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17/11/2020 OMF II – PROF. MALU Imagem da Parede Anterolateral do Abdome e Peritônio Anna (0-10min) Vamos vera parede anterolateral do abdome e o que eu acho importante são as patologias da parede do abdome, pois são patologias de fácil diagnostico. Esse senhor da foto fez uma cirurgia, mas quando ele fica em pé notamos a protrusão do abdome, a imagem vai entrar quando existe uma complicação, como complicações de hérnias (obstrução, encarceramento da alça, estrangulamento quando a alça perde seus componentes vasculares). Podemos ter outras patologias relacionadas à parede anterolateral do abdome, mas é mais comum falarmos de hérnias. Quando faz uma tomografia computadorizada do abdome em um plano axial você consegue ver a musculatura, ver o reto do abdome principalmente em pessoas que tem esse músculo mais desenvolvido. Na parede posterior, temos alguns músculos que não vai dar pra ver aqui, mas outros nós conseguimos ver como o quadrado lombar(entre o musculo eretor da espinha e o psoas) o psoas, o complexo de músculos eretores da espinha. Na parede lateral, vemos o obliquo externo e o interno e o transverso e na parede anterior, vemos o reto abdominal. Então a parede anterolateral, como vocês viram na anatomia, temos os músculos: oblíquo externo, oblíquo interno, transverso e reto abdominal. Vemos esses músculos de forma mais interessante nos cortes axiais da tomografia, temos a linha alba, o ligamento inguinal, a linha/prega semilunar (entre o oblíquo interno e a bainha do reto), a cicatriz umbilical no meio da linha alba, nessas regiões podemos observar herniação de tecido abdominal. As aponevroses dos músculos oblíquos + transverso forma a bainha do músculo reto com 2 camadas (posterior/anterior) até a linha arqueada, abaixo da linha arqueada, os retos abdominais terão uma fragilizada porque falta uma camada de aponeurose que garante a sua sustentação 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU Antonnia (10- 20 min) Vocês já devem ter visto essa imagem (abaixo), mostrando um corte axial do abdômen e das camadas da parede; então nós vemos aqui, inicialmente, a pele, logo abaixo da pele nós vamos ver a gordura subcutânea, que a gente chama fáscia de camper, depois vem a fáscia de scarpa, esse tecido membranoso subcutâneo, e depois vamos ter os músculos oblíquos, o externo e o interno, e o músculo transverso com suas fáscias, as fáscias do oblíquo interno e externo formam essa bainha anterior dos retos abdominais, que na linha média convergem e vão formar a linha alba, junto com a projeção da aponeurose dos demais músculos; posteriormente ao oblíquo interno e transverso forma essa bainha posterior, dos dois lados, que junta-se na linha média, formando a linha alba; por trás da aponeurose dos oblíquos interno e do transverso a gente vai ter a gordura extraperitoneal, que tem vasos, artérias e veias, depois, a fáscia transversalis e peritônio. A linha semilunar, ela fica entre as aponeuroses do oblíquo interno e transverso, formando esse reforço, em direção aos retos abdominais; então entre os retos abdominais e os oblíquos internos e transverso a gente vai ter uma fáscia, que a gente chama de linha semilunar, que é um ponto de fraqueza da parede abdominal e pode propiciar o aparecimento de hérnias, que são as hérnias de Spiegel. Em uma Tomografia Computadorizada de Abdômen é muito fácil de ver tudo isso. Vejam como é fácil, principalmente na pessoa com musculatura bem desenvolvida (imagem direita), de dentro para fora, a gente tem o musculo transverso, o oblíquo interno e oblíquo externo, na parede anterior o musculo reto abdominal, cicatriz umbilical bem tranquilo de demonstrar, temos os músculos eretores da espinha, o íleo psoas e quadrado lombar, depois tem a fáscia de scarpa e o tecido subcutâneo que é a fáscia de camper; em uma pessoa com menos musculatura a gente também vai ver o reto abdominal, o transverso, oblíquo 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU interno e externo, as aponeuroses e a linha alba (imagem abaixo). Se olharmos a parede abdominal por dentro (imagem abaixo), vemos que abaixo da cicatriz umbilical tem uma região onde os músculos retos abdominais perdem a abainha posterior e eles ficam protegidos apenas pela fáscia transversalis e pelo peritônio. Acima da arcada de Douglas é todo aquele desenho que vimos anteriormente, com as fáscias e tudo mais, acima da arcada de Douglas a gente tem os oblíquos internos e externos e o transverso, contribuindo para formar os retos. Abaixo da arcada de Douglas a gente tem os músculos oblíquo interno e externo formando a bainha anterior, e a bainha posterior desaparece; os músculos retos abdominais contam com a proteção apenas da fáscia transversalis e em seguida já vem o peritônio. Nessas regiões, principalmente nessa região da linha alba que vai ficar mais frágil, abaixo da arcada de Douglas, são pontos de fraqueza e predispõe a hérnias nessa região periumbilical. A