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DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Aula 12 Direito Constitucional Processo Legislativo Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 2 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Fala pessoal, tudo certo com vocês? Hoje vamos começar a adentrar nos assuntos que considero mais importantes em qualquer concurso: os direitos fundamentais, gênero Processo Legislativo: O que é o processo legislativo? Todo processo pressupõe uma sequência ordenada de atos (procedimentos) com a finalidade se alcançar uma finalidade. No caso em questão, a finalidade é a produção legislativa. Neste estudo sobre o processo legislativo (também chamado de “processo legiferante”) veremos o rito de elaboração, limitações e procedimentos em geral para se elaborarem os atos normativos primários, ou seja, aqueles que retiram o seu fundamento de validade diretamente do texto constitucional. Assim, temos, segundo o art. 59 da Constituição, que o processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Todas as normas acima são atos primários, não vemos ali os decretos, portarias e etc. que seriam os "atos secundários", já que decorrem dos atos primários. Todos os atos ali presentes são também infraconstitucionais, com exceção das emendas, que após serem promulgadas se incorporam ao texto constitucional com mesmo status deste. Assim, podemos esquematizar na "pirâmide de Kelsen": Aula 12 DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 3 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Observação 1 – Os atos primários não são somente estes 7 ali previstos. Embora não elencados como parte do “processo legislativo” pela Constituição, o Supremo Tribunal Federal e a doutrina reconhecem com atos primários outras normas como o Decreto Autônomo e o Regimento Interno dos Tribunais, pois são atos normativos que retiram seu fundamento de validade diretamente do texto da Constituição, sem que sejam simples atos regulamentares de outras normas. Alexandre de Moraes ainda cita os atos normativos expedidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 103-B, §4º, I) como pertencente a tal grupo. Observação 2 – Embora as emendas à Constituição tenham status idêntico às demais normas constitucionais, a doutrina costuma dizer, que a emenda constitucional enquanto proposta (PEC) teria, ainda, um status de ato infraconstitucional, pois a PEC deve respeitar os limites impostos pelo texto da Constituição, sendo assim, hierarquicamente subalterna. Após a promulgação, quando a emenda efetivamente passar a integrar o texto da constituição, será elevada ao status constitucional se impondo sobre todo o resto do ordenamento e não possuindo distinções hierárquicas com as normas originárias. 1. (ESAF/AFT/2010) A emenda à Constituição Federal, enquanto proposta, é considerada um ato infraconstitucional. Comentários: Segundo a doutrina a emenda constitucional enquanto proposta (PEC) teria seria considerado um ato infraconstitucional, já que respeitar os limites impostos pelo texto da Constituição. Após a promulgação, no entanto, seria elevada ao status constitucional sem diferenciação hierárquica perante as normas originárias. . . . Emendas Constitucionais Lei Complementar Lei Ordinária Lei Delegada Medida Provisória Decreto Legislativo Resolução DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 4 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Gabarito: Correto. Hierarquia entre as normas: Não existe qualquer hierarquia entre normas de um mesmo patamar. Ou seja, não há hierarquia entre normas constitucionais originárias e normas constitucionais derivadas (oriundas de emendas); também não há qualquer hierarquia das normas infraconstitucionais entre si, a diferença delas se situa no âmbito da matéria tratada e não no campo hierárquico. Não há também o que se falar em hierarquia entre os ordenamentos de entes distintos. Ou seja, não existe superioridade hierárquica de uma norma federal sobre uma estadual, ou de uma norma estadual sobre a Municipal. A exceção a isso é apenas a Constituição Federal, que na verdade não é uma norma “federal” e sim “nacional” (aplicável a toda a federação), sendo o diploma máximo, superior na organização interna de todo o país. É de se destacar ainda que, embora não haja hierarquia entre normas de ordenamentos distintos da federação, existem interferências constitucionalmente estabelecidas, como a necessidade de lei estadual respeitar certas normas gerais federais, e ainda a possibilidade presente no art. 24 da Constituição (matéria legislativa concorrente) de que norma federal superveniente suspenda a eficácia da norma estadual que legislou plenamente na omissão legislativa da União. Veja que, por não haver hierarquia, não se fala em “revogação” da norma estadual, mas de uma “suspensão”. Formalidades do processo legislativo: Art. 59, parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. Essa lei complementar existe, é a LC 95/98. 2. (FCC/TJAA-TJ-PI/2009) O processo legislativo NÃO compreende a elaboração de: a) decretos legislativos. b) emendas à Constituição. c) medidas provisórias. d) resoluções. e) portarias. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 5 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Comentários: O processo legislativo, segundo o art. 59 da Constituição, compreende a elaboração de 7 normas, sendo que 6 delas são infraconstitucionais de mesma hierarquia e 1 delas (EC) é norma de hierarquia equivalente às normas constitucionais originárias. São elas: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas;V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Gabarito: Letra E. 3. (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrás/2010) De acordo com o texto da Constituição Federal, o processo legislativo NÃO compreende a elaboração de a) emendas à Constituição. b) medidas provisórias. c) leis delegadas. d) decretos. e) resoluções. Comentários: O processo legislativo, segundo o art. 59 da Constituição, compreende a elaboração de 7 normas, sendo que 6 delas são infraconstitucionais de mesma hierarquia e 1 delas (EC) é norma de hierarquia equivalente às normas constitucionais originárias. São elas: I - emendas à Constituição;II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas;V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Gabarito: Letra D. 4. (CESGRANRIO/Analista-DNPM/2006) Conforme a Constituição, o processo legislativo NÃO compreende a elaboração de: (A) emendas à Constituição. (B) medidas provisórias. (C) decretos legislativos. (D) resoluções. (E) portarias. Comentários: DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 6 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Novamente. O processo legislativo, segundo o art. 59 da Constituição, compreende a elaboração de 7 normas, sendo que 6 delas são infraconstitucionais de mesma hierarquia e 1 delas (EC) é norma de hierarquia equivalente às normasconstitucionais originárias. São elas: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Gabarito: Letra E. 5. (CESPE/Técnico Legislativo- Sênior IAL-ES/2011) O processo legislativo é o conjunto de atos e atividades destinados à elaboração de normas jurídicas. Comentário: Esta definição corretamente se encaixa no conceito de processo legislativo. Gabarito: Correto 6. (CESPE/Analista-Câmara dos Deputados/2012) O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas e medidas provisórias. Os decretos legislativos e as resoluções — que tratam de matérias de competência privativa do Senado Federal e da Câmara dos Deputados — são considerados atos internos do Poder Legislativo, que não necessitam de sanção presidencial e, portanto, não compõem o processo legislativo. Comentário: Primeiramente importante destacar que os decretos legislativos e as resoluções estão compreendidos no processo legislativo. O fato de dependeram ou não de sanção presidencial não guarda relação com as espécies normativas, lembrando que as emendas constitucionais dispensam a sanção presidencial. Confira no art. 59 da Constituição: Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Gabarito: Errado. 