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FACULDADE DE LETRAS – UFRJ 
Departamento de Letras Vernáculas 
Setor de Língua Portuguesa 
Curso: Leitura e Produção de Textos em Língua Portuguesa 
Professora: Raphaela Ribeiro Passos 
e-mail:raphaelapassos@letras.ufrj.br – 2020.2 (remote) 
Gêneros textuais: definição e funcionalidade – Luiz Antônio Marcuschi 
Gênero textual x Tipo textual 
“Para uma maior compreensão do problema da distinção entre gêneros e tipos textuais sem grande complicação 
técnica, trazemos a seguir uma definição que permite entender as diferenças com certa facilidade. Essa distinção é 
fundamental em todo o trabalho com a produção e a compreensão textual. Entre os autores que defendem uma posição 
similar à aqui exposta estão Douglas Biber (1988), John Swales (1990.), Jean- Michel Adam (1990), JeanPaul 
Bronckart (1999). Vejamos aqui uma breve definição das duas noções: 
 
(a) Usamos a expressão tipo textual para designar uma espécie de construção teórica definida pela natureza linguística de 
sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas). Em geral, os tipos textuais abrangem cerca 
de meia dúzia de categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção. 
 
(b) Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que 
encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, 
propriedades funcionais, estilo e composição característica. Se os tipos textuais são apenas meia dúzia, os gêneros são 
inúmeros. Alguns exemplos de gêneros textuais seriam: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, 
bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, notícia jornalística, horóscopo, receita culinária, 
bula de remédio, lista de compras, cardápio de restaurante, instruções de uso, outdoor, inquérito policial, resenha, edital de 
concurso, piada, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo por computador, aulas virtuais e assim 
por diante”. 
 
 
 
[...] 
 
(c) Usamos a expressão domínio discursivo para designar uma esfera ou instância de produção discursiva ou de 
atividade humana. Esses domínios não são textos nem discursos, mas propiciam o surgimento de discursos bastante 
específicos. Do ponto de vista dos domínios, falamos em discurso jurídico, discurso jornalístico, discurso religioso 
etc, já que as atividades jurídica, jornalística ou religiosa não abrangem um gênero em particular, mas dão origem a 
vários deles. Constituem práticas discursivas dentro das quais podemos identificar um conjunto de gêneros textuais 
que às vezes lhe são próprios (em certos casos exclusivos) como práticas ou rotinas comunicativas institucionalizadas”. 
Para concluir essas observações sobre os tipos textuais, vejamos a sugestão de Werlich (1973), que propõe uma matriz de 
critérios, partindo de estruturas linguísticas típicas dos enunciados que formam a base do texto. Werlich toma a base 
temática do texto representada ou pelo título ou pelo início do texto como adequada à formulação da tipologia. Assim, são 
desenvolvidas as cinco bases temáticas textuais típicas que darão origem aos tipos textuais (o que foi utilizado acima para 
a segmentação das sequências observadas na carta acima analisada). Vejamos isto na figura abaixo: 
 
 
 
 
Referência: 
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, Ângela P.; MACHADO, Anna 
R.; BEZERRA, Maria A. (Org.) Gêneros Textuais e Ensino. 2ª ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.

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