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A coluna vertebral conta com a ação de uma unidade funcional (encontro de duas vértebras). Essa unidade está dividida em coluna anterior (corpo da vértebra e disco intervertebral) e coluna posterior (processos espinhosos e faceta articular). Perguntas: quando o paciente faz movimentos para frente ou para trás, o que ele sente? Movimentos para frente interferem na coluna anterior e movimentos para trás interferem na coluna posterior. Coluna vertebral cervical Fonte: NEUMANN – Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético Região pequena, com 7 vértebras e características anatômicas diferentes das outras regiões. Essas vértebras vão sustentar todo o peso da cabeça e comandar toda a movimentação que essa estrutura irá fazer. A coluna cervical é dividida em duas regiões: região de vértebra atípica e região de vértebra típica. C1: atlas C2: áxis Atlas tem o papel de sustentar a caixa craniana, por isso ele possui duas grandes áreas (2 platôs) que recebem o côndilo occipital. Áxis, pelo processo odontoide, se encaixa no atlas e forma uma constituição mecanicamente perfeita para que a calota craniana fique em cima do atlas e consiga fazer movimentos, principalmente a rotação. Movimentos: flexão, extensão, flexão lateral à esquerda, flexão lateral à direita e rotação. Fonte: NEUMANN – Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético Fonte: NEUMANN – Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético Todo movimento da coluna vertebral ocorre por um deslizamento das facetas articulares. A faceta é formada por cartilagem articular hialina, portanto, caso aconteça qualquer mudança nessa estrutura (um processo degenerativo instalado, por exemplo), começa-se a ter dificuldades de realização dos movimentos. De acordo com as atitudes posturais ao longo da vida, a idade (>50 anos, na maioria dos casos) e outros fatores, o deslizamento facetário vai ficando mais irregular, pois as facetas sofrem degeneração e/ou mudanças em suas estruturas. Flexão: as facetas deslizam para cima e para frente. Aumenta o calibre do forame. Tensiona o ligamento longitudinal posterior. Extensão: as facetas deslizam para baixo e para trás. Diminui o calibre do forame. Tensiona o ligamento longitudinal anterior. C O L U N A ervica Durante o movimento de flexo-extensão, o forame vai sofrer a mudança de seu calibre. Não é como uma mola que fecha e abre, mas sim pequenas mudanças no calibre providas pela permissão de movimento. A amplitude de movimento é influenciada pelas facetas, pelas características musculares da região e pela permissão dos tecidos moles (como os ligamentos, por exemplo) a esse movimento. Ligamento longitudinal anterior corre a frente dos corpos vertebrais e o ligamento longitudinal posterior corre juntamente aos processos espinhosos. Eles garantem a estabilidade estática das articulações e, conforme o movimento acontece, esses ligamentos terão comportamentos diferentes. Fonte: NEUMANN – Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético A parte principal do movimento de rotação é o encaixe entre atlas e áxis. Consequentemente, há um deslizamento das facetas nas outras vértebras, as quais acompanham o movimento, aumentando a amplitude. Nos casos em que não existem desequilíbrios musculares, a amplitude é grande tanto para um lado quanto para o outro. Contudo, se ocorrer alguma alteração nas facetas ou desequilíbrios entre os grupos musculares da esquerda e da direita, haverá uma diminuição da amplitude de movimento. Ângulo: 90º para cada lado. Quando as facetas atritam umas com as outras, vai gerando irregularidades na estrutura, dando origem aos processos degenerativos, os quais ocasionam a artrose (desgaste/processo implantado ao decorrer do tempo). Osso subcondral: fica logo abaixo da cartilagem articular. É um local altamente inervado. Se a degeneração deixa expor esse osso, o paciente irá sentir muitas dores. Translação da coluna cervical Fonte: NEUMANN – Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético Protração: flexão da parte cervical inferior e extensão da parte cervical superior. Retração: extensão da parte cervical inferior e flexão da parte cervical superior. Importância clínica: entendimento das disfunções musculares nas alterações posturais. Alteração cervicogênica gera cefaleia. Músculos superficiais cervicais Fonte: NEUMANN – Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético Os mais importantes são: trapézio fibras descendentes, trapézio fibras transversas, trapézio fibras ascendentes, levantador da escápula, romboides, serrátil. Fonte: NEUMANN – Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético Principais: Escalenos e esternocleidomastoideo. Músculos profundos cervicais Fonte: NEUMANN – Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético Os músculos estão distribuídos em superficiais e profundos. Os músculos superficiais têm como função serem músculos mobilizadores, que movimentam. Os músculos da camada profunda também produzem movimento, contudo a sua função principal é estabilizar. Os músculos superficiais ativam-se mais que os músculos profundos por falta de percepção nossa (se pedir para contrair o músculo reto anterior da cabeça, por exemplo, não conseguimos identificar). Assim, há um desequilíbrio, já que os superficiais são muito mais ativos que os profundos, gerando alterações mecânicas na coluna cervical. “Efeito chicote”: há uma alteração tanto nos estabilizadores estáticos (ligamentos) quanto nos estabilizadores dinâmicos (músculos) da articulação. Nesse movimento, os estabilizadores são levados a um limite de estresse além da possibilidade que eles possuem de se manterem íntegros. Os ligamentos, por exemplo, são tecidos inelásticos que possuem limites. Quando eles são “esticados”, sofrem deformação e podem se romper. Os músculos, como são elásticos, possuem tolerância muito grande à amplitude. Contudo, pode haver lesão das fibras musculares. Rompendo esses estabilizadores, pode haver lesão medular ou então compressão dessa estrutura.
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