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8- Efeito do treinamento pliométrico sobre força explosiva, velocidade e agilidade em atletas de voleibol feminino

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Efeito do treinamento pliométrico sobre força explosiva, velocidade 
e agilidade em atletas de voleibol feminino 
 
Jônata Alencar 
Lucimar Neves 
Stefanny Santos 
Tania Cristina 
Willian Macena 
 
 
Resumo: O trabalho verificou o efeito do treinamento pliométrico sobre a força 
explosiva, velocidade e agilidade de atletas de voleibol feminino. Estas capacidades 
são importantes visto que a modalidade exige movimentos rápidos com mudanças de 
direções para o melhor desempenho. Foram selecionadas 16 voleibolistas,com idade 
entre 14 e 15 anos, sendo divididas em dois grupos: experimental (GE N= 8) que foi 
submetido ao treinamento pliométrico e ao treino de voleibol; grupo controle (GC N= 
8) que foi submetido apenas ao treino de voleibol. Para a avaliação das capacidades 
pré e pós intervenção foram aplicados os testes de impulsão vertical, impulsão 
horizontal, medicine ball, teste do quadrado e shuttle run de velocidade. Os dados 
obtidos foram tratados estatisticamente pelo teste t de Student. Os resultados do GE 
com relação aos testes do quadrado e medicine ball não evidenciaram diferenças 
significativas (p >0,05) e os testes de impulsão vertical, impulsão horizontal, e shuttle 
run com o treinamento apresentaram diferenças significativas (p <0,05). O grupo GC 
obteve resultado significativo apenas no teste de impulsão horizontal (p <0,05), sendo 
que nos testes de impulsão vertical, medicine ball, quadrado e shuttle run não 
expressaram melhoras significativas (p >0,05). Contudo, fica claro que para o GE 
houve resultado positivo com relação às capacidades físicas de força explosiva de 
membros inferiores e da velocidade. Em contrapartida, o GC não apresentou 
alteração no desempenho das capacidades físicas de força explosiva de membros 
superiores e inferiores no salto horizontal, agilidade e velocidade, apenas 
apresentando pequena alteração na capacidade de força explosiva de membros 
inferiores no teste de impulsão horizontal. 
 
Palavra-chave: voleibol, pliometria, força, velocidade, agilidade. 
 
 
Effect of plyometric training on explosive strength, speed and agility in female 
volleyball athletes 
 
Abstratct: This work aimed to investigate the effect of plyometric training on explosive 
strength, speed and agility of female volleyball athletes. These capabilities are 
important as the mode requires fast movement with changing directions for the best 
performance. Sixteen volleyball players, aged between 14 and 15 years old, were 
selected and divided into two groups: experimental (GE N = 8) that underwent 
plyometric training and volleyball training; control group (CG N = 8) that underwent 
volleyball training only. For the evaluation of pre and post intervention capacities were 
applied the vertical impulsion, horizontal impulsion, medicine ball, square test and 
 
 
 
speed shuttle run tests. The data obtained were statistically treated by Student's t test. 
The EG results regarding the square and medicine ball tests did not show significant 
differences (p> 0.05) and the vertical impulsion, horizontal impulsion, and shuttle run 
tests showed significant differences (p <0.05). The group CG obtained significant 
result only in the horizontal impulse test (p <0.05), and vertical impulse test, medicine 
ball, square and shuttle run did not express significant improvements (p> 0.05). 
However, it is clear that for GE there was a positive result regarding the physical 
capabilities of explosive lower limb strength and velocity. In contrast, the CG showed 
no change in the performance of the upper and lower limb explosive strength physical 
abilities in horizontal jump, agility and speed, but only a slight change in the lower limb 
explosive strength capability in the horizontal impulse test. 
 
