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BBPM III - FISIOLOGIA FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR Ritmicidade do coração • As contrações são disparadas por impulsos elétricos gerados espontaneamente por células marca-passo do nodo sinoatrial, ou nó sinoatrial (NSA), e são transmitidas sequencialmente ao miocárdio atrial, ao nódulo atrioventricular, ou nó atrioventricular (NAV), ao feixe de His, às fibras de Purkinje e ao miocárdio ventricular • A origem e a propagação dos impulsos elétricos por células excitáveis em geral (cardíacas, inclusive) dependem de dois fatores fundamentais: existência de gradientes iônicos através da membrana plasmática e mudanças rápidas e transitórias na permeabilidade da membrana Potenciais de ação cardíacos • Potencial de membrana das células cardíacas e ventriculares (cardiomiócitos) é estável e tem um valor de aproximadamente -80 mV • O potencial de repouso dos cardiomiócitos apresenta um valor muito próximo do potencial de equilíbrio • A hipocalemia (redução da [K]ext) e o aumento da permeabilidade da membrana ao K+ deslocam o potencial de repouso para valores mais negativos (hiperpolarização). • Por outro lado, a hipercalemia (aumento da [K]ext) e a redução da permeabilidade da membrana ao K+ deslocam o potencial de repouso para valores mais positivos (despolarização). • Quando o cardiomiócito é estimulado por uma onda despolarizante, se o potencial da membrana for rapidamente deslocado até um valor crítico (potencial limiar) ocorre um evento transitório denominado (potencial de ação) • Potenciais de ação do tipo rápido; - são composto de cinco fases: FASE 0: é a rápida despolarização do potencial de membrana até atingir o pico do potencial de ação FASE 1: é a repolarização breve que ocorre após o pico do potencial de ação FASE 2: é o platô de longa duração e mantém o potencial de membrana em torno de 0mV FASE 3: é a repolarização final, em que o potencial de membrana retorna dos valores do platô (0mV) até os de potencial de repouso ( cerca de -80mV) FASE 4: o potencial de repouso (ou diastólico) é a fase 4 do potencial de ação rápido BBPM III - FISIOLOGIA - nas células do feixe de His e nas fibras de Purkinje, a fase 4 é instável e é chamada de potencial marca-passo • Potenciais de ação do tipo lento - está associado à automaticidade das células marca- passo do NSA e à baixa velocidade de propagação do impulso elétrico nas células do NAV - fase 0, fase 3 - valor de potencial diastólico máximo: - 60 mV BBPM III - FISIOLOGIA Base iônica dos potenciais de ação cardíacos • Correntes iônicas que fluem através da membrana plasmática • Depende das propriedades biofísicas dos canais iônicos: seletividade iônica, condutância, dependência de voltagem e cinética de abertura, inativação e fechamento • Canais iônicos são proteínas integrais de membrana e estão inseridos na bicamada lipídica, formando poros aquosos com seletividade a íons específicos • Canais dependentes de voltagem: abrem-se em resposta às mudanças no potencial de membrana • Tipos de canais: No coração, encontramos dois tipos de canais para Ca 2+ , responsáveis pelas correntes de Ca 2+ tipo L (do inglês long lasting) (ICa,L ) e tipo T (do inglês tiny) (ICa,T ). O grupo dos canais para K + é ainda mais diversificado, com vários tipos responsáveis pelas várias correntes repolarizantes que são ativadas durante o decurso temporal do potencial de ação, tais como: canal Ito (do inglês transient outward), que produz uma corrente transiente de efluxo de K + ; canais IKr e IKs (do inglês rapid e slow, respectivamente), que produzem uma corrente de efluxo de K + com retificação retardada; e canal IK1 (do inglês inward rectifier), chamado de retificador de influxo (ou retificador anômalo), que produz uma corrente de efluxo de K + durante a fase 4 do potencial de ação do tipo rápido, entre outros