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Assistência ao RN e exame físico - P2

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Lídia M Negrão – med 3 
 Assistência ao RN e exame físico 
OBJETIVOS: 
1. Caracterizar a assistência ao RN na 
sala de parto 
• Cuidados 
• Antropometria 
• Identificação 
• APGAR 
• Condutas 
• Capurro 
• Credização 
• New Ballard 
2. Caracterizar o exame físico e a 
classificação do RN 
3. Identificar as etapas e procedimentos 
de reanimação 
4. Descrever os testes de triagem 
neonatal 
• Tempo 
• Forma de diagnóstico 
• Ênfase no teste do pezinho, como 
implantado... 
ASSISTÊNCIA AO RN: 
à Na sala de parto, o pediatra deve estar 
apropriadamente vestido e feito a 
antissepsia das mãos e deverá usar luvas. 
àObter do obstetra informações da 
gravidez, como, intercorrências, IG, cor e 
odor do liquido amniótico, presença 
sofrimento fetal, antecedentes maternos e 
familiares. 
à Equipamentos devem estar preparados 
mesmo que a gravidez seja de baixo risco. 
 
Principais equipamentos: 
• Sistema de aquecimento ligado 
• Estetoscópio, oxigênio, vácuo, 
laringoscópio 
• Sistema de aspiração, mascara e 
balão auto inflável funcionando e 
conectados a fonte de O2 
• Compressas para secara a 
criança, campo esterilizado 
aquecidos, cobertores encapados 
• Tubos endotraqueais 
• Medicamentos como adrenalina, 
água destilada, expansores 
plasmáticos, entre outros.. 
• Material para cateterismo 
umbilical 
• Oximetro de pulso 
• Luvas estéreis 
Procedimentos pós-nascimento: 
à O pediatra deve aspirar as vias aéreas 
logo após a saída da cabeça, através da 
sucção com a pêra por mais ou menos 30s. 
à Nos RN deprimidos ou com excesso de 
secreção nas vias aéreas pode ser 
necessária a aspiração com catéter a vácuo. 
Nesses casos usar uma pressão negativa 
suficiente mas moderada, sonda de 
aspiração traqueal número 6 ou 8, com 
ponta romba e orifício terminal. Iniciar a 
aspiração pela boca e não pelas narinas. 
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO: 
O cordão deve ser pinçado entre 1 e 2 
minutos de vida e cortado de 3 a 5cm do 
abdome do RN. Tem que ser feita nesse 
momento, se for feita antes ou depois desse 
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Lídia M Negrão – med 3 
tempo bebe pode ter hipovolemia, anemia, 
insuficiência cardíaca entre outras doenças. 
CONTROLE DE TEMPERATURA: 
Em todos os nascimentos, deve se ter 
cuidado com a manutenção da temperatura 
corporal do bebê. 
à Todos os bebês de risco tem que ser 
colocados direto no berço aquecido 
IDENTIFICAÇÃO: 
Antes de sair da sala de parto, todo RN 
deve ser identificado com pulseira 
contendo o nome da mãe, registro e data de 
nascimento. A mãe usa uma pulseira com 
os mesmos dados. 
Para evitar trocas de bebês. 
CONTATO COM A MÃE: 
Todo recém nascido deve ser colocado 
junto com a mãe durante a primeira meia 
hora de vida e sempre que ambos 
estiverem em boas condições, propiciando 
o contato pele-a-pele entre a mãe e o RN. 
à Mães que tem mais contato 
precocemente, conseguem amamentar 
melhor seus filho. 
ÍNDICE DE APGAR: 
O APGAR é um índice aplicado ao 
neonato no 1º e 5º minutos de vida e de 5 
em 5 minutos enquanto abaixo de 7. 
à Avalia funções cardiopulmonar e 
neurológica. 
à Ao final do primeiro minuto, se avalia 
as condições imediatas do RN. 
à Aos 5 minutos após o parto (exame) 
acrescenta informações relacionadas à 
capacidade do bebe de se recuperar do 
stress pós-parto e de se adaptar ao 
ambiente extrauterino. 
O índice é formado por 5 ítens conforme 
quadro abaixo, colocados em ordem de 
importância. A irritabilidade reflexa é 
avaliada no momento em que se estimula o 
RN com a pêra ou com a sonda de 
aspiração. O índice abaixo de 7 caracteriza 
depressão neonatal, mas, como explicado 
abaixo, não se espera uma contagem 
completa para avaliar a necessidade de 
reanimação. O índice pode ser definido 
retrospectivamente, principalmente nos 
casos em que há necessidade de medidas 
imediatas. Para os RN normais, vigorosos, 
sem fatores de risco, o Apgar pode ser 
dado no colo da mãe. 
