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Abnt - Nbr 14152 - Seguranca de Maquinas - Dispositivos de Comando Bimanuais - Aspectos Funcionais E Principios para Projeto

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Copyright © 1998,
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Fax: (021) 220-1762/220-6436
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
NBR 14152JUL 1998
Segurança de máquinas - Dispositivos
de comando bimanuais - Aspectos
funcionais e princípios para projeto
Sumário
Prefácio
Introdução
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Tipos de dispositivos de comando bimanuais e sua
seleção
5 Características das funções de segurança
6 Requisitos relativos às categorias dos comandos
7 Utilização de sistemas eletrônicos programáveis
8 Prevenção da atuação acidental e burla
9 Requisitos gerais
10 Verificação
11 Identificação
12 Informação para instalação, utilização e manutenção
ANEXOS
A Verificações dimensionais para impedir a burla
B Utilização de categorias (de acordo com a NBR 14153)
em tipos de dispositivos de comando bimanuais
C Bibliografia
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o
Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês
Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização
Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo
(CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros
(universidades, laboratórios e outros).
18 páginasPalavras-chave: Segurança de máquina. Dispositivo de
comando. Comando manual. Prevenção de
acidentes. Dispositivo de segurança
Origem: Projeto 04:016.01-022:1997
CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
CE-04:016.01 - Comissão de Estudo de Máquinas Injetoras de Plástico
NBR 14152 - Safety of machinery - Two-hand control devices - Functional
aspects and design principles
Descriptors: Safety of machinery. Control devices. Manual controls. Accident
prevention. Safety devices
Esta Norma foi baseada na EN 574:1996
Válida a partir de 01.09.1998
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito
dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os
associados da ABNT e demais interessados.
Esta Norma contém o anexo A, de caráter normativo, e
os anexos B e C, de caráter informativo.
Usou-se como texto de referência para esta Norma a
EN 574:1996 - “Safety of machinery - Two-hand control
devices - Functional aspects and design principles”.
Introdução
Esta Norma foi preparada para ser uma norma do tipo B,
conforme definição da EN 292-1.
Um dispositivo de comando bimanual é um dispositivo
de segurança (componente de segurança). Ele fornece
uma medida de proteção ao operador contra o alcance
de zonas perigosas durante situações de perigo, pela
localização dos dispositivos de atuação de comando em
uma posição específica. Para máquinas portáteis deve
ser levado em consideração que a zona de perigo não é
estacionária.
A seleção de um dispositivo de comando bimanual como
um dispositivo apropriado de segurança dependerá da
apreciação do risco feita por projetistas, elaboradores de
normas e outros, de acordo com as EN 292-1 e
NBR 14009.
A definição de um dispositivo de comando bimanual é
dada em 3.1 e tem prioridade sobre a definição de 3.23.4
da EN 292-1:1991.
2 NBR 14152:1998
Em algumas aplicações, dispositivos de inibição (ver
EN 292-1) e/ou dispositivos que devem ser mantidos
acionados para gerar movimento (ver EN 292-1) podem
atender à definição do dispositivo de comando bimanual
desta Norma. Adicionalmente, alguns dispositivos es-
peciais de comando, tais como botoeiras suspensas, para
manipuladores e alguns comandos de talhas, requerem
a utilização das duas mãos e podem atender à definição
de um dispositivo de comando bimanual desta Norma.
1 Objetivo
Esta Norma especifica os requisitos de segurança para
um dispositivo de comando bimanual e sua unidade
lógica, como definido em 3.1.
Esta Norma descreve as características principais de um
dispositivo de comando bimanual para o alcance de
segurança e expõe as combinações de características
funcionais de três tipos. Esta Norma não se aplica a
dispositivos que têm a finalidade de ser utilizados como
dispositivos de inibição, dispositivos que necessitam ser
mantidos pressionados para o funcionamento do equi-
pamento e como dispositivos especiais de comando.
Esta Norma não especifica a que máquinas os dispositivos
de comando bimanuais devem ser aplicados. Ela também
não especifica que tipos de dispositivos de comando
bimanuais devem ser aplicados. Também não especifica
a distância entre o dispositivo de comando bimanual e a
zona de perigo (ver 9.8).
Esta Norma fornece requisitos e orientação para o projeto
e seleção (baseados na apreciação do risco) de
dispositivos de comando bimanuais, incluindo sua
avaliação, prevenção de burla e eliminação de defeitos.
Esta Norma também fixa requisitos e orientação para
dispositivos de comando bimanuais que contêm um
sistema eletrônico programável (ver seção 7).
Esta Norma se aplica a todos os dispositivos de comando
bimanuais, independentemente do tipo de energia
aplicado, incluindo:
- dispositivos de comando bimanuais que são ou
não parte integrante da máquina;
- dispositivos de comando bimanuais que consistem
em um ou mais elementos separados.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições
que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor
no momento desta publicação. Como toda norma está
sujeita à revisão, recomenda-se àqueles que realizam
acordos com base nesta que verifiquem a conveniência
de se usarem as edições mais recentes das normas
citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas
em vigor em um dado momento.
NBR 13761:1996 - Segurança de máquinas -
Distâncias de segurança para impedir o acesso a
zonas de perigo pelos membros superiores
NBR 14009:1997 - Segurança de máquinas - Prin-
cípios para apreciação de riscos
NBR 14153:1997 - Segurança de máquinas - Partes
de sistemas de comando relacionadas à segurança
- Princípios gerais de projeto
EN 292-1:1991 - Safety of machinery - Basic concepts,
general principles for design - Part 1: Basic
terminology, methodology
EN 292-2:1991/Amd A1:1995 - Safety of machinery -
Basic Concepts, general principles for design -
Part 2: Technical principles and specification
EN 60204-1:1992 - Safety of machinery - Electrical
equipment of machines - Part 1: General
requirements
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes
definições:
3.1 dispositivo de comando bimanuais: Dispositivo que
exige ao menos a atuação simultânea pela utilização
das duas mãos, com o objetivo de iniciar e manter, en-
quanto existir uma condição de perigo, qualquer operação
da máquina, propiciando uma medida de proteção,
apenas para a pessoa que o atua (ver figura 1).