linha semilunar de Spiegel se forma entre a aponeurose do obliquo interno e transverso e do reto abdominal em ambos os lados da linha média, e é uma área também de fraqueza abdominal. A tomografia computadorizada, como agente acabou de ver, é muito boa para demonstrar todos esses músculos e essas fáscias; aqui, de novo, um corte axial mostrando a cicatriz umbilical, o músculo oblíquo externo, o oblíquo interno, e mais interno ainda o transverso, ali o reto abdominal; se vocês lembrarem, o músculo tem essa densidade mais alta, bastante homogênea; a gente vê o músculo íleo psoas junto do corpo da vértebra, o quadrado lombar, que fica entre o íleo psoas e os eretores da espinha, as setinhas mostram o músculo bastante heterogêneo, a gente não sabe por quê, os dois retos 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU abdominais, temos a cicatriz umbilical, os oblíquos externos, internos e transverso.... Gabriel F 20min – 30min Temos alguns músculos na imagem: 1) Reto Abdominal 2) Obliquo externo 3) Obliquo interno 4) Tranverso 5) Psoas 6) Quadrado lombar 7) Complexo do eretor da espinha Importante as Aponeifroses pois conseguimos ver com mais nitidez a linha alba e aponeifrose do obliquo externo, as demais vemos melhor quando os músculos estão pouco atrofiados. Qual a importância clínica de estudar isso ? A identificação dos pontos fracos da parede abdominal. Vejamos, na região periumbilical temos três sítios: - Cicatriz umbilical - Músculos retoabdominais - Hérnia de spiegel Temos outro sítio na parede posterior (posterolateral) que é a região do quadrilátero de Grynfellt e trinângulo de Pétit 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU Logo na imagem abaixo mostra os vários sítios de hérnia na parede abdominal: Temos a região ignofemoral e na parede abdominal anterior e anterolateral temos as hérnias de linha média (epigástrica, umbilical), nas incisões como a braquioincequitomia e a hérnia de spiegel que ocorre na linha semilunar, ponto de fraqueza entre os retos abdominais, transversos e oblíquos. Ao olhar em uma gestante, existe uma protrusão da cicatriz umbilical, não seria uma hérnia, seria um aumento de pressão intrabdominal fazendo uma projeção desse conteúdo. Assim, o que seria uma hérnia periumbelical ? É a protrusão da gordura ou de vísceras através de um defeito congênito ou adquido nessa região periumbilical. Hérnia Umbilical: Faz diagnóstico pela palpação, quando faz esforço acontece que tem o abaulamento da fáscia, o profissional pede para que o paciente prenda o nariz e aumente a pressão do abdômen, a gente vê que o conteúdo abdominal protue para esse ponto de fraqueza. Assim, temos uma hérnia umbilical, defácil diagnóstico sem precisar de exame de imagem. Na imagem abaixo temos outro paciente, na imagem apresenta as alças do intestino, contraste iodado, cólon, intestino delgado, na parte superior temos a separação grande dos retos abdominais, vamos ter uma diástase dos retos abdominais (estão afastados) e ainda na parte superior temos a projeção do conteúdo abdominal. Esse paciente tinha feito uma cirurgia e quando ele ficava em pé o conteúdo abdominal projetava-se formando uma protrusão na parede do abdômen na Hérnia incisional. 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU Na próxima imagem temos outro paciente, temos uma protusão enorme de gordura peritoneal, alças intestinais fora do abdômen, é um paciente que vai precisar de tratamento cirúrgico da mesma forma que o anterior. Na próxima já temos um outro caso, nesse paciente conseguimos notar que tem bastante gordura (paciente com sobrepeso) e superiormente temos uma hérnia, uma alça intestinal que atravessou o orifício lineario entre os dois retos , vamos ver que quando a alça entrou ela tinha o diâmetro normal (de alça normal), e depois as alças ficaram muito dilatadas, o que ocorreu ? Essa área encarcerou, conseguimos ver o intestino colabado (normal) e depois um intestino muito dilatado, ou seja, aconteceu uma obstrução de intestino pois a hérnia ficou encarcerada . O que acontece quando a hérnia fica encarcerada? Tem o defeito da parede abdominal, o intestino protui através do orifício herniário, chega uma hora que a alça fica presa, ela não consegue voltar para a cavidade, assim, ocorre o estrangulamento, a alça não consegue voltar, ela começa a se demaciar pois o suprimento nervoso não consegue retornar, ela começa a inchar e perder sua circulação normal, é uma situação de emergência que tem que ser corrigida para que o indivíduo não faça uma necrose da alça intestinal. O que aconteceu com esse paciente abaixo? Ele deve ter ascite (líquido na cavidade peritoneal) e por algum motivo esse líquido empurrou através da cicatriz umbilical alças intestinais que acabaram passando pelo orifício ecniário e na imagem da direita temos uma necrose da alça que vai precisar ser ressecada e retirada cirurgicamente. 