Keyword: volleyball, plyometrics, strength, speed, agility. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 O voleibol é um desporto Olímpico que teve a sua origem nos Estados Unidos 
na Associação Cristã de Moços, em que a Federação Internacional do Voleibol foi 
fundada em 1947, e logo após teve seu início nos jogos olímpicos em 1964 (Almeida 
et al, 2012). A equipe do voleibol é composta por 12 jogadores, porém durante a 
disputa dos pontos são 6 jogadores titulares que se alternam entre ataque e defesa 
em cada equipe, e se enfrentam em uma quadra com uma rede situada no centro da 
quadra separando-as equipes. Os gestos que são manifestados no voleibol são 
movimentos de ataque incluindo saltos para o ataque, deslocamentos em diferentes 
direções e sentidos, manchetes, saques e cortadas; movimentos de defesa que se 
compõem com saltos para a defesa, bloqueio, mergulhos para recepção da bola e as 
ações para distintas direções e sentidos (BIZZOCCHI, 2000). 
 A modalidade voleibol tem como características determinantes o aspecto 
intermitente, ou seja, apresenta momentos ativos (média de 6 segundos) onde os 
atletas estão atacando, defendendo e recuperativos (média de 14 segundos) quando 
uma das equipes já efetuou a pontuação e estão à espera da reposição da bola pela 
equipe que acometeu o ponto. Essas diferenças de momentos e movimentos do vôlei 
tornam a modalidade acíclica, em que não compactua de ações contínuas. Sendo 
assim, o metabolismo energético que se apresenta com maior predominância no 
momento ativo de jogo é o imediato pela curta duração que obtém as médias de 
pontuação e a elevada força explosiva que é empregada nos movimentos, e 
contrariamente no momento recuperativo o metabolismo com a prevalência mais 
significativa é o oxidativo que se apresenta pela baixa intensidade de movimentação 
(HEDRICK, 2007). 
 A força explosiva é influenciada pelos produtos da força e velocidade de 
movimento, cujo objetivo é se movimentar ou movimentar algo em menor espaço de 
tempo, e também podendo ser classificada matematicamente como força x 
velocidade= potência (Prestes, et al. 2010). Para Fleck & Kraemer (2017), força 
explosiva pode ser inferida pela capacidade máxima de produção de força em um 
 
 
 
espaço curto de tempo. A velocidade se manifesta pela realização de um gesto motor 
no menor tempo possível (Weineck, 1999). Para Bompa (2001) a agilidade é a 
valência que tem como característica a alternância do sentido e da direção do 
movimento, com um menor tempo percorrendo o percurso. 
 Para o desenvolvimento de força explosiva se encontra um vasto material 
envolvendo a pliometria em diferentes contexto e modalidades. A pliometria que utiliza 
dos artifícios do ciclo alongamento encurtamento (CAE) descrita por Ugrinowitsch & 
Barbanti (1998), que se refere à mecânica do músculo a partir de um estímulo 
excêntrico, onde nessa fase acumula força elástica, para tanto, deve ocorrer o 
estímulo concêntrico imediatamente para que força elástica acumulada não seja 
dissipada como calor. Assim, a pliometria pode fazer parte do treinamento de várias 
modalidades esportivas onde a velocidade e força explosiva estejam presentes, 
utilizando movimentos que proporcionem uma pré-inervação que favoreçam o 
movimento subseqüente. Os componentes elásticos ativados na musculatura durante 
a fase de aterrissagem e/ou pré-inervação funcionam como depósitos de energia que 
será utilizada na fase concêntrica (PIRES et al, 2011). 
 Dois dos princípios indissociáveis para aplicação do treinamento são as variáveis 
de intensidade e volume, que uma diz respeito à qualidade e a outra a quantidade. A 
intensidade é a qualidade do treinamento que se expressa em carga e cadência de 
movimento. O volume é a quantidade que se manifesta em quantidade de séries, 
quantidade de repetições, duração total da sessão e duração do tempo de 
recuperação entre séries (Dantas, 2014). Portanto, ao prescrever o treinamento se 
deve levar em consideração tais princípios, pois eles são determinantes para o 
alcance do objetivo pretendido na sessão e na preparação como um todo (micro, 
meso e macrociclo). Sendo assim, a partir da capacidade física e/ou metabolismo 
energético objetivado, foi selecionadoum método que se relacione à pretensão, e 
então alinhar a intensidade e volume para que se obtenham alterações necessárias 
e benéficas que elevem o rendimento em uma supercompensação (Dantas, 2014). 
 Portanto, o objetivo do trabalho foi analisar o efeito do treinamento pliométrico 
em diferentes capacidades físicas que se manifestam a partir das fibras de contração 
rápida no voleibol feminino, a partir da força explosiva, velocidade e agilidade são 
traçadas as seguintes hipóteses: (H1) o treinamento pliométrico promove alterações 
positivas nas capacidades físicas; (H2) o treinamento pliométrico não promove 
alterações nas capacidades físicas. 
 
