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Plano De Aula 12 - Especificidades do Jornalismo Científico

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Plano	de	Aula:	Jornalismo	Científico
JORNALISMO	ESPECIALIZADO	-	CCA0798
Título
Jornalismo	Científico
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
12
Tema
Especificidades	do	Jornalismo	Científico
Objetivos
Gerais
Conhecer	a	evolução	do	jornalismo	científico	no	mundo	e	no	Brasil
Compreender	o	papel	do	jornalista	científico	como	mediador	entre	a	comunidade
científica	e	a	sociedade
Compreender	os	aspectos	éticos,	sociais,	políticos	e	econômicos	envolvidos	em
ciência	e	tecnologia
Específicos
Identificar	o	jornalismo	científico	com	uma	abordagem	interpretativa	e	investigativa
de	C&T
Identificar,	criticar	e	resolver	os	estereótipos	da	relação	entre	comunidade	científica
e	imprensa
Distinguir	discurso	científico	e	discurso	jornalístico	de	divulgação	científica
Estrutura	do	Conteúdo
HISTÓRIA
Como	lembra	Oliveira	(2012),	há	indícios	de	que	a	divulgação	científica
começou	com	a	própria	imprensa	de	tipos	móveis	no	século	XV.	Entre	a
publicação	da	Bíblia	de	Gutenberg,	em	1455	e	a	configuração	do	jornalismo
científico,	há	dois	séculos	de	diferença,	e	isso	não	é	muito	tempo	levando	em
conta	o	contexto	da	época.	Indispensável	citar	Galileu	Galilei	que	publica	o	livro
“Mensageiro	Celeste”	em	1610,	com	linguagem	acessível	sobre	descoberta	e
observações	das	três	luas	de	Júpiter.
Nesse	interim,	há	o	apogeu	da	Inglatera	de	Newton	como	berço	da	divulgação
do	jornalismo	científico,	no	século	XCII,	e	a	criação	de
A	literatura	do	jornalismo	científico	mostra	que	a	área	foi	impulsionada	de	fato
a	partir	da	segunda	metade	do	século	XIX.	A	expansão	é	constante	na	Europa.
Com	duas	guerras	mundiais,	houve	também	contribuição	para	o	jornalismo
científico	na	Europa	e	nos	Estados	Unidos.	Após	a	primeira	guerra,	jornalistas
dos	dois	continentes	tentaram	reunir	informação	e	conhecimento	nas
primeiras	associações	de	jornalismo	científico.	Na	Europa,	a	Inglaterra	tomou	a
dianteira.
Em	1971,	foi	criada	a	União	Europeia	das	Associações	de	Jornalismo	Científico.
JC	no	Brasil
Até	a	instalação	da	Coroa	Portuguesa	no	país,	existia	a	proibição	de	imprimir
livros	e	jornais.	Escolas	de	nível	superior	só	surgiram	na	segunda	metade	do
século	XIX	e	as	primeiras	universidades,	na	década	de	1930.
O	impacto	do	avanço	tecnológico	na	Segunda	Guerra	Mundial	impulsionou	a
ciência	no	país.	Dentre	publicações	pioneiras	de	divulgação	científica	no	país,
pode-se	citar	a	Revista	Brasileira	(1857),	a	Revista	do	Rio	de	Janeiro	(1876)	e	a
Revista	do	Observatório	(1886),	esta	editada	pelo	Imperial	Observatório	do	Rio
de	Janeiro	(atual	Observatório	Nacional).
Com	sua	coluna	científica	semanalmente	publicada	na	Folha	de	S.	Paulo	de
1947	a	2002,	o	médico	especialista	em	microbiologia,	pesquisador,	educador	e
jornalista	José	Reis	(ou	J.	Reis)	é	considerado	o	patrono	do	jornalismo	científico
no	Brasil.	Já	em	1932	ele	publicava	artigos	e	folhetos	de	temas	científicos.
Em	1948,	foi	criada	a	Sociedade	Brasileira	para	o	Progresso	da	Ciência	(SBPC).
Sua	missão	é	divulgar	a	ciência	e	a	tecnologia,	além	de	manter	um	intenso
trabalho	no	Congresso	para	conscientização	e	aprovação	de	leis	visando	o
desenvolvimento	científico	e	tecnológico.