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU Na imagem abaixo temos uma ‘’armadilha’’, quando se faz uma tomografia nesse paciente ‘parece’ que ele tem uma hérnia abdominal mas na verdade ele não tem hérnia, na verdade ele tem um abdome avental. Isabelle Ataíde 30-Fim áudio 1 Fáscia de SPIEGEL fica entre os retos abdominais,lateral ao oblíquos e transversos. Na parede posterior, tem o triângulo de petit( limites; grande dorsal, oblíquos e a crista ilíaca) e o de grynfelt. O cirurgião tem tanta experiência, que pela apalpação sabe onde está esses trígonos. Aponta com o cursou uma projeção grande de gordura formando o abaulamento da parede. A seta mostra uma hérnia no triângulo de petti; Aqui, uma hérnia de grynfelt (quadrilátero); 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU Pode ter outras lesões que não sejam hérnias, por exemplo os esportistas fazem muito estiramento muscular (alongamento pode romper as fibras), nesse caso demonstra um hematoma do oblíquo externo; Mostra uma imagem coronal, com o fígado, baço e um hematoma no oblíquo interna (seta de cor branca); O sangue no cérebro ele fica hiperdenso (branco) na TC, já nas demais regiões do corpo tem diferença, por exemplo o hematoma agudo pode aparecer com uma densidade baixa; A imagem de um cinto de segurança, paciente de trauma automobilístico teve uma pequena ruptura do reto abdominal em função da compressão pelo cinto; O reto abdominal abaixo da arcada de douglas ele perde o componente posterior das fáscias do oblíquo interno, externo e transverso, ficam desprotegidos posteriormente. Logo, pacientes com problema de coagulação ou toma coagulantes, em caso de trauma ele forma um hematoma na parede do reto. acima da arcada de douglas, vê um hematoma do reto( ponto vermelho está indicando), já abaixo da arcada ele já se dissemina para o compartimento extra peritoneal, pois só está protegido posteriormente pela fáscia transversal e pelo peritônio , além de ter o músculo aumentado de volume com áreas hipodensas em seu interior que são hemorragias; Pessoas que usam anticoagulantes e fazem hemorragias junto com a laceração muscular, gera o efeito hematócrito, que você coloca o sangue dentro do tubo de ensaio, para cima você tem plasma (líquido) e para baixo os elementos figurados, quando tem esse sinal- nível líquido-. Tem ainda, um enorme hematoma do reto disseminando para a parede lateral; Lara Omena 0 – 10min Peritôneo É uma coisa bastante específica, vamos usar mais na especialidade e eu quero dar uma 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU ideia mais anatômica do que exatamente de imagem, porque a gente só vê o peritôneo em imagem quando ele é patológico. Então, identificar asa pregas e ligamento peritoneais é uma coisa muito difícil, mas quando você tem uma infecção, um processo inflamatório, uma neoplasia, trauma, frequentemente eles envolvem a cavidade peritoneal e suas reflexões, mesentério, grande omento, pequeno omento. E daí a gente consegue identificar essas estruturas, mas num indivíduo normal, é um pouquinho difícil. Bom, os especialistas são treinados para identificar todos esses espaços peritoneais afetados, principalmente em algumas doenças, como por exemplo a endometriose, existe todo um relatório um algoritmo para cada doença. As reflexões do peritôneo formam os ligamentos, o mesentério, os omentos. Ele também tem um fluxo natural de fluido peritoneal, que esse fluxo que vai determinar a rota de disseminação de um abscesso e outras patologias, como tumores, no interior da cavidade abdominal. Então, com o tempo vamos aprendendo que os ligamento, mesentério e omentos podem compartimentalizar o processo infeccioso, ou seja, separar o resto do abdome, como os cirurgiões comentam,quando abrem o paciente que tem uma infecção, o grande omento tá lá protegendo, compartimentalizando aquela região, evitando que a infecção se dissemine pelo abdome todo. Mas essas reflexões, como proteção, elas também servem de conduto para a disseminação de doenças. Esse artigo é interessante que eu queria mostrar porque eles mostram um estudo que foi feito mostrando como eles aprenderam sobre anatomia do peritôneo estudando pacientes que tem doenças, como por exemplo uma carcinomatose peritoneal, ele tem um tumor primário que se dissemina pelo peritôneo ou paciente que fazem diálise peritoneal. Então, a diálise peritoneal, ocorre em pacientes que têm insuficiência renal, ele não consegue eliminar o líquido e substâncias que tão no sangue e então ele vai fazer esse procedimento chamado diálise. Então, vai ser colocada uma solução de diálise, chamada de dializado, que vai ser infundida na cavidade peritoneal através de um cateter pela cicatriz umbilical, e permanece lá um tempo e depois ela é drenada, então, com isso, as substâncias acumuladas no sangue, ureia, creatina, potássio, o excesso de líquido que não é eliminado pelos rins são removidos. Então, a peritoneografia é um exame que coloca, ao invés do dializado, você coloca contraste, pra você estudar o peritôneo. E a gente vai estudar ele no caso de pacientes