METODOLOGIA 
 
 O público alvo selecionado para a pesquisa foi de 16 atletas com idade entre 14 
a 15 anos do voleibol feminino, divididas em grupo controle (GC) e grupo experimental 
(GE), com 8 sujeitos para cada grupo. O GC realizou treinamento de duas horas com 
o técnico de voleibol tendo aspectos técnicos e táticos da modalidade, e o GE efetuou 
uma hora de treinamento pliométrico e em seguida se juntavam ao GC, por mais uma 
hora de treinamento com o treinador. Para a análise das possíveis alterações 
 
 
 
decorrente do treinamento pliométrico foram aplicados os testes pré e pós 
intervenção. 
 
Teste de impulsão vertical (CHARRO, et al, 2010). 
 O avaliado ficou em posição ortostática ao lado de uma parede ou pilar de no 
mínimo 3 m e graduada em centímetros. Nesse teste tiveram duas fases: 
 Primeira fase: Em pé, ao lado do instrumento de medida, o avaliado irá elevar a 
mão dominante e tocar o ponto mais alto possível, sem saltar. A medida será anotada 
pelo avaliador. 
 Segunda fase: O avaliado deverá sujar as mãos com giz, flexionar o quadril e 
joelho, podendo usar o auxílio dos membros superiores para saltar o mais alto 
possível tocando a mão na escala. 
Foram realizadas 3 tentativas, considerando o melhor resultado dentre elas. 
Foi calculado a diferença (cm) do valor entre a primeira e segunda fase. 
Materiais: Parede ou pilar de no mínimo 3 metros, giz e fita métrica. Tabela de 
referência, figura 1. 
 
Teste de impulsão horizontal (CHARRO, et al, 2010). 
 A trena foi fixada ao solo, perpendicularmente à linha, ficando o ponto zero sobre 
a mesma. O sujeito se posicionou atrás da linha, com os pés paralelos, ligeiramente 
afastados, joelhos semi-flexionados, tronco ligeiramente projetado à frente. Ao 
comando, o sujeito saltou a maior distância possível. Foi realizado duas tentativas, 
registrando-se o melhor resultado. 
A distância do salto foi registrada em centímetros, com uma casa decimal, a partir da 
linha traçada no solo até o calcanhar mais próximo desta. 
Materiais: trena e fita adesiva. 
Tabela de referência, figura 2. 
 
 Arremesso de Medicine ball (CHARRO, et al, 2010). 
 O objetivo do teste foi avaliar a potência de membros superiores, onde o 
avaliado partiu da posição sentado em uma cadeira e preso a esta com uma corda 
aproximadamente na altura do peito e segurando uma bola com as duas mãos e 
mantê-la o mais próximo possível também na altura linha do processo xifóide. Após o 
comando foi arremessado a bola sem auxílio de qualquer outro segmento corporal, 
somente membros superiores. 
 O resultado foi calculado em centímetros entre a linha inicial (nos pés da cadeira) 
e local de primeiro contato da bola ao solo. Materiais: Cadeira, corda, medicine ball 
de 3kg, fita adesiva e fita métrica. Tabela de referência, figura 3. 
 