3.2 sinal de entrada: Sinal externamente atuado, apli-
cado manualmente a um dispositivo de atuação de
comando (ver figura 1).
3.3 dispositivo de atuação de comando: Componente
do dispositivo de comando bimanual, que detecta um
sinal de entrada de uma mão e o transmite a um
conversor de sinal (ver figura 1).
3.4 atuação simultânea: Atuação continuada de ambos
os dispositivos de atuação de comando, durante o mesmo
período de tempo, qualquer que seja o retardo de tempo,
entre o início de um sinal de entrada e o início do outro
(ver figura 2).
3.5 atuação síncrona: Caso particular de atuação si-
multânea onde o retardo de tempo entre o início de um
sinal de entrada e o início do outro é menor ou igual a
0,5 s (ver figura 3).
3.6 conversor de sinal: Componente de um dispositivo
de comando bimanual que recebe um sinal de entrada
de um dispositivo deatuação do comando e que transmite
e/ou converte esse sinal em um formato aceitável ao
processador de sinal (ver figura 1).
3.7 processador de sinal: Parte de um dispositivo de
comando bimanual que gera o sinal de saída, como
conseqüência de dois sinais de entrada (ver figura 1).
3.8 sinal de saída: Sinal gerado pelo dispositivo de
comando bimanual a ser alimentado na máquina a ser
controlada e que é baseado em dois sinais de entrada
(ver figura 1).
3.9 tempo de resposta: Tempo entre o acionamento de
um dispositivo de atuação de comando e o término do
sinal de saída (ver 9.8).
3.10 dispositivo móvel de comando bimanual:
Dispositivo que pode ser movido e utilizado em mais de
uma posição definida, relativa à zona de perigo da
máquina comandada.
NBR 14152:1998 3
(1) Sinal de entrada
(2) Dispositivo de comando bimanual
(3) Dispositivo de atuação de comando
(4) Conversor de sinal
(5) Processador do sinal
(6) Sinal de saída
(7) Unidade lógica
Figura 1 - Representação esquemática de um dispositivo de comando bimanual
* Atuação simultânea.
Figura 2 - Sinais de entrada de atuação simultânea
5
4 4
3 3
1 1
2
7
6
Prim eira m ão
Segunda m ão
Té rm ino dos sina is
de entrada
In ício do segundo sina l
de entrada
Período de tem po de
atuação s im ultânea
Tem po
In ício do p rim eiro s inal
de entrada
Retardo de tem po
indefinido*
4 NBR 14152:1998
* Atuação síncrona.
Figura 3 - Sinais de entrada de atuação síncrona
4 Tipos de dispositivos de comando bimanuais e
sua seleção
A tabela 1 define três tipos de dispositivos de comando
bimanuais, indicando as características funcionais e as
mínimas medidas para a segurança de cada tipo de
dispositivo de comando bimanual. Todos os dispositivos
de comando bimanuais devem respeitar os requisitos da
EN 292 e as partes relevantes da EN 60204-1.
Tabela 1 - Lista dos tipos de dispositivos de comando bimanuais e requisitos mínimos de segurança
Tipos
Requisitos Item I II III
A B C
Utilização de duas mãos
(atuação simultânea) 5.1 X X X X X
Relação entre sinais de entrada
 e sinais de saída 5.2 X X X X X
Término do sinal de saída 5.3 X X X X X
Prevenção de operação acidental 5.4 X X X X X
Prevenção de burla 5.5 X X X X X
Reinício do sinal de saída 5.6 *) X X X X
Atuação síncrona 5.7 X X X
Utilização de categoria 1
(NBR 14153) 6.2 X X
Utilização de categoria 3
(NBR 14153) 6.3 X X
Utilização de categoria 4
(NBR 14153) 6.4 X
*
)
 Para a seleção do tipo I, ver 8.6.
Té rm ino dos sina is
de entrada
In ício do segundo sina l
de entrada
Período de tem po de
atuação s im ultânea
Tem po
In ício do p rim e iro s inal
de entrada
Retardo de tem po
 0 ,5 s< *
NBR 14152:1998 5
A seleção e o projeto do tipo (ver tabela 1) do dispositivo
de comando bimanual dependem de:
- perigo(s) presente(s);
- apreciação do risco;
- experiência no uso da tecnologia;
- outros fatores que devem ser especificados para
cada aplicação, como, por exemplo, a prevenção da
atuação acidental e de burla (ver seção 8); outras
condições, ver EN 292-2.
NOTA - Orientação sobre a apreciação do risco pode ser
encontrada na EN 292-1 e orientação detalhada é fornecida na
NBR 14009.
5 Características das funções de segurança
As características das funções de segurança, descritas
em 5.1 a 5.7, devem ser incluídas nos dispositivos de
comando bimanuais, de acordo com a tabela 1.
5.1 Uso de duas mãos (atuação simultânea)
O dispositivo de comando bimanual deve ser projetado
de tal forma que o operador utilize as duas mãos durante
o mesmo período de tempo, uma mão em cada dispositivo
de atuação de comando, para operar o dispositivo de
comando bimanual. Isto é uma atuação simultânea e é
independente de qualquer retardo de tempo entre o início
de cada um dos dois sinais de entrada (ver figura 2).
5.2 Relação entre sinais de entrada e saída
Os sinais de entrada aplicados a cada um dos dois dis-
positivos de atuação do comando devem juntos iniciar e
manter o sinal de saída do dispositivo de comando
bimanual somente durante a aplicação dos dois sinais.
