Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PLÁSTICOS 1- Introdução Com a evolução tecnológica no manuseio de resinas naturais e sintéticas, surgiu um produto denominado primariamente como plástico que vem participando há mais de setenta anos da nossa vida cotidiana, notadamente nas duas últimas décadas, com o aperfeiçoamento de modernas técnicas de polimerização. A palavra plástico vem do Grego "plastikos", que significa moldável. Os plásticos são materiais orgânicos, compostos por elementos tais como: carbono (C), hidrogênio (H), nitrogênio (N), cloro (Cl) e enxofre (S). Os plásticos são obtidos a partir do petróleo bruto, do gás natural, ou do carvão. Através do aquecimento de hidrocarbonetos gera-se um processo conhecido como craqueamento Na presença de catalisadores, grandes moléculas são quebradas em menores, gerando monômeros tais como as do etileno (eteno) C2H4, do propileno (propeno) C3H6, do buteno C4H8 e outros hidrocarbonetos. Esses monômeros são então quimicamente colados em cadeias chamadas de polímeros. Os plásticos são polímeros. O que é um polímero? A definição mais simples de um polímero é alguma coisa formada por algumas unidades. Pense num polímero como uma corrente. Cada elo da corrente é um monômero ou a unidade básica, que normalmente é feita de carbono, hidrogênio, oxigênio, e/ou silício. Para fazer a corrente, vários elos são juntados ou polimerizados. A polimerização pode ser comparada com a ligação de centenas de clipes para papel formando uma corrente ou com um colar de contas. Polímeros estão presentes na vida do homem desde o início dos tempos. Polímeros naturais incluem coisas como o alcatrão, a goma laca, a casca da tartaruga e os chifres dos animais, bem como a seiva de algumas árvores que produzem âmbar e látex. Esses polímeros foram processados pelo homem, com a ajuda de calor e pressão e transformados em artigos úteis tais como ornamentos e jóias. Os polímeros naturais começaram a ser quimicamente modificados a partir de 1800, para produzir vários materiais. Entre os mais famosos podemos citar a borracha vulcanizada e o celulóide. O primeiro polímero sintético produzido foi a Baquelita em 1909, que foi rapidamente seguida pela primeira fibra semi-sintética, o rayon, desenvolvida em 1911. Embora as pesquisas continuassem, foi apenas durante a 2ª Guerra Mundial que aconteceram mudanças significativas na indústria dos polímeros. Foi a falta de materiais naturais tais como látex, lã e seda que tornaram interessante a procura de substitutos sintéticos. Durante esse período o nylon, o acrílico, o neoprene, o SBR, o polietileno e muitos outros polímeros tomaram o lugar dos materiais similares naturais, usados até então. Trazendo vantagens de preço e, muitas vezes com características superiores esses materiais passaram a ser cada vez mais usados e o crescimento da indústria de polímeros passou a ser exponencial. A estrutura dos polímeros Algumas classes comuns de polímeros são compostas de hidrocarbonetos. Esses polímeros são especificamente feitos de pequenas unidades coladas em longas correntes. O carbono forma o esqueleto da molécula e os átomos de hidrogênio são colados ao longo dele. Abaixo está um diagrama do polietileno, a mais simples estrutura de um polímero. Existem polímeros que contém somente carbono e hidrogênio. Polipropileno, polibutileno, poliestireno e polimetilpenteno são exemplos disso. Embora a forma básica de muitos polímeros seja carbono e hidrogênio, outros elementos podem ser envolvidos. Oxigênio, cloro, flúor, nitrogênio, silício, fósforo, e enxofre são outros elementos que são encontrados na constituição molecular de polímeros. Cloreto de polivinila (PVC) contém cloro, Nylon contém nitrogênio e oxigênio, Teflon contém flúor, Poliéster e policarbonatos contêm oxigênio e a borracha vulcanizada contém enxofre. Existem também alguns polímeros que, ao invés de ter um esqueleto de carbono, tem um de silício ou de fósforo. Esses são considerados polímeros inorgânicos. O arranjo molecular dos Polímeros Pense como o espaguete parece num prato. É similar como os polímeros podem ser arranjados se eles forem amorfos. Resfriando de forma controlada o processo de polimerização pode resultar numa organização amorfa. Um arranjo amorfo das moléculas não mantém uma ordenação de longo alcance ou forma na qual as cadeias de polímeros costumam se arranjar. Polímeros amorfos são geralmente transparentes. Essa é uma característica importante para várias aplicações, tais como: embalagem de alimentos, janelas plásticas luminárias e lentes de contato. Obviamente nem todos os polímeros são transparentes. As cadeias poliméricas que dão origem a objetos translúcidos e opacos estão num arranjo cristalino. Por definição um arranjo cristalino tem átomos, íons, ou nesse caso, moléculas em padrões distintos. Geralmente se imagina a estrutura cristalina em metais, no sal e em pedras preciosas, mas não em plásticos. Da mesma forma que o resfriamento pode produzir o arranjo amorfo, o processo pode controlar o grau de cristalização. Quanto maior esse grau, menos luz pode passar através do polímero. Portanto, o grau de transparência do polímero é diretamente afetado pela cristalização. Novos e melhores materiais vêm sendo produzidos pela manipulação da estrutura molecular que afeta o polímero final. Fabricantes e processadores introduzem vários enchimentos, reforços, e aditivos na base dos polímeros, buscando a obtenção de determinadas características exigidas pelo produto final. Características dos Polímeros Polímeros são divididos em dois grupos distintos: termoplásticos e termofixos. A maior parte dos polímeros é formada por termoplásticos, o que significa que uma vez que o polímero seja formado ele pode ser aquecido e reformado várias vezes. Essa propriedade facilita o processamento e permite a reciclagem. O outro grupo, os termofixos, não podem ser refundidos. Uma vez que esses polímeros sejam formados, não poderão mais ser reaquecidos. Cada polímero possui características distintas, mas a maioria dos polímeros tem os seguintes atributos: Polímeros podem ser muito resistentes aos produtos químicos. Considere todos os produtos de limpeza que são embalados em plásticos. Polímeros podem ser isolantes térmicos e elétricos. O uso de materiais plásticos para revestimento de cabos condutores, disjuntores e uma série de outros equipamentos elétricos evidencia o seu caráter de ótimo isolante elétrico. A isolação térmica pode ser comprovada através do uso em utensílios de cozinha, tais como cabos de panela, garrafas térmicas, isolação de geladeiras, etc. Geralmente os polímeros são muito leves, com vários graus de resistência mecânica. Considere a gama de aplicações, de utensílios domésticos a estrutura de estações espaciais ou da delicada fibra de nylon usada para a fabricação de meias ao Kevlar, usado para coletes à prova de bala. Polímeros podem ser processados de várias formas para produzir fibras finas ou partes extremamente complexas. Plásticos podem ser moldados em garrafas ou em partes da carroceria de um carro ou ser misturados com solventes para se tornar um adesivo ou uma tinta. Elastômeros e alguns plásticos são elásticos e muito flexíveis. Outros polímeros podem ser transformados em esponja como o poliestireno e o uretano, por exemplo. Polímeros são materiais com uma grande variedade de características e cores. Suas propriedades podem ser enfatizadas pelo uso de insertos e aditivos. Por outro lado, é importante discutir algumas das dificuldades associadas com o material. Plásticos deterioram mas nunca se decompõem completamente. Aplicações para plásticos reciclados estão crescendo a cada dia. Plásticos reciclados podem ser misturados com plásticos virgens sem sacrificar suas propriedades em muitas aplicações. 