Teste do quadrado (CHARRO, et al, 2010). 
 Foi demarcada uma área quadrada com quatro cones, com distância de 4 m 
entre eles. 
 O avaliado ficou em posição ortostática, com um pé ligeiramente atrás da linha 
de partida. Ao comando, o avaliado movimentou-se até o próximo cone em sentido 
 
 
 
diagonal, em seguida, em direção ao cone à sua esquerda (ou direita) e depois ao 
cone em diagonal (atravessa o quadrado em diagonal) finalizando em direção ao 
último cone, que correspondeu ao ponto inicial, tocando com uma das mãos cada um 
dos cones que mapeiam o percurso. O cronômetro foi ativado no momento em que o 
avaliado executou o primeiro passo na área interna do quadrado. Foi realizado duas 
tentativas, sendo considerado o melhor tempo de execução. Materiais: 4 cones, 1 
cronômetro e área de avaliação. Tabela de referência, figura 4. 
 
Teste do Shuttle Run de velocidade (CHARRO, et al. 2010). 
 Com objetivo de medir a velocidade de deslocamento o Shuttle Run é um teste 
que é exigido piso limpo e antiderrapante, cronômetro, fita métrica, fita adesiva e 
cones de plástico. O avaliado foi orientado a começar com um pé na posição antero-
posterior atrás da linha, ao comando, correr até a próxima linha e voltar. Esse 
processo de ir e voltar é considerado um ciclo. As linhas têm 5 metros de distância 
uma da outra, bem como 1 metro e 20 centímetros de comprimento, posicionando 
cones na periferia das linhas traçadas para melhor visualização do avaliado. 
Materiais: 4 cones, cronômetro e trena. 
 
 Abaixo segue o método de treinamento pliométrico (tabela 1). Para o melhor 
aproveitamento do treinamento quanto a execução das técnicas certas nos 
movimentos requeridos, as duas primeiras semanas foram aplicados exercícios com 
os movimentos do programa com baixa intensidade, a fim de eliminar incorreções 
quanto à possíveis erros de aprendizagem. 
 O monitoramento da intensidade de treinamento foi por meio da percepção 
subjetiva de esforço (PSE) (Foster, 1998), tendo uma escala de 0 - 10 com descritores 
e os sujeitos darão as respostas pelo seu grau de percepção do esforço de cada 
sessão. 
 
Tabela 1 - Programa de Treinamento Pliométrico 
Estruturação Planejamento de 
treino 1 (PT1) 
Planejamento de 
treino 2 (PT2) 
Planejamento de 
treino 3 (PT3) 
Tipo Saltos Saltos em 
profundidade 1 
Saltos em 
profundidade 2 
Duração 2 semanas 3 semanas 2 semanas 
Frequência 2x por semana 2x por semana 2x por semana 
Séries 2 3 3 
 
 
 
Momentos ativos 10 segundos 10 segundos 10 segundos 
Momentos 
recuperativos 
3 minutos 3 minutos 3 minutos 
Materiais Medicine ball 
(1,5kg) 
Plataformas (alt. 
50 e 10 cm) 
Suporte de 
madeira (alt. 60 
cm) 
Medicine ball (2,5 
kg) 
Plataformas (alt. 
60 e 20 cm) 
Suporte de 
madeira (alt. 70 
cm) 
Medicine ball (3,5 
kg) 
Barbante e bexiga 
Exercício 1 6 saltos unilaterais 
para lateral 
6 saltos unilaterais 
para lateral da 
plataforma (50cm) 
6 saltos unilaterais 
da plataforma 
(60cm) 
transpassando o 
suporte e tentando 
tocar a bexiga 
Exercício 2 6 saltos unilaterais 
para frente 
6 saltos unilaterais 
para frente, 
plataforma (50 cm) 
6 saltos unilaterais 
para frente, 
plataforma (60cm), 
transpassando o 
suporte e tentando 
tocar a bexiga 
Exercício 3 6 saltos bipodais 
para frente 
6 saltos bipodais 
da plataforma 
(50cm) e 
transpassando o 
suporte 
6 saltos bipodais 
da plataforma 
(60cm), 
transpassando o 
suporte e tentando 
tocar a bexiga 
 
 
 