 
ASSISTÊNCIA NAS PRIMEIRAS HORAS 
DE VIDA RN NORMAL: 
1. Tempo de permanência na sala de 
observação: mãe e filho devem ser 
separados pelo menor tempo 
possível nas horas seguidas do parto, 
ou seja, tempo mínimo na sala de 
observação. 
2. Controle de temperatura: O RN fica 
despido em berço aquecido de calor 
radiante, sendo verificada sua 
temperatura axilar a cada 30min, 
tentando estabiliza-la em 36,5. 
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Lídia M Negrão – med 3 
3. Controle de frequência cardíaca: 
Verificação de 30 em 30 min, acima 
de 160 ou abaixo de 100 por minuto 
devem ser comunicadas 
imediatamente ao médico. 
4. Controle da respiração: Verificar a 
frequência respiratória de 30 em 30 
min, também verificar surgimento 
de retrações, gemidos, batimento de 
asas de nariz, períodos de apnéia e 
secreção excessiva. Aspiração de 
secreções, se abundantes e 
interferindo na respiração. 
Frequência respiratória acima de 60 
ou abaixo de 30 por minuto, bem 
como quaisquer outras 
anormalidades respiratórias, devem 
ser imediatamente comunicadas ao 
médico. 
5. Observações da pele: verificar se 
possui cianose, palidez, rubicundez, 
icterícia, hemorragias e outras 
anormalidades. 
6. Observação do comportamento: 
Aspecto geral, atividade, postura, 
movimentação normal e anormal. 
7. Registro das eliminações: Urina, 
mecônio, vômitos (quantidade e 
aspecto). 
8. Administração de vit. 
9. Aspirado gástrico: procedimento de 
rotina 
10. Vacina para hepatite B: Em alguns 
lugar a 1ª dose é aplicada logo após 
o nascimento 
11. Verificação de medidas 
antropométricas: Peso; estatura; 
perímetro cefálico. 
12. Higiene corporal: é feita com água 
morna e pano macio e o primeiro 
banho é feito com clorohexidina. 
13. Cuidados com o coto umbilical: O 
coto umbilical pode ser tratado com 
iodóforo em solução alcoólica, 
corante duplo, álcool 70% ou 
similares, indicados por cada 
serviço. 
14. Exame físico: O primeiro exame 
completo do RN, incluindo a 
determinação da IG pelo método de 
Capurro, é feito durante a 
permanência na Sala de observação, 
no berço aquecido de calor radiante, 
a fim de evitar resfriamento. 
15. Teste do Reflexo Vermelho: 
Conhecido como “Teste do 
Olhinho”, deve ser realizado em 
todos os RNs antes da alta 
hospitalar, visando o diagnóstico 
precoce de patologias oculares 
congênitas, como catarata e 
glaucoma congênitos e 
retinoblastoma. Com um 
oftalmoscópio focaliza-se a pupila 
do RN a aproximadamente 30cm de 
distância, procurando encontrar um 
reflexo avermelhado. Quando o 
reflexo é branco, preto ou 
assimétrico, considera-se o teste 
anormal e deve-se encaminhar o RN 
para avaliação com Oftalmologista. 
16. Teste do Coraçãozinho: Deve ser 
realizado em todos RNs entre 24 e 
48 horas de vida, consistindo na 
verificação da oximetria no membro 
superior direito e em um dos 
membros inferiores. Os valores 
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Lídia M Negrão – med 3 
devem ser ≥ 95%, e não deve haver 
uma diferença > 3% entre os valores 
dos 2 membros. Caso apresente-se 
alterado, deve ser repetido após 1 
hora e, persistindo, o RN deve ser 
submetido a ecocardiograma antes 
da alta hospitalar. 
17. Alta para o Alojamento Conjunto: 
Se após o exame clínico o recém-
nascido for considerado em boas 
condições, é dada alta para o 
Alojamento Conjunto, ficando sua 
transferência dependendo 
unicamente da possibilidade da mãe 
recebê-lo. 
18. Suspeita de anormalidades: Diante 
de qualquer observação suspeita por 
parte da enfermagem, o pediatra é 
chamado. A transferência para a UTI 
Neonatal é feita sempre após contato 
com a chefia. 