A forma do sinal de saída, por exemplo, em número de
canais, por pulso, etc., pode variar de acordo com os re-
quisitos de projeto de cada caso. Deve sempre ser consi-
derado e identificado como um sinal de saída único pelo
circuito de comando da máquina.
5.3 Término do sinal de saída
O desacionamento de qualquer dos dispositivos de
atuação de comando deve gerar o término do sinal de
saída.
5.4 Prevenção da operação acidental
A probabilidade de operação dos dispositivos de atuação
do comando acidentalmente deve ser minimizada (ver
seções 8 e 9).
5.5 Prevenção da burla
A burla do efeito de proteção do dispositivo de comando
bimanual deve ser dificultada (ver seções 8 e 9).
5.6 Reinício do sinal de saída
O reinício do sinal de saída somente deve ser possível
após a desativação dos dois dispositivos de atuação do
comando.
5.7 Atuação síncrona
5.7.1 Um sinal de saída deve ser gerado somente quando
os dois dispositivos de atuação do comando forem
atuados com um retardo de tempo menor ou igual a 0,5 s
(ver figura 3).
5.7.2 Dispositivos mecânicos de comando bimanuais
somente devem gerar um sinal de saída pelo cumprimento
de requisitos especiais particulares, para o movimento
dos dois dispositivos de atuação de comando.
5.7.3 Se os dispositivos de atuação do comando não forem
atuados de forma síncrona, o sinal de saída deve ser
impedido e deve ser necessária a desatuação dos dois
dispositivos de atuação de comando, para nova aplicação
dos dois sinais de entrada.
NOTA - Onde dois ou mais dispositivos de comando bimanuais
forem aplicados para operar uma máquina, a atuação síncrona
é requerida somente para cada um dos dispositivos de comando
bimanuais e não entre dispositivos diferentes.
6 Requisitos relativos às categorias de comandos
6.1 Seleção da categoria
O comportamento de partes de um dispositivo de co-
mando bimanual, no caso de defeitos, deve estar em
concordância com a categoria selecionada na
NBR 14153 (ver tabela 2).
A categoria de um dispositivo de comando bimanual não
deve ser inferior à categoria das partes relevantes,
relacionadas à segurança, do sistema de comando da
máquina (ver NBR 14153).
O anexo B descreve a relação entre os tipos de dispo-
sitivos de comando bimanuais e as categorias, de acordo
com a NBR 14153.
6.2 Utilização da categoria 1
Componentes de segurança bem testados e princípios
de segurança, ao menos de acordo com a categoria 1 da
NBR 14153, devem ser utilizados nos dispositivos de
comando bimanuais do tipo I e tipo III A
NOTA - Com o objetivo de atingir alta confiabilidade e disponibi-
lidade, é recomendado que componentes de segurança bem
testados e princípios comprovados sejam utilizados em todos
os tipos de dispositivos de comando bimanuais.
6.3 Utilização da categoria 3
Quando a apreciação do risco indica os requisitos de se-
gurança contra defeito isolado, o dispositivo de comando
bimanual do tipo II e do tipo III B deve estar conforme a
categoria 3 da NBR 14153 e conforme 6.3.1, 6.3.2 e
6.3.3.
6.3.1 Um defeito isolado em um dispositivo de comando
bimanual não deve levar à perda da(s) função(ões) de
segurança.
6.3.2 O dispositivo de comando bimanual não deve ser
convertido em um dispositivo de comando a uma mão
como conseqüência de um defeito.
6 NBR 14152:1998
6.3.3 Um sinal de saída não pode ser gerado como
conseqüência de um defeito.
NOTA - Estes requisitos não significam que todos os defeitos
serão detectados. Conseqüentemente, o acúmulo de defeitos
não detectados pode levar à perda da função de segurança e a
uma saída indesejada do dispositivo de comando bimanual.
6.4 Utilização da categoria 4
Quando a apreciação do risco indica os requisitos de
monitoração automáticado dispositivo de comando
bimanual, o dispositivo de categoria III C deve estar con-
forme a categoria 4 da NBR 14153 e conforme 6.3, 6.4.1,
6.4.2 e 6.4.3.
6.4.1 O defeito isolado deve ser detectado durante ou
antes da próxima operação da(s) função(ões) de segu-
rança.
6.4.2 Após a ocorrência de um defeito, não deve ser
possível reiniciar um sinal de saída.
6.4.3 Um sinal de saída no instante da ocorrência de um
defeito pode continuar, porém deve cessar quando do
término de cada um ou de ambos os sinais de entrada.
Se um defeito isolado não puder ser detectado, uma com-
binação de defeitos não deve levar à perda da(s) fun-
ção(ões) de segurança.
7 Utilização de sistemas eletrônicos programáveis
Onde um sistema eletrônico programável for utilizado para
alcançar as características funcionais de um dispositivo
de comando bimanual, os requisitos de segurança do
hardware e do software desse sistema devem ser vali-
dados de acordo com a apreciação do risco.
Meios seguros devem ser previstos para o software e
hardware de sistemas eletrônicos programáveis, para
assegurar que as características funcionais projetadas
não possam ser adulteradas.
O sinal de saída de um dispositivo de comando bimanual
do tipo III B e do tipo III C não deve ser gerado e transferido
por um único canal do sistema eletrônico programável
ao sistema de comando da máquina.
NOTA - Está ocorrendo, atualmente, considerável desenvol-
vimento nas formas em que sistemas eletrônicos programáveis
estão sendo validados; uma lista de documentos que fornecem
orientação nessa área é fornecida no anexo C.
8 Prevenção da atuação acidental e burla
8.1 Considerações gerais
Os dispositivos de atuação do comando de um dispositivo
de comando bimanual devem ser projetados e dispostos
de tal forma que o efeito protetivo do dispositivo de co-
mando bimanual não possa ser facilmente burlável e
que a probabilidade da atuação acidental seja mini-
mizada, de acordo com a apreciação do risco para a apli-
cação particular.
