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Segunda Semana do Desenvolvimento Embrionário

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Concepção I Embriologia Lucas Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Ao decorrer da implantação do blastocisto, 
mudanças morfológicas no embrioblasto 
produzem um disco embrionário bilaminar 
formado pelo epiblasto e pelo hipoblasto. 
▪ O disco embrionário origina as camadas 
germinativas que formam todos os tecidos e 
órgãos do embrião. 
▪ As estruturas extraembrionárias que se formam 
durante a segunda semana são cavidade 
amniótica, o âmnio, e a vesícula umbilical 
conectada ao pedículo e o saco coriônico. 
 
 
 
▪ A implantação do blastocisto termina durante a 
segunda semana. 
▪ Conforme o blastocisto se implante, mais o 
trofoblasto entra em contato com o endométrio 
e se diferencia em duas camadas: 
o O citotrofoblasto, que é mitoticamente 
ativa e forma novas células que migram para 
a massa crescente de sinciciotrofoblasto, 
onde se fundem e perdem as membranas 
celulares. 
o O sinciciotrofoblasto, uma massa 
multinucleada que se expande rapidamente, 
na qual nenhum limite celular é visível. 
▪ O sinciciotrofoblasto é erosivo e invade o tecido 
conjuntivo endometrial enquanto o blastocisto 
se incorpora ao endométrio. 
▪ As células sinciciotrofoblásticas deslocam as 
células endometriais no local da implantação. As 
células endometriais sofrem apoptose, o que 
facilita a invasão. 
 
 
Atenção: Os mecanismos moleculares da 
implantação envolvem a sincronização entre o 
blastocisto invasor e um endométrio receptivo. As 
microvilosidades das células endometriais, as 
moléculas de adesão celular (integrinas), citocinas, 
prostaglandinas, hormônios (gonadotrofina 
coriônica humana [hCG] e progesterona), fatores de 
crescimento, enzimas de matriz extracelular e 
outras enzimas (metaloproteinases de matriz e 
proteína quinase A) têm o papel de tornar o 
endométrio mais receptivo. Além disso, as células 
endometriais ajudam a controlar a profundidade de 
penetração do blastocisto. 
 
▪ Algumas células do tecido conjuntivo ao redor 
do local de implantação, as células deciduais, se 
degeneram nas proximidades do 
sinciciotrofoblasto invasor. 
▪ O sinciciotrofoblasto usa essas células que 
servem como fonte de nutrientes para o 
embrião. 
▪ O sinciciotrofoblasto produz o hormônio hCG, 
que entra na circulação materna através de 
lacunas e o hCG mantém a atividade hormonal 
do corpo lúteo no ovário, durante a gestação, 
que secreta estrogênio e progesterona para 
manter a gestação. 
 
 
 
 
ª
 
ª
 
Concepção I Embriologia Lucas Silva 
▪ Com a progressiva implantação do blastocisto 
surge um espaço no embrioblasto, que dará 
origem a cavidade amniótica. 
▪ As células amnogênicas, os amnioblastos, se 
separam do epiblasto e formam o âmnio, que 
reveste a cavidade amniótica. 
▪ Mudanças morfológicas no embrioblasto 
resultam na formação de uma placa bilaminar 
de células achatadas. O disco embrionário, que 
é formado por duas camadas: 
o Epiblasto (ectoderma), uma camada mais 
espessa, constituída de células cilíndricas 
altas, voltadas para a cavidade amniótica. 
o Hipoblasto (endoderma), composto de 
células cuboides pequenos adjacentes à 
cavidade exocelômica. 
▪ O epiblasto forma o assoalho da cavidade 
amniótica e está perifericamente em 
continuidade com o âmnio. O hipoblasto forma 
o teto da cavidade exocelômica e é contínuo 
com a membrana exocelômica. 
 
▪ Essa membrana, com o hipoblasto, reveste a 
vesícula umbilical primitiva. 
▪ As células do endoderma da vesícula produzem 
uma camada de tecido conjuntivo, o 
mesoderma extraembrionário, que passa a 
envolver o âmnio e a vesícula umbilical. 
▪ A vesícula umbilical e a cavidade amniótica 
possibilitam os movimentos morfogenéticos das 
células do disco embrionário. 
▪ Com a formação do âmnio, disco embrionário e 
vesícula umbilical aparecem lacunas no 
sinciciotrofoblasto. Essas lacunas são 
preenchidas por uma mistura de sangre 
materno e restos celulares uterinas, o 
embriotrofo, e fornece nutrição para o embrião. 
▪ A comunicação dos capilares endometriais 
rompidos com as lacunas no sinciciotrofoblasto 
estabelece a circulação uteroplacentária 
primitiva. 
▪ Quando o sangue materno flui para rede 
lacunar, o oxigênio e as substâncias nutritivas 
passam para o embrião. O sangue oxigenado 
passa para as lacunas a partir das artérias 
endometriais espiraladas, e o sangue pouco 
oxigenado é removido das lacunas pelas veias 
endometriais. 
▪ No 10º dia, o concepto (embrião + membranas) 
está completamente implantado no endométrio 
uterino, que é fechado por um tampão, um 
coágulo sanguíneo fibrinoso. 
▪ Por volta do 12º dia, o epitélio quase totalmente 
regenerado recobre o tampão. Isso resulta 
parcialmente da sinalização de AMPc e 
progesterona. 
▪ Assim que o concepto se implanta, as células do 
tecido conjuntivo endometrial continuam 
passando por transformações: é a reação 
decidual. 
▪ As células incham devido ao acúmulo de 
glicogênio e lipídios no citoplasma. A principal 
função da reação decidual é fornecer nutrientes 
para o embrião e um local imunologicamente 
privilegiado para o concepto. 
 