que fazem diálises e que formam processos inflamatórios nessa membrana tão fininha que é o peritôneo que acaba fazendo loculações em regiões que ficam fechadas como se fossem cistos. Então, muitas vezes, quando o paciente tem esse tipo de alteração, os médicos vão conhecer e é feita a peritoneografia. A peritoneografia seria injetar um contraste iodado hidrossolúveldiluído através de um cateter de diálise peritoneal para avaliar se houve complicação da diálise peritoneal, no caso, a diálise peritoneal ambulatorial contínua, em paciente que está em casa e 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU semanalmente ele vai ao ambulatório e vai fazer a sua diálise peritoneal. Aqui acima, a primeira imagem, é uma tomografia, uma reformação coronal de um abdome normal e aqui um paciente que fez uma peritoneografia. Vocês conseguem ver o fígado, estômago... No paciente normal, tudo é envolto por gordura e na segunda imagem, a cavidade peritoneal está preenchida por um líquido com contraste. Então, a cavidade peritoneal ficou hiperdensa. E vejam como é complexa a cavidade peritoneal, que na verdade o líquido está entre os peritôneos visceral e parietal, jogando as alças intestinais, o mesentério, etc, para o centro do abdome. P: Todo paciente que faz hemodiálise vai fazer a diálise peritoeal? R: Não, a diálise peritonial é um tipo de diálise, a hemodiálise é outra. A hemodiálise, você faz uma fístula arteriovenosa e você faz. P: Mas todos os paciente que fazem hemodiálise vão fazer a diálise peritoenal obrigatoriamente ou são casos específicos? R: Eu não sei te dizer porque isso é uma coisa da especialidade, eu como radiologista não saberia te dizer porque eu não tenho experiência nessa parte. Mas são duas formas de você aliviar o organismo de produtos indesejados. Pode ser hemodiálise, através de uma fístula arteriovenosa ou pode ser pelo peritôneo. Bom, em seguida, o peritôneo, na verdade, é uma membrana serosa dupla, como na maioria do corpo, por exemplo, você tem a serosa pleural, a cavidade pleural fica entre a pleura parietal e visceral. Saco pericárdico, entre a porção parietal e a visceral pericárdica. Peritôneo é a mesma coisa, ele tem uma porção visceral e uma porção parietal. Então, ele reveste a superfície interna de toda a cavidade abdominopélvica e os órgãos intrabdominais também estão sendo revestidos por ele. Então, a cavidade peritoneal é um espaço potencial entre o peritôneo visceral e o peritôneo parietal, como na pleura no pericárdio e até no testículo, que a gente tem a albugínea. Então, a função é igual aos outros órgãos, diminuir o atrito visceral, resistir às infecções e resistir e armazenar gordura. Essa imagem é bem legal porque ele mostra um balão cheio de ar e você fecha seu 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU punho e coloca o punho dentro do balão, a mão vai entrar em contato com o ar que você empurra, mas ela vai estar em contato com a parede do balão, mas ela não vai entrar em contato com o conteúdo do balão. Leticia 10min – 20min Quando o trato gastrointestinal entra na cavidade peritoneal ele não entra em contato com o fluido peritoneal. Então o trato gastrointestinal está dentro da cavidade peritoneal mas separado do fluido peritoneal pelo mesotelio. A alça intestinal (apontado em vermelho) está contornada pelo peritônio visceral, ela não está em contato com o fluido peritoneal. Reflexões peritoneais O peritônio parietal em verde. Peritônio visceral em vermelho. Ele forma o omento menor (em roxo entre o fígado e o estômago), contorna o estômago, e em seguida forma o omento maior (roxo). Então o peritônio parietal vai se refletindo sobre os órgãos peritoneais formando ligamentos de suporte, mesentérios e omentos. Os omentos eles predem uma víscera a outra, o menor o estômago e fígado, e no maior o estômago ao colo transverso. Enquanto os mesentérios (em laranja) prendem os órgãos a parede abdominal posterior. Todas essas reflexões são vias de condução de tumor e infecções. Verde: periônio parietal; vermelho: visceral; laranja: mesentério; roxo: omentos maior e menor; azul: cavidade peritoneal. Nos homens a cavidade peritoneal é fechada. Nas mulheres comunica-se com a pelve (extraperitoneal) através das tubas uterinas. Histerossalpingografia É um exame para avaliar as tubas uterinas, no qual é injetado contraste, e como mostra na figura, parte do contraste extravasou para dentro da cavidade peritoneal. 