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É o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano. “O psicopatólogo não julga moralmente o seu objeto, busca apenas observar, identificar e compreender os diversos elementos da doença mental.” SEMIOLOGIA PSICOPATOLÓGICA O estudo dos sinais e sintomas dos transtornos mentais. SINAIS: São verificáveis pela observação direta do paciente. SINTOMAS: são vivências subjetivas relatadas pelo paciente, suas queixas e narrativas, aquilo que o sujeito experimente e, de alguma forma, comunica a alguém. FORMA E CONTEÚDO DOS SINTOMAS Forma dos sintomas é sua estrutura básica, relativamente semelhante nos diversos pacientes, como alucinação, delírio, ideia obsessiva, etc. Seu conteúdo é aquilo que preenche a alteração estrutural (conteúdo de culpa, religiosos, de perseguição etc.), é geralmente mais pessoal, dependendo da história de vida do paciente, de seu universo cultural e da personalidade prévia ao adoecimento. Conceito de normalidade Os critérios de normalidade e de doença variam de acordo com os fenômenos específicos com que se trabalha. Os principais critérios de normalidade usados em psicopatologia são: 1. Normalidade como ausência de doença: Seria normal aquele indivíduo que não tem um transtorno mental definido. É um critério falho por definir a normalidade de acordo com o que não é, ou seja, pela falta. 2. Normalidade ideal: “Utopia”. Estabelece uma norma ideal, o que é supostamente “sadio”, mais “evoluído”. Socialmente constituída. 3. Normalidade estatística: O normal passa a ser aquilo que é visto com mais frequência. O menos frequente é visto como anormal ou doente. 4. Normalidade como bem-estar: Completo bem- estar físico, mental e social. É criticável por ser utópico, poucos se encaixariam como “saudáveis”. 5. Normalidade funcional: Baseia-se em aspectos funcionais. O fenômeno é considerado patológico a partir do momento em que é disfuncional (produz sofrimento). 6. Normalidade como processo: Considera aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial. É útil em psiquiatria infantil, adolescente e geriátrica. 7. Normalidade subjetiva: Maior ênfase à percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação a seu estado de saúde, às suas vivências subjetivas. É falho pois em fases maníacas o sujeito se sente bem, sendo que apresentam um transtorno mental grave. 8. Normalidade como liberdade: Pois vê a doença mental como perda da liberdade existencial. Assim, a saúde mental se vincula às possibilidades de transitar com graus distintos de liberdade sobre o mundo e seu próprio destino. 9. Normalidade operacional: Critério arbitrário. Define o que é normal e o que é patológico e busca trabalhar com esses conceitos, aceitando as consequências de tal definição prévia. REFERÊNCIA DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. 3ªed. Porto Alegre: Artmed, 2019.
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