2 2- Definições PLÁSTICO: Amplo grupo de materiais sólidos, compostos eminentemente orgânicos, usualmente tendo como base resinas sintéticas ou polímerosnaturais modificados e que possuem em geral, apreciável resistência mecânica. A família dos plásticos, que são na sua grande maioria originados de resinas sintéticas, se subdivide em dois grandes grupos. TERMOPLÁSTICO: São materiais que tem a propriedade de passar do estado sólido para o estado pastoso sob a ação contínua de calor e revertendo-se novamente ao estado sólido uma vez cessada a fonte de energia. Observa-se que esta propriedade é contínua, isto é, pode-se obter esta transformação diversas vezes, tornando assim o material reaproveitável. No entanto há um limite para o reaproveitamento destes materiais conforme a sua destinação ou aplicação. Estudos realizados identificaram uma perda que varia de 0,5 a 35% das propriedades físicas e químicas, dependendo do tipo de termoplástico, a cada reciclagem. Devido à propriedade de amolecimento sob ação de calor, estes materiais são termomoldáveis, podendo sofrer trabalhos mecânicos de termoformação, como moldagem e dobramentos, bem como trabalhos de fundição, injeção e extrusão. TERMOFIXOS: São materiais cujas resinas adquirem a forma de molde sob a ação constante de calor a determinadas condições de pressão, endurecendo após o resfriamento e tomando assim a sua forma definitiva. Este processo chama-se sinterização. Estes materiais não permitem reciclagem podendo já ser moldado ou injetado na sua forma definitiva, ou sofrendo transformação por processos mecânicos de corte e desbaste por usinagem. Quimicamente, os plásticos são compostos de moléculas interligadas em cadeia de alta massa molecular, chamadas "Polímeros", que por sua vez são formados por substâncias mais simples chamados "Monômeros". A combinação das diferentes unidades repetidoras (monômeros) forma os diversos tipos de termoplásticos existentes. Podemos, portanto, definir estes dois elementos da seguinte forma: MONÔMEROS: São espécies químicas definidas e altamente reagentes que dão origem às unidades repetidoras. Ex. Propeno, Carbonato, Etileno, etc. POLÍMEROS: São substâncias macromoleculares constituídas pela repetição regular de grupos atômicos iguais, de modo a fazer cadeias onde os átomos de carbono ligam-se entre si através de covalência. POLIMERIZAÇÃO: É a reação química que transforma o monômero em polímero, podendo-se também definir como a reação química pela qual as unidades de repetição interligam-se entre si através de covalência. Exemplo da reação química de Polimerização de propileno formando o polipropileno polimerização Através do sistema de polimerização formam-se estruturas moleculares que obedecem as condições de agrupamento chamadas cadeias poliméricas, que se dividem em três padrões básicos que dão origem a polímeros com características técnicas diferentes. Tipos de cadeias poliméricas: 3 LINEARES: Quando a estrutura desenvolve-se em um único sentido. RAMIFICADAS: Quando a cadeia principal apresenta ramificações laterais: CRUZADAS: Quando as unidades de repetição interligam-se entre si formando uma rede tridimensional. As duas primeiras cadeias poliméricas são características de termoplásticos. A última, cadeia tridimensional cruzada, é característica de termofixos. A polimerização pode ser realizada com um ou mais tipos de monômeros obtendo-se assim materiais com um monômero e outros adicionados quimicamente, com o objetivo de se obter materiais com propriedades físicas e químicas diferentes. São três as espécies de polímeros que se pode obter por este processo: COPOLÍMERO: É a interligação de dois monômeros de espécies diferentes Ex. SAN (Estireno - Acrilonitrila) HOMOPOLÍMERO: É aquele que é formado pela interligação de um único tipo de monômero. Ex. Etileno Polietileno polimerização TERMOPOLÍMERO: É a interligação de três ou mais monômeros. Ex. ABS (Acrilonitrila – Butadieno - Estireno) Pode-se obter copolímeros por mistura mecânica porém, neste caso, com grandes prejuízos à qualidade e características físicas e químicas do material. 3- Cargas e Aditivos: Quando os plásticos emergem dos reatores eles nem sempre possuem as propriedades desejadas para determinadas aplicações, dessa forma ele é considerando, ainda, um material bruto. Para transformá-lo 4 num produto comercial ele é submetido a vários tratamentos e a inclusões de aditivos, que são selecionados conforme as propriedades especificadas. Vários polímeros são misturados com aditivos durante o processamento para obtenção do produto final. Aditivos são incorporados para melhorar as propriedades mecânicas, físicas e químicas. Aditivos são também usados para obtenção de propriedades específicas, tais como: proteger o plástico dos efeitos da degradação provocados pela luz, calor ou bactérias e, ainda, para prover cor, melhorar a aparência ou reduzir o coeficiente de atrito. Alguns exemplos de cargas e aditivos bem como as propriedades que os mesmos adicionam: - Em Termoplásticos: U.V. (Ultravioleta): Visa aumentar a resistência aos raios solares. ESTABILIZANTE DE TEMPERATURA: Aumenta a temperatura de distorção do material. GRAFITE: Melhora a resistência ao atrito. SILICONE: Melhora a resistência ao atrito. BUTADIENO: Aumenta a resistência ao impacto. FIBRA DE VIDRO: Aumenta a resistência à tração e flexão. GESSO: Aumenta a dureza do material. PIGMENTOS: Dão a tonalidade de cor final ao material. ANTIOXIDANTES: Aumenta a resistência para aplicações ao tempo. AGENTES ESPUMANTES: Para obtenção de espuma de poliestireno. PLASTIFICANTES: Facilita o processamento. - Em Termofixos: Pelo próprio processo de fabricação, sinterização, os termofixos aceitam grande quantidade e os mais variados tipos de cargas. FIBRA DE VIDRO: Melhora resistência mecânica. GRAFITE: Melhora resistência ao atrito. LIMALHA DE FERRO: Melhora resistência mecânica. As cargas e aditivos devem ser muito bem estudadas e balanceadas para aplicações específicas, caso contrário podem apresentar efeitos colaterais indesejáveis tais como fragilidade, péssimo acabamento superficial, abrasividade, perda de características de moldabilidade, alterações das resistências físicas e químicas, dificuldade de soldagem, etc. 4- Processos de Produção: Os plásticos de engenharia são, de modo geral, obtidos a partir de petróleo bruto, que é trabalhado pelos seguintes tipos de indústrias: 5 PETROQUÍMICA DE 2ª GERAÇÃO Transformadores Semi-acabados Acabados Cliente de Semi-acabados Cliente Final Fornecedores de Materiais modificados PETROQUÍMICA DE BASE a - A petroquímica de base obtém, através da destilação do petróleo bruto, fracionamentos líquidos e gasosos e após o craqueamento, que é um processo de quebra das cadeias carbônicas, os monômeros das diversas espécies de plásticos. b - A petroquímica de segunda geração polimeriza os monômeros obtendo os polímeros, copolímeros ou termopolímeros. A resina polimerizada pode ser fornecida diretamente a dois tipos de indústrias diferentes: Fornecedores de materiais modificados ou Transformadores. c - Os Fornecedores de Materiais Modificados recebem a resina e adicionam cargas, aditivos, etc. conforme padrão existente ou especificação dos Transformadores. d - Os Transformadores recebem a resina da petroquímica de segunda geração ou dos fornecedores de materiais modificados, e processam a resina podendo obter os semi-acabados (chapas e tarugos) ou as peças já acabadas por sopro, injeção ou outro processo. e - Os clientes de semi-acabados recebem chapas ou tarugos dos transformadores e, por processos de usinagem, soldagem ou termomoldagem, produzem peças e equipamentos diversos. f - O cliente final recebe as peças acabadas e as utiliza na montagem de seus produtos ou equipamentos para as suas linhas de produção. 5- Processos de Polimerização: São vários os processos de produção de polímerosexistentes. Porém somente dois principais são utilizados no Brasil: PROCESSO POR SUSPENSÃO: É o processo mais utilizado devido a sua versatilidade e descontinuidade de produção permitindo assim balancear a produção de acordo com o consumo do mercado. A polimerização por suspensão consiste em colocar-se o monômero mais água num reator com agitadores de pás. À medida que as cadeias poliméricas vão se formando, a diferença de densidade entre o polímero e a mistura água mais monômero se encarrega da separação das duas fases do processo. PROCESSO POR MASSA: A polimerização por massa é um processo de produção contínua não podendo, portanto, acompanhar as oscilações do mercado. Apenas algumas empresas possuem este tipo de processo no Brasil, e tem grandes dificuldades para enfrentar as oscilações do mercado. Deve-se observar que neste processo de produção obtém-se um polímero de altíssima qualidade, bem como a baixos custos. Esta boa qualidade deve-se a ausência de impurezas que este tipo de processo pode proporcionar. 