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU As tubas uterinas abrem-se na cavidade peritoneal. O útero está em contato com o meio externo através da vagina. O ovário é intraperitoneal. Pelve feminina O peritônio parietal delimita a parte anterior do reto, o útero, a bexiga, que são extraperitoneais. Na região dessas estruturas temos dois espaços importantes, o espaço vesicouterino (útero e bexiga) e de douglas ( ou retouterino). Obs.: o espaço retouterino é um local de acúmulo de fluido intraperitoneal dependente de gravidade. Na imagem mostra uma TC (peritoneografia) mostrando essas estruturas e espaços. Pelve feminina na ultrassom Pelve masculina Na pelve masculina também possui esse recesso retovesical (entre o reto e a bexiga), e o espaço supravesical. Matheus Cantalice 30 – 40min - Isso a gente tem que ter ideia, principalmente quando se tornar cirurgião, é muito importante ter essa noção. - Então aqui a peritoneografia injetando o contraste na cavidade abdominal. Vejam, o contraste não preenche o abdômen todo, por que? Porque o mesentério das alças com gordura não permite, o flúido só se 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU espalha entre as alças intestinais e fora do mesentério. Aqui nós temos o intestino delgado pintado de azul e dentro, em amarelo seria o mesentério. Então aqui essa prega dupla de peritônio, tem uma atrás e outra na frente, fazendo um sandwish no intestino delgado. Dentro, além de gordura tem nervos, linfáticos, vasos, então se o cirurgião vai puxando as alças, ele vai expor a raiz, essas alças não ficarão soltas pois estão presas pelo mesentério. O mesentério pode ser dividido em verdadeiro, que são os verdinhos na imagem, que ligam as vísceras as paredes abdominais. Possuem dupla prega que se ligam a parede posterior do abdômen. Dentro do mesentério tem artérias, nervos e linfáticos, lembrem. - O mesetério do delgado, ele vai desde o ângulo de treiz que é a junção entre a quarta porção do duodeno com o jejulo, até a junção do íleo terminal, a ileocecal. Ele não é tão extenso mas faz essa conexão e contém os vasos mesentéricos superiores, então temos que ter toda essa noção numa cirurgia. O mesocólon transverso, que é mais ou menos oblíquo, ele divide os espeços peritoneais em infra e supramesocólicos. Bom e o cólon ascendente e descentende são retroperitoneais, que a gente já mostrou. - O mesentério especializado conecta uma víscera com a outra, que é o omento menor e o omento maior, perceba a diferença pra o mesentério verdadeiro, que conecta a víscera com a parede abdominal, e o especializado conecta as vísceras entre elas. O omento maior conecta o estomago com o cólon, o omento menor conecta o estomago e fígado e tem também o mesoapêndice que conecta o apêndice cecal ao íleo. 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU - Então o omento menor que conecta o fígado com a pequena curvatura do estomago, é constituído por dois ligamentos, que seria o gastrohepático e o hepatoduodenal. O gastrohepárico vai ligar o lobo esquerdo do fígado a pequena curvatura do estômago, (seta rosa na imagem) depois temos o hepatoduodenal que liga ao duodeno, ele está na margem livre do omento e ele contém a tríade, que é muito importante e contém a veia porta, artéria hepática e o duto biliar comum. (seta verde na imagem). A setinha azul é o forame de winslow, que vai comunicar a bolsa omental com a cavidade peritoneal. Aqui é somente para vocês terem noção num corte axial, pra mostrar a vocês o estômago, atrás o peritônio, omento menor, bolsa omental e o forame de winslow. Lembrar quetemos a tríade no ligamento hepatoduodenal. Ainda temos uns ligamentos muito difíceis de ver, vou mostrar pra vocês depois em RM, não se preocupem, não são importantes agora. Por hora basta o ligamento hepatoduodenal e o gastroesplenico. - Omento maior é importante entender agora, ele é uma prega do peritoneo com 4 camadas. O verde, rosa, amarelo e vermelho da imagem formam as 4 camadas. O omento maior é uma prega em aventa lque cobre a porção anterior da cavidade peritoneal conectando a grande curvatura do estomago com o colo transverso, pelo com o ligamento gastrocólico. - Aqui quando a gente mostra como naquela imagem coronal pra mostrar o omento menor e o omento maior. O omento maior, quando a gente levantar, vamos ver melhor essa estrutura. Atrás do grande omengo, nós vamos ver os ligamento gastroepiploicos. - Só por uma curiosidade pra vocês verem como é interessante. O pâncreas ele é um órgão que não tem capsula, então esse paciente tem uma pancreatite. É um pouco 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU difícil de entender porque vocês não estudaram ainda. Beatriz Veiga (40min-50min) Mas, olha só: esse é um pâncreas com pancreatite, um processo inflamatório grave, ele vai liberando enzimas proteolíticas e digere essa gordura que ta em volta do pâncreas e ele vai formando o que chamamos de flegmão, depois pode se tornar até um cisto, e ele se divide preferencialmente para essa cavidade do omento menor.Então, a pancreatite é uma patologia que necessita de uma compreensão importante da anatomia do peritônio para ela ser manejada, tanto clínica quanto cirugicamente. Então, o exsudato da pancreatite aguda se coleta na bolsa omental, preferencialmente. Vamos ver agora a cavidade peritoneal em relação a fluidos, a direção dos fluidos, como eles caminham dentro da cavidade. É uma coisa especializada, mas só para vocês terem uma ideia Cavidade Peritoneal Supra e Inframesocólica Os espaços peritoneais possuem