BBPM III - FISIOLOGIA • Correntes iônicas associadas ao potencial de ação cardíaco do tipo rápido: FASE 0 -O potencial de ação rápido tem fase 0, que ocorre à custa da entrada (corrente de influxo) de íons Na + através de canais para Na + dependentes de voltagem (INa). - Isso ocorre quando o potencial de repouso é subitamente perturbado, seja por correntes provenientes de um estímulo externo ou por correntes provenientes de células adjacentes (uma onda despolarizante), até que o potencial de membrana atinja um valor limiar de cerca de –65 mV. Se esse potencial limiar é atingido rapidamente, ocorre a abertura de uma porcentagem relativamente pequena de canais para Na + , suficiente para gerar uma corrente de influxo de Na + que irá despolarizar a membrana. Isso acarretará a abertura de mais canais para Na + , que vai despolarizar ainda mais a membrana. O influxo de Na + deveria cessar quando o potencial da membrana atingisse o potencial de equilíbrio deste íon (ENa). No entanto, a entrada de Na + termina muito antes que o ENa seja atingido, pois os canais para Na + se inativam (estado em que o canal torna-se não condutor, mas ainda não está fechado). A inativação do canal para Na + é um processo que depende de voltagem e tempo, de forma que esses canais só poderão ser reabertos novamente quando a célula retornar ao seu potencial de repouso. FASE 1 -breve repolarização, ocorre devido à ativação e uma corrente transitória de efluxo de K+, denominada Ito FASE 2 - platô de longa duração, ocorre devido ao desbalanço entre correntes despolarizantes ( por entrada de Ca 2+ via canais para Ca 2+ tipo L [ICa,L ]) e correntes repolarizantes (por efluxo de K+ via canais para K+ de retificação retardada [IKr e IKs]) FASE 3 - ocorre repolarização completa/ final do potencial de ação - ocorre pelo desbalanço que havia na fae anterior BBPM III - FISIOLOGIA - - Devido à despolarização prolongada do platô, há inativação do ICa,L , porém os canais IKr e IKs (canais de efluxo de K+ retificadores retardados) passam a ter ativação máxima. Isso desloca o potencial de membrana bem próximo aos valores de repouso FASE 4 - Esses canais (IK1) são denominados retificadores de influxo, pois a sua condutância ao K+ aumenta com a hiperpolarização e diminui com a despolarização da membrana. - Os canais IK1 são responsáveis pela alta permeabilidade da membrana ao K+ durante a fase 4 e, portanto, pela manutenção do potencial de repouso. • Correntes iônicas associadas ao potencial de ação cardíaco do tipo lento: FASE 0 - influxo de Ca2+ ocasionado pela abertura dos canais para Ca 2+ do tipo L (ICa,L ) FASE 3 - A fase 3 é produzida por correntes de efluxo de K + através dos canais IKr e IKs FASE 4 - As correntes que contribuem para a fase 4 do potencial de ação das células marca-passo do NSA são: If (do inglês funny), uma corrente ativada por hiperpolarização, e ICa,T , corrente de influxo de cálcio ativada por despolarização. - If: influxo de Na+ - Quando a despolarização induzida por If atinge potenciais de aproximadamente –50 mV, ocorre a ativação dos canais para Ca 2+ do tipo T (ICa,T ), gerando uma corrente de influxo de Ca 2+ que contribui para o terço final da despolarização diastólica lenta, ou fase 4 do potencial de ação lento - As correntes IKr e IKs têm papel importante no mecanismo iônico da atividade do marca-passo. A despolarização que ocorre na fase 0 do potencial de ação lento ativa os canais IKr e IKs , que se abrem e geram uma corrente que repolariza a membrana. A desativação desses canais quando o potencial de ação repolariza e atinge o potencial diastólico máximo permite que a corrente de influxo via If produza a despolarização diastólica que irá disparar o potencial de ação seguinte CORRENTE If (funny): A correnteIf também chamada de corrente marca-passo, uma vez que é típica das células que têm capacidade de se