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ERGONOMIA EM ODONTOLOGIA Professor: PAULO ANDRÉ Acadêmicas : BRUNA DA ROCHA CÁREN AZEVEDO CARLA SOUZA JULIANA CUNHA JULIANE QUARTEROLI LAISA CRISTO LÍVIA VIANNA MANUELLA CRUZ MICCAELA BARRETO NATHÁLIA SOUZA REBECA MESSNER TALITA DE SOUZA Introdução Ergonomia é a disciplina científica que busca entender as interações entre os seres humanos e outros elementos de um sistema, buscando criar princípios e métodos que harmonizem o bem estar das pessoas e o desempenho global do sistema. Ela é derivada do grego, onde ergon (trabalho) e nomos (regras). Ergonomia Basicamente é uma ciência que se aplica ao projeto de tarefas, máquinas e equipamentos, onde o objetivo é melhorar a qualidade de vida, o conforto, a saúde e a eficiência no trabalho do profissional. A ergonomia é analisada por diversas áreas, sendo elas biologia humana, medicina do trabalho, ciências cognitivas, psicologia do trabalho, sociologia do trabalho e organização do trabalho. Um fator muito importante que limita a capacidade de produção, que é ligada à postura corporal no ambiente de trabalho, é aquele em que o profissional não está acostumado àquela forma de trabalho, tendo que se adaptar a sua nova função. Associar conceitos A ergonomia no campo da Odontologia destina-se a melhorar as condições de trabalho dos cirurgiões-dentistas, criando e aperfeiçoando as ferramentas, instrumentos e mobiliário utilizados pelos profissionais de saúde bucal. O objetivo é a diminuição do estresse físico e mental, prevenindo assim, as doenças relacionadas à prática odontológica, e consequentemente buscando uma produtividade mais expressiva. Ergonomia no consultório A ergonomia tem por objetivo proporcionar ao dentista um melhor conforto e segurança, para que não apareçam problemas futuros e também produzir maior eficiência ao profissional. A má utilização dos equipamentos e na realização de tarefas pode desencadear em vários problemas como dores nas costas, bursites, lesões por esforço repetitivo (LER), limitações dos movimentos. Atualmente os equipamentos odontológicos estão especializados para o maior conforto e qualidade, pois em muitos casos os dentistas estão mais preocupados em realizar o trabalho do que em como o trabalho está sendo realizado. Entretanto há medidas básicas a serem seguidas podem melhorar o bem-estar e conforto do dentista: A cada duas horas é recomendado levantar e realizar uma leve caminhada para ativar a circulação nos membros inferiores; Ter uma secretária para auxiliar o trabalho pode prevenir problemas na coluna; Manter sempre todo o pé apoiado ao chão; Manter ao máximo a coluna apoiado ao mocho; Racionalizar o trabalho; Eliminar manobras não produtivas; Produzir mais e melhor; Proporcionar maior conforto e segurança ao paciente; Obter meios e sistemas para diminuir o estresse físico e cognitivo; Prevenir as doenças relacionadas à prática profissional. Tamanho do consultório Conforme a RDC/Anvisa n.º 50/02, o consultório odontológico individual deve possuir área mínima de 9 m2. Para consultórios coletivos, a área mínima depende do número e da quantidade de equipamentos utilizados, devendo possuir uma distância mínima livre de 0,8 m na cabeceira e de 1 m nas laterais de cada cadeira odontológica. Entre duas cadeiras, a distância mínima deve ser de 2 m, para permitir a circulação dos profissionais e minimizar a contaminação por aerossóis. Definição das áreas do consultório Área periférica: é aquela situada nos limites da sala, com ótima iluminação; Área de ação: compreende o espaço onde se situam os elementos de trabalho do CD e ACD (0,5 m em torno do apoio de cabeça do paciente); Área de intervenção: compreende a boca do paciente, ao ambiente e ao profissional; Área de intervenção no homem: Nesta área estão incluídos o estudo de erros e acidentes, o estudo de gastos energéticos e fadiga, motivação e treinamento; Área de intervenção No ambiente: Diz respeito às instalações do ambiente. Inclui iluminação, ruído, temperatura, umidade relativa do ar, velocidade do ar e cores. Posturas e exemplos A má utilização dos equipamentos e a falta de postura na realização de algumas tarefas podem interferir na saúde geral do cirurgião-dentista. Esse contexto estabelece repetitividade de movimentos, além da rotação do tronco, flexão da cabeça forçando a musculatura cervical, escapular e torácico-lombar, manutenção dos membros superiores suspensos, entre outros constrangimentos corporais”, esclarece o especialista Carlos Helton . Imagem 1 - Mau e adequado posicionamento ergonômico Buscar manter: Realizar diariamente exercícios físicos (no mínimo 30 min); A coluna relativamente reta e apoiada no encosto do mocho; A cabeça ligeiramente fletida, evitando a flexão exagerada; Os cotovelos a 90° próximos ao corpo e/ou apoiados; V. O tronco o mais próximo da cadeira do paciente; Os pés totalmente apoiados no chão; A altura do mocho ajustada de forma que o ângulo formado pela coxa e perna fique entre 90° e 120°; Evitar exagerar as torções, inclinações laterais e flexão de tronco. Imagem 2 - Postura de trabalho sentado, demonstrando a correta, Imagem 2 - Postura de trabalho – vista frontal posição dos membros superiores e inferiores, da cabeça e do tronco. Figura 3 - Exemplo de análise fotográfica de um atendimento clínico. Pode-se observar a incorreta posição das pernas (que se encontram além de flexionadas, com apoio no mocho). Também pode-se observar que os