Exercício 4 8 saltos bipodais 
verticais 
8 saltos bipodais 
verticais da 
plataforma (50cm) 
8 saltos bipodais 
verticais da 
plataforma (60cm) 
e tentar tocar a 
bexiga 
Exercício 5 6 flexões de 
braços 
6 flexões de 
braços da 
plataforma (10cm) 
6 flexões de braços 
da plataforma 
(15cm) 
Exercício 6 6 arremessos de 
medicine ball, por 
cima da cabeça 
6 arremessos de 
medicine ball, por 
cima da cabeça 
6 arremesso de 
medicine ball, por 
cima da cabeça 
Exercício 7 6 arremessos de 
medicine ball, na 
altura do peito 
6 arremessos de 
medicine ball, na 
altura do peito 
6 arremessos de 
medicine ball, na 
altura do peito 
CM= centímetros/ alt.= altura/ KG= quilograma 
 
 O programa de treinamento pliométrico seguiu as recomendações do 
Verkhoshanski (1996), onde relata que o tempo de recuperação entre as séries deve 
ser de 3 a 5 minutos e o tempo de recuperação entre as repetições devem ser 
cômodas pela percepção do sujeito,mas foi adotado 10 segundos com a maior 
quantidade de repetições e intensidade de exercício para os momentos ativos, e para 
os momentos recuperativos 3 minutos, respeitando assim, (MCARDLE, et al. 2016) a 
depleção de ATP-CP pela via de transferência de energia imediata (anaeróbia 
alática). Quanto a projeção da frequência semanal de treinamento pelo método 
pliométrico na preparação de atletas não devem exceder 3 sessões por semana 
(VERKHOSHANSKI, 1996). 
 
Tratamento estatístico 
 
 Os dados foram apresentados como média ± desvio padrão. A comparação entre 
as médias das variáveis de interesse foi realizada através do Test t de Student. O 
nível de significância adotado foi de P <0,05. O tratamento estatístico foi realizado 
utilizando-se planilha do Microsoft Excel. 
 
RESULTADOS 
 
 O resultado da média e desvio padrão dos testes foram expostas por meio de 
gráficos no formato de barras e as cores representam os grupos e pré e/ou pós 
intervenção. Cada teste e reteste está especificado com cores azul escuro para 
impulsão vertical, cinza para impulsão horizontal, azul claro para arremesso de 
 
 
 
medicine ball, preto para teste do quadrado e verde água para shuttle run, 
respectivamente. 
 
 
 
Figura 1 - média dos grupos salto vertical, salto horizontal e arremesso de medicine ball, 
expressos em centímetros. 
 
GE = Grupo Experimental/ GC = Grupo Controle 
 
Na média no GE para o salto vertical no pré teste as atletas estabeleceram 
30,71 de média e no pós ocorrendo um acréscimo de 33,94 centímetros, para o GC 
no pré teste tiveram uma média de 31,41 sendo elevada no reteste para 33,68 
centímetros. Ainda, o teste de salto vertical foi utilizado somente a diferença entre o 
alcance do salto vertical e a atleta saltando. 
 O salto horizontal para o GE se situou a média entre pré 151,88 e no pós 156,82 
centímetros, levando a um acréscimo de 5 centímetro. No grupo GC a média atingiu 
o valor para pré 148,06 e no pós 152,71 centímetros, mostrando-se um aumento de 
3 centímetros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - média dos grupos em teste do quadrado e shuttle run, manifestados em segundos. 
 
GE = Grupo Experimental/ GC = Grupo Controle 
 
No teste de arremesso de medicine ball podem ser observados elevados 
escores, no GE atingiram no pré 326,94 e no pós 328,35 centímetros, obtendo uma 
elevação de 2 centímetros. Para o GC no pré ficando na ordem de 324 e no pós 
325,88, visualizando um incremento de 1 centímetro. 
Para o dados do testes do quadrado o GE conquistando no pré 6,19 e no pós 
6,20 segundos, ocorrendo uma estagnação. Para o GC no pré 5,25 e no pós 5,21, 
podendo observar uma estabilização. 
 