A utilização de apenas uma mão, a combinação de uma
mão e/ou outras partes do corpo e/ou a utilização de
auxílios simples, que permitam a burla, devem ser con-
sideradas de tal forma que não seja possível o alcance
da zona de perigo, durante uma situação de perigo. A
atuação acidental, por exemplo, pelas roupas do operador,
deve ser considerada da mesma forma.
Auxílios simples podem ser, por exemplo, pontes, cor-
dões, fitas. A seleção de direções de acionamento dife-
rentes, coberturas, chapas, etc., pode minimizar as pos-
sibilidades de burla. A possibilidade de um dispositivo
de comando bimanual ser operado por duas pessoas,
mantendo, dessa forma, duas mãos livres, pode ser evi-
tada pela utilização da atuação síncrona.
NOTA - A total proteção contra burlas não é possível.
Em 8.2 a 8.6 são mostrados alguns caminhos individuais
em que a burla é possível, juntamente com algumas
medidas de precaução para sua prevenção. Os métodos
de burla que devem ser considerados dependem do
projeto do dispositivo de comando bimanual, das condi-
ções de operação, do método de fixação e posicionamento
do dispositivo de comando bimanual e requisitos espe-
cificados para as distâncias de segurança, etc.
Em 8.7 são mostrados alguns caminhos para evitar a
atuação acidental.
As medidas de precaução listadas podem ser neces-
sárias isoladamente, ou em combinação, para atender a
esta Norma. Os procedimentos de verificação que devem
ser aplicados aos tipos mais comuns de projeto são de-
finidos em 10.5. Para outros projetos de dispositivos
de comando bimanuais, esses procedimentos de ensaio
podem ou não ser aplicáveis. Nesses casos, uma análise
do perigo e da apreciação do risco da utilização possível
e/ou mau uso daquela construção de dispositivo de
comando bimanual deve ser efetuada, e medidas apro-
priadas devem ser tomadas para atender aos requisi-
tos desta Norma.
8.2 Prevenção da burla na utilização de uma mão
Medidas para impedir a burla na utilização de uma mão
devem ser implementadas. Exemplos de medidas ade-
quadas são:
 - separação dos dispositivos de atuação de comando
(dimensão interna) com pelo menos 260 mm entre
si;
 - pela aplicação de um ou mais anteparos, ou uma
área elevada, entre os dispositivos de atuação de
comando que são projetados de tal forma que os
dispositivos de atuação de comando sejam sepa-
rados por uma distância de pelo menos 260 mm
externamente aos anteparos.
8.3 Prevenção de burla na utilização de uma mão e
cotovelo do mesmo braço
Medidas para impedir a burla na utilização da mão e co-
tovelo do mesmo braço devem ser implementadas.
Exemplos de medidas adequadas são:
- separação dos dispositivos de atuação de comando
por no mínimo 550 mm. Por razões ergonômicas
essa distância não deve exceder 600 mm;
NBR 14152:1998 7
- pela aplicação de um ou mais anteparos, ou uma
área elevada, entre os dispositivos de atuação de
comando que são projetados de tal forma que os
dispositivos de atuação de comando não possam
ser tocados pelo cotovelo e pontas dos dedos do
mesmo braço, ao mesmo tempo;
- coberturas projetadas de tal forma que os dis-
positivos de atuação de comando não possam ser
operados pelo cotovelo;
- dispositivos de atuação de comando de diferentes
tipos e/ou direções de operação.
8.4 Prevenção de burla na utilização do(s) antebraço(s)
ou cotovelo(s)
Medidas para impedir a burla na utilização do(s) an-
tebraço(s) e/ou cotovelo(s) devem ser implementadas,
se a distância das mãos ao perigo, como resultado da
utilização do(s) antebraço(s) e/ou cotovelo(s), for menor
que a requerida distância de segurança.
Uma medida adequada é a utilização de coberturas e/ou
colares, que são projetados de tal forma que os dispo-
sitivos de atuação de comando não possam ser operados
pelo(s) antebraço(s) e/ou cotovelo(s).
8.5 Prevenção de burla na utilização de uma mão e
qualquer outra parte do corpo (por exemplo, joelho,
quadris)
Medidas para impedir a burla pela utilização de outras
partes do corpo em conjunto com uma das mãos devem
ser implementadas. Exemplos de medidas adequadas
são:
- disposição dos dispositivos de atuação de co-
mando sobre uma superfície horizontal, ou próxi-
mos de uma superfície horizontal, com pelo menos
1 100 mm acima do piso ou superfície de acesso.
Essa medida tem a finalidade de impedir a atuação
pelos quadris;
- fixação a uma superfície vertical ou próxima a uma
superfície vertical, pela adoção de um colar de
proteção em volta dos dispositivos de atuação de
comando;
- coberturas e/ou anteparos, que são projetados de
tal forma que os dispositivos de atuação de coman-
do não possam ser operados por uma mão e qualquer
outra parte do corpo.
8.6 Prevenção de burla através do bloqueio de um
dispositivo de atuação de comando
Medidas para impedir a burla através do bloqueio de um
dos dispositivos de atuação de comando devem ser
implementadas.
Este método de burla faz com que um dispositivo de co-
mando bimanual se transforme em um dispositivo de co-
mando a uma mão, e pode causar um sinal de entrada
permanente do dispositivo de atuação bloqueado. Isso,
conseqüentemente, irá permitir que o sinal de saída do
dispositivo de comando bimanual seja gerado pela
utilização de apenas uma das mãos. Medidas adequadas
para impedir esse método de burla são:
- para impedir o reinício do sinal de saída para
operações posteriores por uma das mãos, pode ser
necessária a inclusão da característica de reinício
no projeto do dispositivo de comando bimanual (ver
5.6);
- para impedir a primeira partida por uma mão, pode
ser necessária a inclusão da característica de
operação síncrona no projeto do dispositivo de
comando bimanual (ver 5.7).