autodespolarizarem. É um canal cati6onico, seletivo a íons monovalentes, que permite o influxo de Na+ e o efluxo de K+ e é ativado pro hiperpolarização ( com limiar a partir de -40 a -50 mV). Embora o canal seja de fato mais permeável ao íon K+, a corrente resultante é a entrada de cargas positivas, despolarizando a membrana. Isso ocorre por que o Na+ encontra-se mais afastado do seu potencial de equilíbrio. Assim, a ativação do If ao final da fase 3 produz uma corrente de influxo de Na+, que lentamente despolariza a membrana durante a fase 4. Marca-passo cardíaco • O estímulo para ativação elétrica das câmaras cardíaca origina-se no NSA • Células marca-passo são aquelas que têm a capacidade de iniciar um potencial de ação na ausência de qualquer estímulo externo • AUTOMATISMO → NSA, NAV, feixe de His e fibras de Purkinje • Essas células não possuem potencial de repouso fixo = despolarização diastólica lenta • Esta fase, ao atingir determinado potencial limiar, desencadeia a despolarização mais rápida (fase 0) por ativação de ICa,L nas células do NSA e NAV, e INa nas células do feixe de His e fibras de Purkinje. • Quanto maior a densidade de canais If presente nas células marca-passo mais inclinada a fase 4 e maior a frequ6encia de disparo das mesmas BBPM III - FISIOLOGIA • O NSA é considerado o marca-passo dominante pois possui fase 4 mais inclinada (atingem o limiar em menor tempo, têm maior frequência de disparo) Condução do impulso elétrico • Sincício funcional: a excitação de uma única célula resulta na excitação de todas as células do tecido. Batimento sincronizado do coração • Isso se deve à presença de discos intercalares nas células miocárdicas, que formam nexos ou junções comunicantes • Tratos intermodais anterior, médio e posterior: vias de condução rápida entre o NSA e o NAV • Feixe de Bachmann: via de transmissão rápida dos impulsos elétricos do átrio direito e o átrio esquerdo • Entre as câmaras atriais e ventriculares existe o tecido conjuntivo do esqueleto fibroso = isolamento elétrico • Feixe átrio ventricular/ Feixe de His: única via de transmissão entre átrios e ventrículos. Entretanto o impulso proveniente do NSA somente atinge o feixe de His via NAV. O NVA possui velocidade de condução baixa, favorecendo que no momento de contração atrial, os ventrículos estejam relaxados, favorecendo o enchimento ventricular. • Fibras de Purkinje: atividade elétrica nos ventrículos tem início no septo e no ápice interventricular e depois progride para a base ventricular. Em cada região da parede ventricular, o impulso progride da camada endocárdica para a epicárdica BBPM III - FISIOLOGIA Excitabilidade e períodos refratários • Estímulo limiar é aquele que produz transferência de cargas através da membrana em quantidade suficiente para mover o potencial de membrana até o valor limiar para o disparo do potencial de ação • PERÍODO REFRATÁRIO ABSOLUTO (PRA): o período de tempo durante o qual um estímulo, por mais intenso que seja, não é capaz de desencadear um segundo potencial de ação - estende-se do início da fase 0 até mais ou menos metade da fase 3 do potencial de ação • PERÍODO REFRATÁRIO RELATIVO (PRR): é aquele em que a excitabilidade da membrana, ainda deprimida, só permite gerar um segundo potencial de ação mediante um estímulo de grande intensidade -estende-se do final do PRA até o final da fase 3 • PERÍODO REFRATÁRIO EFEITVO (PRE): menor intervalo de tempo entre o início do primeiro potencial de ação e o tempo em que um segundo potencial de ação propagável pode ser iniciado EFEITOS DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SOBRE O CORAÇÃO E VASOS • A atividade do NSA é modula pelo SNA SNA SIMPÁTICO • As fibras nervosas simpáticas provenientes dos gânglios estrelados descem pelos nervos cardíacos e inervam os átrios e os ventrículos • Mecanismo de ação: A descarga de norepinefrina pelas