7. (CESPE/Técnico Legislativo- Sênior IAL-ES/2011) O processo legislativo compreende a elaboração de leis ordinárias, de leis http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2011-al-es-tecnico-legislativo-senior-i-secretaria-legislativa-secretaria-administrativa http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2011-al-es-tecnico-legislativo-senior-i-secretaria-legislativa-secretaria-administrativa DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 7 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte complementares, de leis delegadas, de resoluções administrativas dos tribunais, bem como dos decretos regulamentares. Comentários: O processo legislativo não compreende nem as resoluções administrativas dos tribunais nem os decretos regulamentares, apenas aquelas 7 normas constantes no art. 59 da Constituição, quais sejam: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. As "resoluções" que aqui se encontram não são "resoluções administrativas", mas sim espécies de normas que podem ser expedidas pela Casas Legislativas, notadamente para regulamentar aquelas matérias que estão no art. 51 e 52 da Constituição. Já o Decreto-Legislativo não se confunde com "decreto regulamentar". Decreto-Legislativo é espécie normativa privativa do Congresso, para dispor sobre os temas de sua competência exclusiva, disposta no art. 49 da Constituição. Já o decreto regulamentar é o decreto elaborado pelo Presidente da República para regulamentar a forma como algumas leis devem ser aplicadas. Gabarito: Errado. 8. (CESPE/TCE-AC/2009) Segundo a CF, emenda constitucional disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. Comentários: Não existe nenhuma disposição na Constituição que tenha como redação "emenda constitucional disporá sobre", isto porque, deste modo, iria criar-se uma disposição regulamentar de status constitucional, o que não tem lógica alguma. O enunciado trata do art. 59, parágrafo único da Constituição, que diz "Cabe à lei complementar dispor sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis". Gabarito: Errado. 9. (FGV/Técnico Legislativo – Senado/2008) Consoante os termos do art. 59 da Constituição brasileira, as seguintes normas estão compreendidas no regular processo legislativo: a) resoluções e decretos. b) medidas provisórias e estatutos. c) leis programáticas e leis delegadas. d) decretos legislativos e resoluções. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 8 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte e) leis complementares e leis suplementares. Comentários: O processo legislativo, segundo o art. 59 da Constituição, compreende a elaboração de 7 normas, sendo que 6 delas são infraconstitucionais de mesma hierarquia e 1 delas (EC) é norma de hierarquia equivalente às normas constitucionais originárias. São elas: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Gabarito: Letra D. 10. (FEPESE/PGE-SC/2009) Lei ordinária disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. Comentários: Isso é papel da lei complementar. Gabarito: Errado. Noções sobre o trâmite do Processo Legislativo: O processo legislativo básico é aquele onde se faz as “leis ordinárias”, o nome é “ordinária”, pois é a lei comum, que segue a ordem natural. Este será o processo legislativo mais completo e para o qual a Constituição deu maior atenção. O processo da lei complementar é o mesmo da lei ordinária, a única diferença é o quórum exigido para votação – na lei complementar necessita-se da maioria absoluta dos votos (mais da metade do efetivo da Casa), enquanto na lei ordinária basta a maioria simples (mais da metade dos presentes). Além das leis complementares e ordinárias, no entanto, sabemos que existem outras 5 espécies de normas sujeitas a processo legislativo, essas normas (emendas constitucionais, decretos legislativos, leis delegadas, resoluções e medidas provisórias) possuem trâmites particulares, muitas vezes com ausência de algumas das fases do processo comum das leis ordinárias, conforme veremos. 1ª - Fase introdutória: É a fase onde alguém toma a iniciativa de um projeto de lei, levando o tem à discussão. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 9 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Existem casos na Constituição onde teremos iniciativa exclusiva para certos temas (ex. só o Presidente pode iniciar as matérias do art. 61 §1º, só o STF pode iniciar a discussão sobre o estatuto da Magistratura previsto na CF, art. 93) e outros casos onde a iniciativa será concorrente, podendo ser tomada por diversas autoridades distintas. A iniciativa é, em regra, apresentada à Câmara dos Deputados, sendo exceção a isto quando ela for tomada por Senadores ou Comissão do Senado, quando irá se instaurar a discussão diretamente no Senado Federal. 2ª - Fase Constitutiva: Após ser tomada a iniciativa, deverá se deliberar a respeito do projeto e proceder a votação para fins de aprovação/rejeição do mesmo. A fase constitutiva se divide em duas etapas: Deliberação parlamentar – Consiste na discussão do projeto e sua aprovação/rejeição. Deliberação executiva – Consiste da sanção ou veto do chefe do Poder Executivo ao projeto que tenha sido aprovado na deliberação parlamentar Sanção é o ato do chefe do Executivo através do qual ele “concorda” com a deliberação parlamentar e assim faz nascer a lei1. Caso não concorde com o projeto ele deverá vetá-lo (total ou parcialmente). A sanção é o procedimento que faz a lei se tornar um ato perfeito e acabado, terminando a sua fase de “construção”. Assim, a sanção transforma o “projeto” em “lei”. 3ª - Fase Complementar: Caso o projeto tenha sido sancionado pelo chefe do Executivo, ele chega na sua fase complementar, que consiste na promulgação da lei e na sua publicação. ParaJosé Afonso da Silva, a fase complementar estaria fora do processo legislativo, pois a lei já foi criada com a sanção, sendo esta fase complementar uma condição de validade para lei. 1 Esta é a posição de José Afonso da Silva que diz que a sanção terminaria o processo legislativo propriamente dito, posição que é seguida por Alexandre de Moraes, que ainda endossa como defendida por Michel Temer, Manoel Gonçalves Ferreira Filho e Pontes de Miranda, entre outros. Há, no entanto, posições contrárias a esta, que diz ser a promulgação o procedimento que transforma o projeto em lei. Seguiremos a primeira posição. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 10 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Promulgar é “declarar a existência da lei”. Com a sanção na fase constitutiva termina-se a “construção” da lei, desta forma, a promulgação incide sobre um ato perfeito e acabado apenas atestando que a lei existe e cumpriu o todo o seu rito constitutivo. Publicar a lei é comunicar aos destinatários que a ordem jurídica foi inovada. Ainda que com a publicação da lei, em regra, ela não começa a viger instantaneamente, ela deverá respeitar um período para que as pessoas tomem conhecimento da inovação, na ausência de disposição expressa, este período de “latência”, chamado de “vacatio legis” é de 45 dias, no entanto, a LC 95/98 permite que para leis de menores repercussões possa ser adotada a cláusula de “entrada em vigor na data de sua publicação”. 11. (CESPE/ Juiz – TJ-CE/2012) A promulgação é entendida como o atestado de existência da lei; desse modo, os efeitos da lei somente se produzem depois daquela. Comentários: O enunciado está correto, já que a promulgação é o ato que declara existência da lei, informa que a ordem jurídica foi inovada, sendo condição para que a lei possa produzir efeitos. Gabarito: Correto 12. (CESPE/TJDFT/2008) A promulgação de uma lei torna o ato perfeito e acabado, sendo o meio pelo qual a ordem jurídica é inovada. A publicação, por sua vez, é o modo pelo qual se dá conhecimento a todos sobre o novo ato normativo que se deve cumprir. Comentários: O CESPE seguiu a linha doutrinária segundo a qual a “sanção” torna o ato perfeito e acabado, inovando a ordem jurídica. A promulgação apenas “declara que a ordem jurídica foi inovada”, ou seja, a promulgação declara que um projeto de lei foi sancionado. Assim, a promulgação já incide sobre um ato perfeito e acabado, sendo errado dizer que ela “torna” o ato perfeito e acabado. O resto do enunciado está correto, realmente a publicação é o modo pelo qual se dá conhecimento a todos sobre o novo ato normativo que se deve cumprir. Gabarito: Errado. Repristinação: DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 11 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 13. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) Quanto ao processo legislativo, o fenômeno consistente na ocorrência de uma norma revogadora de outra anterior, que tenha revogado uma mais antiga, e que recoloque esta última novamente em estado de produção de efeitos é denominado repristinação. Comentários: A repristinação é o fenômeno em que uma norma que havia sido revogada volta a vigorar, após a norma que a revogou também ter sido, por sua vez, revogada por uma terceira norma. Porém, este fenômeno não é aceito no Brasil de forma tácita, apenas de forma expressa. Ou seja, imaginemos uma lei "A" que é revogada pela lei "B". Se uma lei "C" vier a revogar a lei "B", não podemos dizer que a lei "A" será automaticamente repristinada (voltará a vigorar), isso só ocorrerá caso a lei "C" diga expressamente que "volta a vigorar as disposições da lei A", caso contrário, não se admite a repristinação. Gabarito: Correto. Emendas Constitucionais: Vamos falar agora sobre o processo legislativo para a reforma da Constituição. Iniciativa (fase introdutória): Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. A iniciativa legislativa para a proposição de emenda constitucional é concorrente, ou seja, a Constituição não fez reservas de matérias que só poderiam ter iniciativa da emenda tomada por um ou outro legitimado (diferente do que veremos no art. 61 §1º). Assim, independente do tema tratado, qualquer dos DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 12 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte legitimados acima poderá iniciar a “proposta de emenda constitucional (PEC)”. 14. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008) Com relação ao Processo Legislativo, é correto afirmar que a Constituição poderá ser emendada mediante proposta de, no mínimo, dois terços dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal Comentários: Para propor uma emenda constitucional, os deputados ou senadores, devem reunir pelo menos 1/3 do efetivo de sua Casa, não precisa 2/3 (vide CF, art. 60). Gabarito: Errado. 15. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta da maioria simples, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. Comentários: O mínimo que se exige de Deputados ou Senadores para que uma proposta de emenda constitucional seja aceita, é de 1/3 (CF, art. 60). Gabarito: Errado. 16. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria absoluta de seus membros. Comentários: Não há necessidade da maioria absoluta. Basta maioria relativa (simples), de acordo com a Constituição, em seu art. 60, III. Gabarito: Errado. 17. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) O Presidente da República pode, isoladamente, apresentar proposta de emenda à Constituição. Comentários: O Presidente da República é a única autoridade que poderá, isoladamente, propor emendas à Constituição (CF, art. 60) Gabarito: Correto. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 13 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 18. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta de um terço, no mínimo, dos membros do Senado Federal. Comentários: Perfeitamente de acordo com o art. 60 da Constituição Federal, que estabelece, que a Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. Gabarito: Correto. 19. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A CF pode ser emendada por proposta de assembleia legislativa de uma ou mais unidades da Federação, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus membros. Comentários: Precisa-se da reunião de mais da metade das assembleias legislativas, uma só não basta (CF, art. 60, III). Gabarito: Errado. 20. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) A CF admite emenda constitucional por meio de iniciativa popular. Comentários: Isso não é possível. A iniciativa popular é capaz de propor apenas projetos de leis ordinárias e complementares. A iniciativa para emendas é somente aquela que vimosno art. 60. Gabarito: Errado. 21. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Um deputado federal, diante da pressão dos seus eleitores, pretende modificar a sistemática do recesso e da convocação extraordinária no âmbito do Congresso Nacional. Assim, no caso narrado, para que modificação pretendida seja votada pelo Congresso Nacional, a proposta de emenda constitucional deverá DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 14 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte ser apresentada por, no mínimo, um terço dos membros da Câmara dos Deputados. Comentários: Exatamente. É uma das formas de iniciativa para a Emenda Constitucional, prevista pelo art. 60 da Constituição. Gabarito: Correto. 22. (ESAF/Analista Administrativo – ANEEL/2006) A Constituição Federal prevê a possibilidade de apresentação de proposta de Emenda à Constituição conjuntamente pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados, sendo necessário, nesse caso, que a iniciativa seja apoiada por um número de Parlamentares equivalente a um terço do número total de membros do Congresso Nacional. Comentários: Não há previsão para proposta conjunta. A iniciativa deve acontecer segundo o art. 60 da Constituição, através de: De 1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado; Do Presidente da República; ou De mais da metade das Assembléias Legislativas, com maioria relativa em cada uma delas. Gabarito: Errado. Limitação circunstancial § 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Veja que, nos termos da Constituição, não há impedimentos para que haja a deliberação sobre a proposta na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio, o que não pode ocorrer é a efetivação da emenda, ou seja, a sua promulgação. É diferente do que está no §4º onde, “em tese”, sequer poderá haver a deliberação sobre o assunto. 23. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) A Constituição Federal poderá ser emendada na vigência do estado de defesa, mediante proposta de dois quintos do Congresso Nacional. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 15 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Comentários: Segundo a Constituição, em seu art. 60 § 1º, a Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Trata-se de uma "limitação circunstancial" ao poder de reforma da Constituição. Gabarito: Errado. 24. (CESPE/Analista - EBC/2011) Durante a vigência do estado de sítio, apenas a fase da votação das propostas de emenda à Constituição Federal fica suspensa. Comentários: O texto constitucional estabelece no seu art. 60 §1º que a Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Assim, nos termos da Constituição, não há impedimentos para que haja a deliberação sobre a proposta na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio, o que não pode ocorrer é a efetivação da emenda, ou seja, a sua promulgação. Gabarito: Errado. 25. (ESAF/ENAP/2006) A aprovação de Emenda Constitucional durante o estado de sítio só é possível se os membros do Congresso Nacional rejeitarem, por quorum qualificado, a suspensão das imunidades dos Parlamentares durante a execução da medida. Comentários: A questão necessita ser “traduzida”. Ela tentou relacionar aquela disposição constitucional do art. 53 § 8º que diz “as imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida” com a reforma constitucional. Não há qualquer relação de uma cosia com a outra. A Constituição é taxativa: não poderá haver emenda durante a vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Não há exceções. Gabarito: Errado. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 16 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 26. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Não poderá ser objeto de deliberação a proposta de emenda à Constituição, na vigência de intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio. Comentários: A ESAF nessa questão se prendeu na literalidade da Constituição. A Constituinção diz em seu art. 60 §1º: a Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Vemos, então, que a deliberação pode acontecer, o que não poderá acontecer é a efetivação da emenda. Gabarito: Errado. Limitação Procedimental (fase constitutiva e fase complementar) § 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. § 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. Primeiramente, perceba que emenda constitucional não passa por sanção/veto do Presidente da República, vamos mais além: veja que o Poder Executivo não tem qualquer participação nas fases constitutiva e complementar das emendas. Diferentemente do que ocorre no procedimento de elaboração das leis, onde o Executivo é responsável por sancionar, promulgar e publicar a norma, no procedimento de reforma constitucional, a única participação do Executivo é na faculdade que tem o Presidente da República para iniciar a proposta. Quem promulga a emenda são as Mesas de ambas as Casas Legislativas e não a Mesa do Congresso. 27. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) A emenda à Constituição será promulgada pelo Presidente da República. Comentários: DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 17 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Não existe fase de emenda constitucional que passe pelo Poder Executivo, ela nasce no Legislativo e por ali é promulgada. A Constituição, então, dispõe em seu art. 60 §3º que a emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas de ambas as Casas, com o respectivo número de ordem. Gabarito: Errado. 28. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) A Emenda à Constituição será promulgada pelo Presidente do Congresso Nacional, após votada, em único turno, pela maioria absoluta dos seus membros. Comentários: A Constituição, então, dispõe em seu art. 60 §3º que a emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas de ambas as Casas, com o respectivo número de ordem. Além disso, deverá ser votada em 2 turnos, em cada Casa do Congresso, e aprovada pelo voto de 3/5 dos membros da Casa em cada um deles. Gabarito: Errado. 29. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) Depende de deliberação do Congresso Nacional, em sessão conjunta, a aprovação de emenda constitucional, em dois turnos de votação. Comentários: A emenda constitucional não é votada em sessão conjunta, ela é votada em cada Casa do Congresso separadamente em dois turnos de votação em cada uma delas. Gabarito: Errado. 30. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) A proposta de emenda constitucional será aprovada se obtiver, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Comentários: A proposta de emenda deverá ser discutida e votada em cada Casa do Congresso, em 2 turnos de votação em cada uma, e será aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos membros, tudo isso nos termos do art. 60§ 2º da Constituição. Gabarito: Correto. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 18 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 31. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A proposta de emenda será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Comentários: Perceba que as emendas constitucionais não estão sujeitas à promulgação pelo Presidente da República, nem apreciação para sanção ou veto. Elas serão promulgadas no próprio Poder Legislativo (CF, art. 60 §3º). Gabarito: Correto. 32. (CESPE/Promotor de Justiça MPE-PI/2012) A proposta de emenda constitucional será aprovada, após votação em dois turnos em cada casa do Congresso Nacional, se obtiver três quintos dos votos dos respectivos membros em cada votação, ficando a casa legislativa na qual tenha sido concluída a votação encarregada de enviar o projeto de emenda ao presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. Comentários: O erro da questão está em dizer que as emendas constitucionais serão sancionadas pelo Presidente da República, conforme estabelecido no art. Art. 60, § 3º da Constituição, que diz que a emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. Gabarito: Errado. 33. (CESPE/CBM-DF/2011) Cabe à casa legislativa na qual tenha sido concluída a votação de emenda à Constituição Federal enviar a referida emenda ao presidente da República para promulgação e consequente publicação. Comentários: O erro está em afirmar que a emenda à Constituição deve ser enviada à sanção do Presidente da República. Lembre-se que emendas não necessitam de sanção presidencial. Veja que a banca insistente afirma que as emendas devem ser enviadas à promulgação do Presidente, o que não é verdade, se ligue. Por fim, importante lembrar que tal regra vale para as leis, conforme previsto no art. 66 da CR. Gabarito: Errado. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 19 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 34. (CESPE/TJAA-STM/2011) Proposta de emenda constitucional deve ser discutida e votada nas duas Casas do Congresso Nacional, em turno único, considerando-se aprovada se obtiver três quintos dos votos dos seus respectivos membros. Na fase constitutiva do seu processo legislativo, conta-se com a participação do presidente da República, e a promulgação deve realizar-se, conjuntamente, pelas Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Comentários: A questão se equivoca ao dizer que será em turno único, quando na verdade será em dois turnos de votação em ambas as Casas. Outro erro é que o Presidente não participa da sua fase constitutiva (fase de deliberação/aprovação/sanção/veto - lembrando que não há sanção/veto para emendas), participa apenas da fase introdutória (iniciativa). Lembrando que na fase complementar (promulgação e publicação) também é ausente a participação do Presidente da República. Gabarito: Errado. 35. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Uma vez preenchido o requisito da iniciativa e instaurado o processo legislativo, a proposta de emenda à CF será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Comentários: Isso aí. Essa é a perfeita disposição do mandamento constitucional estabelecido no art. 60 §2º. Gabarito: Correto. 36. (CESPE/AGU/2009) Não há veto ou sanção presidencial na emenda à Constituição. Comentários: A Constituição não previu a fase de sanção ou veto do Presidente às propostas de emendas constitucionais. Estas são iniciadas no Legislativo e por ali terminam, sendo promulgadas pelas Mesas das Casas Legislativas. Gabarito: Correto. 37. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A proposta de emenda constitucional deve ser discutida e votada em cada casa do Congresso DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 20 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Nacional em dois turnos, considerando-se aprovada, se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. A casa na qual tenha sido concluída a votação deve enviar o projeto de emenda ao presidente da República, para que este, aquiescendo, o sancione. Comentários: Emenda constitucional não se sujeita à sanção nem ao veto do Presidente. Gabarito: Errado. 38. (CESPE/AJAA - TRT 5ª/2009) Prescinde de sanção do presidente da República emenda constitucional que tenha sido regularmente aprovada no Congresso Nacional. Comentários: Prescindir é o mesmo que dispensar, não haver necessidade. Emenda constitucional dispensa ou não dispensa sanção do Presidente? Sim, dispensa, ou seja, prescinde de sanção. Gabarito: Correto. 39. (ESAF/AFTN/1998) A Câmara dos Deputados atua como Casa revisora no que diz respeito a projetos de Emenda Constitucional aprovados pelo Senado Federal. Comentários: No processo legislativo de emendas à Constituição, não há o que se falar em “casa revisora”, pois o inteiro teor do projeto deve ser aprovado em dois turnos em cada Casa, sendo assim uma votação autônoma, não cabendo a uma Casa propor emendas não apreciadas anteriormente pelos 2 turnos da Casa anterior. Gabarito: Errado. 40. (ESAF/analista administrativo – ANEEL/2006) A emenda à Constituição será promulgada pela Mesa do Congresso Nacional, com o respectivo número de ordem, em sessão conjunta das duas Casas. Comentários: Será pela mesa de ambas as casas e não do Congresso em conjunto (CF, art. 60 §3º). Gabarito: Errado. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 21 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 41. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) A promulgação de emendas à Constituição Federal compete às Mesas da Câmara e do Senado, não se sujeitando à sanção ou veto presidencial. Comentários: A Constituição não previu a fase de sanção ou veto do Presidente às propostas de emendas constitucionais. Estas são iniciadas no Legislativo e por ali terminam, sendo promulgadas pelas Mesas das Casas Legislativas. É o que dispõe a Constituição em seu art. 60 §3º. Gabarito: Correto. 42. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) A emenda à Constituição Federal só ingressa no ordenamento jurídico após a sua promulgação pelo Presidente da República, e apresenta a mesma hierarquia das normas constitucionais originárias. Comentários: É correto dizer que a emenda apresenta a mesma hierarquia das normas constitucionais originárias, já que pelo princípio da unidade da Constituição, não podemos fazer diferenciação hierárquica entre normas constitucionais. Porém, nos termos do art. 60 §3º, a promulgação de emendas à Constituição Federal compete às Mesas da Câmara e do Senado, não se sujeitando à sanção ou veto presidencial nem a promulgação por parte do Executivo. Gabarito: Errado. Gabarito: Correto. 43. (FGV/Advogado-Senado/2008) Podem apresentar proposta de emenda à Constituição Federal: o Presidente da República; um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; e mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades de federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. A proposta de emenda à Constituição será submetida à discussão e votação em cada casa legislativa, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver três quintos de votos favoráveis dos membros de cada casa. Comentários: Está correta a assertiva, já que expôs o conteúdo do art. 60 da Constituição: Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 22 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II – do Presidente da República; III – de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. Depois, também expôs de forma correta o mandamento do art. 60, em seu §2.