6- Principais Plásticos: Existem, atualmente, mais de quarenta famílias de termoplásticos e termofixos para os mais variados processos de transformação e aplicações. Neste capítulo devemos nos ater aos tipos de termoplásticos e termofixos utilizados na construção de peças e equipamentos para a indústria química, petroquímica, farmacêutica, alimentícia, automobilística, etc. Estes materiais possuem características físicas e químicas que possibilitam a fabricação de peças e equipamentos que vão trabalhar nas mais diversas condições de agressividade , sejam elas químicas ou mecânicas, Normalmente, para estes materiais, não é grande a preocupação com características de acabamento, tais como: brilho, cores, acabamento superficial e outras qualidades que encontramos num aparelho de som ou em um eletrodoméstico. As mais diversas condições e combinações destes materiais são utilizadas para a construção e, portanto, a especificação correta do tipo de material e condição de trabalho é de fundamental importância para o bom desempenho do equipamento. 6 Daremos, a seguir, os principais termoplásticos utilizados na indústria, bem como as suas características para a correta especificação por parte do usuário. 1) CLORETO DE POLIVINILA (P. V. C.): Em adição a suas boas propriedades físicas, o PVC tem uma excelente transparência, resistência química, estabilidade por longo período de tempo, difícil inflamabilidade, resistência a intempéries e isolação elétrica. Basicamente, os produtos de PVC podem ser divididos em rígidos e flexíveis. Os produtos rígidos correspondem a cerca de 60% da produção total, e está concentrada na construção civil, o que inclui tubos, conexões, canaletas, janelas, telhas, etc. Garrafas e chapas são também rígidos. Vinil flexível é usado em isolações de fios e cabos elétricos, filmes revestimentos de pisos, couro sintético, tintas, bolsas para sangue e muitas outras aplicações. O PVC é o mais popular dos termoplásticos de engenharia justamente pela sua larga utilização na engenharia civil mas também é utilizado para fins específicos industriais com grande êxito. O PVC é obtido a partir do acetileno (Europa) e do etileno (USA). O método mais praticado é o do Etileno, que é um derivado direto do petróleo. Composições: O PVC sempre é apresentado na forma de compostos, ou seja, nunca é trabalhado na sua forma polimérica pura. Necessita para a sua transformação e trabalhos posteriores, de uma série de cargas e aditivos adicionados ao polímero básico que conferirão propriedades diferentes ao composto final, conforme a aplicação a que se destine. Aplicações: São muitas as composições e conseqüentemente as aplicações dos compostos de PVC que vão desde filmes para sacos plásticos, mangueiras, frascos, até chapas e tarugos rígidos. Para a aplicação em equipamentos, utiliza-se o PVC rígido na forma de tarugos, chapas e tubos. Características: Versatilidade, fácil de misturar, resistência e dureza, resistência a graxas e óleos, resistência a produtos químicos, transparência, baixo custo. Este material possui boa usinabilidade, excelente estabilidade dimensional, boa soldabilidade e grande rigidez sendo, portanto, frágil ao impacto. A sua temperatura de trabalho é de 60º C. Estas propriedades aliadas a uma boa resistência química, conferem ao PVC a possibilidade de usinagem de peças de precisão, construção de válvulas, tanques e outros equipamentos que necessitam destas características principais. A fragilidade e a baixa temperatura de trabalho são fatores que devem ser levados em conta na especificação deste material. RESISTÊNCIA QUÍMICA ÁCIDOS: Excelente resistência notadamente ao Crômico e ao Sulfúrico. ALCALINOS: Salmora clorada, Hipoclorito de Sódio, Cloro úmido e fluídos clorados em geral. SOLVENTES: Solúvel em acetonas e hidrocarbonetos clorados. Resistente a gasolina e óleos minerais. CARACTERÍSTICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE EQUIPAMENTOS: USINABILIDADE: Excelente usinabilidade e estabilidade dimensional SOLDABILIDADE: Soldável à termofusão. COLAGEM: Colável com compostos solventes. MALEABILIDADE PARA TERMOMOLDAGEM: Excelente. 7 CARGAS E ADITIVOS: U.V.; Fibra de Vidro; Grafite; cor. OBSERVAÇÕES: Ideal para a construção de tanques, válvulas e peças de precisão. 2) POLIPROPILENO (PP) O polipropileno é polimerizado por processos de alta pressão e nas primeiras tentativas realizadas para sua fabricação obtiveram-se apenas sólidos elásticos ou líquidos sem nenhum valor comercial. Entretanto, utilizando-se um sistema catalítico tipo Ziegler se conseguiu obter polímeros de polipropileno de alto peso molecular e cristalinos. O polipropileno tem excelente resistência química, é forte e tem a menor densidade entre os plásticos usados em embalagens. Ele tem um alto ponto de fusão, entretanto pode ser selado à quente. Na forma de filme ele pode ou não ser orientado (encolhido). É também relativamente barato. PP é encontrado em várias aplicações desde embalagens flexíveis e rígidas até fibras e grandes peças moldadas para automóveis. MONÔMERO: O propeno ou propileno é um gás que ferve a 48º C à pressão atmosférica. É obtido através da mistura petroquímica dos gases propano-propeno. Para a polimerização, o monômero deve estar extremamente puro com toda a água ausente, porque ela destrói o catalizador e o metila acetileno que, quando adicionado ao monômero, deve ser removido pois age como iniciador de ligações cruzadas. POLIMERIZAÇÃO: A polimerização do propileno é obtida em reatores fechados com agitação e sob condições de alta pressão. PROPRIEDADES FÍSICAS: O polipropileno é o termoplástico de menor peso específico produzido (0,90 g/cm³). Possui elevada temperatura de amolecimento superficial (105º C) e grande resistência a flexão, em secções finas. (Podem ser produzidas dobradiças capazes de suportar milhares de flexões antes de se partirem). Em testes realizados verificou-se que lâminas finas a temperatura de 70º C resistem a 50.000 flexões e, a 30º C a 200.000. A dureza, resistência à tração, impacto, compressão e flexão do polipropileno, possuem índices adequados a uma série enorme de aplicações estruturais. A presença de metila ao longo da cadeia polimérica em grandes quantidades, aumenta a resistência à dobragem. Possuem excelentes propriedades elétricas devido a sua estrutura não polar. PROPRIEDADES QUÍMICAS: O polipropileno não é solúvel à temperatura ambiente na maioria dos solventes. Em temperatura elevada a solubilidade em hidrocarbonetos e hidrocarbonetos clorados aumenta. Embora insolúveis a temperatura ambiente, o polipropileno absorve lentamente os hidrocarbonetos e hidrocarbonetos halogenados, provocando inchamento e perda de resistência. Possui excelente resistência a ácidos fortes como o clorídrico, sulfúrico com concentração abaixo de 70%, acético glacial e outros. Resiste também a alcalinos. Não resisteaos ácidos crômico, sulfúrico 98% e nítrico a 100%. Não resiste a fluidos com grandes quantidades de cloro livre, salmora clorada, hipoclorito de sódio acima de 60%, cloro gasoso úmido, entre outros 8 Aplicações: Como podemos verificar, o polipropileno na sua forma homopolímero natural permite enorme gama de aplicações em peças injetadas, sopradas e prensadas. Especificamente no caso de equipamentos, na extrusão de chapas e tarugos, que permitem a confecção de válvulas para ampla gama de fluidos agressivos, tanques e outros tipos de peças para as mesmas finalidades. A sua alta atoxidade permite também o seu uso em indústrias farmacêuticas, alimentícias e de equipamentos biomédicos. É grande a versatilidade do Polipropileno em aplicações diversas e, devido a estas características, este material é o mais utilizado, atualmente, em equipamentos industriais. COMPOSTOS ESPECIAIS: Os fabricantes oferecem o Polipropileno já com uma série de cargas ou aditivos que visam ampliar uma determinada característica do material. Mas, para o bom resultado na aplicação destes, devem ser observadas quantidades mínimas do material a ser adquirido. RESISTÊNCIA QUÍMICA: ÁCIDOS: Resiste a todos os tipos, a exceção de Sulfúrico 98%, Nítrico 60% e Crômico. ALCALINOS: Resistência a Soda Cáustica, Hipoclorito de Sódio e não Clorados. SOLVENTES: Não é solúvel em temperatura ambiente. Absorve pequenas quantidades de hidrocarbonetos e halogenados. OUTROS: Não deve ser usado em produtos fortemente clorados. Atóxico. CARACTERÍSTICAS PARA CONSTRUÇÃO DE EQUIPAMENTOS: USINABILIDADE: Excelente, bom acabamento. SOLDABILIDADE: Soldável por termofusão. COLAGEM: Péssimo. Somente com tipos de colas especiais a base de epóxi, com resultados duvidosos. MALEABILIDADE PARA TERMOMOLDAGEM: Excelente. CARGAS E ADITIVOS: U. V., Estabilizante de temperatura, Fibra de Vidro, Gesso, Carbocálcio, Esferas de Vidro, etc. OBSERVAÇÕES: Utilizado em produtos para trabalho sob severas condições de agressividade química tais como: Tanques, válvulas, sistemas de Exaustão, etc., devido ao seu baixo peso e excelentes características mecânicas e químicas. 