ETAPAS DE REANIMAÇÃO: 
Fatores Antenatais: 
1. Idade <16 anos ou >35 anos 
2. Idade gestacional <39 ou >41 
semanas 
3. Diabetes 
4. Gestação múltipla 
5. Síndromes hipertensivas 
6. Rotura prematura das membranas 
7. Doenças maternas 
8. Polidrâmnio ou oligoâmnio 
9. Infecção materna 
10. Diminuição da atividade fetal 
11. Aloimunização ou anemia fetal 
12. Sangramento no 2o ou 3o trimestre 
13. Uso de medicações 
14. Discrepância de idade gestacional e 
peso 
15. Uso de drogas ilícitas16. Hidropsia fetal 
17. Óbito fetal ou neonatal anterior 
18. Malformação fetal 
19. Ausência de cuidado pré-natal 
Fatores Relacionados ao Parto: 
1. Padrão anormal de frequência cardíaca 
fetal 
2. Parto cesáreo 
3. Anestesia geral 
4. Uso de fórcipe ou extração a vácuo 
5. Hipertonia uterina 
6. Apresentação não cefálica 
7. Líquido amniótico meconial 
8. Trabalho de parto prematuro 
9. Prolapso ou rotura de cordão 
10. Parto taquitócico 
11. Nó verdadeiro de cordão 
12. Corioamnionite 
13. Uso de opioides 4 horas anteriores ao 
parto 
14. Rotura de membranas >18 horas 
15. Descolamento prematuro da placenta 
16. Trabalho de parto >24 horas 
17. Placenta prévia 
18. Segundo estágio do parto >2 horas 
19. Sangramento intraparto significante 
à Logo após o nascimento, a equipe deve 
estar voltada exclusivamente aos cuidados 
com o RN, sem perder tempo ou dispersar 
a atenção com a busca e/ou o ajuste do 
material. 
à A única responsabilidade desse 
profissional deve ser o atendimento ao RN. 
Quando, na anamnese, identificam-se 
fatores de risco perinatais, podem ser 
necessários 2-3 profissionais treinados e 
capacitados a reanimar o RN de maneira 
rápida e efetiva. 
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Lídia M Negrão – med 3 
à Pelo menos um pediatra apto a intubar e 
indicar massagem cardíaca e medicações 
precisa estar presente na sala de parto. 
à Algumas vezes, um parto de baixo risco 
resulta no nascimento de um paciente que 
precisa de manobras de reanimação e, por 
isso, sugere-se que uma equipe apta a 
realizar todos os procedimentos da 
reanimação neonatal esteja disponível em 
cada nascimento. 
àNo caso de gemelares, dispor de 
material e equipe próprios para cada 
criança. 
VENTILAÇÃO COM PRESSÃO 
POSITIVA - VPP 
O ponto crítico para o sucesso da 
reanimação neonatal é a ventilação 
pulmonar adequada, com a finalidade de 
inflar os pulmões do recém-nascido e, com 
isso, levar à dilatação da vasculatura 
pulmonar e à hematose apropriada. Assim, 
após os cuidados para manter a 
temperatura e a permeabilidade das vias 
aéreas, a presença de apneia, respiração 
irregular ou Fibrose cística. 
à < 100 bpm indica a VPP, que precisa 
ser iniciada nos primeiros 60 segundos de 
vida (“minuto de ouro”). A ventilação 
pulmonar é o procedimento mais simples, 
importante e efetivo na reanimação do RN 
em sala de parto. 
CLASSIFICAÇÃO DO RN: 
Recém nascido pré-termo, antes chamado 
prematuro, é utilizada para todos os RN 
nascidos com menos de 37 semanas. 
à Além da idade gestacional os RN pré-
termo, podem ser considerados de acordo 
com o peso ao nascer, se for de baixo peso, 
muito baixo peso e extremo baixo peso. 
à Quando se relaciona a IG com o peso ao 
nascer, pode ser classificado os pré-termos 
adequados para a idade gestacional (AIG) 
à Quando o peso se encontra entre os 
percentis 10 e 90 das curvas de 
crescimento intrauterino são os pequenos 
para a idade gestacional (PIG) 
à Quando o peso está acima do percentil 
10 para aquela idade é grande pra IG 
(GIG) (está acima do percentil). 
E os pós-termo são os nascidos depois de 
37 semanas, não considerados mais 
imaturos e com o peso ideal.

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