NOTA - Sempre que a seleção de um dispositivo de comando
bimanual do tipo I estiver sendo considerada, é importante a
análise cuidadosa da apreciação do risco,para determinar quais
características de operação síncrona e reinício podem ser
desconsideradas.
8.7 Atuação acidental
A probabilidade de atuação simultânea de um dispositivo
de comando bimanual deve ser minimizada.
As medidas citadas em 8.2 a 8.6 ajudam a minimizar a
atuação acidental. Outras medidas adequadas para
impedir a atuação acidental são:
- para dispositivos mecânicos de atuação de co-
mando, as necessidades para atuação deliberada
com relação à força e deslocamento necessários;
- para dispositivos de atuação de comando não
mecânicos, por exemplo dispositivos fotoelétricos e
dispositivos capacitivos, a necessidade de níveis de
sensibilidade que permitam apenas a ação deli-
berada.
9 Requisitos gerais
9.1 Requisitos ergonômicos
Haverá, em alguns casos, conflito entre bons princípios
de ergonomia e o projeto de dispositivos de comando bi-
manuais, com o objetivo de impedir a burla ou atuação
acidental, por exemplo, a dimensão de aberturas e a
necessidade de uso de luvas em algumas operações.
Meios e medidas para atingir segurança precisam refletir
o equilíbrio entre:
- a necessidade de seguir bons princípios de er-
gonomia, e
- a necessidade de implementar medidas para im-
pedir burla e atuação acidental.
O equilíbrio deve prover segurança adequada para o risco
particular.
9.2 Condições de operação, influências do meio
ambiente
As partes de um dispositivo de comando bimanual devem
ser selecionadas, instaladas e vinculadas de tal forma
que resistam à fadiga de operação prevista e atendam
aos requisitos das normas pertinentes (por exemplo, com
8 NBR 14152:1998
relação à capacidade e freqüência de comutação) e às
normas pertinentes relacionadas às influências do meio
ambiente a serem consideradas (por exemplo, vibração,
impacto, temperatura, corpos estranhos, umidade, óleo,
campos eletromagnéticos).
9.3 Proteções
9.3.1 Proteções e sua montagem devem ser projetadas
para resistir às fadigas de operação e ambientais es-
peradas.
9.3.2 Cantos, arestas, etc. devem ser arredondados ou
chanfrados, de forma a evitar ferimentos.
9.3.3 Proteções e partes destinadas à remoção ou aber-
tura devem ser construídas de tal forma que possam
apenas ser removidas, ou abertas, com auxílio de fer-
ramentas. Fixadores devem ser do tipo permanente.
9.3.4 Quando proteções são montadas em suportes, estes
devem ser previstos com meios de montagem segura às
proteções e ao piso.
9.3.5 Proteções devem ser montadas e posicionadas de
tal forma que o operador, após o desacionamento do
atuador, não atinja a zona de perigo durante uma situação
perigosa (ver 9.8 e 12.2).
9.3.6 Se a proteção que suporta os dispositivos de atuação
de comando for ajustável, deve ser dotada de meios para
seu bloqueio em uma posição (para dispositivos de
atuação de comando móveis, ver 9.7).
9.4 Seleção, projeto e instalação de dispositivos de
atuação de comando
9.4.1 Dispositivos de atuação de comando devem ser
selecionados, projetados, dispostos e instalados de tal
forma que possam ser atuados sem causar cansaço em
excesso, por exemplo, como resultado de postura incor-
reta, movimentos inadequados, altas forças para ope-
ração.
9.4.2 Dispositivos de atuação de comando não devem
ser vermelhos.
NOTA - Para dispositivos elétricos de comando bimanuais, ver
também EN 60204-1.
9.4.3 Dispositivos de atuação de comando não devem
formar pontos de cisalhamento ou corte com quaisquer
outras partes.
9.4.4 O dispositivo de comando bimanual, o sistema de
comando principal da máquina e suas interconexões
devem ser de categorias correspondentes, de acordo com
a NBR 14153.
9.5 Prevenção de sinais de saída não intencionais, por
força de aceleração
Forças previsíveis, causadas por aceleração ao dis-
positivo de comando bimanual, não devem causar um
sinal de saída, por exemplo, impacto acidental, algo que
caia sobre o dispositivo, etc.
9.6 Operação não intencional de máquinas móveis e
máquinas portáteis manuais
9.6.1 Um dispositivo de comando bimanual deve ser
projetado para impedir sua operação não intencional,
conseqüente do manuseio normal da máquina móvel
e/ou portátil manual e seus comandos.
9.6.2 Um dispositivo de comando bimanual deve ser
projetado de tal forma que ações separadas e não si-
milares, dos dispositivos de atuação de comando, sejam
necessárias para liberar o sinal de entrada para início do
movimento perigoso da máquina.
NOTAS
1 A aplicação de dois dispositivos de atuação de comando em
apoios móveis separados não atende a este requisito, a menos
que seu método de operação seja diferente.
2 A aplicação de um meio automático de bloqueio da posição
desacionada em um dos dispositivos de atuação de comando
fornece um maior nível de proteção.
9.7 Dispositivos móveis de comando bimanuais
9.7.1 Os atuadores e suas proteções de suporte, de um
dispositivo móvel de comando bimanual, devem ser
estáveis em utilização normal (ver EN 292-2).
NOTA - Isso pode ser atingido pela aplicação de uma grande
massa ou outros meios adequados.
9.7.2 Dispositivos móveis de comando bimanuais devem
ser providos de meios para impedir seu movimento
durante a operação.
NOTA - Isso pode ser atingido pela aplicação de uma grande
massa, utilização de rodízios bloqueáveis ou quaisquer outros
meios adequados.