grandes divisões como mostramos para vocês: a bolsa omental e a cavidade peitoneal maior, comunicando-se entre si pelo forame de winslow. E o mesocolon transverso, lembra que ele vai formar o omento maior e vai dividir o abdômen em dois andares (o supramesocólico e o inframesocólico), então ele vai ter uma importância grande porque o movimento de fluidos no abdômen vai seguir em uma determinada direção que não é influenciada pela gravidade, é a mesma coisa que nos seios paranasais, como já falamos, eles tem um fluxo de muco que você pode estar de cabeça para baixo, mas o fluxo de muco segue aquela direção, não tem nada haver com a gravidade. Então, os espaços peritoneais se comunicam entre si e no caso do andar supramesocólico ele tem um movimento de fluxo que não tem muito haver com a posição. Nessa imagem, uma peça anatômica preparada, se retirou tudo do abdômen, só para mostrar essa divisão. Então, você teria: mesocólon transverso dividindo em andar supramesocólico e inframesocólico. Quero que vocês lembrem: no andar supramesocólico temos espaços muito importantes, o espaço abaixo do diafragma que é o espaço subfrenico; O espaço abaixo do fígado que é o espaço sub-hepático; A bolsa omental, que tem várias coisas impotantes a respeito dela; E o espaço subfrenico do lado esquerdo, que não se comunica com o espaço subfrenico do lado direito porque o ligamento falciforme impede. Então, se você tem uma coleção subfrenica, for operado, faz um abscesso abaixo do 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU diafragma á direita, será que vai contaminar o lado esquerdo? O lado esquerdo pode até ser contaminado depois de um tempo, mas inicialmente o ligamento falciforme impede. Abaixo do andar supramesocólico só temos que lembrar das goteiras parietocólicas, entre as paredes e os cólons. Uma coisa bem importante que vocês ouvirão falar quando forem fazer ultrassom de emergência é a questão do espaço de Morison ou fossa hepatorrenal. Vamos tentar entender: em torno do fígado nós temos vários espaços, por exemplo, espaços perihepáticos e sub-hepáticos. No espaço perihepático direito,(obs: ninguém irá cobrar isso de vocês, é para irem entendendo), essa imagem é de uma peritoneografia, estamos vendo aqui esse espaço perihepático direito (indicado pela seta na imagem) e acaba parando (na região do ponto vermelho) por ali ser a área nua do fígado, região sem peritônio, então esse peritônio parietal e visceral ta refletindo aqui (ponto vermelho) por não ter mais esse peritônio. Aqui vou mostrar para vocês no plano sagital, vejam que entre o rim e o fígado você não vê contraste da peritoneografia, então aqui não tem peritônio, esse é o espaço de Morison ou fossa hepatorrenal. Na ultrassonografia, aqui que vocês vão precisar entender bem, isso não é tão importante na tomografia; Quando você faz a ultrassom do rim direito tem-se: o fígado( demonstrado na imagem pelo Liver), o rim direito (k), o diafragma (mostrado pela seta) e o pulmão( PI). Então, entre o fígado e o rim não existe cavidade peritoneal, mesmo que a pessoa tivesse algum problema de líquido na cavidade peritoneal ele não ia entrar nesse espaço (demonstrado pelo ponto vermelho), porque nele normalmente não se contém líquido. 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU Agora digamos que esse paciente sofreu um trauma, teve, por exemplo, uma ruptura do rim. Você faz a ultrassom no pronto socorro e vê que tem líquido no espaço de Morison/ hepatorrenal, a causa pode ser dessa ruptura que esteja sangrando para cá, pode ser milhões de outras coisas, estou exemplificando. Portanto, fluido entre o fígado e o rim no espaço subhepático (se é subhepático é do lado direito) e Morison você tem um fluido patológico, tem que ver se é um abscesso, ou hemorragia, metástases peritoneais, tem que descobrir o porque de ter fluido nessa região. Fluido patológico no espaço de Morison: Ligamentos E Recessos de Importância Clínica e Cirúrgica Isso aqui também é de especialidade, dando para vocês terem uma idéia: isso é um artigo bem interessante que achei do jornal de oncologia mostrando a experiência desse médico com carcinoma de ovário e metástase para o peritônio. Muito importante porque quando você tem o carcinoma de ovário e a pessoa tem líquido na cavidade peritoneal, é sinal de que o tumor de ovário- ovário intraperitonial- se disseminou para o peritônio e sabemos que esse tipo de tumor é bem freqüente. Então, antes de operar ou fazer qualquer coisa o médico tem que estadiar, saber aquela questão do TNN: tomor local, os linfonodos como estão e as metástases, ele precisa fazer uma ressonância ou uma tomografia. Nesse caso ele fez uma tomografia no plano sagital mostrando o fígado (letra L), com muita ascite- líquido. Na imagem é mostrado também o estômago (S), o cólon traNsverso em (T), a bolsa omental (estrutura entre L e S), a cavidade menor atrás do estômago, o estômago se comunicando ao cólon através do omento maior – o qual está cheio de