 
Figura 3 - desvio padrão dos grupos salto vertical, salto horizontal e arremesso de medicine 
ball, expressos em centímetros. 
 
GE = Grupo Experimental/ GC = Grupo Controle 
 
 
 
 
Por fim, o shuttle run nos resultados para GE no pré 11,33 e no pós 11,62 
segundos, nos mostrando uma estabilização no platô. Já no GC para o pré 10,62 e 
para pós 10,37 segundos, levando a uma conservação dos resultados. 
Os resultados dos dados para desvio padrão no salto vertical no pré 4,62 e pós 
7,22. Para GC no pré 4,09 e pós 7,59, podendo ser observado nos dois grupos uma 
maior variação entre sujeitos. 
 Em segundo, o salto horizontal para GE no momento pré 15,84 e pós 17,83. O 
GC no pré 15,94 a no pós 18,88, mostrando-nos um incremento para os dois grupos 
na variação inter atletas. 
 O arremesso de medicine ball no GE para o período pré 37,55 e pós 32,30. No 
GC para o pré 37,29 e pós 33,18, expressando uma menor diferença entre sujeitos. 
 
 
Figura 4 - desvio padrão dos grupos em teste do quadrado e shuttle run, manifestado em 
segundos. 
 
GE = Grupo Experimental/ GC = Grupo Controle 
 
Para o teste do quadrado no GE houve no pré 0,46 e pós 0,45. No GC um 
desvio padrão no pré de 0,54 e pós 0,46, acarretando uma estagnação para ambos 
grupos. 
 Por último, no teste de shuttle run para o grupo GE na ocasião pré 0,84 e pós 
0,79. Para o GC pré 0,84 pós 0,78, não havendo diferença no desvio padrão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2 - Resultado do desvio padrão. 
TESTE TESTE T 
GE 
RESULTADO 
GE 
TESTE T 
GC 
RESULTADO 
GC 
SALTO VERTICAL 0,04 P <0,05 0,08 P >0,05 
SALTO HORIZONTAL 0,05 P <0,05 0,05 P <0,05 
MEDICINE BALL 0,78 P >0,05 0,89 P >0,05 
QUADRADO 0,48 P >0,05 0,56 P >0,05 
SHUTTLE RUN 0,04 P <0,05 0,07 P >0,05 
GE = Grupo Experimental/ GC = Grupo Controle 
 
No teste t de Student para o GE os resultados variaram, os testes do quadrado 
e medicine ball não apresentaram ajustamentos benéficos decorrente das sessões 
de treinamento sendo 0,48 e 0,78 (p >0,05), respectivamente. Nos teste de salto 
vertical, salto horizontal, e shuttle run apresentaram alterações benéficas devido o 
período de intervenção, sendo 0,04, 0,05 e 0,04 (p <0,05), respectivamente. 
 Os resultados do teste t para o GC apresentaram também uma variação entre 
os testes, para o salto vertical, medicine ball, quadrado, shuttle run não expressaram 
alterações significativas, sendo 0,08, 0,89 0,56 e 0,07 (p >0,05), respetivamente. Para 
o teste de salto horizontal apresentou melhora significativa (p <0,05). 
 
DISCUSSÃO 
 
 O treinamento pliométrico para desenvolvimento da força explosiva já se tornou 
comumente utilizado por diversos autores na literatura. Na expectativa de verificar o 
efeito de dois tipo de treinamento sobre a potência de membros inferiores de atletas 
femininas do voleibol Lombardi, et al. (2011), utilizaram uma amostra contendo 16 
atletas divididas em treinamento pliométrico (GP n= 5), treinamento musculação (GM 
n=6) e grupo controle (GC n=5), esse último não sofrendo nenhum tipo de treinamento 
específico para força explosiva e para a avaliação foi inserido o teste counter 
movement jump. Os resultados foram comparados pré e pós teste do GM havendo 
aumento significativo no valor do salto, mas quando comparados os três grupos não 
houve diferença significativa entre eles e propondo que os três tipos de treinamento 
podem ser utilizados. 
 Outro trabalho buscando analisar os efeitos do treinamento pliométrico sobre 
a impulsão vertical de uma equipe de voleibol escolar. Para a avaliação da força 
explosiva dos membros inferiores foram utilizados os testes de impulsão vertical com 
 