º: § 2.º – A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Gabarito: Correto. Limitação Material – Cláusulas Pétreas § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. Perceba que, em princípio, a Consituição protegeu as cláusulas pétreas de tal forma que não se poderá sequer haver deliberação sobre a matéria. Obviamente isso é “em tese”, já que muitas vezes a ofensa está implícita e somente durante as discussões é que tais ofensas são percebidas e impugnadas. Segundo o STF, as limitações materiais ao poder constituinte de reforma, que o art. 60, §4º da Lei Fundamental enumera, não significam a intangibilidade literal da respectiva disciplina na Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege2. Isso quer dizer que é possível haver modificação (literal) nas matérias protegidas como cláusulas pétreas, elas não são imutáveis, o que não pode é reduzir o alcance destas matérias, ferindo o núcleo essencial. Poderá ainda haver alterações no caso de fortalecimento do alcance delas. Embora este seja o entendimento majoritário, algumas bancas já consideraram estas cláusulas como insuscetíveis de alteração. 2ADI 2.024, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 3-5-07, DJ de 22-6-07. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 23 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Considerações: A forma republicana não é cláusula pétrea, é apenas um princípio sensível (CF, art. 34, VII). Voto obrigatório não é cláusula pétrea, apenas o fato de ser direto, secreto, universal e periódico. Lembre-se que são gravados de forma pétrea apenas os direitos e garantias individuais, mas estes não se resumem ao art. 5º da CF, estando espalhados ao longo dela. Os quatro incisos vistos acima são as cláusulas pétreas expressas ou explícitas da CF, temos também outras que são consideradas implícitas, a saber: o povo como titular do poder constituinte; o poder igualitário do voto. o próprio art. 60 (que estabelece os procedimentos de reforma); Essa vedação à alteração do art. 60 é o que chamamos de proibição à "dupla revisão", ou seja, é vedado que o legislador primeiramente modifique o art. 60, desprotegendo as matérias gravadas como pétreas, e depois edite outra emenda extinguindo as cláusulas. Alguns entendem que essa vedação de modificação do art. 60 seria absoluta, não podendo o legislador alterar este rito, nem facilitando, nem dificultando o processo, assim, não poderia, por exemplo, ser aumentado o rol de cláusulas pétreas ou tornar mais rígido os critérios de aprovação das emendas. Este tema não é pacífico. 44. (FCC/TJAA-TJ-PI/2009) Será objeto de deliberação a proposta de emenda à Constituição Federal referente a) à forma federativa de Estado. b) à instalação da justiça itinerante. c) ao voto direto, secreto, universal e periódico. d) à separação dos Poderes. e) aos direitos e garantias individuais. Comentários: Questão simples, trata-se das cláusulas pétreas ou "limitação material" ao poder de reforma da Constituição. Segundo a Constituição, em seu art. 60, §4º, a única assertiva que não traz uma cláusula pétrea é a letra B. Gabarito: Letra B. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 24 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 45. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) As cláusulas pétreas têm como significado último prevenir a erosão da Constituição Federal, inibindo a tentativa de abolir o projeto constitucional deixado pelo constituinte. Comentários: Diz-se que as cláusulas pétreas são a essência do pensamento constituinte, protegidas de qualquer redução para que os fins inicialmente pensados não sejam descaracterizados. Gabarito: Correto. 46. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) É possível que uma reforma constitucional crie novas cláusulas pétreas segundo entendimento pacífico da doutrina constitucional. Comentários: O erro básico é dizer "entendimento pacífico", isso não é pacífico, há divergências sobre o tema. Adotamos porém a posição de que assim como não se pode enfraquecer o art. 60, também não se pode dificultar os procedimentos ali estabelecidos, já que o Constituinte estabeleceu de forma taxativa o procedimento para se reformar a Constituição. Gabarito: Errado. 47. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) A mera alteração redacional de uma norma originária componente do rol de claúsulas pétreas não importa em inconstitucionalidade. Comentários: O que não se pode é abolir ou reduzir o alcance dos institutos e princípios protegidos. Alterá-los de forma meramente formal ou fortalecê-los não são hipóteses vedadas. Gabarito: Correto. 48. (FCC/EPP-SP/2009) Seria possível uma emenda à Constituição de 1988 que suprimisse a competência do Conselho Nacional de Justiça de controlar a atuação financeira do Poder Judiciário. Comentários: Não há qualquer limitação material (cláusula pétrea) expressa no art. 60 §4º da Constituição, nem implícita, que impeça a modificação das competências e estrutura do Conselho Nacional de Justiça. Gabarito: Correto. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 25 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 49. (FCC/EPP-SP/2009) Seria possível uma emenda à Constituição de 1988 que atribuísse aos Estados a competência para legislar sobre registros públicos. Comentários: Entre as cláusulas pétreas da Constituição, não encontra-se qualquer limitação para a alteração das competências legislativas dispostas para os entes públicos. Gabarito: Correto. 50. (FCC/EPP-SP/2009) Seria possível uma emenda à Constituição de 1988 que alargasse o cabimento de habeas data, de modo a viabilizar a obtenção de informações relativas aos familiares do impetrante. Comentários: Embora o habeas data seja protegido por cláusula pétrea, segundo o art. 60 §4º da Constituição, por se enquadrar na relação de "direitos e garantias individuais", a jurisprudência admite a alteração das cláusulas pétreas quando feitas para fortalecê-las. Seria vedada, então, apenas a abolição ou redução de seu alcance. Gabarito: Correto. 51. (FCC/EPP-SP/2009) Seria possível uma emenda à Constituição de 1988 que reinstituísse o sistema eleitoral da Constituição do Império (1824), em que delegados de eleitores de primeiro grau elegiam os representantes políticos em nível nacional e regional. Comentários: Segundo o art. 60 §4º da Constituição, é inviável uma emenda que altere as características do voto de ser "direto, secreto, universal e periódico". Lembrando que a qualidade de "obrigatório" não foi protegida como cláusula pétrea. Gabarito: Errado. 52. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) Ao petrificar o voto cristalizou- se a impossibilidade do poderconstituinte derivado excluir o voto do analfabeto ou do menor entre 16 e 18 anos. Comentários: DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 26 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte As características do voto que são protegidas como cláusulas pétreas são o seu caráter direto, secreto, universal e periódico. Assim, por ser o voto obrigatoriamente universal, não se pode excluir parcela da população autorizada pelo legislador constituinte originário do exercício do voto. Gabarito: Correto. 53. (FCC/Procurador - Recife/2008) Os tratados internacionais que versem sobre direitos fundamentais não se submetem aos limites materiais aplicáveis a emendas à Constituição. Comentários: O art. 5 §3º da Constituição Federal dispõe que os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. Como são "equivalentes às emendas constitucionais" devem, na jurisprudência do Supremo, respeitar os mesmos limites materiais impostos pelo texto constitucional. Gabarito: Errado. 54. (CESPE/BB CERT/2010) Proposta de alteração da forma federativa do Estado brasileiro deve- se dar, necessariamente, por meio de emenda constitucional. Comentários: A forma federativa de Estado é uma cláusula pétrea logo não pode ser alterada, nem mesmo por emenda constitucional. Gabarito: Errado. 55. (CESPE/DPE-PI/2009) A jurisprudência do STF considera que os limites materiais ao poder constituinte de reforma não significam a intangibilidade literal da disciplina dada ao tema pela Constituição originária, mas sim a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos protegidos pelas cláusulas pétreas. Comentários: Segundo o STF, as limitações materiais ao poder constituinte de reforma, que o art. 60, § 4º, da Lei Fundamental enumera, não significam a intangibilidade literal da respectiva disciplina na Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 27 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Gabarito: Correto. 