 
 
▪ Em um embrião de 12 dias, as lacunas 
sinciciotrofoblásticas fusionam para formar a 
rede lacunar, apresentando uma aparência 
esponjosa. Que são os primórdios dos espaços 
intervilosos da placenta. 
▪ A formação dos vasos sanguíneos no estroma 
endometrial está sob a influencia do estrogênio 
e da progesterona. 
Concepção I Embriologia Lucas Silva 
 
 
▪ Os sinusoides são erodidos pelo 
sinciciorofoblasto e o sangue materno flui 
livremente para dentro da rede lacunar. 
▪ O trofoblasto absorve o fluido nutritivo que é 
transferido para o embrião. 
▪ Conforme ocorrem mudanças no trofoblasto e 
no endométrio, o mesoderma 
extraembrionário aumenta e aparecem 
espaços celômicos extraembrionários isolados. 
▪ Esses espaços se fundem e formam uma grande 
cavidade, o celoma extraembrionário, que 
envolve o âmnio e a vesícula umbilical, exceto 
onde eles estão aderidos ao córion (membrana 
fetal mais externa) pelo pedículo de conexão. 
▪ A formação do celoma extraembrionário, 
diminui a vesícula umbilical primitiva e se forma 
a vesícula umbilical secundária. 
 
Obs.: A vesícula umbilical dos humanos não contém 
vitelo porem ela é o local das células germinativas 
primordiais (gametas) e transfere nutrientes para o 
embrião. 
 
 
▪ O final da segunda semana é marcado pelo 
aparecimento das vilosidades coriônicas 
primárias. 
▪ As projeções celulares formam as vilosidades 
coriônicas primárias, que são o primeiro estágio 
de desenvolvimento das vilosidades coriônicas 
da placenta (órgão fetomaternal de troca 
metabólica entre o embrião e a mãe). 
▪ O celoma extraembrionário divide o 
mesoderma extraembrionário em duas 
camadas: 
o O mesoderma somático extraembrionário, 
que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio. 
o O mesoderma esplâncnico 
extraembrionário, que envolve a vesícula 
umbilical. 
▪ O mesoderma somático extraembrionário e as 
duas camadas do trofoblasto formam o córion 
(membrana fetal mais externa), que forma a 
parede do saco coriônico. 
 
 
O embrião, o saco amniótico e a vesícula umbilical 
(saco vitelino) estão suspensos dentro desse saco 
pelo pedículo de conexão. 
O celoma extraembrionário é o primórdio da 
cavidade coriônica. 
 
Concepção I Embriologia Lucas Silva 
 
 
▪ A implantação do blastocisto no endométrio 
uterino inicia-se no fim da primeira semana e é 
completado no final da segunda semana. 
▪ A zona pelúcida se degenera (dia 5). O 
desaparecimento dela resulta do crescimento 
do blastocisto e da degeneração causada por lise 
enzimática. As enzimas líticas são liberadas pelo 
acrossoma dos espermatozoides que rodeiam e 
parcialmente penetram a zona pelúcida. 
▪ O blastocisto adere ao epitélio endometrial (dia 
6). 
▪ O trofoblasto se diferencia em duas camadas, o 
sinciciotrofoblasto e o citotrofoblasto (dia 7). 
▪ O sinciciotrofoblasto provoca a erosão do 
tecido endometrial e o blastocisto começa a se 
implantar ao endométrio (dia 8). 
▪ Surgem lacunascheias de sangue no 
sinciciotrofoblasto (dia 9). 
▪ O blastocisto penetra o epitélio endometrial e 
a falha é preenchida por um tampão (dia 10). 
▪ Ocorre a formação da rede lacunar pela fusão 
de lacunas adjacentes (dias 10 e 11). 
 
 
▪ O sinciciotrofoblasto provoca a erosão dos 
vasos sanguíneos endometriais, permitindo 
que o sangue materno entre nas redes lacunares 
e saia delas, estabelecendo, assim, a circulação 
uteroplacentária (dias 11 e 12). 
▪ A falha do epitélio endometrial é reparada (dias 
12 e 13). 
▪ As vilosidades coriônicas primárias se 
desenvolvem (dias 13 e 14). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Concepção I Embriologia Lucas Silva 
ª
▪ Assim que o blastocisto completa a implantação 
no endométrio uterino ocorre uma rápida 
proliferação e diferenciação do trofoblasto. 
▪ As mudanças no endométrio resultantes da 
adaptação desses tecidos em preparação para a 
implantação são denominadas de reação 
decidual. 
▪ Concomitantemente, forma-se a vesícula 
umbilical primitiva e ocorre o desenvolvimento 
do mesoderma extraembrionário. O celoma 
(cavidade) extraembrionário forma-se a partir 
de espaços presentes no mesoderma 
extraembrionário. Posteriormente, o celoma se 
torna a cavidade coriônica. 
▪ A vesícula umbilical primitiva diminui e 
desaparece gradativamente conforme ocorre o 
desenvolvimento da vesícula umbilical 
secundária. 
▪ A cavidade amniótica aparece entre o 
citotrofoblasto e o embrioblasto. 
▪ O embrioblasto se diferencia em um disco 
embrionário bilaminar formado pelo epiblasto, 
voltado para a cavidade amniótica, e pelo 
hipoblasto, adjacente à cavidade blastocística. 
▪ O desenvolvimento da placa pré-cordal, um 
espessamento localizado no hipoblasto, indica a 
futura região cranial do embrião e o futuro local 
da boca; a placa pré-cordal também é um 
importante organizador da região da cabeça.

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