3) POLIETILENO As primeiras experiências com polímeros obtidos a partir do etileno datam de 1879 e em 1900 desenvolveu- se um processo de condensação a partir do diazometano. Em 1913, Ipatieff polimerizou o etileno usando haletos metálicos como catalizadores. Os primeiros produtos de alto peso molecular foram obtidos pela I.C.I. em 1933 utilizando nas suas experiências, pressões extremamente elevadas sobre as reações químicas. Com este método, obteve-se pequenas quantidades do polímero de etileno. 9 Após dois anos de experiências, chegou-se a um polímero com produção suficiente para permitir a avaliação das propriedades deste material, especialmente na indústria elétrica (cabos submarinos). A primeira fabricação em grande escala (1939) foi utilizada para a construção de radares. Em 1950, o professor Ziegles descobriu uma série de catalizadores capazes de permitir a polimerização de etileno em pressões praticamente atmosféricas. PREPARAÇÃO DO MONÔMERO: Pode ser preparado de várias formas sendo os principais os seguintes: a) Preparo por desidratação de álcool. b) Industrialmente, o etileno se fabrica por craqueamento de gases naturais. O Propano é transformado em Etileno e Metano. c) Pode também ser obtido pelo craqueamento de frações leves de óleos de refinarias de petróleo. Em todos os casos é necessária uma purificação do etileno chegando-se a 99,8% para uma boa polimerização. POLIMERIZAÇÃO: Existem dois processos básicos para a polimerização do etileno: - Processo de alta pressão. - Processo de baixa pressão. TIPOS DE POLIETILENO: Os polietilenos apresentam-se em vários tipos que tem aplicações variadas. Polietileno de baixa densidade (PEBD) : É um plástico usado predominantemente para aplicações em filmes devido à sua resistência, flexibilidade e relativa transparência. Devido a seu baixo ponto de fusão é usado em aplicações onde o calor é usado para a soldagem, como no fechamento de sacos. Tipicamente, PEBD é usado para a fabricação de filmes flexíveis, tais como os usados para sacos de supermercado. PEBD é também usado para fabricação de alguns tipos de tampas flexíveis, e é largamente usado em isolação de cabos elétricos, por sua alta isolação e facilidade de extrusão. Características: Facilidade de processamento, barreira a intempéries, resistência, flexibilidade, facilidade de soldagem e baixo custo. Usos: Embalagem de pão, sacos para o congelamento de alimentos, sacos de supermercado. Produtos reciclados: Envelopes, sacos de lixo, piso, mobília, filmes, caixotes, etc. Polietileno de alta densidade (PEAD) : Sua aparência natural é de um branco leitoso e é o material que se utiliza para fins industriais de injeção, sopro e extrusão. Este material divide-se em três pesos moleculares principais: - Médio peso molecular: Utilizado na extrusão de filamentos para a confecção de sacos de ráfia, redes e cordas entrelaçadas. Possui excelente tenacidade e fixação muito boa nos alongamentos. 10 - Alto peso molecular: É o material usado na extrusão de tarugos e chapas para posterior confecção de equipamentos. Também é utilizado na injeção, sopro e moldagem de peças. Tem grande aplicação na moldagem por sopro de garrafas para leite, água e sucos de frutas. O copolímero PEAD, pigmentado com corantes é usado para embalagem de artigos para toilete, detergentes e produtos similares. - Altíssimo peso molecular: É utilizado principalmente em trabalhos com severas condições de abrasividade, pois possui grandes propriedades anti-abrasivas. Não é extrudável, pois possui baixo índice de fluidos e somente é produzido por prensagem. PROPRIEDADES FÍSICAS: O Polietileno é um material de ótima resistência a abrasividade, com boa rigidez, podendo-se, portanto, fabricar tanques e outros equipamentos similares. A temperatura máxima de trabalho é de aproximadamente 80º C o que prejudica a sua aplicação em determinados equipamentos. PROPRIEDADES QUÍMICAS: É um material de boa resistência à maioria dos ácidos e não é solúvel em solventes à temperatura ambiente. Absorve lentamente, porém, hidrocarbonetos e hidrocarbonetos halogenados, com inchamento e perda de resistência. Aplicações: Devido a sua alta resistência a abrasividade, é aplicado em peças que tem esta propriedade como fundamental para o trabalho. É utilizado na confecção de tanques tubos, válvulas e outros equipamentos condutores de fluídos. É atóxico e por isto é usado em indústrias farmacêuticas, alimentícias e de equipamentos biomédicos. RESISTÊNCIA QUÍMICA: ÁCIDOS: Boa resistência a maioria, exceto crômico e nítrico a 60% ALCALINOS: Resiste a todos não clorados. SOLVENTES: Insolúvel a temperatura ambiente. Absorve pequena quantidade de hidrocarbonetos e hidrocarbonetos halogenados. OUTROS: Atóxico. CARACTERÍSTICAS PARA CONSTRUÇÃO DE EQUIPAMENTOS: USINABILIDADE: Excelente. SOLDABILIDADE: Regular. COLAGEM: Péssima, somente com colas especiais a base de epóxi, com resultados duvidosos. MALEABILIDADE PARA TERMOMOLDAGEM: Boa. CARGAS E ADITIVOS: U.V., Fibra de Vidro, Grafite, Cor. OBSERVAÇÕES: Material de alta resistência a abrasão e boa resistência química. Produtos reciclados: Latas de lixo, bancos, alimentadores e pássaros, canetas, casas para cães, tubos de vitaminas, forros, etc. 4) POLIAMIDAS (NYLON) O primeiro tipo de Poliamida foi descoberto nos EUA em 1928 por W.H. Cavothers após várias pesquisas com reações químicas com produtos de condensação de muitos diácidos e muitas diamidas. Eram polimerizáveis em longas cadeias. O primeiro Nylon comercial resultou da condensação da hexametilendiamina, com o ácido adípico. Recebeu o nome de Nylon 6.6, nome que é devido ao número de átomos de carbono iguais do reagente. Outro produto foi desenvolvido posteriormente,formado a partir da hexametilendiamina e do ácido sebásico, que recebeu o nome de 6.10. 11 Na Europa foi desenvolvido um método de preparar poliamidas pela condensação de alguns aminoácidos, tais como o Nylon 6, preparado com um aminoácido capróico, e o Nylon 11 preparado a partir do ácido aminodecanóico. PROPRIEDADES FÍSICAS: As poliamidas são produtos com elevados coeficientes de resistência mecânica e auto-lubrificantes, possuindo, portanto, baixos coeficientes de atrito. Este material absorve quantidades de líquidos aumentando o seu volume e diminuindo a sua resistência. Possui temperatura de trabalho elevada, 127º C. PROPRIEDADES QUÍMICAS: As poliamidas apresentam baixos índices de resistência química e são atacados pela maioria dos ácidos, peróxidos de hidrogênio e hipoclorídricos. São inertes a reagentes orgânicos, incluindo amônia líquida e dióxido de enxofre. Aplicações: Conforme verificado em suas propriedades, as poliamidas são produtos que devem ser utilizados em peças que sofrerão esforços mecânicos, sem necessidade de resistência química. Possibilita, também, em muitos casos, o trabalho sem lubrificantes. Exemplos: Engrenagem, eixos, parafusos, sapatas de desgaste para laminadores, roldanas, polias, etc. Substitui aços e outros metais com vantagem de peso, auto lubrificação e funcionalidade. Aplica-se também em fios têxteis para a confecção de vestuário e fios para a fabricação de