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Cuidador Escolar - artigo.

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São Paulo, 2020.
Bruna Carla de Lima Barbosa.
Neste artigo falarei sobre a importância do cuidador escolar, sua função e os benefícios
desse profissional no ambiente escolar.
Cuidador Escolar.
O cuidador escolar é o profissional necessário para que a rotina dos alunos de uma
instituição de ensino seja mais tranquila e bem aproveitada.
É responsável por ajudar as crianças a desenvolver as tarefas que ainda não conseguem
realizar sozinhas. Exerce um papel fundamental quando se trata de inclusão na educação,
pois também auxilia alunos com necessidades especiais, garantindo a eles segurança,
bem-estar e melhor adaptação no ambiente escolar.
Por isso e diversos outros motivos que em 2013 se tornou obrigatório a presença de
cuidador de alunos com necessidades especiais nas instituições de ensino.
Apesar da importância desse profissional, pouco se sabe sobre essa profissão e vamos
elucidar algumas dúvidas nos próximos tópicos.
Atendimento para crianças com deficiências.
O cuidador escolar auxilia alunos com necessidades especiais em parceria com o professor
regular. Ele ajuda os alunos a se locomoverem pelas dependências da escola, auxilia no
processo de aprendizado, lê e escreve pelo aluno, quando este não possui autonomia
intelectual ou motora para isso. O que contribui para o aprendizado e bem estar do aluno no
ambiente educacional.
Seu trabalho também envolve a higiene do estudante e elabora relatórios à escola e às
secretarias especializadas.
Inclusão Escolar.
Inclusão escolar refere-se às metodologias pedagógicas e recursos lúdicos e tecnológicos
utilizados pelos educadores em suas aulas, que colaboram para que alunos com alguma
deficiência consigam aprender. É uma forma de adaptar o ensino às necessidades dos
alunos.
Inclusão na educação é um grande desafio para os professores, por isso o cuidador de
alunos com necessidades especiais é tão importante. É ele quem vai, juntamente com o
docente, trabalhar para que alunos com deficiência consigam maximizar seu rendimento.
Existem diversas ferramentas que colaboram para que o professor consiga trabalhar a
inclusão em sala de aula, desde metodologias pedagógicas até recursos que envolvem o
uso de brinquedos inclusivos.
Os cuidadores, junto com os docentes, pode auxiliar em atividades e na utilização dos
recursos com alunos, por exemplo:
Utilizar objetos concretos ao invés de conceitos abstratos.
Utilizar recursos visuais, orais, táteis e auditivos que explorem os sentidos dos alunos.
Dê atividades em diferentes formatos, como impressos, desenhos, vídeos, discussões,
leitura e internet, por exemplo.
Tente ilustrar o que você está falando, gesticulando ou até interpretando caso seja
necessário.
Utilize recursos tecnológicos, como softwares educativos que estimulam os alunos a
construírem frases ou cálculos matemáticos.
Entenda a deficiência do aluno e disponibilize materiais de acordo com ela, por exemplo,
material em braile para alunos deficientes visuais.
Utilize a cartilha de diretrizes para o AEE do MEC, no qual encontra-se recursos
pedagógicos e ajudas técnicas para cada uma das deficiências.
Escola Inclusiva.
Acessibilidade e disponibilizar recursos pedagógicos adequados são as principais
características de uma escola inclusiva. Porém, inclusão na educação também envolve
estimular a interação entre os alunos com necessidades especiais e os demais alunos,
parceria entre escola e família, estimular senso de cooperação e colaboração e investir na
formação continuada dos profissionais.
Benefícios do auxílio de um cuidador.
O cuidador deve saber acompanhar precisamente o desenvolvimento da criança para
torná-lo progressivo e autônomo. Ele deve saber orientar, dar segurança e tranquilidade,
criar a relação de apego e identificar riscos de desenvolvimento das habilidades, para que a
criança não pule nenhuma etapa no seu crescimento. Além disso, o cuidador infantil
estimula o desenvolvimento do potencial e do sentimento de competência da criança, pois
elas nascem com uma tendência inata ao desenvolvimento, ou seja, a natureza humana
deve ser motivada e desafiada com o objetivo de não se esquecer do sentimento de
responsabilidade, competência, autonomia e rotina.