metástases, ta espesado- e cavidade peritoneal com bastante líquido (cavidade indicada pelo ponto vermelho). Maurício 50-60 MIN 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU Um ultrassom transabdominal no plano longitudinal, quando o paciente esta deitado, é gerado uma imagem contraria ao sentido anatômico. A imagem sagital abaixo é mostrado qe o paciente possui liquido patlogico no abdomem (cavidade peritoneal). Entre a bexiga e a área retorpubica exite o Espaço de Retzius- uma areaa preenchida de gordura que nunca pode ter liquido- quando houver liquido nessa área é sinal de um rompimento da bexiga peritoneal. Peritoneo reveste a parede abdomina e os órgãos da cavidade abdominal internamente , como é mostrado nocorte axial abaixo (peritoneo em roxo). Dento desse espaço limitado pelo peirotneo exite o fluido peritoneal formado pela serosoa (camada uncielcular de mesotelio). O peritoneal parietal se reflete nos mesentelios e liga as viseras à parede abdominal. O fluido fica entre os órgãos e as vísceras e o peritoneo se reflete, isolando as visercas do fuludo abdminal O fluido peritoneal fica entre os folhetos parietal e visceral e lubrifica a parede dos órgãos. Exite em torno de 50 à 100 ml de fluido peritoneal que, quando esta em déficit, estimula a aderência entre os órgãos e quando há aumento do fluido peritoneal ocorre uma situação denominada Ascite (múltiplas causas)- jogando as alças intestinais, o mesentério e outra sestrutras posteriormente. 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU Mesenterio: peritoneo parietal da a volta na cavidade peritoneal, refletindo na parede abdominal posterior para formar um mesentério. Ele forma uma membrana dupla a partir da parede do abdominal posterior, englobando vasos, nervos e linfáticos- mesentério liga a viscera à parede abdominal posterior. Peritoneo Visceral: reveste os órgãos intra- abdominais contidos no espaço peritoneal. Um órgão como o estomago tem em sua composição (de dentro para fora), uma mucosa; submucosa; muscular e serosa (peritoneo visceral). Ligamentos Peritoneais: pregas duplas de peritoneo que sustentam esteutras dento da cavidade peritoneal, como o estomago e o fígado, na qual a maioria se orgina no mesentério. RESUMO: OBS: Mesenterio conecta as viscera à parede abdominal posterior, enquanto o omento menor conecta fígado e estomago e o omento maior conecta estomago e colo transverso. 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU OBS2: Utero; Bexiga, Reto e Prostata são extra-peritoneais. O ovário é intraperitoneal. Estrutras Intraperitoneiais: Porção Intra-abdominal do esôfago Figado Baço Estomago 1ª porção do duodeno Cauda do pâncreas (peritonizada) Jejuno e íleo Colon transverso e sigmoide Reto superior Estrutras Extraperitoneais: 2ª e 3ª porções do duodeno Cabeça e colo do pâncreas Aorta e VCI Adrenais Rins Ureteres Bexiga Colon ascendente e descente 1/3 inferior do reto NATHÁLIA- 50MIN A 60 MIN O Câncer de útero é extraperitoneal, mas pode disseminar metástase pelo peritônio que está acima do útero o que não é habitual. O mais comum é o de ovário, pois ele está dentro da cavidade peritônial. Em todos esses espaços peritôniais podemos encontrar metástase. Os locais que as metástases não são detectadas durante a laparotomia de estadiamento: espaços subfrênicos, raíz do mesentério, peritoneo visceral intestinal, hilo hepático, ligamentos gastrohepático e ligamentos grastroduodenal. Esses locais são de difícil acesso e por isso, TC e RM auxiliam o planejamento terapêutico e evitam a ressecção incompleta do tumor. Esse paciente parece ter muito líquido (ascite) entre a parede do fígado e o fígado, têm alguns espessamentos peritoniais, cálculos dentro da bexiga (extraperitoneal). 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU Ascite é o aumento do fluido peritonial por irritação das metástases. COMPROMETIMENTO DO SISTEMA LINFÁTICO NUMA NEOPLASIA: dentro do mesentério só existem os linfonodos que podem captar as células neoplásicas, mas não vemos edema linfático de membros inferiores ou superiores numa ascite, pois ela não acomete os canais linfáticos. DINÂMICA DO FLUIDO INTRAPERITONEAL Sob ação da gravidade, quando a pessoa está de pé, o fluido se acumula nos recessos pélvicos: retouterino, retovesical, e paravesicais, ou seja, o fluido desce. Yngrid (60min- final) Então esse fluído, que estava inicialmente no recesso vesicouterino... retouterino na mulher e retovesical no homem (2) e nos espaços supravesicais (3) ele vai fluir pelas goteiras parietocolicas, então tem fluxo normal desse líquido, então ele vai pelas goteiras parietocolicas, entre a parede peritoneal e o cólon (ascendente e descendente) e ele é mais lento do lado esquerdo, ele vai preferencialmente do lado direito; por que ele é mais lento do lado esquerdo? Parece que tem a ver com o mesocolon sigmoide e do ligamento espenocólico que causam alguma dificuldade. Daí a maior parte do fluido, já que pra o lado esquerdo é mais difícil, ele é canalizado para o lado direito pela goteira parietocolica direita e vai se distribuir nos espaços abaixo do diafragma subfrênico, abaixo do fígado subhepático e vai para o subesplenico esquerdo. A passagem direta de fluido subfrênico direito pro esquerdo... lembra que a gente falou que o ligamento falciforme não deixa acontecer. 