 
 
e sem auxílio dos membros superiores, em 21 atletas de voleibol com faixa etária de 
15±2 anos, com uma duração de treinamento pliométrico de 8 semanas. Ao fim do 
período de treinamento o grupo mostrou significativa melhora no desempenho do 
teste de impulsão vertical (p< 0,05), mostrando-se o método pliométrico eficiente para 
o desenvolvimento de força explosiva de membros inferiores (Francelino & 
Passarinho, 2007). 
 Esses artigos e muitos outros mostram a pliometria um método eficiente para 
o desenvolvimento de força explosiva no voleibol, mas o que a literatura mostra do 
método pliométrico com a intencionalidade de promover ajustamentos em outras 
capacidades físicas que utilizam do mesmo recrutamento de fibras do tipo de IIB para 
a sua manifestação. Na pesquisa de Viegas (2017), pretendeu utilizar o treinamento 
pliométrico na força explosiva de membros inferiores, velocidade e agilidade de 
jovens futebolistas, com uma amostra de 18 sujeitos do gênero masculino contendo 
uma faixa etária de 15,6±0,5 anos de idade sendo divididos em grupos GE (N=10) e 
GC (n=8), para a avaliação das capacidades físicas foram utilizados o testes squat 
jump, counter movement jump para força explosiva de membros inferiores, para o 
teste de velocidade aos 10 e 20 metros e agilidade teste de Illinois. Os resultados 
apresentaram um aumento significativo do desempenho dos saltos, diminuição do 
tempo no teste de velocidade aos 20 metros, bem como melhor tempo no teste de 
agilidade no GE,já para o grupo GC não houve alteração do desempenho na 
aplicação do pós teste. Portanto, o autor concluiu que o treinamento progressivo de 
pliometria produziu alterações benéficas no desempenho de atividades que contenha 
força explosiva, velocidade e agilidade. 
 Com a intenção de investigar a influência do treinamento pliométrico sobre a 
agilidade em jogadoras de futsal feminino. Para tanto, conteve uma amostra de 20 
atletas, com idade de 18 a 21 anos sendo composta grupo controle (n=10) e grupo 
intervenção (n=10), o teste selecionado para avaliar a agilidade foi o shuttle run. Os 
resultados foram para o grupo controle pré 12,65±1,00 pós 12,64±0,86 e grupo 
intervenção pré 11,52±0,66 pós 10,67±0,42. Os resultados mostram que houve 
melhora significativa no pré e pós testes do grupo intervenção e também em relação 
intergrupos este apresentou melhores escores. Com isso, o autor concluiu que o 
treinamento pliométrico é relevante para promover ajustamentos sobre a agilidade em 
jogadoras de futsal (Menezes, 2014). 
 Navarro & Gonçalves (2017), com a ambição de examinar a influência do 
treinamento pliométrico sobre a força explosiva e velocidade de atletas masculino de 
futsal. Com uma quantidade de 20 sujeitos de 16 ± 1 ano de idade, sendo divididos 
em grupo A (n=10) e grupo B (n=10). As capacidades físicas foram avaliadas pelo 
teste de Sargent jump adaptado, salto longitudinal e corrida de 50 metros, para a 
intervenção o grupo A sofreu a aplicação do treinamento pliométrico e o grupo B não 
teve aplicação de nenhum treinamento físico específico. Após o período de aplicação 
a partir dos resultados os autores constataram que o grupo A teve melhora 
significativa, do que quando comparado com o grupo B, mas que esse último também 
teve um aumento positivo dos resultados. 
 