pneus, esteiras, cordas e outros. RESISTÊNCIA QUÍMICA: ÁCIDOS: Não resiste. Apresenta alguma resistência em baixas concentrações. ALCALINOS: Resiste. SOLVENTES: Inerte a álcool, éteres, acetonas, fluidos hidráulicos e lubrificantes. OUTROS: Absorve grande quantidade de líquidos. CARACTERÍSTICAS PARA CONSTRUÇÃO DE EQUIPAMENTOS: USINABILIDADE: Excelente. SOLDABILIDADE: Termofusão e outros. COLAGEM: Boa. MALEABILIDADE PARA TERMOMOLDAGEM: Excelente. CARGAS E ADITIVOS: U.V., grafite, Fibra de Vidro, Cor, Estabilizante de Temperatura. OBSERVAÇÕES: Próprio para a confecção de peças que trabalharão sob severas condições mecânicas, tais como: Sapatas de desgaste, engrenagens, eixos, roldanas, roletes, etc. 5) POLIACETAIS: Os Poliacetais são polímeros a base de formol e são conhecidos desde 1859. Porém, os polímeros obtidos não davam resultados práticos ou decompunham-se rapidamente no calor. Por volta de 1920, a Dupont conseguiu desenvolver produtos de alto peso molecular e alta estabilidade térmica, com uma técnica de polimerização que inclui o uso de iniciadores sob a forma de agentes nucleofílicos e eletrofílicos. Os iniciadores são ácidos e álcalis simples, ácidos orgânicos, ácidos de lewis, aminas, compostos organometálicos, fosfinas e arsinas. Estes Polímeros são lineares e com pesos moleculares acima de 2.000. PROPRIEDADES: 12 O Poliacetal é um material de grande resistência mecânica, auto lubrificante, e grande resistência e abrasão. Possui também excelentes propriedades dielétricas. PROPRIEDADES QUÍMICAS: Possui resistência química elevada a solventes orgânicos, ácidos e álcalis e também não são tóxicos. Aplicações: Os poliacetais são importantes no campo dos plásticos de engenharia, pois reúnem características particulares. - Alta rigidez aliada a resistência mecânica a níveis elevados. - Alta resistência química a produtos orgânicos. - Elevada estabilidade dimensional. Estas propriedades permitem a confecção de peças para trabalhos mecânicos pesados (semelhante às poliamidas) com características de resistência química (neste caso superior às poliamidas). A sua total atoxidade permite também a sua utilização em indústrias químicas, farmacêuticas e equipamentos biomédicos. RESISTÊNCIA QUÍMICA: ÁCIDOS: Resistência elevada a ácidos em geral. ALCALINOS: Boa resistência a álcalis não clorados. SOLVENTES: Boa resistência a solventes orgânicos. OUTROS: Boa resistência a intempéries. Atóxico. CARACTERðSTICAS PARA CONSTRUÇÃO DE EQUIPAMENTOS: USINABILIDADE: Excelente, com boa estabilidade dimensional. SOLDABILIDADE: Boa, por termofusão. COLAGEM: Ruim. MALEABILIDADE PARA TERMOMOLDAGEM: Boa OUTRAS: Atóxico. CARGAS E ADITIVOS: U. V., Fibra de Vidro, Grafite, etc. OBSERVAÇõES: Para a confecção de materiais e peças que devam trabalhar sob condições mecânicas e químicas. Boa resistência a abrasão. 6) POLICARBONATO: O policarbonato é obtido através da policondensação entre o Biofenol - A e o Fosfogênio. O Biofenol - A ou Defenicol Propano, pode ser produzido pela condensação do Fenol com a Acetona sob condições ácidas. Sendo a separação do sistema feita por destilação do fenol, podendo ser, também separados por outros métodos. É um termoplástico linear obtido pelo processo de fosgenação entre o Difenicol-Propano e o Fosgeno ou diester de álcoois. PROPRIEDADES FÍSICAS: É um material transparente, com excelentes propriedades de resistência mecânica, destacando-se elevadíssima resistência ao impacto. Estável termicamente (temperatura de trabalho na ordem de 150º C) e possui auto-extinção de chamas. 13 PROPRIEDADES QUÍMICAS: É solúvel em hidrocarbonetos clorados e acetonas de boa resistência a ácidos, decompondo-se na presença de álcalis fortes. Aplicações: Em equipamentos, o policarbonato é aplicado em peças que devem ser transparentes e com elevada resistência ao impacto, como por exemplo: Visores de máquinas, parabrisas de carros blindados, trens e aviões, lentes de óculos de segurança, etc. OBSERVAÇÃO: Este material não pode ser usinado por desbaste. Somente pode sofrer operações de corte e furação. RESISTÊNCIA QUÍMICA: ÁCIDOS: Boa resistência a maioria dos ácidos. ALCALINOS: Degrada-se em álcalis fortes. SOLVENTES: Solúvel em hidrocarbonetos. OUTROS: Material atóxico. CARACTERðSTICAS PARA CONSTRUÇÃO DE EQUIPAMENTOS: USINABILIDADE: Péssima. Somente corte e furação. SOLDABILIDADE: Não solda. COLAGEM: Apenas com adesivo especiais. MALEABILIDADE PARA TERMOMOLDAGEM: Boa. CARGAS E ADITIVOS: Cor. OBSERVAÇõES: Aplicável em peças que devem resistir ao impacto, por exemplo: Visores de portas de máquinas, protetora de Mandris, parabrisas de trens e aviões, vidros à prova de bala, envidraçamento de prédios (torres de vidro), etc. 7) POLIMETILACRILATO (ACRÍLICO) Os monômeros do Acrílico são conhecidos desde 1843 mas, foi somente em 1927 que começaram a ser produzidos comercialmente por Rohn and Hass como lacas e formulações para revestimentos comerciais. Posteriormente, a I.C.I. estudou a polimerização do metilmetacrilato e desenvolveu um método econômico para a produção deste monômero. PROPRIEDADES FÍSICAS: O acrílico é um material totalmente atóxico, com excelente índice de transparência, boa resistência mecânica geral e resistência ao impacto. É um material de boa dureza superficial e permite a confecção de peças com excelente acabamento. Tem alta resistência à luz solar. Sua temperatura de trabalho chega a 80º C. PROPRIEDADES QUÍMICAS: Possui relativa resistência química a ácidos diluídos, álcalis e sais orgânicos. É solúvel em hidrocarbonetos clorados e incha ao contato com o éter. Aplicações: O Acrílico é aplicado em peças que exigem transparência, atoxidade e excelente acabamento superficial, tais como: peças para equipamentos biomédicos, medidores de vazão, visores de nível e também é utilizado na fabricação de parabrisas de aviões. 14 RESISTÊNCIA QUÍMICA: ÁCIDOS: Razoável, se diluídos. ALCALINOS: Razoável se diluídos. SOLVENTES: Solúvel em Hidrocarbonetos, cetonas, álcoois, éteres. OUTROS: Material atóxico. CARACTERðSTICAS PARA CONSTRUÇÃO DE EQUIPAMENTOS: USINABILIDADE: Excelente, com boa estabilidade dimensional e acabamento. SOLDABILIDADE: Boa. COLAGEM: Excelente. MALEABILIDADE PARA TERMOMOLDAGEM: Boa. OUTRAS: Pode ser polido. CARGAS E ADITIVOS: Cor. OBSERVAÇÕES: Aplicável em peças usinadas e polidas de precisão e transparentes que exijam altos níveis de atoxidadee excelente acabamento, tais como: Equipamentos. biomédicos, medidores de vazão, visores de nível, base para bombas de diafragma, etc. 8) POLITETRAFLUORETILENO – (PTFE) TEFLON O monômero deste termofixo é um gás obtido pela pirólise do clorodifluoretano a cerca de 800º C. Deve ser extremamente puro, livre de moléculas de hidrogênio ou cloro, que podem bloquear o processo de polimerização. Por este motivo, durante a produção do monômero, devem ser tomadas algumas precauções, tais como a lavagem de destilação fracionada. PROPRIEDADES FÍSICAS: O polímero é liso e auto lubrificante o que lhe confere uma excelente resistência à abrasão, porém possui baixa dureza e sofríveis propriedades mecânicas. Possui excelente resistência a temperatura, até 220º C. PROPRIEDADES QUÍMICAS: Possui excelente resistência química podendo trabalhar com ácidos a qualquer concentração, e a níveis de temperaturas elevadas. Não é solúvel na maioria dos solventes e resiste a álcalis fortes, mesmo quando fortemente clorados. Aplicações: Válvulas e peças que trabalham sob severas condições de ataques químicos e de temperaturas elevadas. Podem também, se aplicadas técnicas corretas, servirem para revestimento de válvulas, tubos e tanques, com excelentes resultados. OBSERVAÇÃO: Devido ao processo de produção, o PTFE aceita qualquer tipo de carga podendo-se assim obter um composto com excelentes propriedades mecânicas, dependendo da carga a ser colocada. RESISTÊNCIA QUÍMICA: ÁCIDOS: Todos, em qualquer concentração. ALCALINOS: Alta resistência, mesmo aos clorados. SOLVENTES: Não é solúvel. OUTROS: Atóxico. 