súditos ainda acreditavam na volta do rei para enfim governar novamente. Há relatos de pessoas entrevistadas pela inquisição que diziam ter sonhado com o monarca e, o próprio Antônio Conselheiro, líder do Arraial de Canudos, era um adepto do Sebastianismo, tendo profetizado o retorno do rei. Assim, o Cardeal D. Henrique, tio avô de D. Sebastião, assumiu o trono lusitano, no entanto a dinastia de Avis estava com os dias contados, já que o novo rei não poderia deixar herdeiros. Henrique I veio a falecer em 1580, deixando novamente o trono em Lisboa vazio e, desta vez, abrindo caminho para um grande temor dos portugueses, a ascensão de Filipe II, rei da Espanha, que, por fim, assumiu o trono sob a ameaça de uma invasão militar espanhola. Filipe era neto de D. Manoel I e o mais próximo na linha sucessória. O monarca espanhol viu em Portugal a possibilidade de recuperação dos cofres do Estado, acessando o mercado de escravos que era controlado pelos portugueses, já que estes tinham possessões na costa atlântica da África, e podendo ampliar o domínio colonial na América, já que agora as coroas se uniriam. O rei, mesmo que impopular, foi aceito pelos nobres e burgueses de Portugal, já que o monarca não tardou em assinar o Tratado de Tomar em 1581, dando exclusividade para navios portugueses no comércio com as colônias e mantendo as autoridades metropolitanas e coloniais do Estado português. Em 1640 os portugueses retomaram o seu domínio político sobre Portugal com o período conhecido como a Restauração. Nesta fase, sobe ao poder a dinastia dos Bragança, que expulsaram a presença espanhola da metrópole e da colônia. A restauração surgiu depois de Portugal se aliar à República das Províncias Unidas (Países Baixos) para terminar com a União. Assim, os portugueses retomaram o poder com o rei D. João IV. Brasil Holandês Com a União Ibérica, Portugal, assim como suas colônias, também viraram alvos dos inimigos da Espanha. O Brasil no período da união vivia o auge da economia açucareira, com o principal polo econômico no Nordeste. Logo, os Países Baixos lançaram os olhos sobre essa região da colônia a fim de reaver o comércio açucareiro entre Holanda e Portugal. O que fora proibido por Felipe II. Assim, em 1624, os holandeses mandaram uma expedição que ocupou Salvador por um ano, mas Jacob Willekens e seus 1500 homens foram expulsos pelos espanhóis no ano seguinte. Mesmo derrotados, o ímpeto dos holandeses não cessou e estes invadiram, em 1630, a cidade de Olinda. Os invasores seguiram em direção ao interior e dominaram a capitania de Pernambuco, retomando o comércio açucareiro depois de uma forte resistência lusitana. Depois de estabelecidos, os holandeses instalaram um governo no local, liderado pelo Conde Maurício de Nassau, que reestruturou a colônia após a guerra, remontando engenhos destruídos e liberando crédito a senhores luso-brasileiros, principalmente de Olinda. Além disso, Nassau inovou a fabricação do açúcar, modernizou a cidade com diversas construções (inclusive um observatório astronômico e um zoológico) e também incentivou a vinda de diversos botânicos e artistas para acolônia. História O fim da dominação holandesa veio logo após o desgaste das relações entre Portugal e Holanda se aprofundar. Os dois países, que acabaram juntos com a dominação espanhola, agora disputavam as terras em Pernambuco. Em 1654 os portugueses conseguiram reaver a região com a ajuda dos ingleses, no entanto o açúcar começa a perder a importância na Europa gerando uma crise nesse ramo da economia colonial. A América Espanhola A chegada a América significou para muitos europeus a possibilidade de enriquecimento, mas também a busca pelo prestígio social que dificilmente seria alcançado no continente europeu devido à dificuldade de mobilidade social. Legitimados pela Igreja num ato de fé pela luta contra o infiel, esses homens vão chegar ao novo mundo com um ideal de superioridade e intolerância para com o diferente que vai estar arraigado culturalmente em suas ações. Ao se depararem com civilizações altamente desenvolvidas vão encontrar meios de se apropriarem de suas terras e dominarem suas riquezas. Os Astecas, os Incas e os Maias A Confederação Asteca (1300 – 1520) formada pela Tríplice Aliança entre as cidades-estados de Tenochtitlán, Texcoco e Tlacopán era um povo formado por diversos grupos étnicos heterogêneos que ocupavam o México Central e que foram dominados militarmente pelos Mexicas ou pelos Náhuatl que alternaram no domínio político, militar e tributário da região. Essencialmente aldeã, a base da comunidade se baseava em três tipos de tributos pagos ao Estado - o serviço militar, o trabalho pessoal e o tributo em dinheiro – que constituíam a base econômica dos astecas. A relação entre comunidade e Estado era baseada no princípio da reciprocidade onde os aldeãos pagavam seus tributos e a figura do Estado supria as suas necessidades básicas, sendo