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Concepção I Genética Lucas Silva ▪ O DNA é replicado durante a fase S da interfase e a enzima central envolvida é a DNA-polimerase, que catalisa a junção de desoxirribonucleosídeos 5’-trifosfatados (dNTPs) para formar a cadeia crescente de DNA. ▪ O DNA é separado das histonas, são duplicados tanto as moléculas de DNA quanto as proteínas histonas e esse processo de replicação dura em média 8 horas. ▪ A sobrevivência de uma espécie requer estabilidade genética, principalmente durante o processo de replicação. ▪ Acidentes aleatórios e erros podem acontecer, alterando a sequência de nucleotídeos – que se não forem corrigidos podem ocasionar mutações. Obs.: Nosso DNA sofre muitas mutações, porém muitas dessas mutações não atinem os genes (a maioria ocorre no DNA não codificante). Características da replicação: A natureza semiconservativa do DNA ocorre devido ao fato de que cada nova molécula de DNA apresentar uma fita filha nova e uma fita parental velha. ▪ As pontes de hidrogênio são quebradas e as bases são expostas para que a DNA polimerase consiga fazer duas fitas idênticas. ▪ Cada uma das duas fitas de DNA é usada como molde para formação da fita de DNA complementar. Desta maneira a dupla hélice da molécula de DNA pode ser copiada precisamente. Locais específicos na sequência do DNA, nos quais determinadas proteínas (helicase especificas) se ligam para iniciar a replicação. → Forquilha de Replicação. o Eucariontes: Múltiplas origens o Procariontes: Origem única ▪ Para ser ativada, a origem de replicação é reconhecida por um complexo proteico chamado Complexo de reconhecimento de origem (ORC). Esse complexo liga-se às origens e sinaliza para que outras proteínas reguladoras (helicase) se liguem também. ▪ Existe também as proteínas do Complexo pré- replicativo (Pré-RC) que quando se liga a uma origem de replicação, o ORC é fosforilado e o processo de replicação se inicia. Após a replicação, o complexo Pré-RC se desliga da origem e impede a leitura dessa mesma origem. ▪ A replicação dos eucariontes ocorre em múltiplos pontos para otimizar o tempo de replicação devido a grandeza do material genético. (levaria 1 ano para replicar tudo se começasse em um único ponto). Ao contrario dos procariontes, que possui um material genético muito menor, logo apresenta apenas um ponto de origem. ▪ A origem de replicação é sempre a mesma. E o DNA utiliza sequencias especificas de nucleotídeos para sinalizar as enzimas o ponto de origem da replicação. ▪ A origem de replicação corresponde a uma sequência de 9/13 nucleotídeos de pares de Adenina e Timina, uma vez que é mais fácil abrir essas bases (2 ligações de hidrogênio), demandando menos energia. ▪ A helicase abre a dupla hélice e origina a forquilha de replicação, que é o local da replicação. Cada uma das diversas forquilhas que são abertas nos pontos de origem se encontram e concluem a replicação, gerando novas moléculas de DNA. Concepção I Genética Lucas Silva É a região do DNA na qual todas as proteínas envolvidas se reúnem para realizar a síntese das fitas-filhas. ▪ Nessas forquilhas, a máquina de replicação se desloca sobre o DNA, causando a abertura das duas fitas da dupla-hélice e usando cada uma das fitas como molde para produzir uma fita nova. ▪ Duas forquilhas de replicação são formadas a partir de cada origem de replicação. A replicação do DNA ocorre para os dois lados da molécula, acelerando ainda mais o processo. A replicação é bidirecional a partir da origem de replicação. ▪ Uma mesma fita de DNA é sintetizada de forma continua e descontinua (depende do sentido da replicação). o 5’ → 3’ Replicação contínua o 3’ → 5’ Replicação descontinua DNA-polimerase, Primases, Topoisomerases, Ligases e Helicases ▪ Bases: o Desoxicitidina – Trifosfato (dCTP) o Desoxiadenosina – Trifosfato (dATP) o Desoxiguanosina – Trifosfato (dGTP) o Desoxitimidina – Trifosfato (dTTP) ▪ Co-fatores (íons) – Um dos mais importantes é o magnésio, que compõe a DNA-polimerase. DNA-polimerase e a replicação Complexo enzimático constituído por 20 cadeias polipeptídicas que apresenta dois sítios catalíticos e, portanto, um mesmo complexo realiza a replicação das duas fitas ao mesmo tempo. (Isso explica a descontinuidade) o DNA-polimerase I, II, III... → Procariontes o DNA-polimerase α, δ, ε... → Eucariontes ▪ Alta processividade, potência catalítica e fidelidade ▪ Adiciona nucleotídeos trifosfato às extremidades 3’OH livre – Atividade polimerase que catalisa o crescimento sempre no sentido 5’ para 3’. É devido a essa característica da DNA-polimerase que há formação de uma molécula descontinua. ▪ Essa enzima catalisa a adição de nucleotídeos à extremidade 3’ de uma cadeia crescente de DNA pela formação da ligação fosfodiéster entre a extremidade 3’ e o grupo 5’-fosfato do nucleotídeo a ser incorporado. ▪ Os nucleotídeos entram na reação inicialmente como trifosfatos de nucleosídeos que fornecem energia para a polimerização. Concepção I Genética Lucas Silva ▪ Essa enzima é incapaz de fazer o DNA do