15 CARACTERÍSTICAS PARA CONSTRUÇÃO DE EQUIPAMENTOS: USINABILIDADE: Excelente. SOLDABILIDADE: Não solda. COLAGEM: Somente com colas especiais. MALEABILIDADE PARA TERMOMOLDAGEM: Não molda. CARGAS E ADITIVOS: Todos, inclusive limalhas de ferro, micro esferas, etc. OBSERVAÇõES: Aplicável em condições extremamente críticas no que se refere a produtos químicos e altas temperaturas. É também resistente a abrasão. Ex. Válvulas, Tubos, Mangueiras e outras peças para situações. críticas. 9) TERAFTALATO DE POLIETILENO (PET ou PETE): O PET é claro, resistente e tem boas características para barrar gases e umidade. A vasta maioria do uso final desse plástico destina-se a garrafas de refrigerantes e caixas moldadas por sopro, também estão crescendo as aplicações em forma de chapa. Em adição, um pequeno volume de PET é agora usado para a produção de componentes injetados tais como paralamas de bicicleta. Limpos, flocos e grãos reciclados de PET são usados, por exemplo, para a fabricação de fibras para tapetes. Propriedades: Transparência, resistência mecânica, barreira para gases, resistência para graxa e óleo, rigidez, resistência ao calor. Usos: Garrafas de refrigerantes, mamadeiras, caixas para amendoim, castanha,etc.. Produtos reciclados: Mochilas, caixas para contenção de líquidos, cartuchos de toner para impressora laser, calçados, caixas de correio, cercas, mobílias, etc. 10) POLIPROPILENO (PP) : 16 O polipropileno tem excelente resistência química, é forte e tem a menor densidade entre os plásticos usados em embalagens. Ele tem um alto ponto de fusão, entretanto pode ser selado a quente. Na forma de filme ele pode ou não ser orientado (encolhido). É também relativamente barato. PP é encontrado em várias aplicações desde embalagens flexíveis e rígidas até fibras e grandes peças moldadas para automóveis. Características: Resistência e dureza, resistência química, resistência ao calor, barreira à umidade, baixo custo, versatilidade, fácil de processar, resistência a graxas e óleos. Usos: Frascos de Ketchup, potes para iogurte e margarina, frascos de remédio. Produtos reciclados: Lanternas, cabos de bateria, escovas e vassouras, funil para óleo, molduras para quadros, etc. 11) POLIESTIRENO (PS) : O poliestireno é um plástico muito versátil que pode ser rijo ou esponjoso. O poliestireno de uso geral é claro, duro e brilhante. Baseado no peso é uma resina muito barata. Ele não é uma boa barreira para o oxigênio e vapor d’água e tem um ponto de fusão relativamente baixo. Aplicações típicas incluem embalagem protetiva, caixas, garrafas, tampas e bandejas. Características: Versatilidade, isolação, fácil de processar, baixo custo, transparência. Usos: Caixas de videocassete, Caixas de CD, xícaras de café, facas, colheres e garfos, bandejas, embalagem de sanduíches. Produtos reciclados: Termômetros, isolação, embalagem para ovos, leques, molduras, réguas. 12) ACRILONITRILA-BUTADIENO-ESTIRENO (ABS) Esta família de termoplásticos é chamada de termopolímero, porque é formada por três diferentes monômeros: acrilonitrila, butadieno e estireno. ABS foi introduzido no mercado em 1948, primariamente como o resultado das atividades que tiveram lugar na 2ª Grande Guerra, no desenvolvimento de borrachas sintéticas. ABS possui alta resistência ao impacto e alta resistência mecânica, o que o torna de grande utilidade tanto para produtos industriais como em produtos de consumo, incluindo: peças para automóveis, tubos, componentes de computadores e telefones. ABS é um ótimo substrato para receber metalização (cromeação) sendo usado na fabricação de chuveiros, maçanetas e grades de automóvel. Pode ser preparado com porcentuais variáveis das resinas base, usualmente mais de 50% estireno [C6H5CHCH2] e quantidades variáveis de acrilonitrila [CH2CHCN] e butadieno [CH2CHCHCH2]. 13) POLIURETANO Introduzido comercialmente em 1954, os uretanos tiveram um grande impacto sobre a indústria. Eles são extremamente versáteis em termos das formas em que se encontram disponíveis: espumas rígidas ou flexíveis, borrachas, tintas, adesivos e selantes. A sua versatilidade estende-se também à sua estrutura química, o uretano é geralmente considerado como um termofixo, entretanto existem elastômeros uretanos que são termoplásticos in natura e são supridos em grãos para modagem, laminação e extrusão. Poliuretanos são entretanto mais conhecidos na forma de espumas. Como todos os uretanos, as espumas são preparadas pela reação de dois componentes líquidos: polióis e isocianatos.Na presença do agente 17 incorporador de ar, a reação irá produzir um material esponjoso com excelentes propriedades de isolação térmica, usado na isolação de prédios na Europa e EUA.. As espumas podem ser macias e flexíveis ou duras e rígidas.Espumas flexíveis apresentam características de amortecimento, absorção de energia e longa vida. São usadas na confecção de sofás e poltronas, bases para carpetes, colchões, embalagens, bancos e partes para automóveis, entre outras aplicações. Espumas rígidas oferecem ótima isolação térmica, excelente resistência à compressão e boa estabilidade dimensional. È usada para isolação de edifícios e geladeiras, como material de flutuação em barcos e como componentes de mobílias. Como veículo em tintas os poliuretanos apresentam excelentes características de proteção e acabamento decorativo quando aplicado sobre madeira, metal, borrachas, têxteis, concreto, papel, couro, outros plásticos e vários outros materiais. Na forma de elastômeros os poliuretanos oferecem boa resistência à abrasão e dureza. São usados em aplicações nas quais a boa performance e longa vida em serviço são requeridas, tais como, em cilindros de impressão, juntas, selos, isolação de cabos, correias, pneus sólidos e aplicações na indústria automobilística. Elastômeros podem, também, ser processados por reação em molde de injeção, uma importante técnica para produzir painéis e parachoques de automóvel 6- CARGAS E ADITIVOS Por motivos diversos (econômicos, químicos ou físicos), são adicionados nos polímeros produtos que tem por finalidade a obtenção de um determinado efeito final. Estes produtos são classificados como cargas e aditivos. Aditivos: São geralmente, produtos químicos que são incorporados ao polímeroespecificamente para melhorar uma determinada propriedade, seja ela para o processamento ou para aplicações e, geralmente, apresentam alto custo final. Para transformação do polímero são adicionados aditivos diversos, tais como: Estabilizadores, Lubrificantes, Plastificantes, Antioxidantes, etc. Estes produtos visam especificamente melhorar o processo ou aumentar a produtividade da máquina. Existem também aditivos que visam melhorar as propriedades físicas e químicas dos polímeros após a transformação e, neste caso, estudaremos os principais. - Retardadores de Chamas: Visam tornar o material com chama auto -extinguível. São os seguintes: Composto de antimônio, tais como óxido de antimônio, e trifenilestireno, junto com agentes de separação, a base de cloro. - Plastificante monomérico à base de fósforo. - Tratamento de polímero com derivado contendo halogêneo, tais como o 2, 3 dibromo propilfosfato. - Complementação da cadeia polimérica por cloração ou bromação. - Adição de polímeros inorgânicos, de baixo peso molecular, à prova de chama, tais como: Cloreto de fosfonitrila. - Absorvedores de radiação Ultra Violeta: Aumentam a resistência aos raios solares e evitam a decomposição do polímero. Os principais são os salicilatos, as benzofemas e os benzotriazois. Cargas: As cargas, normalmente, são compostos adicionados ao polímero para reduzir os custos finais do produto. Há algumas, porém, que melhoram sensivelmente algumas propriedades mecânicas e químicas. Normalmente são os compostos sólidos, misturados mecanicamente ao polímero. As principais cargas são: - Borrachas - Melhoram flexibilidade e resistência ao impacto. - Asbestos - melhoram a resistência a tração e a temperatura. - Fibra de Vidro - Melhoram a resistência a tração e a temperatura. 