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suário ROSEMEIRE NATIVIDAD CORRALES Curso GRA0191 LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL GR1838211 - 202110.ead-15076.01 Teste ATIVIDADE 2 (A2) Iniciado 24/02/21 15:41 Enviado 24/02/21 16:42 Status Completada Resultado da tentativa 10 em 10 pontos Tempo decorrido 1 hora, 0 minuto Resultados exibidos Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários · Pergunta 1 1 em 1 pontos Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu oficio. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer. RAMOS, Graciliano. Apud SILVEIRA, JOEL. Rio de Janeiro:Editora Mauad, 1998, p. 77 Todo texto é produzido tendo como princípios diferentes elementos da comunicação, a intenção de quem o produz, o sentido preterido e os recursos utilizados para atingir determinado sentido. Tendo isso em mente, pode-se dizer que a comparação utilizada por Graciliano Ramos Resposta Selecionada: promove uma associação entre lavar roupa e escrever. Resposta Correta: promove uma associação entre lavar roupa e escrever. Comentário da resposta: Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “c”, “promove uma associação entre lavar roupa e escrever”. Assim como lavar roupa exige etapas para se atingir um “produto final”, a escrita deve ser pensada da mesma maneira. · Pergunta 2 1 em 1 pontos O termo intertextualidade foi tão utilizado, definido, carregado de sentidos diferentes que se tornou uma noção ambígua do discurso literário; com frequência, atualmente, dá-se preferência a esses termos metafóricos, que assinalam de uma maneira menos técnica a presença de um texto em outro texto: tessitura, biblioteca, entrelaçamento, incorporação ou simplesmente diálogo. Ele apresenta, no entanto, a vantagem, graças à sua aparente neutralidade, de poder agrupar várias manifestações dos textos literários, de seu entrecruzamento, de sua dependência recíproca. A literatura se escreve certamente numa relação com o mundo, mas também apresenta-se numa relação consigo mesma, com sua história, a história de suas produções, a longa caminhada de suas origens. SAMOYAULT, Tiphaine. Intertextualidade . São Paulo: Hucitec, 2008, p. 9. A Intertextualidade estabelece essa relação entre textos, no qual um texto faz referência à outra, de maneira implícita ou explícita. Como base nisso, é possível dizer que o processo de intertextualidade Resposta Selecionada: resgata significados e/ou significantes, associando novos sentidos à elementos anteriores. Resposta Correta: resgata significados e/ou significantes, associando novos sentidos à elementos anteriores. Comentário da resposta: Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “d”, “resgata significados e/ou significantes, associando novos sentidos a elementos anteriores”. Isso ocorre devido ao caráter dialógico da língua, que se forma como resposta/continuidade a outros enunciados. · Pergunta 3 1 em 1 pontos A orientação dialógica é naturalmente um fenômeno próprio a todo discurso. Trata-se da orientação natural de qualquer discurso vivo. Em todos os seus caminhos até o objeto, em todas as direções, o discurso se encontra com o discurso de outrem e não se pode deixar de participar, com ele, de uma interação viva e tensa. Apenas o Adão mítico que chegou com a primeira palavra num mundo virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia realmente evitar por completo esta mútua orientação dialógica od discurso alheio para o objeto. Para o discurso humano, concreto e histórico, isso não é possível: só em certa medida e convencionalmente é que pode dela se afastar. BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 88. Tomando como base a questão 22, por que Bakhtin usa a figura de “adão” como metáfora para abordar a característica intrinsecamente dialógica da linguagem? Resposta Selecionada: Por que Adão, num primeiro momento, teria proferido discursos que não eram resposta a outros. Resposta Correta: Por que Adão, num primeiro momento, teria proferido discursos que não eram resposta a outros. Comentário da resposta: Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “d”, “Por que Adão, num primeiro momento, teria proferido discursos que não eram resposta a outros”. A personagem bíblica produziu linguagem sem um referente anterior. · Pergunta 4 1 em 1 pontos João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo; e tanto economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento de ordenados vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um conto e quinhentos em dinheiro. Proprietário e estabelecido por sua conta, o rapaz atirou-se à labutação ainda com mais ardor, possuindo-se de tal delírio de enriquecer, que afrontava resignado as mais duras privações. Dormia sobre o balcão da própria venda, em cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de estopa cheio de palha. AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Rio de Janeiro: Klick, 1997, p. 2 Com base nos termos destacados no texto, pode-se dizer que tratam-se de processos de Resposta Selecionada: coesão referencial e sequencial. Resposta Correta: coesão referencial e sequencial. Comentário da resposta: Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “a”, “coesão referencial e sequencial”. Os elementos textuais conectam o texto, resgatando a memória à medida que o fazem progredir. · Pergunta 5 1 em 1 pontos . O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar. (ANDRADE, C.D. Sentimento do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2012, p. 34) Assinale a alternativa referente ao verso em que a conjunção estabelece relação de sentido diferente das demais. Resposta Selecionada: No quarto verso, por ser uma conjunção que agrega um valor aditivo entre termos do mesmo valor sintático e classe gramatical. Resposta Correta: No quarto verso, por ser uma conjunção que agrega um valor aditivo entre termos do mesmo valor sintático e classe gramatical. Comentário da resposta: Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “d”, “4”. No verso em questão, a conjunção “e” não é utilizada para construir a progressão textual, mas para conectar palavras da mesma classe gramatical e função sintática. · Pergunta 6 1 em 1 pontos TEXTO I Trecho do poema de “Sete Faces” de Carlos Drummond de Andrade “Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.” ANDRADE, C.D. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 58 TEXTO II Trecho do poema “Até o fim” de Chico Buarque “Quando nasci veio um anjo safado O chato do querubim E decretou que eu estava predestinado A ser errado assim” BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989 Tendo como base os processos de relação intertextual, construção e reconstrução de sentidos,pode-se dizer que o poema “Até o fim”, de Chico Buarque Resposta Selecionada: promove uma continuidade irônica com “Sete Faces”, de Carlos Drummond de Andrade. Resposta Correta: promove uma continuidade irônica com “Sete Faces”, de Carlos Drummond de Andrade. Comentário da resposta: Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “c”, promove uma continuidade irônica com “Sete Faces”, de Carlos Drummond de Andrade”. O poema de Chico Buarque revisita e promove uma visão irônico da predestinação apresentada no poema de Carlos Drummond de Andrade. · Pergunta 7 1 em 1 pontos Julia Kristeva cunha o termo “intertextualidade”, ao analisar os apontamentos de Bakhtin sobre o caráter dialógico da linguagem. Para a crítica literária, a intertextualidade seria “escritura simultânea como escritura e comunicabilidade[capaz de criar]espaço textual múltiplo, cujos elementos são suscetíveis de aplicação no texto poético concreto”. KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974, p. 71 A partir do texto, pode-se afirmar que todo texto Resposta Selecionada: é construído via absorção e transformação de um outro texto. Resposta Correta: é construído via absorção e transformação de um outro texto. Comentário da resposta: Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “a”, “é construído via absorção e transformação de um outro texto”. Assim como um mosaico, os textos vão sendo absorvidos, de múltiplas formas, pelos escritores, dando origem à novos textos. · Pergunta 8 1 em 1 pontos A intertextualidade apresenta de fato o paradoxo de criar um forte liame de dependência do leitor, que ele provoca e incita sempre a ter mais imaginação e saber, cifrando, de modo suficiente, elementos para que um deslocamento apareça entre a cultura, a memória, a individualidade de um e a do outro. SAMOYAULT, Tiphaine. Intertextualidade. São Paulo: Hucitec, 2008, p. 89-90 Thiphaine Samoyault traz a metáfora da “biblioteca” para referenciar toda a formação sociocultural de um indivíduo. Ao reler Bakhtin, Samoyault aponta que o dialogismo é a característica inerente da linguagem de Resposta Selecionada: se mostrar monológica. Resposta Correta: se mostrar monológica. Comentário da resposta: Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “a”, “a característica inerente da linguagem de se renovar de acordo com o indivíduo que a utiliza”. A linguagem tem uma função social e, por isso, se atualiza a cada indivíduo que a reinventa e renova em prol do melhor uso de suas potencialidades. · Pergunta 9 1 em 1 pontos . O lobo e o leão Um Lobo, que acabara de roubar uma ovelha, depois de refletir por um instante, chegou à conclusão que o melhor seria levá-la para longe do curral, para que enfim fosse capaz de servir-se daquela merecida refeição, sem o indesejado risco de ser interrompido por alguém. No entanto, contrariando a sua vontade, seus planos bruscamente mudaram de rumo, quando, no caminho, ele cruzou com um poderoso Leão, que sem muita conversa, de um só bote, lhe tomou a ovelha. O Lobo, contrariado, mas sempre mantendo uma distância segura do seu oponente, disse em tom injuriado, com uma certa dose de ironia: "Você não tem o direito de tomar para si aquilo que por direito me pertence!" O Leão, sentindo-se um tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou em volta, mas como o Lobo estava longe demais e não valia a pena o inconveniente de persegui-lo apenas para lhe dar uma merecida lição, disse com desprezo: "Como pertence a você? Você por acaso a comprou ou, por acaso, terá o pastor lhe dado como presente? Por favor, me diga, como você a conseguiu?" ESOPO. Fábulas completas. São Paulo: Moderna, 1997, p. 122 O texto acima é uma das famosas fábulas de Esopo. A fábula é uma narrativa fantástica na qual animais falam e contam uma narrativa em prol de um valor moral. Ao ler essa fábula sobre o viés da produção de enunciados significativos, pode-se dizer que o diálogo entre o leão e o lobo Resposta Selecionada: promove uma discussão irônica sobre o conceito de “direitos” e, por consequência, sobre o sistema judiciário. Resposta Correta: promove uma discussão irônica sobre o conceito de “direitos” e, por consequência, sobre o sistema judiciário. Comentário da resposta: Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “d”, “o diálogo entre o leão e o lobo promove uma discussão irônica sobre o conceito de “direitos” e, por consequência, sobre o sistema judiciário”. Há uma discussão sobre as forças dominantes e o que legitima essas forças dentro do próprio sistema jurídico. · Pergunta 10 1 em 1 pontos . Impotência Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil. BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011, p. 14 Tomando como base os elementos utilizados para construir a progressão narrativa do texto, pode-se dizer que, para que a construção da coesão e o sentido original do texto sejam mantidos, a conjunção “ mas” em “ Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara” pode ser substituída por Resposta Selecionada: “porém”, mantendo o valor contrastivo. Resposta Correta: “porém”, mantendo o valor contrastivo. Comentário da resposta: Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “a”, “porém, mantendo o valor contrastivo”. A coesão textual cria uma oposição linguística entre os termos, entre querer fazer algo, mas um contratempo. Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 2021 16h44min51s BRT