zero (precisa ter extremidade 3’OH livre). Logo, é a Primase que resolve esse problema adicionando os primers (sequências de RNA com 7 nucleotídeos) e assim fornece a extremidade 3’ pareada como ponto de início para que a DNA- polimerase consiga iniciar a replicação. ▪ Na fita contínua, apenas um primer de RNA é necessário para começar a replicação. No entanto, na fita descontinua novos iniciadores são continuamente necessários. ▪ Uma DNA-polimerase de reparo substitui o RNA (não tem uracila) por DNA usando as extremidades dos fragmentos de Okazaki como iniciadores e a Enzima DNA-Ligase une a extremidade 5’-fosfato à extremidade 3’-OH do próximo fragmento. ▪ A DNA-polimerase apresenta atividade exonulease 3’ para 5’ que remove bases incorretas. Devido a velocidade podem ocorrer pareamentos indesejáveis e que precisam ser reparados. (1 erro a cada 10 mil nucleotídeos – esses erros ocorrem devido a tautomeria das bases nitrogenadas). ▪ A correção de erros ocorre ao mesmo tempo que a síntese de DNA. A polimerase, antes de adicionar o próximo nucleotídeo, verifica se o nucleotídeo inserido antes está pareado de forma correta. Se não estiver, a polimerase remove o nucleotídeo mal pareado e faz a correção. ▪ Somente uma das fitas de DNA é sintetizada de maneira continua, na direção da replicação da forquilha. A outra fita é formada de pedaços curtos e descontínuos de DNA que são sintetizados no sentido inverso. A DNA- polimerase gira a fita de DNA que está no sentido 5’-3’ para inverter a sua polaridade (3’ – 5’) e ela conseguir adicionar as bases nucleotídeos no sentido correto. ▪ Esses pedaços de DNA recém-sintetizados são chamados de Fragmentos de Okazaki e são unidos pela ação da DNA ligase, formando uma fita intacta. Concepção I Genética Lucas Silva Complexo de proteínas Abrem a dupla fita de DNA para que ocorre a replicação. Desenrola a dupla hélice. Ela gira o DNA no sentido contrario (esquerda) para diminuir a tensão sobre o DNA ainda em dupla hélice para evitar a quebra. Liga os fragmentos de Okazaki (fragmentos descontínuos) Síntese do RNA primer. Não tem uracila, é apenas porque o primer é uma fita simples que se liga ao DNA. Todos os primers são retirados depois. ▪ A dupla-hélice deve estar aberta à frente da forquilha de replicação e as proteínas responsáveis por essa abertura são a DNA- helicase, que utiliza energia do ATP para separar a dupla-hélice e Proteína ligadora de fita simples (Proteína SSB), que se liga na fita de DNA exposta pela helicase, evitando o repareamento das bases. ▪ Ainda temos a proteína grampo deslizante, que atua mantendo a DNA-polimerase firmemente ligada ao DNA-molde enquanto sintetiza novas fitas de DNA. O grampo deslizanteé removido e recolocado cada vez que um novo fragmento de Okazaki é produzido. ▪ Já a enzima DNA-topoisomerase atua aliviando a tensão da supertorção na parte do DNA que ainda não foi replicada. Replicação dos telômeros: ▪ Os telômeros apresentam sequencias que não apresentam genes e servem de proteção para os genes que estão dispostos mais internamente nos cromossomos. ▪ A retirada do último primer nas pontas dos cromossomos deixa a ponta da fita descontinua com a extremidade 5’ e, portanto, a DNA- polimerase não consegue polimerizar essa ponta, pois ela só adiciona nucleotídeos na ponta 3’. ▪ A enzima telomerase (transcriptase reversa) acrescenta uma fita de RNA simples, tanto na parte que está maior da molécula mãe quanto da molécula filha e isso adiciona uma extremidade 3’ para que a DNA-polimerase possa finalizar a replicação da parte final que importa do DNA. ▪ Esse processo cria uma nova extremidade com ponta 5’, porém agora de uma sequência “não- funcional” do DNA (telômero) e assim, uma enzima pode quebrar a fita de DNA que ficou sozinha. Concepção I Genética Lucas Silva ▪ A TELOMERASE NÃO ESTÁ PRESENTE EM CÉLULAS SOMANTICAS, ela é ativa nas células germinativas (o gene da telomerase fica inativo nessas células), e, portanto, a cada replicação o DNA das células somáticas diminuiu e esse encurtamento dos telômeros começa, com o tempo, a atingir genes importantes. Isso causa senescência das células e, consequente, dos tecidos e dos indivíduos. Síndrome de Werner – Envelhecimento precoce ▪ Causada por mutação no gene WRN (cromossomo 8) e que está relacionado à ausência de helicase. O que impede que o DNA seja aberto e replicado. Isso ocasiona a apoptose das células e não há renovação dos tecidos e, consequentemente, ocorrerá o envelhecimento precoce. ▪ Características: Baixa estatura, pele seca e enrugada. Calvície prematura, cabelos brancos, olhos proeminentes e crânio de maior tamanho. Síndrome de Hutchinson–Gilford (progéria) ▪ Caracterizada por um envelhecimento altamente acelerado devido a uma mutação no Gene LMNA (1q22) – lócus 22, do cromossomo 1. Com isso, ocorre mutação nas lâminas nucleares dos cromossomos, que servem para dar suporte durante a abertura dos núcleos. Dessa forma, as células não se dividem e não haverá regeneração tecidual.
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