9.7.3 Meios devem estar disponíveis para a manutenção
e verificação da necessária distância de segurança entre
os dispositivos de atuação de comando e a zona de perigo
(ver 9.8 e 12.2), por exemplo, por um anel distanciador,
para manter a distância (ver figura 4).
9.7.4 Tubos, cabos e conexões devem ser protegidos con-
tra danos, aplicando-se as considerações de 9.2 e
9.4.4.
9.8 Distância de segurança
Para o cálculo da distância de segurança necessária
entre os dispositivos de atuação de comando e a zona de
perigo (ver NBR 13761), o seguinte deve ser levado em
consideração:
- forma e disposição do dispositivo de comando
bimanual;
- tempo de resposta do dispositivo de comando
bimanual;
- tempo máximo necessário para a paralisação da
máquina ou para a remoção do perigo, após o término
do sinal de saída do dispositivo de comando bima-
nual;
- utilização projetada para a máquina;
- normas aplicáveis do tipo C.
NBR 14152:1998 9
Figura 4 - Exemplo de um dispositivo móvel de comando a duas mão, com anel distanciador
10 Verificação
10.1 Requisitos gerais para verificação
Os requisitos especificados para dispositivos de comando
bimanuais, como identificado na apreciação do risco,
devem ser verificados pela avaliação teórica do projeto e
por ensaios práticos.
Um resumo dos procedimentos de verificação é fornecido
na tabela 2. Esses procedimentos têm a finalidade de
verificar os requisitos de segurança do dispositivo de co-
mando bimanual, incluindo suas características fun-
cionais.
Os procedimentos de verificação se referem, exclusiva-
mente, ao dispositivo de comando bimanual e não levam
em consideração o efeito possível do sistema de coman-
do da máquina, ao qual o dispositivo de comando bima-
nual está conectado. Sinal(is) de resposta do sistema de
comando da máquina, que possa(m), eventualmente,
ser requerido(s) pelo projeto do dispositivo de comando
bimanual, deve(m) ser simulado(s).
Os procedimentos de verificação que devem ser con-
siderados dependem do projeto do dispositivo de coman-
do bimanual, do tipo de dispositivo de comando bima-
nual, das condições de operação, da forma de fixação e
posicionamento do dispositivo de comando bimanual e
do requisito específico de distância de segurança, etc.
Esses procedimentos de verificação incluem inspeção
visual, verificação de desempenho, medição e avaliação
teórica. Esta Norma fornece alguma orientação sobre
procedimentos de ensaio, em particular na “prevenção
de burla”, porém esta Norma não especifica, deta-
lhadamente, metodologias de ensaio.O projetista e/ou fabricante deve providenciar que o dis-
positivo de comando bimanual seja verificado e/ou que
seja feito ensaio de uma peça, de forma a demonstrar,
que está conforme às especificações de projeto. Os re-
quisitos dessas especificações podem ser fornecidos em
normas, por exemplo, EN 60204-1, ou pelo projetista,
quando não existirem normas.
10.2 Inspeção visual
A inspeção visual tem o objetivo de verificar as ca-
racterísticas requeridas para o tipo específico de dispo-
sitivo de comando bimanual apenas por exame físico e
deve ser aplicada aos itens listados na tabela 2.
Quaisquer componentes utilizados como componentes
bem ensaiados devem ser especificamente identificados
pelo fabricante.
10.3 Verificação de desempenho
A verificação de desempenho verifica as características
requeridas para a operação do tipo específico de dis-
positivo de comando bimanual. A simulação de defeito é
baseada na análise de defeitos do projeto do dispositivo
de comando bimanual. Inclui a simulação de todos os
defeitos relacionados à segurança para o tipo II, tipo III B
e tipo III C (ver tabelas 1 e 2).
10.4 Medições
As medições verificam figuras, sinais binários, ca-
racterísticas mecânicas, tempos, etc., especificados pelo
projetista, para atender aos requisitos desta Norma.
10.5 Prevenção de burla
Verificações dimensionais para a prevenção de burla são
fornecidas no anexo A.
Para os tipos mais comuns de projeto, algumas, ou todas,
inspeções dimensionais devem ser aplicadas (ver
também seção 8). A utilização prevista e a forma do dispo-
sitivo de comando bimanual indicam quais das veri-
ficações dimensionais do anexo A são necessárias, já
que algumas das verificações dimensionais estão
contidas em outras e outras são complementares.
Essa combinação de verificações tem o objetivo de impedir
a burla por uma mão apenas e, também, a burla na uti-
lização de uma mão e o cotovelo, o joelho, os quadris, a
coxa ou o estômago.
anel distanciador
10 NBR 14152:1998
Tabela 2 - Procedimento de verificação
Procedimento
Item Requisitos de segurança Inspecão Verificação Medição Observações
visual de
desempenho
Requisitos gerais
9.2 Condições de operação
influência do meio-ambiente X X Aplicação das normas pertinentes
9.3 Requisitos de proteções X X Por ensaio de uma peça
9.4 Seleção, projeto e instalação de
dispositivos de atuação de comando X X X
9.5 Sinal de saída não intencional, por
forças de aceleração X X
9.6 Atuação não intencional de comando X X Para máquinas móveis e
portáteis manuais
9.7 Estabilidade X Para dispositivos móveis de
 comando bimanuais
9.8 Tempo de resposta X
11 Identificação X
Características funcionais
5.1 Utilização das duas mãos X X
5.2 Relação entre sinal de saída e X
entrada
5.3 Término do sinal de saída X
5.4 Operação acidental X X X Utilização dos métodos da seção 8
5.5 Burla X X X Pela aplicação de 10.5
5.6 Reinício X Verificação do reinício
5.7 Operação síncrona X X
Categoria do comando
6.2 Categoria 1 X Por identificação
6.3 Categoria 3 X X Simulação de defeito, ver 10.3
6.4 Categoria 4 X X Simulação de defeito, ver 10.3
11 Identificação
11.1 Os requisitos definidos em 5.4 da EN 292-2:1991 e
em 1.7.3 do anexo A do Amd A1:1995 devem ser
obedecidos.
