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Direito Empresarial - resumo completo

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Direito Empresarial
Prof. Nicolas
AUTONOMIA DO DIREITO EMPRESARIAL
Quanto a matéria, é autônomo. Quanto a forma, não. Uma vez que a forma se dá através do Código Civil.
Critério caracterizador da história (o que é considerado atividade comercial ou não):
1. IDADE MÉDIA - CORPORAÇÕES DE OFÍCIO
Responsáveis por caracterizar se exercia ou não atividade empresarial (se é comerciante). 
Critério subjetivo.
2. IDADE MODERNA – CÓDIGO FRANCÊS 1807
Positivava quais eram os atos do comércio. 
Atos de comércio: atos previstos na legislação que caracterizam a atividade comercial. Atos típicos da atividade comercial.
Critério objetivo.
3. ATUAL MOMENTO – CÓDIGO CIVIL ITALIANO
Adota a teoria da empresa, ou seja, foca na atividade realizada pelo empresário e deixa de lado a tipicidade dos atos previstos na legislação.
Empresário não é SÓCIO. Empresário é quem exerce a atividade empresarial.
TEORIA DA EMPRESA
1. ATIVIDADE EMPRESARIAL – art. 966, CC
03 características da atividade empresarial: lucro, habitualidade e organização. TODAS!
2. CONCEITO DE EMPRESÁRIO
Exercer profissionalmente atividade econômica organizada.
Definição de empresário: exercício da atividade econômica (lucro), profissionalismo (habitualidade) e organização.
Não são empresários (art. 966, p. único): profissão intelectual de natureza científica literária e artística. SALVO SE EXERCÍCIO DA PROFISSÃO CONSTITUIR ELEMENTO DE EMPRESA. TEM EXCEÇÃO, cuidar com “nunca”. 
NUNCA: advogado e sociedades cooperativas.
3. SUJEITOS DA ATIVIDADE EMPRESARIAL
a) EMPRESARIO INDIVIDUAL: mesmo tendo CNPJ não tem personalidade jurídica própria. Exerce sua atividade como pessoa física e assume o risco da atividade empresarial, já que não existe um patrimônio da pessoa jurídica e um patrimônio da pessoa física. Não tem patrimônio separado.
b) EIRELI – EMPRESA INDIVIDUAL: exerce a atividade individualmente, mas com a constituição de pessoa jurídica.
c) SOCIEDADES EMPRESÁRIAS: exercem atividade empresarial pela contribuição de uma ou mais pessoas, constituindo uma pessoa jurídica. 
CNPJ não é sinônimo de personalidade jurídica. A finalidade do CNPJ é para que o fisco tribute as atividades empresariais.
O que concede personalidade jurídica é o registro na junta.
CAPACIDADE para atividade empresária:
Plena capacidade + livre de impedimentos.
A capacidade plena é a regra, mas há exceção (art. 974, §1º): incapaz que recebeu a empresa como objeto de herança, portanto, iniciada por agente capaz e incapacidade superveniente ao início da atividade empresarial.
Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele quanto capaz, por seus pais ou pelo autor da herança.
Ver 974, § 2º: não ficam sujeitos os bens do incapaz.
Quando fala de proibição de realizar atividade empresária, não esta falando de SER SÓCIO. Sócio pode.
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL CASADO – art. 978
Há divergência sobre a matéria entre os arts. 978 e 1.647.
Pode vender bens imóveis que integram o patrimônio da empresa sem outorga do cônjuge (art. 978). Por outro lado, o art. 1.647 diz que não pode.
O STJ valida o entendimento do art. 1.647. Se perguntar de legislação no exame, está correto o art. 978.
ATIVIDADES NÃO EMPRESARIAIS- art. 966
a) Profissionais intelectuais (regra geral. Lembrar-se da exceção)
b) Cooperativas (art. 982, p. único - imposição legal)
c) Sociedade de advogados (imposição legal - estatuto)
EIRELI – art. 980-A 
Único titular.
A constituição da personalidade jurídica se dá a partir do registro na junta comercial. Haverá um patrimônio do titular da EIRELI (pessoa natural) e outro patrimônio EIRELI (pessoa jurídica), ou seja, apenas o patrimônio da EIRELI responderá pelas obrigações empresariais.
Para constituir EIRELI, deve-se integralizar um capital social mínimo de 100 salários mínimos.
Pessoa natural não pode ser titular de mais de uma EIRELI (art. 980-A, §2º).
EMPRESA INDIVIDUAL – cobra do empresário.
EIRELI – cobra da pessoa jurídica.
SOCIEDADES – art. 981
União de uma (unipessoal/2019) ou mais pessoas. CUIDAR COM DUAS OU MAIS PESSOAS. 
a) Constituição: uma ou mais pessoas. Redação na lei tá desatualizada.
b) Nome empresarial: termo registrado na junta comercial pelo empresário individual ou sociedade empresarial. NOME EMPRESARIAL É DIFERENTE DA RAZÃO SOCIAL.
Princípios do nome empresarial:
Veracidade: o nome deve expressar o ramo de atividade, a espécie societária, a responsabilidade dos sócios.
Novidade: indica que só pode ser escolhido um nome empresarial diverso dos já registrados na junta comercial daquele Estado.
Exclusividade: esclarece que quem primeiro registrou o nome, possui a exclusividade do uso do termo.
Pode haver alienação do nome (venda)? NÃO. Da marca, do estabelecimento, pode. Nome empresarial não pode (art. 1.164).
Ex.: Mc Donalds (marca) e Arcos Dourados (nome).
CLASSIFICAÇÃO
Sociedade empresária x Sociedade Simples
a) Sociedade empresarial: exerce atividade empresarial (art. 966). 
b) Sociedade simples: atividade não empresária. Objeto de natureza científica, literária ou artística, exercida normalmente por profissionais liberais (art. 982), sociedade de advogados e cooperativas.
SOCIEDADE LTDA
É híbrida.
CAPITAL SOCIAL
Pode integralizar dinheiro e bens. Não pode integralizar com serviço.
Integralização e subscrição: subscrição é se comprometer a dar x valor para a sociedade. Integralizar é colocar o valor.
Aumento de capital: possível desde que tenha alteração contratual.
Redução de capital: apenas permitido quando for evidenciado perdas irreparáveis do capital ou capital é excessivo para o objeto.
Penhora: é possível penhorar o capital social, desde que os sócios tenham preferência de arrematação.
Cessão: pode ceder livremente entre os sócios se o contrato for omisso. Para terceiros, não pode ter oposição de ¼ do capital.
Responsabilidade do sócio alienante: se o sócio vende/cede as cotas, este sócio responde pelas obrigações até 2 anos da saída.
Integralizar com trabalho/serviço apenas na sociedade simples.
RESPONSABILIDADE
A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas cotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Depois os sócios podem ingressar com ação de regresso.
Ou seja, se um sócio não integralizar o que se comprometeu, os outros sócios respondem, mesmo se já integralizaram sua cota.

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