assim a relação baseada na em uma relação de troca, onde o Tlatoani – senhor dos guerreiros – era o comandante máximo. A religião era algo intrínseco as suas próprias existências e aquilo que permite o entendimento de mundo, embora se considerassem o povo eleito pelo Sol, também compreendiam que o mundo era extremamente instável. Com o passar do tempo e o aumento das vitórias militares, os Mexicas vão se tornar a principal etnia dominante com seu centro localizado em Tenochtitlán que era governado por Montezuma durante a invasão espanhola. A chegada de Hernan Cortez (1519) vai causar certa confusão uma vez que primeiramente ele será confundido com o Deus Quetzalcóatl que havia prometido voltar para reconquistar seu reino perdido, o fez com que em um primeiro momento os espanhóis tenham sido bem recebidos pelo governante. Entretanto, ao reconhecer que esses homens não se tratavam deuses, já havia dado tempo suficiente para que Cortez tivesse estudado os seus oponentes e explorado suas contradições internas, aliando-se aos inimigos dos Mexicas e os derrotando de forma cruel. História Ilustração retratando o encontro entre Montezuma e Hernan Cortez https://operamundi.uol.com.br/historia/32295/hoje-na-historia-1519-exercito-de-cortes-chega-a-tenochtitlan-e-e- recebido-com-honras-por-moctezuma Os Incas ocupavam o Vale do Cuzco e vão se expandir militarmente a partir do século XV tornando-se uma potência política na região conquistando e centralizando sobre seu domínio uma série de outras etnias. Alguns autores defendem que o caráter expansionista dos Incas era muito semelhante aquele propagado pelos europeus: levar a civilização aos povos bárbaros fazendo com que eles conseguissem atingir aquilo que segundo as suas crenças eram o bem supremo, a paz. O Kuraka era o líder responsável por cuidar de cada ayllu e da sua conexão com o império, a cima dele existia os chefes das quatro regiões na qual o reino fragmentado e o Chefe máximo era chamado de O Inca e era considerado o próprio Deus, “Filho do Sol”. Assim como na Mesoamérica, as relações sociais, religiosas, políticas e culturais eram inseparáveis e impossíveis de serem entendidas de forma descoladas. A tributação se dava essencialmente pelo trabalho braçal prestado tanto a figura do Kuraka quanto a figura do Inca e em troca o governante assegurava as necessidades básicas para a existência de seus aldeãos. A junção de dois fatores possibilitara a derrotada para os espanhóis: uma guerra civil de sucessão entre os filhos do Inca que havia acabado de morrer e uma recém epidemia de varíola que havia enfraquecido um reinado que passava por um período de conflitos e intensa descentralização política. Assim como também vai ocorrer com os Astecas, Francisco Pizarro vai fazer um reconhecimento do território e da forma de organização, valendo-se das disputas internas e das inimizades étnicas para dominar a região e dissolver o Império Inca. A civilização pré-colombiana conhecida como os Maias se localizava na Península de Yucatã e atingiu seu ápice entre os séculos III e X, com uma enorme expansão cultural, econômica, política e social na região do Sul do México. Apesar de já estar em decadência antes da chegada dos portugueses, assim como as outras sociedades possuía uma enorme diversidade étnica e cultural uma vez que era povoada por diversos grupos étnicos. Conhecido pelo desenvolvimento de um sistema aprimorado de escrita, dos conhecimentos astronômicos, bem como pela sua arquitetura e arte. História Sua organização era feita através das cidades-estados e seus centros urbanos, enquanto os camponeses que serviam a administração permaneciam nas áreas periféricas. A não existência de um único centro político e administrativo durante a chegada dos portugueses dificultou a conquista dos povos que estavam espalhados pelo território, assim como o alto nível de hostilidade e ao fato de não existir abundância em metais preciosos. É importante ressaltar o caráter agressivo com o qual os espanhóis subjugaram os nativos americanos, assim como o papel dos fatores biológicos foram de extrema importância uma vez que as doenças trazidas pelos europeus eram desconhecidas pelos americanos. A utilização de cavalos e de armas de fogo e a habilidade política em explorar as inimizades entre os próprios nativos também foram elementos cruciais para a derrota dos antigos impérios. A ocupação e a exploração dos novos impérios coloniais vão se dar a princípio por duas novas dinâmicas econômicas, políticas e culturais que vão fomentar a acumulação de riquezas através da exploração de uma fonte de mão de obra abundante e de uma exploração dos recursos naturais. A primeira vai ser um conjunto de práticas conhecidas como o Mercantilismo baseado simplificadamente em: ▪ Metalismo: o acúmulo de metais preciosos. ▪ Balança comercial favorável: o nível de exportações deveria ser mais alto do que o de importações. A segunda