11.2 Um dispositivo de comando bimanual conforme esta
Norma, e que não seja parte integrante da máquina, deve
ser identificado claramente e de forma permanente, com
os seguintes detalhes:
- nome e endereço do fabricante e/ou fornecedor
responsável;
- modelo ou tipo de referência do fabricante;
- número de série e ano de fabricação;
- tipo do dispositivo de comando bimanual, de acordo
com a seção 4 e tabela 1, e o número desta Norma,
por exemplo:
NBR 14152 Tipo IIIC
- tempo de resposta do dispositivo de comando
bimanual, como definido em 3.9;
- dispositivos elétricos de comando bimanuais
devem ser identificados com as informações
apropriadas sobre tensão de alimentação (ver
EN 60204-1);
- dispositivos de comando bimanuais, pneumáticos,
mecânicos e outros diferentes dos elétricos devem
ser identificados com as pressões de operação, ou
outras informações relevantes.
NBR 14152:1998 11
11.3 Se o dispositivo de comando bimanual consistir em
duas ou mais unidades separadas, ao menos uma uni-
dade deve ser identificada como especificado em 11.2.
Cada uma dessas unidades deve ser marcada de tal
forma que possa ser identificada como parte do mesmo
dispositivo de comando bimanual.
11.4 Um dispositivo de comando bimanual que cumpre
os requisitos desta Norma e que é parte integrante de
uma máquina deve ser identificado nesta, ao menos,
com o tipo do dispositivo de comando bimanual e com o
número desta Norma. Outras instruções e os dados
técnicos para o dispositivo de comando bimanual devem
ser fornecidas no manual de instruções da máquina.
NOTA - Essa identificação deve estar na identificação principal
da máquina ou próxima aos dispositivos de atuação de comando.
11.5 Componentes de dispositivos de comando bima-
nuais devem ser identificados, se necessário, para a fina-
lidade de manutenção e/ou reparo.
12 Informação para instalação, utilização e
manutenção
12.1 Fornecimento de informações
Os requisitos fixados em 5.5 da EN 292-2:1991 e em
1.7.4 do anexo A do Amd A1:1995 devem ser seguidos.
A informação deve ser prestada pelo fabricante ou seu
representante autorizado, na língua portuguesa, sobre a
instalação, uso e manutenção do dispositivo de comando
bimanual (ver EN 292-2).
A informação pode ser fornecida na forma de desenhos,
diagramas, tabelas e/ou informação escrita.
12.2 Instruções de instalação
A menos que o dispositivo de comando bimanual seja
parte integrante da máquina, as seguintes informações
devem ser fornecidas:
- dimensões físicas;
- espaço necessário para, por exemplo, instalação,
inspeção, manutenção, etc.;
- forma de fixação;
- explicação de como deve ser determinada a ne-
cessária distância de segurança (ver 9.8);
- tempo de resposta;
- propriedades necessárias, incluindo orientação
para seleção de categorias, de acordo com a
NBR 14153, para a correta interação e intercone-
xão entre o dispositivo de comando bimanual e a
parte relevante, relacionada à segurança do sistema
de comando da máquina;
- dimensões e tipo da rede de alimentação e inter-
conexão, por exemplo, cabos, eletrodutos sólidos ou
flexíveis e sua disposição recomendada;
- dispositivos de proteção, por exemplo, fusíveis,
válvulas redutoras de pressão, etc.;
- instruções para o procedimento da partida inicial;
- instruções de ajuste e calibração;
- procedimentos de teste para verificação da ope-
ração correta do dispositivo de comando bimanual e
partes relevantes do sistema de comando da má-
quina;
- limitações de utilização planejada;
- medidas contra a má utilização previsível.
12.3 Instruções para utilização
As intruções devem ser fornecidas em linguagem clara,
possibilitando a utilização correta e segura do dispositivo
de comando bimanual.
Fotografias, diagramas, símbolos e figuras devem ser
utilizados, onde apropriado.
As instruções de utilização devem prover informações
para verificação do funcionamento correto e para permitir
o reconhecimento de falhas.
12.4 Instruções de manutenção
As instruções de manutenção devem conter a seguinte
informação necessária para manutenção e reparo. Onde
apropriado, devem incluir desenhos e diagramas de
circuitos:
- instruções apropriadas de segurança, como parte
de qualquer lista de manutenção e/ou reparo;
- uma tabela para manutenção sistemática;
- lista de peças;
- designação clara das peças do dispositivo de co-
mando bimanual, de acordo com diagramas, de-
senhos e descrições.
/ANEXOS
12 NBR 14152:1998
Anexo A (normativo)
Verificações dimensionais para impedira burla
As verificações dimensionais das figuras A.1 a A.6 são as
avaliações requeridas em 10.5, para checar as medidas
especificadas na seção 8. As figuras A.1 a A.12 são prin-
cípios fornecidos no texto para a prevenção de burla e
não representam todos os detalhes necessários para o
projeto de um dispositivo de comando bimanual.
A.1 Prevenção da burla na utilização de uma mão
- Separação dos dispositivos de atuação de comando
por uma distância maior ou igual a 260 mm (ver figu-
ra A.1).
- Separação dos dispositivos de atuação de comando
por uma ou mais barreiras, ou uma área elevada,
deve ser projetada de tal forma que os disposi-
tivos de atuação de comando não possam ser
tocados com as extremidades de um cordão de
260 mm, representando a distância equivalente a
um palmo (ver figura A.2).
- Separação dos dispositivos de atuação de comando
por colares e por orientação, de tal forma que os
dispositivos de atuação de comando não possam
ser tocados com as extremidades de um cordão de
260 mm (ver figura A.3).
