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Patologia gástrica Estômago Dividido em 4 regiões: Cardia, fundo, corpo e antro Possuem características microscópicas que diferem em cada região. É um órgão em 4 camadas assim como no esôfago, sendo essas: Mais internamente: mucosa Abaixo da mucosa: submucosa Posteriormente: muscular (longitudinal externa, circular, porém, essa é uma camada intermediária agora, pois no estômago surge uma camada mais interna que é denominada de oblíqua) E por último: camada serosa (fina camada de tecido conjuntivo) Independe da região que estivermos analisando, seja cardia, fundo, corpo e antro, a mucosa será composta por: Epitélio simples, ou seja, é uma única camada de células Colunar ou prismático, pois essas células são altas E não menos importante, secretoras de muco Além do tecido epitelial fazendo esse revestimento, temos também a lâmina própria O que é lâmina própria? Tecido conjuntivo responsável por realizar nutrição, rico em células inflamatórias mesmo em condição de homeostasia, células com grande capacidade de secretar muco. Mas porque possuem essa capacidade? Ácido Temos também a camada muscular da mucosa. Formações de fossetas, dando origem a um epitélio denominado de glandular, esse epitélio tem função de glândula, encontramos uma variação de tipos celulares secretando substancias diferentes, sendo assim, epitélio glandular ou porção secretora. Tudo que essas células produzem ou secretam irá desembocar na fosseta gástrica. O epitélio glandular pode ser de formas distintas: Tubular simples ou ramificada Variação de acordo com a região Submucosa: Tecido conjuntivo moderadamente denso Rico em vasos sanguíneos e linfáticos Muscular: Ela é composta por músculo liso e possui três regiões distintas onde esses músculos estão dispostos de uma forma eferente: Mais externo: de forma longitudinal Média: de forma circular Mais interna: de forma oblíqua E por último a camada serosa, traz um revestimento final do órgão. Obs. Independente da região, a mucosa é composta por epitélio de revestimento que sofre invaginação, e dá origem as fossetas e a partir delas, tem- se um epitélio glandular. Gastrite Reação inflamatória na parede do estômago Pode ser classificada de duas formas: Primária: limitada a mucosa, ou seja, é uma inflamação que está acontecendo na mucosa pois essa mucosa está sendo agredida, ou seja, não é uma doença inflamatória associada a outro processo inflamatório, doenças inflamatórias sistêmicas Secundária: associada a doenças inflamatórias sistêmicas, podendo acometer além da mucosa como por exemplo: Doença de crohn Definição de gastrite: “É uma condição histopatológica sem quadro clinico especifico e, em grande número de indivíduos, assintomática. ” OBS. Na maioria das vezes tende a ser assintomática, e sem aspectos radiológicos, endoscópicos ou sorológicos específicos, sendo assim torna o estudo da gastrite difícil. Quando ocorre a gastrite? Em condições normais, o estômago apresenta mecanismos de injúria e o próprio organismo apresenta uma proteção gástrica, quando esses estão em equilíbrio não há formações de doença, no entanto quando há o predomínio dos mecanismos de injúria e uma diminuição dos mecanismos de proteção levando a um desequilíbrio, ocorre então a gastrite. Obs. O epitélio do estômago não é um epitélio resistente a ácido, ele é sensível ao ácido, porém como o ambiente é ácido, esse epitélio tem mecanismos de proteção contra esse ácido (mecanismo injuriante), sendo assim o Ph ácido é necessário para favorecer a digestão, porém esse danifica a mucosa gástrica. Porque isso não acontece em condições de homeostasia? Pois o muco está sendo produzido como uma forma de proteção. Sendo assim, o principal mecanismo de proteção: Camada fina de muco, essa realiza: Secreção de mucina Evita que partículas de alimento toquem diretamente o estômago PH neutro (bicarbonato) - proteção da mucosa Fluxo sanguíneo da mucosa: Liberação de nutrientes, bicarbonato e oxigênio para as células Transporte da membrana da superfície apical: Transportadores gástricos de bicarbonato, liberando esse na região de muco Capacidade regenerativa apical: Renovação de células Elaboração de prostaglandinas: Realização de citoproteção Aumento de agressão e redução da defesa= lesão da mucosa Gastrite aguda: Diagnóstico é pouco frequente Diagnóstico preciso: histopatológico + dados clínicos Principais causas: infecciosas Ex: família helicobacter heilmannii Gastrite crônica: Forma mais comum de inflamação gástrica Reação inflamatória na mucosa Infiltrado de leucócitos mono e polimorfonuclear (alta atividade frente a estímulo lesivo) Infiltrado inflamatório pode ser difuso ou focal Baixa correlação: sintomas clínicos x quadro endoscópico x histopatológico Obs. “ Na gastrite crônica superficial, a inflamação está limitada ao nível de criptas gástricas e da lâmina própria circundante”. “ A gastrite atrófica apresenta uma perda das glândulas especializadas, subdivididas em leve, moderada e intensa”. Principais etiologias da gastrite crônica: Helicobacter pylori Estresse psicológico Cafeína Álcool Autoimune (organismo do próprio indivíduo começa a provocar danos na mucosa) Como a H. pylori consegue sobreviver em meio ácido?
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