dinâmica vai ser a implementação do pacto colonial que era a base da relação entre metrópole e colônia, onde o monopólio comercial da área explorada era totalmente controlada pelo seu explorador, delegando a América Espanhola a um espaço de produção agrícola e de exploração de recursos naturais valiosos enquanto a Espanha se dedicava a pratica do comércio e da manufatura. Para facilitar a administração das terras, a Coroa Espanhola vai dividir o território em Vice- Reinados e Capitanias Gerais controlados pelo Conselho Real e Supremo das Índias e criando um aparato burocrático com a Casa da Contração, as Intendências e as Câmaras Municipais – popularmente conhecidos como Cabildos - que ajudavam a manter o controle a ordem no território espanhol. Aos conquistadores foram distribuídos grandes lotes de terra conhecidos como haciendas destinados a monocultura ou para suprimento do mercado interno. A mão de obra utilizada era a indígena orientada por duas formas de trabalhos resgatadas do período pré-colonização: a mita, utilizada de forma mais abrangentenas minas com os indígenas retirados de suas tribos de origem trabalhando em péssimas condições e por valores irrisórios, e a encomienda, onde de acordo com a concessão da coroa toda uma aldeia poderia ficar ao dispor de um encomedero para trabalhar em minas ou na agricultura desde de que fossem evangelizados e mediante ao pagamento de um tributo. Em um número reduzido, mas os escravizados africanos também foram utilizados como mão de obra em alguns vice-reinados e capitanias como São Domingos, por exemplo. Existiam também os trabalhadores livres que eram compostos pelos mestiços – filhos de espanhóis com indígenas - os chapetones, representantes diretos da coroa e os criollos que eram os brancos nascidos na América que tinham um poder a nível local, criando assim uma História hierarquia na sociedade colonial. Posteriormente vão surgir conflitos entre os chapetones e os criollos devido ao privilégio e poder concedido aos primeiros por parte da coroa. O domínio do Novo Mundo vai permitir o crescimento e manutenção dos países europeus durante mais de dois séculos, assim como a consequência também vai perdurar dentro do continente dominado através da aculturação, da catequização imposta, da exploração sem limites, da destruição de seus templos e locais sagrados, da imposição dos hábitos europeus. História Exercícios 1. (ENEM/2009) Quando tomaram a Bahia, em 1624-5, os holandeses promoveram também o bloqueio naval de Benguela e Luanda, na costa africana. Em 1637, Nassau enviou uma frota do Recife para capturar São Jorge da Mina, entreposto português de comércio do ouro e de escravos no litoral africano (atual Gana). Luanda, Bengueka e São Tomé caíram nas mãos dos holandeses entre agosto e novembro de 1641. A captura dos dois polos da economia de plantações mostrava-se indispensável para o implemento da atividade açucareira. ALENCASTRO, L.F. Com quantos escravos se constrói um país? In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, ano 4, n.39 dez. 2008 (adaptado). Os polos econômicos aos quais se refere o texto são: a) as zonas comerciais americanas e as zonas agrícolas africanas. b) as zonas comerciais africanas e as zonas de transformação e melhoramento americanas. c) as zonas de minifúndios americanos e as zonas comerciais africanas. d) as zonas manufatureiras americanas e as zonas de entreposto africano no caminho para Europa. e) as zonas produtoras escravistas americanas e as zonas africanas reprodutoras de escravos. 2. (ENEM/2010) De fato, que alternativa restava aos portugueses, ao se verem diante de uma mata virgem e necessitando de terra para cultivo, a não ser derrubar a mata e atear- lhe fogo? Seria, pois, injusto entende-los por terem começado dessa maneira. Todavia, podemos culpar os seus descendentes, e com razão, por continuarem a queimar as florestas quando há agora, no início do século XIX, tanta terra limpa e pronta para o cultivo à sua disposição. SAINT-HILAIRE, A. Viagem às nascentes do rio S. Francisco [1847]. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1975 (adaptado). No texto, há informações sobre a prática da queimada em diferentes períodos da história do Brasil. Segundo a análise apresentada, os portugueses a) evitaram emitir juízo de valor sobre a prática da queimada. b) consideraram que a queimada era necessária em certas circunstâncias. c) concordaram quanto à queimada ter sido uma prática agrícola insuficiente. d) entenderam que a queimada era uma prática necessária no início do séc. XIX. e) relacionaram a queimada ao descaso dos agricultores da época com a terra. História 3. (ENEM/2010) Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de vilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra tropeiro vem de “tropa” que, no passado, se referia ao conjunto de homens que transportava gado e mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O