18 - Talco - Aumenta a dureza e rigidez e promove a redução de custos. - Carbonato de Cálcio - Aumenta a dureza e rigidez e promove a redução de custos. - Grafite - Melhora a resistência ao atrito e a temperatura. - Sílicas - Aumenta a rigidez e resistência a temperatura. - Pó de Alumínio - Aumenta a dureza. - Pó de Ferro - Melhora resistência mecânica (para termofixos). Serragem, tecidos, fibra de coco, pó de cortiça, lã, sementes de algodão, casca de nozes, farinha de soja, goma, pó de mármore, são cargas que normalmente são utilizadas apenas para redução de custos, pois, geralmente, empobrecem o material. OBSERVAÇÃO: Deve-se observar que as cargas melhoram algumas propriedades e podem trazer efeitos colaterais indesejáveis. Por este motivo, o correto balanceamento da mistura deve ser observado, visando a qualidade geral do produto final. Corantes: Este é um tipo especial de carga que visa apenas a cor final do produto e, geralmente, não interfere nas demais propriedades do polímero. Os pigmentos são fabricados com rigorosos controles de qualidade e possuem uma classificação específica para cada tipo de polímero a ser colorido, bem como toda uma técnica a ser observada para a sua utilização. Código de identificação da resina A Society of the Plastics Industry, (SPI) dos Estados Unidos introduziu um sistema de identificação das resinas através de códigos em 1988, para facilitar a separação, visando a reciclagem. Através dessa providência vem aumentando consideravelmente a reciclagem de plásticos dentro daquele país. 19 7- Processos de Transformação: 7.1. EXTRUSÃO O processo de extrusão foi desenvolvido basicamente para a obtenção de perfilados, tubos, tarugos, chapas e outros perfis de modo que uma ferramenta (matriz) mantém constante a secção transversal do produto e pode-se retirar peças em grandes comprimentos, tendo em vista que o processo é contínuo. A extrusora é uma máquina termomecânica que promove a fundição, homogeneização, compactação e formação final do produto. Basicamente, este equipamento é constituído de uma rosca transportadora de grande comprimento que recebe a resina de um funil de alimentação, durante o transporte da mesma, promove as fases de preparo do material e o empurra através da matriz, após a qual o material é solidificado. A seqüência de um processo de extrusão é a seguinte: 1 - Recebimento da resina do funil de alimentação e transporte do mesmo para o tubo. 2 - Fluidificação da resina através das transmissões de calor à mesma. Esta energia é gerada por fontes elétricas colocadas nesta região do tubo. 3 - compactação e homogeneização da massa fundida. 4 - Vazão controlada da massa através da matriz que dá a forma desejada ao produto. 5 - Solidificação do produto através de líquidos refrigerantes. 6 - Enrolamento ou corte. O produto da extrusão pode ser: a) Semi-Acabados: Tarugos, chapas, buchas para posteriores trabalhos de usinagem ou de montagem. b) Acabados: Tubos, mangueiras, perfis definidos para consumo final. Coberturas de cabos elétricos, filmes para confecção de sacos plásticos para embalagens, etc. Alimentador Matriz Calibragerm/ Resfriamento o Extrusor Tracionament 20 O plástico fundido é alimentado sobre um fio de cobre que passa no centro da matriz, formando uma capa sobre ele. Fio O 7.2 INJEÇÃO O processo de moldagem por injeção c polimérica fluidificada em um molde com as peças praticamente prontas para o co só é economicamente viável em peças c ferramental é bastante elevado. Este processo determina uma série de re - Tamanho da peça, - Formato, - Espessura da parede, - Peso, - Tipo de matéria prima. Basicamente as etapas de um processo d a) Fechamento do molde com grande forç EXTRUSÃO DE UM FIO PARA USO ELÉTRIC onsiste essencialmente em injetar com altas pressões a massa as dimensões da peça acabada. Este processo é cíclico e produz nsumidor final. É um método de produção rápido e barato, porém uja produção é de grande lotes porque o investimento inicial em strições técnicas, tais como: e injeção são as seguintes: a de bloqueio. 21 b) Pistão se move para frente carregando uma carga de resina granulada e solidificada para uma zona de aquecimento e, conseqüentemente, o material que se encontrava nesta zona de aquecimento e já fluidificado, se movimenta pelo orifício de entrada do molde e o preenche sob alta pressão. c) A pressão é mantida no molde até o resfriamento da peça, realizado por meio de líquidos refrigerantes, em canais internos no molde. d) Após a solidificação da peça, o pistão retorna a sua posição original e cessa, conseqüentemente, a pressão na cavidade. e) O molde se abre e, através de vários processos de extração, o produto é expelido da cavidade. Existem máquinas de injeção em que o pistão é substituído por uma rosca sem fim que realiza o mesmo trabalho. 7.3. SOPRO 7.3.1. Introdução Moldagem por sopro é um processo para produzir artigos ocos fechados. Este processo foi desenvolvido originalmente para a indústria de vidro, mas, hoje em dia, é utilizado extensamente na indústria de plásticos, porém limitado a materiais termoplásticos como por exemplo, PE, PVC, PEEL etc. Os dois principais processos para produzir componentes plásticos são a moldagem por extrusão (EBM) e a moldagem por injeção (IBM). Existe uma variedade grande de moldagens por sopro. Este tipo de processo é utilizado na confecção de garrafas, galões, alguns tipos de brinquedos, enfim, peças que tenham paredes finas e grande volume interno. A sua utilização vem se expandindo para incluir os termoplásticos de engenharia, na produção de tanques de combustível, encostos de cadeiras, etc. 7.3.2. Descrição do processo A unidade de produção para um processo de moldagem por sopro é composta dos seguintes componentes: a) A máquina de produção utilizada para produzir plástico fundido (uma extrusora ou uma máquina de injeção é utilizada para produzir plástico fundido), b) O sistema para formar o parison, e, c) O molde de sopro (ou moldes desopro). Em ambos os processos o primeiro passo envolve a produção de uma mangueira. Esta mangueira é conhecida no ramo como parison (o termo foi emprestado da indústria de vidro). Na moldagem por extrusão (EBM), o parison é produzido por extrusão, e na moldagem por injeção (IBM) o parison (também conhecido como pré-forma) é produzido por injeção. A mangueira aquecida (parison) é depositada dentro de um molde de sopro, que fecha em volta do mesmo, e, em seguida, o parison aquecido é soprado (inflado) contra as paredes do molde, adquirindo a forma para ser refrigerado e expelido como artigo após o estágio de refrigeração. Em muitos casos, o produto necessita de uma operação de acabamento posterior, como por exemplo, rebarbação, impressão, etiquetagem, enchimento etc. Porém, com equipamento moderno, muitas dessas operações de acabamento podem ser executadas dentro do molde ou on-line. Por exemplo, um robô pode ser utilizado para avançar os artigos durante os processos de furação e fresamento. 7.3.3. Materiais utilizados A indústria de moldagem de plástico por sopro se desenvolveu originalmente na base da utilização de polietileno de baixa densidade (PEBD) e, em seguida, modificou as instalações para processar outros materiais. Agora, uma outra poliolefina, o polietileno de alta densidade (PEAD) está dominando a indústria de sopro. PP (polipropileno) também é usado largamente. Outros materiais igualmente importantes para a indústria de moldagem por sopro são UPVC (PVC não plastificado) e PET (polietileno tereftalato). Devido ao interesse da indústria automotiva plásticos de engenharia também são utilizados na moldagem por sopro. Variantes do processo fazem o pré-formado expandir-se tanto no sentido radial como axial, com a finalidade de melhorar as propriedades mecânicas. 