 
 
 Em um estudo, agora pretendendo verificar a influência de um programa de 
treinamento pliométrico sobre a força explosiva e agilidade em jogadores profissionais 
de basquete. Tiveram como amostra 12 atletas com idade de 24,36 ± 3,9 anos, altura 
de 196,2 ± 9,6 cm e peso de 92,9 ± 13,9 kg, executaram um programa de treinamento 
pliométrico de 6 semanas para membros inferiores e superiores do corpo no 
transcorrer da pré-temporada. os testes utilizados foram para força explosiva de 
membros superiores “Counter Movement Jump Free Arms” e para membros inferiores 
“Two Step Run Up Jump” para agilidade o teste de broca “T” e o teste de obstáculos 
hexagonal, foram realizados esta bateria de testes nas ocasiões pré-temporada, ao 
fim do programa de treinamento pliométrico e após seis semanas do encerramento 
do programa de treinamento pliométrico. para análise dos dados foi utilizada a 
estatística ANOVA de Friedman para medições repetidas para avaliar a significância 
(p <0,05). Os resultados do treinamento foram significativo para o teste hexagonal (p 
<0,01), para análise foi utilizado o post hoc revelando-se um acréscimo significativo 
no desempenho do teste entre o 1° e a 3° avaliação (p <0,01) e entre a 2° e a 3° 
avaliação (p <0,05). Em conclusão os autores puderam constatar que em jogadores 
de elite do basquetebol, o treinamento de pliometria em 6 semanas não promoveu 
melhorias significativas da força explosiva e agilidade (Lehnert, et al. 2013). 
 
CONCLUSÃO 
 
Portanto, podemos concluir que neste estudo o treinamento pliométrico 
expressou ajustamentos positivos para GE em impulsão vertical, impulsão horizontal, 
e shuttle run e para GC somente o salto horizontal apresentou melhoras significativas. 
Isso nos mostrando desenvolvimento de força explosiva e velocidade de movimento. 
Em contrapartida, para o GE nos testes de medicine ball e quadrado com o 
treinamento não se pode visualizar melhores escores e para GC não expressou 
melhoras em Impulsão vertical, medicine ball, quadrado e shuttle run. Contudo, não 
desenvolvendo para GE agilidade e força explosiva de membros superiores e para 
GC não traduzindo alterações significativas para força explosiva em impulsão para 
cima, força explosiva de membros superiores, agilidade e velocidade. Foi 
diagnosticado que a literatura carece de pesquisas relacionando a interferência da 
pliometria sobre velocidade e agilidade no voleibol. Então não podemos considerar a 
risca nenhuma das hipóteses levantadas, mas podemos inferir a partir desta 
pesquisa, que com estas condições houve desenvolvimento de algumas capacidades 
físicas e outras não. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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ANEXOS 
 
Figura 1. Resultado comparativo para teste de impulsão vertical 
Gênero Idade Excelente Muito bom Bom Regular Fraco 
Feminino 11-12 41 ou mais 40-37 36-33 32-29 28 ou 
menos 
Feminino 13-14 50 ou mais 49-45 44-40 39-35 34 ou 
menos 
Feminino 15-16 51 ou mais 50-47 46-43 42-39 38 ou 
menos 
Charro et. al. 2003 
 
 
Figura 2. Resultado comparativo para teste de impulsão horizontal 
Sexo Idade Excelente Muito bom Bom Regular Fraco 
Feminino 11-12 2,23 ou 
mais 
2,01-1,94 1,93-1,86 1,85-1,78 1,77 ou 
menos 
Feminino 13-14 2,06 ou 
mais 
2,07-1-
1,96 
1,95-1,88 1,87-1,83 1,82 ou 
menos 
Feminino 15-16 2,23 ou 
mais 
2,12-2,06 2,05-1,99 1,98-1,92 1,91 ou 
menos 
Charro et. al. 2003 
 
Figura 3. Resultado comparativo para teste de arremesso de medicine ball 
Nível de rendimento Gênero Feminino (cm) 
Avançado 428 ou mais 
Intermediário/avançado 367 - 427 
Intermediário 214 - 366 
Iniciante/intermediário 123 - 213 
Iniciante 122 ou menos 
Charro et. al. 2003 
 
 
 
 
Figura 4. Resultado comparativo para teste do quadrado
 
Charro et. al. 2003

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