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU Por que eu tenho que saber disso? Abcessos abaixo do diafragma subfrênico são 2-3 vezes mais frequentes à direita, porque o fluxo é preferencial desse lado, sobe pela goteira parietocolica e vai para o espaço subfrênico. Outra coisa importante, o fluido que vai à direita não penetra rapidinho no espaço subfrênico esquerdo, ele tem que fazer um outro trajeto, que a gente vai ver depois, para que ele chegue no espaço subfrênico direito. Então o fato da pessoa ter um abcesso abaixo do diafragma – subfrenico – entre o diafragma e o fígado, do lado direito, quer dizer que vai contaminar (inaudível). E uma coisa importante é que o fluido desse espaço subfrênico direito, primeiro precisa passar pelo espaço de Morrison (subepático) para depois penetrar o espaço subfrenico, então ele não penetra no lado subfrenico direito enquanto não preenchee o espaço de Morrison. Então aquele espaço entre o fígado, a área nua do fígado, se ele tiver preenchido de algum fluido, pode ser que esse fluido patológico vá para o espaço subfrenico direito. Então, paciente que tem os abcessos subfrenicos, ele pode ter sim uma associação com abcesso do espaço de Morrison, como uma patologia de rim, uma infecção de rim, fez um abcesso, esse abcesso invadiu o espaço de Morrison, invadiu o espaço frênico direito. Conclusão: o espalho de Morrison comunica-se com o espaço subfrenico, por isso isso pode acontecer. Existe uma doença inflamatória pélvica que pode ter uma perihepatite, uma infecção do peritônio visceral do fígado, explicada por essa comunicação (2e3). Doença inflamatório envolvendo tubas, ovário, então você produz processo inflamatório ou infeccioso na região ou esse liquido inflamatório vai subindo e pode fazer o abcesso subfrênico. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Aqui só é para vocês verem e terem uma ideia, não vamos falar sobre isso porque é complicado. Esse ligamento triangular que prende o fígado a parede posterior do abdome, ele vai separar o espaço subfrênico do espaço de Morrison (hepatorrenal); ligamento importante para ser conhecido pelo especialista. O subfrênico direito, o subfrênico esquerdo são separados pelo ligamento falciforme que liga fígado à parede anterior do abdome, muito fácil de vê na RM, na tomografia é mais difícil. Aqui (O) tá mostrando a região da bolsa ometal, atrás do estomago. Seta vermelha: fáscia pararrenal que delimita o espaço onde fica o rim e o retoperitonio. Obs: o ligamento sempre fica hipointenso. 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU A professora diz que na imagem tem escrito em inglês que está com supressão de gordura, mas está errado. Na seta indica o ligamento esplenorrenal, uma parte dele, pois o rim está mais abaixo e é hipointenso. Na imagem 1 que aparece a seta também, está mostrando o esplenorrenal entre o baço e o rim. Obs: ligamentos – locais frequentes de metástase. Aqui só pra mostrar no plano coronal, todo isso que a gente falou até agora, L = fígado,Sp = baço, S = estômago – a seta apontando atrás do estomago, espaço da bolsa ometal, Ri = espaço subfrênico , entre o fígado e o diafragma, Le = espaço frênico esquerdo. Seta abaixo preta a direita – bolsas de delgado. Esse é um paciente que fez ressonância magnética e tem ascite, então esse corte ponderado em t2 mostra o liquido (periferia) – branco. Alças intestinais, mesentério, a gente não tá vendo a gordura do mesentério branca por causa da técnica. Como ele tem muito líquido na cavidade peritoneal, o liquido fica mais branco, mais hiperintenso que a gordura. Aqui só para mostrar o espaço supravesicais direito e esquerdo preenchidos também por líquido; B = bexiga. Primeira imagem Aqui pra chamar atenção com essa anatomia de ressonância bonita, muito fácil, sagital em t2, de uma mulher, tudo que está branco é liquido. U – útero, abaixo – abertura do colo do útero, V – vagina, Re – reto (atrás da vagina); B – bexiga. Como tem muito líquido, pode ser um carcinoma de ovário. Segunda imagem Já na tomografia é um pouco mais difícil, o Reto (Re) cheio de líquido, P – próstata, B – bexiga; seta – escavação entre o reto e a bexiga. 17/11/2020 OMF II – PROF. MALU Aqui só uma curiosidade, mostrando o ligamento Úterossacral; região mais acometida pela endometriose. Atrás – escavação retouterina. Outra coisa, quando você analisa a escavação retouterina ou retovesical no homem , é muito importante saber se está invadida ou não por tumor, se essa escavação estiver, como por exemplo o tumor de reto, já vai para o estágio 4, esse paciente não se beneficia de cirurgia.
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