tropeirismo acabou associado à atividade mineradora, cujo auge foi a exploração de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A extração de pedras preciosas também atraiu grandes contingentes populacionais para as novas áreas e, por isso, era cada vez mais necessário dispor de alimentos e produtos básicos. A alimentação dos tropeiros era constituída por toucinho, feijão preto, farinha, pimenta-do-reino, café, fubá e coité (um molho de vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam feijão quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que era servido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é um dos pratos típicos da cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos cozinheiros das tropas que conduziam o gado. A criação do feijão tropeiro na culinária brasileira está relacionada à a) atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas minas. b) atividade culinária exercida pelos moradores cozinheiros que viviam nas regiões das minas. c) atividade mercantil exercida pelos homens que transportavam gado e mercadoria. d) atividade agropecuária exercida pelos tropeiros que necessitavam dispor de alimentos. e) atividade mineradora exercida pelos tropeiros no auge da exploração do ouro. 4. (ENEM/2012) A experiência que tenho de lidar com aldeias de diversas nações me tem feito ver, que nunca índio fez grande confiança de branco e, se isto sucede com os que estão já civilizados, como não sucederá o mesmo com esses que estão ainda brutos. (NORONHA, M. Carta a J. Caldeira Brant: 2 jan. 1751. Apud CHAIM, M. M. Aldeamentos indígenas (Goiás: 1749-1811). São Paulo: Nobel, Brasília, INL, 1983 – Adaptado) Em 1749, ao separar-se de São Paulo, a capitania de Goiás foi governada por D. Marcos de Noronha, que atendeu às diretrizes da política indigenista pombalina que incentivava a criação de aldeamentos em função a) das constantes rebeliões indígenas contra os brancos colonizadores, que ameaçavam a produção de ouro nas regiões mineradoras. b) da propagação de doenças originadas do contato com os colonizadores, que dizimaram boa parte da população indígena. c) do empenho das ordens religiosas em proteger o indígena da exploração, o que garantiu a sua supremacia na administração colonial. d) da política racista da Coroa Portuguesa, contrária à miscigenação, que organizava a sociedade em uma hierarquia dominada pelos brancos. e) da necessidade de controle dos brancos sobre a população indígena, objetivando sua adaptação às exigências do trabalho regular. História 5. (ENEM/2012) Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos deparamos com uma impressionante multidão que dançava ao som de suas violas. Tão logo viram o Vice-Rei, cercaram-no e o obrigaram a dançar e pular, exercício violento e pouco apropriado tanto para sua idade quanto posição. Tivemos nós mesmos que entrar na dança, por bem ou por mal, e não deixou de ser interessante ver numa igreja padres, mulheres, frades, cavalheiros e escravos a dançar e pular misturados, e a gritar a plenos pulmões “Viva São Gonçalo do Amarante”. (BARBINAIS, Le Gentil. Noveau Voyage 12nten du monde. Apud: TINHORÃO, J. R. As festas no Brasil Colonial. São Paulo: Ed. 34, 2000 – Adaptado) O viajante francês, ao descrever suas impressões sobre uma festa ocorrida em Salvador, em 1717, demonstra dificuldade em entende-la, porque, como outras manifestações religiosas do período colonial, ela a) seguia os preceitos advindos da hierarquia católica romana. b) demarcava a submissão do povo à autoridade constituída. c) definia o pertencimento dos padres às camadas populares. d) afirmava um sentido comunitário de partilha da devoção. e) harmonizava as relações sociais entre escravose senhores. 6. (ENEM/2010) Gregório de Matos definiu, no século XVII, o amor e a sensualidade carnal. O Amor é finalmente um embaraço de pernas, união de barrigas, um breve tremor de artérias. Uma confusão de bocas, uma batalha de veias, um rebuliço de ancas, quem diz outra coisa é besta. VAINFAS, R. Brasil de todos os pecados. Revista de História. Ano 1, nº 1. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, nov. 2003. Vilhena descreveu ao seu amigo Filopono, no século XVIII, a sensualidade nas ruas de Salvador. Causa essencial de muitas moléstias nesta cidade é a desordenada paixão sensual que atropela e relaxa o rigor da Justiça, as leis divinas, eclesiásticas, civis e criminais. Logo que anoutece, entulham as ruas libidinosos, vadios e ociosos de um e outro sexo. Vagam pelas ruas e, sem pejo, fazem gala da sua torpeza. VILHENA, L. S. A Bahia no século XVIII. Colégio Baiana, v. 1. Salvador: Itapuã, 1969 (adaptado). A sensualidade foi assunto recorrente no Brasil colonial. Opiniões se dividiam quando o tema afrontava diretamente os “bons costumes”. Nesse contexto, contribuía para explicar essas divergências a) a existência de associações religiosas que defendiam a pureza sexual da população branca. b) a associação da sensualidade às parcelas mais abastadas da sociedade. c) o posicionamento liberal da sociedade oitocentista, que reivindicava mudanças de comportamento na sociedade. d) a política pública higienista, que atrelava a sexualidade a grupos socialmente marginais. e) a busca do controle do corpo por meio de discurso ambíguo que associava sexo, prazer, libertinagem e pecado. História 7. (ENEM/2011) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras. CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996. Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso. b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses. c) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente. d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto. e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante. 8. (ENEM 2012) Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar extrair à vontade. Carta de Colombo aos reis da Espanha, juIho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado). O documento permite identificar um interesse econômico espanhol na colonização da América a partir do século XV. A implicação desse interesse na ocupação do espaço americano está indicada na a) expulsão dos indígenas para fortalecer o clero católico. b) promoção das guerras justas para conquistar o território. c) imposição da catequese para explorar o trabalho africano. d) opção pela policultura para garantir o povoamento ibérico. e) fundação de cidades para controlar a circulação de riquezas. 9. (ENEM 2013) De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001 A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo: a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos. b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa. c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente. d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia. e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho. História 10. (ENEM PPL 2009) Na América espanhola colonial, a primeira prioridade dos invasores foi extrair riquezas dos conquistados. Essa extração foi realizada mediante a apreensão direta de excedentes previamente acumulados de metais ou pedras preciosas. Isso tomou a forma de saques e pilhagens, uma maneira oficialmente aceita de pagar soldados ou expedicionários voluntários. MACLEOD, Murdo J. Aspectos da economia interna da América espanhola colonial. In: BETHELL, Leslie. História da América. São Paulo: Edusp; Brasília: Funag, 1999, v. II, p. 219-220. Tendo em vista as características citadas, conclui-se que a América espanhola colonial começou como uma sociedade a) escolhida para representar e simbolizar o espírito da modernidade europeia no conquistado continente americano. b) engajada na atividade comercial da qual provinham especiarias para serem distribuídas pelo território da Europa. c) centrada na extração e beneficiamento mineral de recursos como ouro, prata e pedras preciosas, ali encontrados. d) fundada na lógica da conquista, ao se fazer uso da violência contra a população indígena para a apropriação de riquezas. e) voltada para o cultivo da cana-de-açúcar, produto bastante valorizado, tal como se verificou nas colônias portuguesas História Gabarito 1. E O texto fala do litoral brasileiro e do litoral africano como dois polos fundamentais para a produção do açúcar. De um lado, o polo da terra e da agricultura e do outro o fornecedor de mão de obra escravizada. 2. B Percebe-se pelo texto que as queimadas foram práticas muito utilizadas pelos portugueses, tanto em 1500 quanto no próprio século XIX. 3. C Os tropeiros foram figuras essenciais no abastecimento da colônia. Através das tropas de mulas, carregavam alimentos e mercadorias pelo interior do território, movimentando o comércio local. 4. E O aldeamento buscava controlar essa população indígena, evitando novos conflitos com a população branca e inserindo os nativos a força no mundo colonial. 5. D O viajante percebe que indivíduos de diversas camadas sociais compartilhavam a mesma devoção católica, apesar de ainda manterem seus lugares diferentes na hierarquia social. 6. E O texto destaca o forte controle colonial sobre o corpo, principalmente vindo da Igreja Católica, que definia rigorosamente o que seria ou não pecado. 7. A O açúcar era um produto muito valorizado pelas cortes europeias durante os séculos XVI e XVII, portanto, o comércio desse produto na Europa alcançava grandes lucros para os produtores. 8. E No documento, Colombo relata a riqueza do território encontrado, sugerindo que tal local fosse ocupado e explorado para a obtenção do ouro. 9. E Na carta, Pero Vaz deixa clara a necessidade de “salvar” os indígenas. Essa salvação, no caso, seria feita com base no catolicismo. 10. D A América espanhola foi conquistada com base na violência e na religião, exterminando impérios e grupos indígenas.
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