O	SBPC	firmou-se	como	uma	trincheira	de	tradição,	principalmente	durante	a
Ditadura.	Em	1951	foi	criado	o	Conselho	Nacional	de	Pesquisas	(CNPq).	Nasceu
com	a	finalidade	de	promover	o	desenvolvimento	da	investigação	científica,
hoje	a	principal	agência	de	fomento	e	ciência	no	país.
Jornalismo	Científico
O	Jornalismo	Científico	(JC)	ajudou	a	desmistificar	o	estereótipo	do	pesquisador
científico	e	colaborou	no	avanço	do	processo	de	alfabetização	científica.
Nos	últimos	anos	houve	avanço	significativo	do	JC	no	Brasil,	graças	à
consolidação	da	pesquisa	científica	no	país	e	incremento	das	universidades,
sobretudo	a	partir	dos	anos	2000.
A	divulgação	científica	tem	tudo	a	ver	com	cidadania.	Fazer	Jornalismo	Científico
é	o	privilégio	de	ser	porta-voz	da	fronteira	do	conhecimento	humano.
O	papel	do	jornalismo	científico	é	divulgar	e	interpretar	os	avanços	científicos
ao	cidadão	comum,	que	tem	o	direito	e	precisa	conhecer	e	compreender	as
informações	científicas,	uma	vez	que	elas	podem	lhe	afetar	diretamente	a	vida.
Na	medida	em	que	adquire	cultura	científica,	a	sociedade	também	tem
melhores	condições	de	avaliar,	opinar	e	influir	nas	decisões	políticas
relacionadas	à	área.
A	tarefa	da	reportagem	especializada	em	ciência	e	tecnologia	é	transformar	o
conhecimento	científico-tecnológico	em	informação	jornalística.	Atualizar	a
formação	básica	generalista	das	pessoas.	Também	cabe	a	esse	profissional
indicar	áreas	de	interesse	que	poderão	ser	aprofundadas	por	livros	e	cursos
especializados.
O	JORNALISTA	DE	CIÊNCIA
O	uso	da	chamada	metalinguagem	aproxima	o	público	através	da	associação
de	um	princípio	ou	uma	teoria	científica	a	alguma	coisa	que	lhe	é	familiar.
Quando	as	pessoas	associam	uma	teoria	a	algo	que	lhes	é	familiar,	é	mais	fácil
compreender	aquele	assunto.	É	importante	entender	que	o	jornalismo
científico	está	ligado	a	outras	áreas	e	aspectos	(enchentes,	pragas,	etc).
Atualmente,	um	dos	problemas	enfrentados	e	verificados	no	jornalismo	de
ciência	é	a	falta	de	visão	crítica	com	relação	aos	cientistas.	Há	algum	grau	de
subserviência	em	relação	ao	porta-voz	da	Ciência,	uma	espécie	de
deslumbramento	que	pode	afetar	a	construção	da	informação	jornalística	e,
consequentemente,	o	público.	Recomenda-se	perguntar	buscando	traduzir	o
tema,	sempre.	
Outra	questão	a	ser	observada	é	a	ressalva	de	parte	da	comunidade	científica
ao	trabalho	do	jornalismo,	e	assim	como	é	necessário	didatizar	ciência	ao
grande	público,	é	necessário	explicar	o	fazer	jornalístico	ao	cientista.	Sobre
essa	relação,	é	importante	lembrar	que	em	países	como	nos	EUA,	os
jornalistas	científicos	têm	como	norma	não	divulgar	nenhum	fato	científico
antes	de	sua	publicação	reconhecida	pela	comunidade	acadêmica.
Discurso	jornalístico	e	científico
Lembremos	que	enquanto	o	cientista	escreve	para	um	grupo	de	leitores,
específico,	restrito	e	especializado,	o	jornalista	almeja	atingir	o	grande	público.
A	redação	do	texto	científico	segue	normas	rígidas	de	padronização	e
normatização	universais,	além	de	ser	desprovidas	de	atrativos.
A	escrita	jornalística	deve	ser	coloquial,	amena,	atraente,	objetiva	e	simples.,	A
produção	científica	é	resultado	de	anos	de	investigação,	mas	a	jornalística,
rápida	e	efêmera.
MERCADO
O	jornalista	de	ciência	tem	espaço	em	organizações,	universidades,
publicações	especializadas,	agências	de	conteúdo,	novos	canais	como
podcasts	e	youtube
Aplicação	Prática	Teórica

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