terminações simpáticas, assim como a epinefrina circulante liberada pela medula adrenal, estimulam os receptores β1-adrenérgicos do coração, que, por intermédio de proteínas G excitatórias (Gs), ativam a enzima adenilato ciclase a produzir adenosina-3’,5’- monofosfato cíclico (AMPc). O aumento da concentração intracelular de AMPc leva à ativação de uma proteína quinase dependente de AMPc (PKA), que fosforila, entre outras proteínas, canais iônicos, aumentando suas respectivas correntes. • EFEITO CRONOTRÓPICO POSITIVO: aumento da FC mediado pela estimulação adrenérgica - No NSA, a estimulação β-adrenérgica aumenta as correntes If e ICa,L , acelerando tanto a velocidade de despolarização diastólica do potencial marca-passo quanto a velocidade de despolarização da fase 0, o que resulta em aumento da frequência de disparo de potenciais de ação pelas células sinusais, elevando a frequência cardíaca (FC) (Figura 25.7 A). A corrente IKs BBPM III - FISIOLOGIA também é aumentada, acelerando a repolarização (fase 3) e diminuindo o período refratário do potencial de ação sinusal • EFEITO DROMOTRÓPICO POSITIVO: incremento na corrente de cálcio tipo L pela estimulação β-adrenérgica aumenta também a velocidade de despolarização da fase 0 do potencial de ação das células do NAV, elevando a velocidade de condução do impulso elétrico dos átrios para os ventrículos. • EFEITO INOTRÓPICO POSITIVO: Adicionalmente, a estimulação simpática de receptores β1-adrenérgicos aumenta a contratilidade dos miocárdios atrial e ventricular. Esse efeito, denominado inotrópico positivo, é mediado pela via AMPc-PKA, mencionada anteriormente. Da ativação da PKA resultam: (1) fosforilação de canais para Ca 2+ tipo L (ICa,L ), aumentando o influxo de Ca 2+ durante a fase 2 do potencial de ação das células miocárdicas. O aumento na quantidade de Ca 2+ que sensibiliza os receptores de rianodina (RyR2 ) do retículo sarcoplasmático (RS) leva ao aumento na liberação de Ca 2+ via RS; (2) fosforilação dos RyR2 do RS, aumentando a corrente de Ca 2+ que sai do RS via RyR2 , que acarreta o aumento na liberação de Ca 2+ via RS. Como vimos, as fosforilações sobre o ICa,L e os RyR2 levam ao aumento de Ca 2+disponível no citoplasma das células, que, em condições fisiológicas, propicia maior interação entre as proteínas contráteis, aumentando a força de contração. • EFEITO LUSITRÓPICO POSITIVO: Normalmente, a fosfolambana (proteína que modula a atividade da bomba de CA++ do RS) tem um efeito inibitório sobre a SERCA2 , de modo a diminuir o trabalho de bombeamento de Ca 2+ para o retículo. Uma vez fosforilada pela PKA, a fosfolambana diminui sua interação com a SERCA2 (deixando de inibi-la), o que resulta em aumento da velocidade de captação e maior armazenamento de Ca 2+ por essa organela; (4) fosforilação da troponina I, o que faz com que haja diminuição da afinidade da troponina C pelo Ca 2+ . Esses dois últimos efeitos (fosforilação da fosfolambana e da troponina I) levam ao aumento na velocidade de relaxamento dos cardiomiócitos SNA PARASSIMPÁTICO • As fibras nervosas parassimpáticas dos nervos vagos inervam o NSA e o NAV e também o miocárdio atrial • A estimulação vagal libera acetilcolina que ativa receptores muscarínicos (M2) localizados na membrana dos cardiomiócitos • Esse subtipo de receptor está acoplado a uma proteína G inibitória que inibe a síntese de AMPc pela adenilato ciclase • A diminuição intracelular de AMPc reduz a atividade das proteínas quinases dependentes de AMPc, favorecendo a desfosforilação e consequente redução da atividade das proteínas reguladas pela PKA. No NSA, isso causa a diminuição de If , ICa,L , IKs , o que diminui a velocidade da despolarização diastólica do potencial marcapasso, reduz a velocidade de despolarização da fase 0 e aumenta a duração do potencial de ação, respectivamente • A ACh também ativa canaisde K+ → efluxo