A.2 Prevenção de burla pela utilização da mão e
cotovelo do mesmo braço (ver 8.3)
- Separação dos dispositivos de atuação de co-
mando, por uma distância igual ou maior que
550 mm (ver figura A.4).
- Separação dos dispositivos de atuação de co-
mando, pela aplicação de uma ou mais barreiras ou
uma área elevada, projetada, de tal forma que, os
dispositivos de atuação de comando não possam
ser tocados ao mesmo tempo pelas duas extremi-
dades do equipamento de medição, que consiste
em uma barra rígida de 300 mm, não excedendo
5 mm de diâmetro e um cordão de 250 mm, fixo a
essa barra. A barra representa o antebraço e o cordão
representa a mão e deve ser aplicado em todas as
posições possíveis de operação (ver figura A.5).
- Separação dos dispositivos de atuação de comando
por barreiras, que são projetados para limitar o aces-
so do lado de operação e do lado traseiro, de tal for-
ma que os dispositivos de atuação de comando não
possam ser operados do lado de operação pelo cume
de um cone de ensaio, que representa o cotovelo
(ver figura A.6 para aplicação). As dimensões desse
cone de ensaio devem estar de acordo com a figu-
ra A.7.
- Dispositivos de atuação de comando de diferentes
tipos e/ou direções de operação (ver figuras A.8 e
A.9).
NOTAS
1 Para a configuração da figura A.8, também deve ser utilizada a
configuração barra - cordão (ver figura A.5) e cone de ensaio
para colar (ver figuras A.6 e A.7).
2 Para a configuração da figura A.9, também deve ser utilizada
a configuração barra - cordão (ver figura A.5) e cone de ensaio
para colar e para barreira (ver figuras A.6 e A.7).
A.3 Prevenção de burla no uso dos antebraços(s)
ou cotovelo(s)
- Barreiras projetadas de tal forma que os dispositivos
de atuação do comando não possam ser operados
pelos antebraços e/ou cotovelos (ver figura A.10).
NOTA - Para a configuração da figura A.10, utilizar cone de
ensaio (ver figuras A.6 e A.7).
A.4 Prevenção de burla na utilização da mão e
outras partes do corpo (ver 8.5)
- Localização dos dispositivos de atuação do
comando em uma superfície horizontal ou próximos
a uma superfície horizontal, situada ao menos a
1 100 mm do piso ou nível de acesso (ver figu-
ra A.11).
- Localização dos dispositivos de atuação de
comando em uma superfície vertical ou próximos a
uma superfície vertical, com colares de proteção em
volta dos dispositivos de atuação de comando e/ou
barreiras (ver figuras A.6 e A.7).
- Coberturas e/ou barreiras (ver figura A.10).
Figura A.1 - Separação por distância
≥ 260 mm
NBR 14152:1998 13
Figura A.2 - Separação por área elevada
Figura A.3 - Separação por colares e por orientação
Figura A.4 - Separação por distância
≥ 550 mm
14 NBR 14152:1998
Figura A.5 - Separação por barreiras
Figura A.6 - Aplicação de um cone de ensaio
Cordão 250 mm
Barra 300 mm
Figura A.7 - Dimensões do cone de ensaio
NBR 14152:1998 15
Figura A.8 - Separação por colar e barreira
Figura A.9 - Separação por colar e barreira de orientação
Figura A.10 - Separação por barreiras
16 NBR 14152:1998
Figura A.11 - Prevenção de burla por posição
Figura A.12 - Separação por colares e por posição
/ANEXO B
NBR 14152:1998 17
Anexo B (informativo)
Utilização de categorias (de acordo com a NBR 14153) em tipos de dispositivos de comando bimanuais
Tabela B.1 - Categorias em tipos de dispositivos de comando bimanuais
Categoria Resumo de requisitos Tipos de dispositivos
(ver seção 6 da NBR 14153:1998) de comando
 bimanuais
B Partes de sistemas de comando relacionadas à segurança e/ou seu equipamento
de proteção, bem como seus componentes, devem ser projetados, construídos, -
selecionados, montados e combinados de acordo com as normas relevantes, de
tal forma que, possam resistir às influências previstas
1 Aplicam-se os requisitos de B
Devem-se utilizar componentes bem testados e aplicar princípios de segurança I e IIIA
comprovados
2 Aplicam-se os requisitos de B e devem-se aplicar princípios de segurança
comprovados
II e IIIB
A função de segurança deve ser verificada a intervalos adequados, pelo sistema
de comando da máquina
3 Aplicam-se os requisitos de B e devem-se aplicar princípios de segurança
comprovados
As partes relacionadas à segurança devem ser projetadas de tal forma que: II e IIIB
- um defeito isolado, em qualquer dessas partes, não leve à perda da função de
segurança, e
- sempre razoavelmente praticável, o defeito isolado deve ser detectado
4 Aplicam-se os requisitos de B e devem-se aplicar princípios de segurança
comprovados
As partes relacionadas à segurança devem ser projetadas de tal forma que:
- um defeito isolado em qualquer dessas partes não leve à perda da função de IIIC
segurança, e
- o defeito isolado é detectado durante ou antes da próxima utilização da
 função de segurança. Se não for possível, então o acúmulo de defeitos não
pode levar à perda da função de segurança
/ANEXO C
18 NBR 14152:1998
Anexo C (informativo)
Bibliografia
C.1 Lista de publicações que orienta na avaliação de
sistemas eletrônicos programáveis:
- Funcional Safety - Safety related systems
(Draft IEC 1508)
- HSE Guidelines - Programable Electronic Systems in
Safety Related Applications Part 1 (ISBN 0 11 883913 6)
and Part 2 (ISBN 0 11 883906 3)
- Grundsätze für Rechner in Systemen mit
Sicherheitsaufgaben (DIN V VDE 0801 Jan. 1990)
- Personal Safety in Microprocessor Control Systems (ECR
184 and 185, Elektronikcentralen, Denmark)

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