56. (ESAF/AFT/2010) As limitações expressas circunstanciais formam um núcleo intangível da Constituição Federal, denominado tradicionalmente por "cláusulas pétreas". Comentários: As cláusulas pétreas são as limitações materiais. As limitações circunstanciais são as que impedem a emenda da Constituição durante certas circunstâncias (estado de sítio, estado de defesa e intervenção federal) – CF, art. 60 §1º. Gabarito: Errado. 57. (ESAF/PGFN/2007) É viável reforma constitucional que aperfeiçoe o processo legislativo de emenda constitucional, tornando- o formalmente mais rigoroso. Comentários: Deixando de lado as posições doutrinárias contrárias, este foi o pen- samento seguido pela banca ESAF, ou seja, o pensamento de que seria inviável qualquer alteração do processo previsto no art. 60. Gabarito: Errado. 58. (ESAF/TCU/2006) Segundo a doutrina majoritária, no caso brasileiro, não há vedação à alteração do processo legislativo das emendas constitucionais, pelo poder constituinte derivado, uma vez que a matéria não se enquadra entre as hipóteses que constituem as cláusulas pétreas estabelecidas pelo constituinte originário. Comentários: O enunciado descreveu o que se chama de “dupla revisão”. Segundo o Supremo, não se pode alterar o rito disposto no art. 60 da Constituição, com o objetivo de se fazer uma nova emenda, agora pelo novo procedimento. Trata-se de uma cláusula pétrea (limitação material) implícita na Constituição Federal. Gabarito: Errado. 59. (ESAF/Analista Administrativo– ANEEL/2006) A transformação do Brasil em um Estado unitário, com sistema de DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 28 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte governo parlamentarista, pode ser feita por emenda à Constituição, desde que mantido o voto direto, secreto, universal e periódico. Comentários: O federalismo é uma cláusula pétrea da Constituição (CF, art. 60 §4º). Assim, não se pode deliberar sobre emenda tendente a abolir ou relativizar tal forma de Estado. Gabarito: Errado. 60. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Constitui limitação material implícita ao poder constituinte derivado, a proposição de emenda constitucional que vise à modificação de dispositivos referentes aos direitos sociais, considerados cláusulas pétreas. Comentários: Independente da discussão sobre os direitos sociais estarem gravados ou não como cláusulas pétreas implicitas (tendencia que não costuma ser aceita para ESAF, que não tende a adotá-los como cláusulas pétreas), deve-se notar que é incorreto o termo “modificação” já que, mesmo que fossem considerados cláusulas pétreas, o que não se poderia é abolir ou reduzir direitos. Quando se diz “modificar”, isso engloba “aumentar”, “fortalecer”, o que é plenamente possível. Gabarito: Errado. 61. (FGV/Analista Legislativo – Senado/2008) Senador da República apresenta projeto de emenda constitucional, aduzindo ser necessário restringir a utilização do habeas corpus tendo em vista a necessidade de combater o crime organizado, notadamente aquele do colarinho branco, bem como os grupos armados que, pelo tráfico de drogas, aguçam a violência urbana. À luz das regras constitucionais em vigor, pode-se afirmar que: a) o sistema constitucional proíbe a apresentação da emenda por ferir direitos individuais. b) situações de calamidade pública, aí incluída a social, permitem limitar quaisquer direitos, sendo completamente livre o constituinte derivado. c) desde que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, no exercício de suas atribuições regimentais, aprove o projeto, estará sanado qualquer eventual vício de inconstitucionalidade. d) a emenda colide com a perspectiva republicana. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 29 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte e) somente o plenário do Senado poderá aferir a constitucionalidade e oportunidade da medida, que será submetida, necessariamente, a referendo popular. Comentários: O Senador pretende restringir a utilização do habeas corpus. Independentemente do motivo para tal restrição, a Constituição veda expressamente que emenda constitucional reduza o alcance dos direitos e garantias individuais, logo, a proposta de emenda constitucional não poderá ter seu prosseguimento. Gabarito: Letra A. Limitação Temporal A limitação temporal ocorre quando somente depois de decorrido certo lapso temporal a Constituição poderá ser reformada. A CF/88 não estabeleceu nenhuma limitação temporal, mas, tal limitação pode ser encontrada em Constituições de outros países. Princípio da irrepetibilidade (Limitação Formal) § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. As bancas examinadoras frequentemente tentam confundir os candidatos trocando "sessão legislativa" pelo termo "legislatura", tornando a questão incorreta. Embora seja uma "pegadinha clássica", ainda confunde muitos candidatos no momento da prova. Essa limitação formal conhecida como "princípio da irrepetibilidade", ocorre para projetos de leis (ordinárias e complementares), propostas de emendas constitucionais, e medidas provisórias. A diferença entre eles é que, em se tratando de emendas constitucionaise medidas provisórias, este princípio é absoluto, veja: Emendas Constitucionais (CF, art. 60 § 5º) – A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 30 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Medidas provisórias (CF, art. 62 § 10) -É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. Leis ordinárias e complementares (CF, art. 67) - A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional Assim, somente para as "leis" (ordinárias e complementares) é que temos a relatividade de poder apresentar novamente o projeto, desde que mediante a proposta da maioria absoluta dos membros da Casa Legislativa. 62. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A matéria constante de proposta de emenda rejeitada somente poderá ser objeto de nova proposta na legislatura subseqüente à da rejeição. Comentários: O correto seria "sessão legisaltiva" e não legislatura. Gabarito: Errado. 63. (FCC/Procurado - TCE - AL/2008) A Constituição da República veda que matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida por prejudicada seja objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Considerando a classificação doutrinária das limitações ao poder constituinte reformador, esta vedação constitucional caracteriza-se como limitação de ordem circunstancial. Comentários: Trata-se de uma limitação formal. As limitações circunstanciais são as que impedem que a CF sofra emendas em determinadas circunstâncias (vigência de intervenção federal, estado de sítio ou estado de defesa). Gabarito: Errado. 64. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Comentários: DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 31 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Trata-se do "princípio da irrepetibilidade" para as emendas constitucionais, disposto no §5º do art, 60, sendo uma limitação formal ao procedimento de reforma da Constituição. Gabarito: Correto. 65. (CESPE/Analista - EBC/2011) Matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Comentários: Este é o princípio da irrepetibilidade, que é absoluto para as Emendas Constitucionais. De forma diferente acontece no caso de leis, onde um projeto de lei rejeitado poderá ser objeto de nova deliberação na mesma sessão legislativa, caso haja maioria absoluta dos membros da Casa. Os projetos de Emendas rejeitados ou prejudicados não poderão ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, em nenhum caso (CF, art. 60 §5º). Gabarito: Correto. 66. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Uma proposta de emenda constitucional que tenha sido rejeitada ou prejudicada somente pode ser reapresentada na mesma sessão legislativa mediante a propositura da maioria absoluta dos membros de cada casa do Congresso Nacional. Comentários: Só para as leis é que a CF abre a possibilidade do projeto ser reapresentado na mesma sessão legislativa mediante a propositura da maioria absoluta dos membros. Gabarito: Errado. 