de K+ = hiperpolariza a membrana = aumento do limiar de ativação do potencial de ação sinusal → reduz a frequência de disparo de potenciais de ação das células sinusais = reduz a frequência cardíaca → EFEITO CRONOTRÓPICO NEGATIVO • EFEITO DROMOTRÓPICO NEGATIVO: diminuição da velocidade de condução do NAV. Ocorre mediante diminuição de ICa,L e ativação de IK,Ach , • EFEITO INOTRÓPICO NEGATIVO: diminuição da contratilidade do miocárdio atrial. Consequência da diminuição do influxo de Ca 2+ pela inibição do ICa,L e ativação do IK,Ach . • EFEITO LUSITRÓPICO NEGATIVO: diminuição da velocidade de relaxamento dá-se pela desfosforilação da fosfolambana e da troponina I • A estimulação simpática dos receptores β2-adrenérgicos promove vasodilatação, enquanto a estimulação dos receptores α1 e α2-adrenérgicos promove a vasoconstrição dos vasos sanguíneos. A ação vasodilatadora do parassimpático sobre os vasos sanguíneos é mediada por receptores muscarínicos (M3) e envolve a liberação de óxido nítrico (NO) BBPM III - FISIOLOGIA Eletrocardiograma (ECG) • Registro indireto da atividade elétrica do coração obtido por meio de eletrododos colocados em diferentes pontos da superfície do corpo • A célula miocárdica possui potencial de repouso negativo. Nas fases 0, 1 e 2 do potencial de ação, o potencial de membrana atinge valores positivos, havendo inversão local da polaridade da membrana • Assim, ocorre uma inversão de cargas na superfície da célula, onde a área ativa (local onde está ocorrendo despolarização) fica mais negativa em relação à área inativa (local onde a despolarização ainda não começou), formando um dipolo • DIPOLO: dois pontos próximos com cargas elétricas opostas e de mesmo módulo. Em um meio condutor, cria um campo elétrico • O ECG registra a variação temporal do potencial de dipolo entre dois pontos na superfície do corpo • Onda P: despolarização atrial BBPM III - FISIOLOGIA • Segmento isoelétrico PR: período de condução do impulso elétrico no NAV, no feixe de His e nas fibras de Purkinje. Ele é isoelétrico porque essas estruturas são muito pequenas quando comparadas às massas dos músculos atral e ventricular, não permitindo a captação do potencial de ação propagado • Conjunto de ondas Q, R e S = Complexo QRS: despolarização ventricular • Segmento ST: não se registra diferença de potencial na superfície corporal, porque todas as células da parede do coração estão com o mesmo valor de potencial de membrana (fase 2, platô) • Onda T: repolarização ventricular • Intervalo PR: é o período entre o início da despolarização atrial e o início da despolarização ventricular. - o aumento da duração do intervalo PR pode indicar bloqueio parcial da condução do NAV ou no feixe de His • Intervalo QT: é o período entre o início da despolarização ventricular e o final da repolarização ventricular - correlaciona-se diretamente à duração do potencial de ação ventricular e é dependente da frequência cardíaca • Uso clínico do ECG: detecção e diagnose de irregularidades de condução elétrica no coração, como arritimias, isquemia miocárdica e aumento relativo do tamanho das câmaras cardíacas • Síndrome do QT longo: A síndromedo QTo longo(SQTL)é uma doença cardíaca caracterizada por um intervalo QT prolongado, indicando um retardo na repolarização do potencial de ação ventricular (Figura 25.9). Um potencial de ação marcadamente prolongado predispõe o coração a um tipo específico de arritmia, denominada torsade de pointes, que pode levar a fibrilação ventricular e morte. A SQTL pode ser congênita ou adquirida • Frequência cardíaca (FC): é expressa em número de batimentos cardíacos por minuto (BPM). No ECG ela é obtida dividindo-se 60 pela duração em segundos de um intervalo entre duas ondas R consecutivas - taquicardia: FC acima do normal - bradicardia: FC abaixo do normal
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