braços estão afastados do corpo e as costas sem apoio no mocho. LER/DORT na Odontologia Existem algumas medidas básicas que se seguidas corretamente podem melhorar o bem-estar e conforto do dentista. É improvável que haja somente uma postura ideal; várias posturas são aceitas como boas, dentro de um grande campo de variação. Podemos definir convenientemente má postura como sendo aquela que causa incapacidade, dor ou outra anormalidade qualquer. É possível que algumas pessoas tenham tendência maior a adquirir estas anormalidades que outras. LER é a sigla para (lesão por esforço repetitivo), e DORT, (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho). Sintomas mais comuns LER/DORT: Dor localizada; Desconforto físico no final do dia; Cansaço excessivo; Formigamento nas extremidades; Paralisia e parestesia; Perda funcional; Inchaço local. Podem ser impedidas com algumas atitudes simples, como: Realizar pausas entre um atendimento e outro; Praticar exercícios de alongamento e relaxamento antes e depois da jornada de trabalho; Usar luvas que não apertem a região dos punhos; A força compressiva e velocidade de instrumentos manuais devem ser diminuídas (na medida do possível); Exercícios com bola cravo (aquela bolinha de apertar), são simples, fáceis de fazer em qualquer ambiente e os mais indicados por fisioterapeutas para a prevenção dessas doenças. Regiões do corpo afetadas Efeitos sonoros O ruído é classificado como qualquer sensação sonora indesejada para o organismo humano. O cirurgião dentista e seus assistentes estão expostos a várias fontes de ruído, como: compressores de ar, turbina de alta velocidade, sugadores de saliva, além de outros fatores como som ambiente e ruído externo ao ambiente de trabalho. Para melhoria ergonômica do ambiente recomenda-se: Substituição das peças de mão do consultório por peças da modelos encontrados que apresentam um nível de ruído menor; Revisão do aparelho de autoclave para verificar se o ruído não pode ser diminuído, uma vez que está acima do normal em autoclaves; se não for possível melhorar, deve-se substituí-la por outra; Estabelecer intervalos entres os atendimentos, com o desligamento dos equipamentos.Principais riscos na Odontologia Risco ergonômico - ex: postura incorreta, ausência do profissional auxiliar e/ou técnico, falta de capacitação do pessoal auxiliar, atenção e responsabilidade constantes, ausência de planejamento, ritmo excessivo, atos repetitivos, entre outros. Risco Físico - ex: (ruído, vibração, radiação ionizante e não-ionizante, temperaturas extremas, iluminação de ciente ou excessiva, umidade e outros). São causadores desses riscos: caneta de alta rotação, compressor de ar, equipamento de RX, equipamento de laser, fotopolimerizador, autoclave, condicionador de ar. Risco químico - ex: (poeiras, névoas, vapores, gases, mercúrio, produtos químicos em geral e outros). Os principais causadores desse risco são: amalgamadores, desinfetantes químicos (álcool, glutaraldeído, hipoclorito de sódio, ácido peracético, clorexidina, entre outros) e os gases medicinais (óxido nitroso e outros). Risco biológico - Considera-se risco biológico a probabilidade da ocorrência de um evento adverso em virtude da presença de um agente biológico. Conclusão: A ergonomia em Odontologia é de extrema importância, estuda a adaptação do ambiente de trabalho do dentista. Foi criada para aumentar a produtividade e a redução de problemas de saúde entre os profissionais. Porém, muitos apenas buscam ajuda quando já está com a saúde afetada. Entre os dentista as doenças se iniciam por conta da falta de postura , repetição dos movimentos, velocidade dos movimentos, força excessiva e má utilização dos equipamentos. Com a utilização da ergonomia em sua rotina é fundamental para evitar situações desagradáveis ou danos na saúde do profissional. Ressaltando que os alongamentos, os exercícios, equipamentos e instrumentos que atendam as normas de segurança e fazer repouso durante o atendimento. Servem para melhorar as condições físicas e mentais do dentista. A prevenção é o melhor caminho para obter as melhores condições no trabalho e consequentemente a sua qualidade de vida. Referências: BRUNNETO, Alisson. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/rth/article/view/6421/4072. Acesso em: 2 Mar. 2020. ERGONOMIA em odontologia. Disponível em: https://www.istockphoto.com/br/vetor/ergonomia-em-odontologia-postura-corretagm938753878-256699616. Acesso em: 2 Mar. 2020. ERGONOMIA PARA DENTISTAS. Disponível em: http://www.ibindusbello.com.br/pt/post/136/ergonomia-para-dentistas. Acesso em: 2 Mar. 2020. GUTIERRE, Dental. Disponível em: http://blog.dentalgutierre.com.br/ler-e-dortdentistas-tambem-sentem-dor/. Acesso em: 2 Mar. 2020. LER E DORT: lesões causadas por fatores ocupacionais. Disponível em: https://www.ssisaude.com.br/Blog/post/ler-dort. Acesso em: 2 Mar. 2020. MONTALVANY, Dr. Carina. Disponível em: https://empreendedordentista.com.br/ergonomia-odontologia/. Acesso em: 2 Mar. 2020. NAVARRO, Vanessa . Disponível em: http://www.crorj.org.br/blog/2016/01/18/ergonomia-aplicada-a-odontologia/. Acesso em: 2 Mar. 2020. NAVARRO, Vanessa. Disponível em: https://www.localodonto.com.br/ergonomia-noambito-odontologico/. Acesso em: 2 Mar. 2020. QUARESEMIN, BORTOLUZZI , Lucas, Michele . Disponível em: https://seer.imed.edu.br/index.php/JOI/article/view/1388/html. Acesso em: 2 Mar. 2020. FIM
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