67. (ESAF/analista administrativo – ANEEL/2006) A matéria constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, mesmo que a nova proposta seja apoiada por três quintos dos Parlamentares da sua Casa de origem. Comentários: Este é o principio da irrepetibilidade, que é absoluto para as Emendas Constitucionais. De forma diferente acontece no caso de leis, onde um projeto de lei rejeitado poderá ser objeto de nova deliberação na mesma sessão legislativa, caso haja maioria absoluta dos membros da DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 32 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Casa. Os projetos de Emendas rejeitados ou prejudicados não poderão ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, em nenhum caso (CF, art. 60 §5º). Gabarito: Correto. 68. (ESAF/TCU/2006) A matéria constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada só poderá ser objeto de uma nova proposta, na mesma legislatura, se tiver o apoiamento de três quintos dos membros de qualquer das Casas. Comentários: A questão comete 2 erros. Trata-se do princípio da irrepetibilidade, que é absoluto em se tratando de Emendas Constitucionais. Ou seja, ainda que haja manifestação do Congresso, proposta de emenda à Constituição rejeitada não poderá ser objeto de uma nova proposta, na mesma sessão legislativa. Perceba que ainda foi trocado o termo sessão legislativa por legislatura (CF, art. 60 §5º). Gabarito: Errado. Emendas de Revisão: CF, ADCT, art. 3º →A revisão constitucional será realizada após 5 anos, contados da data de promulgação da CF, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão unicameral. Essas emendas têm o mesmo poder das vistas acima, mas, percebe- se que foi um procedimento mais simples (bastava maioria absoluta em sessão unicameral, enquanto as outras será 3/5, em 2 turnos, nas duas Casas), porém, após o uso deste poder de revisão, ele se extinguiu não podendo mais ser utilizado e nem se pode por EC criar outro similar. 69. (ESAF/SEFAZ–CE/2007) A revisão constitucional prevista por uma Assembleia Nacional Constituinte, possibilita ao poder constituinte derivado a alteração do texto constitucional, com menor rigor formal e sem as limitações expressas e implícitas originalmente definidas no texto constitucional. Comentários: A revisão também deve observar limitações constitucionais embora realmente possua um menor rigor formal. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 33 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Gabarito: Errado. Quadro-resumo da reforma constitucional: Iniciativa da Emenda Constitucional de Reforma (CF, art. 60) 1. De pelo menos 1/3 dos Deputados ou Senadores; 2. Do Presidente da República; 3. De mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. Limitação circunstancial (CF, art. 60 §1º) A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Limitação Procedimental (CF, art. 60 §2º) A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 do votos dos respectivos membros. Promulgação (CF, art. 60 §3º) A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. Limitação Material Expressa (Cláusulas Pétreas Expressas) (CF, art. 60 §4º) 1. a forma federativa de Estado; 2. o voto direto, secreto, universal e periódico; 3. a separação dos Poderes; 4. os direitos e garantias individuais. Limitação Material Implícita (Cláusulas Pétreas Implícitas) (Reconhecidas pela doutrina e jurisprudência) 1. o povo como titular do poder constituinte; 2. o poder igualitário do voto. DIREITO CONSTITUCIONALNAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 34 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 3. o próprio art. 60 (que estabelece os procedimentos de reforma); Princípio da irrepetibilidade (Limitação Formal) (CF, art. 60 §5º) A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Limitação Temporal A limitação temporal ocorre quando somente depois de decorrido certo lapso temporal a Constituição pode- rá ser reformada. A CF/88 não estabeleceu nenhuma limitação temporal, mas, tal limitação pode ser encontrada em Constituições de outros países. Questões "gerais" sobre emendas constitucionais: Questões da FCC: 70. (FCC/AJAA - TRF 1ª/2011) No que tange à Emenda Constitucional, é correto afirmar: a) A Constituição Federal, em situação excepcional, poderá ser emendada na vigência de intervenção federal. b) Pode ser objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma federativa de Estado. c) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta de um quarto, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. d) A matéria constante de proposta de emenda havida por prejudicada poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. e) A proposta de emenda será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Comentários: Letra A – Errado. Trata-se de uma limitação circunstancial que não admite exceções (CF, art. 60 §1º). Letra B – Errado. Trata-se de uma cláusula pétrea expressa na Constituição Federal, constituindo-se uma limitação material (CF, art. 60 §4º). DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 35 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Letra C – Errado. O mínimo exigido para a proposta é 1/3 dos Deputados ou Senadores, e não 1/4 (CF, art. 60). Letra D – Errado. Trata-se de uma limitação formal, chamada de “princípio da irrepetibilidade” (CF, art. 60 §5º). Letra E – Correto. Este é o rito exigido para a aprovação das propostas de emendas constitucionais (CF, art. 60 §2º). Gabarito: Letra E. 71. (FCC/TJAA-TJ-PI/2009) Diante das limitações materiais que a Constituição de 1988 impõe ao Poder Constituinte derivado de revisão, NÃO seria admissível proposta de emenda que: a) suprimisse a competência do Conselho Nacional de Justiça de controlar a atuação financeira do Poder Judiciário. b) reinstituísse o sistema eleitoral da Constituição do Império (1824), em que delegados de eleitores de primeiro grau elegiam os representantes políticos em nível nacional e regional. c) atribuísse aos Estados a competência para legislar sobre registros públicos. d) atribuísse às regiões metropolitanas capacidade legislativa em assuntos de interesse metropolitano, observadas as normas gerais estabelecidas pelo Estado respectivo. e) alargasse o cabimento de habeas data, de modo a viabilizar a obtenção de informações relativas aos familiares do impetrante. Comentários: A questão fala da revisão constitucional, disposto nos ADCT, art. 3º:A revisão constitucional será realizada após 5 anos, contados da data de promulgação da CF, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão unicameral. O motivo da revisão era o temor de que a nova ordem constitucional causasse alguma instabilidade no Estado, assim, após 5 anos, poderiam fazer um procedimento simplificado de revisão da Constituição e acabar com a instabilidade que porventura viesse a acontecer. O temor não se concretizou e foram aprovadas apenas 6 emendas, sem grandes mudanças estruturais. Segundo a doutrina - o poder de revisão é único, após ter sido usado ele se exauriu não podendo ser criado novamente. Segundo o STF - não pode o estado-membro criar revisão constitucional. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 36 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Ainda segundo o Supremo, as emendas de revisão deviam observar as mesmas limitações materiais impostas para a reforma da Constituição. Desta forma: Letra A - Errado. Não se trata de uma limitação material (cláusula pétrea), logo, poderia modificar. Letra B - Correto. O voto deve ser direto e universal (além de secreto e periódico). Assim, não poderia a revisão estabelecer tal procedimento. Letra C - Errado. Isso não iria ferir cláusula pétrea alguma. Letra D - Errado. Isso também não iria ferir cláusula pétrea alguma. Letra E - Errado. Na jurisprudência do STF, a limitação material deve ser entendida como uma impossibilidade de abolição ou redução da eficácia dos institutos elencados. Uma emenda que viesse a fortalecê- los não estaria incorrendo em vício algum. Gabarito: Letra B 72. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-SP/2011) Proposta de emenda à Constituição da República tendo por objeto a introdução do direito ao afeto familiar dentre os direitos individuais é apresentada por Deputado Federal, sendo aprovada por dois terços dos membros da Câmara dos Deputados e três quintos do Senado Federal, em dois turnos de votação, em cada uma das Casas legislativas. A proposta assim aprovada é promulgada pelas Mesas das Casas do Congresso Nacional. Referida proposta é incompatível com a Constituição, pois a) padece de vício de iniciativa. b) não se atingiu o quórum necessário para aprovação na Câmara dos Deputados. c) não se atingiu o quórum necessário para aprovação no Senado Federal. d) versa sobre matéria de direitos fundamentais, vedada à ação de reforma constitucional. e) a promulgação é ato de competência exclusiva do Presidente da República. Comentários: Precisamos desmembrar o enunciado: Iniciativa – Proposta por Deputado Federal... Isso pode? Não! O parlamentar não pode isoladamente propor uma emenda constitucional. Ele precisa reunir pelo menos 1/3 da Casa Legislativa. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 37 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Objeto - Introdução do direito ao afeto familiar dentre os direitos individuais. Isso pode? Sim! Pois está ampliando direitos individuais e não os enfraquecendo, aí pode! Aprovação - Dois terços dos membros da Câmara dos Deputados e três quintos do Senado Federal, em dois turnos de votação, em cada uma das Casas legislativas. Ai tá certo? Sim, pois a Constituição exige 3/5 em dois turnos. 3/5 = 60% dos votos. A Câmara dos Deputados aprovou com 2/3, o que é 66% dos votos, é mais do que 3/5. Promulgação - Pelas Mesas das Casas do Congresso Nacional. Tá certinho! Dessa forma, o único vício foi na iniciativa. Gabarito: Letra A. 73. (FCC/Assessor - TCE-PI/2009) Decorre da caracterização e dos limites impostos pela Constituição Federal ao Poder de Reforma Constitucional: a) A reforma constitucional manifesta-se por meio do Poder Constituinte Derivado Decorrente, o qual é caracterizado como derivado, limitado e condicionado. b) Não poderão ser promulgadas emendas constitucionais na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio, salvo em caso de guerra declarada. c) O procedimento estabelecido para o exercício regular do Poder de Reforma não se aplicou às seis emendas constitucionais de revisão, promulgadas em 1994, as quais foram aprovadas pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão unicameral. d) A matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida por prejudicada poderá ser objeto de novaproposta na mesma sessão legislativa, mediante pedido da maioria absoluta dos membros de uma das Casas do Congresso Nacional. e) São limites materiais do Poder de Reforma, expressos na Constituição Federal a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, o respeito às Forças Armadas, a separação dos Poderes e os direitos e garantias fundamentais. Comentários: DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 38 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Letra A - Errado. O correto seria poder constituinte derivado reformador. O poder decorrente é o poder de elaborar as constituições estaduais. Letra B - Errado. No caso de guerra também não poderá. É uma limitação circunstancial. Letra C - Perfeito. Aplicou-se um procedimento mais simples. Em vez de precisar de 3/5 dos votos, em 2 turnos, bastava o voto da maioria absoluta, em sessão unicameral. Letra D - Errado. Trata-se do "princípio da irrepetibilidade", que ocorre para projetos de leis (ordinárias e complementares), propostas de emendas constitucionais, e medidas provisórias. A diferença entre eles é que, em se tratando de emendas constitucionais e medidas provisórias, este princípio é absoluto, veja: Emendas Constitucionais (CF, art. 60 § 5º) – A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Medidas provisórias (CF, art. 62 § 10) -É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. Leis ordinárias e complementares (CF, art. 67) - A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional Letra E - Errado. "O respeito às Forças Armadas" ??? - Viajou, não é mesmo?! Gabarito: Letra C. 74. (FCC/TCM-CE/2010) Proposta de emenda à Constituição visando acrescer o direito à alimentação ao rol dos direitos fundamentais é apresentada pelo Presidente da República ao Congresso Nacional. Iniciada a votação pela Câmara dos Deputados, a proposta obtém a aprovação de 365 e 290 membros, em primeiro e segundo turnos, respectivamente. Nessa hipótese: a) a proposta deverá ser submetida à apreciação do Senado Federal, para votação em dois turnos. b) a proposta é considerada rejeitada, não podendo a matéria ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 39 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte c) a proposta sequer poderia ter sido submetida a deliberação, por versar sobre direito fundamental. d) a votação deveria ter começado no Senado Federal, por se tratar de proposta de iniciativa do Presidente da República. e) o Presidente da República não possui iniciativa para apresentar a proposta, por versar sobre matéria de competência exclusiva do Congresso Nacional. Comentários: A questão faz um resumo sobre as emendas constitucionais. Vamos analisar cada ponto: 1º - iniciativa: Presidente da República. Pode ou não? Sim. 2º - Objeto: Acrescentar "alimentação" nos direitos fundamentais. Pode ou não? Sim. 3º - Aprovação: deveria ser 3/5 em dois turnos. A câmara tem atualmente 513 deputados, logo, 3/5 seriam 308 votos. Desta forma, embora tenha alcançado 3/5 no primeiro turno, não alcançou no segundo turno da Câmara, devendo ser considerada rejeitada. Como consequência da rejeição, temos o princípio da irrepetibilidade: a matéria constante não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Gabarito: Letra B. 75. (FCC/Auditor - TCE - AL/2008) Considere que a Constituição de um determinado Estado preveja que o Poder Legislativo possa reformar a Constituição, ordinariamente, a cada cinco anos e, extraordinariamente, a qualquer momento, desde que assim decidam quatro quintos dos parlamentares. Em qualquer hipótese, as alterações da Constituição deverão ser aprovadas por maioria de dois terços dos membros do Legislativo, cabendo ao Presidente da República promulgar o ato normativo de reforma. Suponha, por fim, que exista proibição de reforma constitucional na vigência de estado de sítio. O procedimento acima descrito é similar ao de reforma da Constituição brasileira de 1988 no que diz respeito à necessidade de promulgação da emenda pelo Presidente da República. Comentários: A CF/88 atribui competência às mesas das Casas legislativas para a promulgação das emendas (CF, art. 60 §3º). A única semelhança do procedimento descrito, com o atual processo de reforma no Brasil é quanto à existência de limitações circunstanciais ao poder de reforma da Constituição. DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 40 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Gabarito: Errado. Questões da ESAF: 76. (ESAF/AFT/2010) Sabe-se que a Constituição Federal, apesar de ser classificada como rígida, pode sofrer reformas. A respeito das alterações na Constituição, podemos afirmar que I. a emenda à Constituição Federal, enquanto proposta é considerada um ato infraconstitucional. II. de acordo com a doutrina constitucionalista, a Constituição Federal traz duas grandes espécies de limitações ao Poder de reformá-la, as limitações expressas e as implícitas. III. as limitações expressas circunstanciais formam um núcleo intangível da Constituição Federal, denominado tradicionalmente por “cláusulas pétreas”. IV. vários doutrinadores publicistas salientam ser implicitamente irreformável a norma constitucional que prevê as limitações expressas. Assinale a opção verdadeira. a) II, III e IV estão corretas. b) I, II e III estão incorretas. c) I, III e IV estão corretas. d) I, II e IV estão corretas. e) II e III estão incorretas. Comentários: I - Correto. A PEC é considerada pela doutrina como um ato infraconstitucional, pois deve respeitar as normas originárias da CF. Após a promulgação é elevada ao status constitucional se impondo sobre todo o resto do ordenamento. II - Correto. Expressamente temos limitações formais, circunstanciais e materiais, e temos ainda limitações implícitas como o próprio art. 60 e a titularidade do poder constituinte nas mãos do povo. Visto na aula também e encontrado nos comentários do meu livro! III- Errado. As cláusulas pétreas são limitações materiais e não circunstanciais. IV - Correto. O próprio art. 60 também trata-se de um cláusula pétrea, sendo implicitamente previsto. É o que chamamos de "vedação à dupla revisão". DIREITO CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES Aula 12- Processo Legislativo Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 41 www.pontodosconcursos.com.br Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte Gabarito: letra D Questões da FGV: 77. (FGV/Auditor-SEAD-AP/2011) Com relação ao tema "Poder Constituinte e emenda à Constituição", analise as afirmativas a seguir. I. Podem propor emenda à Constituição: (i) o Presidente da República; (ii) um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; (iii) o Presidente do Supremo Tribunal Federal; e (iv) mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. II. A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. III. Determinados temas previstos na própria Constituição não podem ser objeto de proposta de emenda constitucional que os pretenda abolir. Assinale: a) se somente
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