O vínculo de apego é uma necessidade humana básica e é fundamental, pois ajuda a
identificar oportunidades de contribuir com o desenvolvimento infantil. E esse vínculo se
fortalece durante os cuidados na rotina das crianças e por meio de conversas e encontros
singulares.
Com o cuidador infantil, a criança aprimora as habilidades de exploração, de liberdade
de movimento, da interpretação de mensagens, da oralidade, comunicação e equilíbrio.
Além disso, o cuidador reconhece as necessidades específicas da criança, possibilitando
que ela seja ela mesma, pelo contrário, ela agirá de acordo com o ambiente.
Outro fator muito importante é o próprio ambiente onde os cuidados são realizados, ou
seja, o ambiente deve ser seguro e confortável com a finalidade de oferecer acolhimento e
amenizar a fragilidade emocional e física da criança. E nesse ponto, o atendimento
domiciliar é extremamente relevante.
Regulamentação da profissão.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou em 12/06/2014, em
caráter conclusivo, proposta que obriga as escolas regulares a oferecer cuidador específico
para alunos com deficiência, se for verificado que eles precisam de atendimento
individualizado. A iniciativa está prevista no Projeto de Lei 8014/10.
Atualmente está tramitando na câmara dos deputados o Projeto de Lei da Câmara, Nº 11,
de 2016, que cria e regulamenta as profissões de Cuidador de Pessoa Idosa, Cuidador
Infantil, Cuidador de Pessoa com Deficiência e Cuidador de Pessoa com Doença Rara e dá
outras providências. Onde decreta as condições mínimas para atuação do profissional.
O texto estabelece requisitos mínimos para o exercício da atividade, como, por exemplo:
Art. 2º: O cuidador caracteriza-se pelo exercício de atividade de
acompanhamento e assistência à pessoa com necessidade temporária ou
permanente, mediante ações domiciliares, comunitárias, ou institucionais de
cuidado de curta ou longa permanência, individuais ou coletivas, visando à
autonomia e independência, zelando pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene
pessoal, educação, cultura, recreação e lazer.
É vedada aos profissionais a administração de medicamentos que não seja prescrita por
profissionais da saúde.
Art. 3º: O cuidador deverá preencher os seguintes requisitos para o exercício da
atividade:
I – possuir no mínimo dezoito anos completos, salvo na condição de
estagiário ou aprendiz;
II – haver concluído o ensino fundamental ou correspondente;
III – haver concluído, com aproveitamento, curso de qualificação
profissional, conforme disposto na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, inclusive com formação inicial e
continuada, organizado e regulamentado pelo Ministério da Educação, em
consonância com o Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004;
IV – não ter antecedentes criminais;
V – apresentar atestado de aptidão física e mental.
O texto informa que “As pessoas que já se encontrarem exercendo atividades próprias de
cuidador há, no mínimo, dois anos, por ocasião da data de publicação desta Lei, ficam
dispensadas da exigência a que se refere o inciso III do caput deste artigo, devendo
cumpri-la nos três anos seguintes à vigência desta Lei.”
O texto prevê as condições de contratação e as leis previdenciárias, informa a carga horária
e as possibilidades das jornadas.
O artigo mais importante do projeto aponta quais são os deveres do cuidador.
Art. 6º: São deveres do cuidador:
I – zelar pelo bem-estar, integridade física, saúde, alimentação, higiene
pessoal, educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida;
II – manter sigilo sobre as informações a que tem acesso em função de
sua atividade, relativas à família do empregador;
III – zelar pelo patrimônio do empregador no exercício de suas funções
e pelas dependências utilizadas pela pessoa assistida.O projeto foi aprovado em 2018 e seguiu para sanção.
Conclusão.
A profissão de cuidador escolar é fundamental para o andamento das tarefas escolares e
garante o bem-estar e segurança dos alunos. É uma profissão regulamentada e essencial
principalmente em ambientes inclusivos. Sua importância perpassa o de auxiliar, mas
também o de contribuir para uma educação inclusiva e igualitária quebrando barreiras e
limites, levando os educandos a se sentirem e viverem livres, em uma sociedade que
muitas vezes os excluem.
Bibliografia.
MIRANDA, Arlete Aparecida Bertoldo. História, deficiência e educação especial:
A prática pedagógica do professor de alunos com deficiência mental. Tese de
doutorado. Unimep: 2003. 207f.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa
Oficial, 1988.
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional
de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília:
MEC/SEESP, 2008.

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