22 As etapa a) É extr aberto. b) O mold c) Um bic o ar dent molde. d) O mold e) É feita f) O prod 7.4. TERMOFORMAÇÃO Este processo consiste na moldagem de uma adquirindo assim o formato do mesmo. É um processo indicado para peças de grande também pelo baixo custo do ferramental. O produção de quantidades medianas de peças São três os principais métodos de transformaç a) - Formação a vácuo: A lâmina é "chupada" para dentro do molde po b) - Formação por pressão positiva: Para chapas compactas e espessas devem formação. c) - Formação por prensagem: s deste processo são as seguintes: udado um tubo de paredes grossas no meio de um molde e se fecha prendendo a parede do tubo na sua parte inferior. o de ar comprimido penetra na cavidade superior e pressiona ro do tubo forçando as suas paredes a tomarem a forma do e é resfriado a abertura do molde uto é retirado. lâmina termoplástica previamente aquecida em um molde, s dimensões com pequena espessura, por sua simplicidade e s equipamentos utilizados tornam-se muito atrativo para a partindo-se de lâminas. ão: r meio da formação de vácuo na cavidade de ferramenta. Aquecedor a Vácuo ser utilizadas pressões m Lâmin aiores que a atmosférica para a Aquecimento o Ar sob pressã 23 Para a formação de peças a partir de tiras. o 7.5. MOLDAGEM POR PRENSAGEM À QU É um dos mais antigos processos de transfo tabletes de um polímero cru na cavidade a lado macho do molde a uma pressão que v de amolecimento do pó que, sob a ação d formando assim o produto final. O calor e a O molde é então aberto e a peça é removid tempo de cura do polímero. Uma grande variedade de sistemas de aque indicado para termofixos, porém recentem termoplásticos e compósitos. O custo do ferramental e equipamento é, fr precisão dimensional e acabamento superfic O processo é mais adequado para peq resistência mecânica e pequeno encolhime ao longo tempo necessário para a cura do p para facilitar o fluxo do material no interior d Peças, tais como, painéis para automóve obtidas por esse processo. Mais recentemente, o processo tornou-se sejam termofixos ou termoplásticos, produzi Na família dos termofixos poliésteres, epóxi contendo fibras. Artigos tais como, pias para banheiro, com produzidos por esse processo. O equipamento usado no processo é simp dispositivo para aquecimento do molde, que As peças variam entre 150 mm² e 2400 m revestido com cromo, para facilitar o fluxo variam entre 150 e 200° C, mas podem alca 7.6. FUNDIÇÃO Punção Matriz Extrator Polím Pré-a Aquecimento e ENTE rmação conhecidos. Consiste na coloca quecida de um molde e, posteriormente aria 100 a 500 kgf/cm2 . O molde é aqu e pressão, torna-se homogêneo e tom pressão são mantidos até a cura ou po a. O tempo do ciclo de produção depen cimento e materiais é usada nesse proc ente, desenvolvimentos permitiram a eqüentemente menor do que o de proc ial são ótimos. uenos lotes de peças, que requerem nto. Não é adequado para peças com se lástico. O formato do produto deve ser o o molde. is e aviões, carcaças para instrumento um meio para a obtenção de plásticos ndo peças de elevada resistência mecân s e fenólicos podem ser usados como b ponentes elétricos e uma série de uti les, consistindo de uma prensa pneumá pode ser uma resistência elétrica, cham m² e os moldes são de aço ferramen do plástico e melhorar o acabamento. A nçar, em alguns casos, até 650° C. ero quecido Pequena folga Mold Pressã ção de grãos sólidos ou , na compressão com o ecido até a temperatura a a forma da cavidade, limerização do material. de, essencialmente, do esso. A princípio, ele é formação de peças de essos concorrentes e a tolerâncias fechadas, ções espessas, devido mais simples possível, s e juntas podem ser reforçados com fibras, ica. ase para os compostos lidades domésticas são tica ou hidráulica e um a de gás ou vapor. ta, altamente polido ou s temperaturas típicas Peça 24 É o mais simples dos processos. O polímero líquido ou qualquer resina que polimerize a baixa temperatura e pressão atmosférica é vazado em um molde com o formato desejado. Muitas variações do processo foram desenvolvidas e, embora nem todos os plásticos possam ser fundidos, existe um grande número de termoplásticos fundíveis, dos quais podemos destacar os acrílicos, nylons, uretanos e PVC, existindo também os termofixos, tais como os fenólicos, poliésteres, epóxis, silicones e uretanos. Uma lâmina de vidro pode ser usada como molde para a obtenção de chapas finas de plástico. A produção contínua de chapas e filmes pode ser feita pela introdução de polímero líquido entre duas cintas móveis, de aço inoxidável altamente polido. Existem limitadores, que atuam mantendo a largura e a espessura constantes. O plástico derretido também pode ser usado para obtenção de formas tubulares, através do uso da moldagem centrífuga. Produtos de pequeno porte podem ser produzidos vazando-se o plástico fundido em moldes com o formato desejado. As resinas termofixas, quando fundidas, precisam se curadas, o que exige um processamento adicional. A resina é vazada e mantida no molde, sendo curada à temperatura ambiente ou por aquecimento em temperaturas entre 65 e 95° C, durante longos períodos de tempo. Depois de curado o produto é removido e o molde pode ser reusado. Os plásticos fundidos apresentam uma aparência lustrosa e uma larga escala de cores translúcidas e transparentes podem ser obtidas. Desde que o produto é formado como líquido , fibras e particulados usados para reforço podem ser adicionados com facilidade. O processo é relativamente barato por não necessitar de matrizes caras e equipamentos e controles sofisticados. Produtos típicos incluem chapas, placas, filmes, barras e tubos, bem como, pequenos objetos de adorno, engrenagens e lentes. Enquanto a precisão dimensional pode ser bem elevada, problemas de qualidade podem ocorrer devido à mistura de impurezas, retenção de ar, produção de gases e encolhimento. 7.7 FORMAÇÃO DE ESPUMASDE PLÁSTICO Entende-se por espumas os plásticos nos quais foram inseridas bolhas de gás durante a sua formação. O espaço ocupado pelo gás em espuma chega a 95%, enquanto o plástico propriamente dito ocupa cerca de 5%. As bolhas de gás podem ser de dois tipos: células abertas ou células fechadas. Se as bolhas de gás forem interligadas entre si, chama-se de espuma de células abertas, em caso contrário de células fechadas. Entre esses dois extremos existem as espumas onde há uma mistura desses dois tipos de células. A distribuição de células pode ser diferente para cada tipo de espuma. Como mostram as figuras abaixo: Na espuma de poliuretano da figura 1, as células são distribuídas igualmente na seção transversal, tendo assim uma distribuição homogênea de densidade. A espuma integral, da figura 2, possui uma distribuição desigual das células. Existem muitas células no centro da seção transversal, este número vai reduzindo até a borda. A camada externa é composta apenas de plástico compacto.As peças produzidas assim possuem uma alta rigidez e são, ainda, muito leves. 2 1 Teoricamente, quase todos os plásticos podem ser transformados em espumas, mas tecnicamente só alguns são utilizados. Os principais são: PVC, Polietileno, Polipropileno, Polistirol, Poliuretano e Resina Fenol -Formaldeido − Dureza: Uma das características das espumas é sua dureza. As chamadas espumas macias deixam-se moldar facilmente e retornam à sua forma original após a retirada a carga. As espumas duras dividem-se em rígidas e frágeis. As espumas rígidas deformam-se sob carga antes de quebrarem, e se for retirada a carga, recuperam parte da deformação. Já as frágeis não permitem nenhuma deformação. 25 Plásticos transformaveis em espuma Faixa de dureza Durômeros Poliuretano ( PUR ) rígido até tenaz-elastico Resina Fenol-Formaldeído ( PF ) Frágil-duro Termoplástico Polietileno ( PE ) rígido até tenaz-elastico Polipropileno ( PP ) rígido Polistirol ( OS ) rígido − Fabricação da Espuma: Para a fabricação de espumas são acrescidos ao plástico aditivos e, geralmente, agregados. Estes componentes devem ser muito bem misturados, senão podem surgir falhas ou irregularidades na espuma. Para iniciar o processo a mistura deve estar fluída. Quando as bolhas formadas pelo aditivo alcançarem o tamanho desejado, elas devem ser fixadas, o que ocorre pela solidificação do plástico. Para a transformação de Termoplásticos em espuma, ele deve encontrar-se, ainda, como resina completa ou parcialmente não encadeada, com uma viscosidade bastante baixa. A fixação das bolhas acontece com a reação e conseqüente encadeamento do plástico, elevando assim rapidamente a viscosidade. Já, os Termoplásticos, diferentemente, devem ser fundidos e fixam as bolhas pela solidificação do plástico através de seu resfriamento. Os mecanismos de condução pelos quais as bolhas são formadas podem ser divididos, com base em seus fundamentos, em processos mecânicos, físicos e químicos. Nos processos mecânicos as bolhas são formadas ou através de agitação de um gás, por meio de um agitador ou através do pressionamento do gás no plástico fundido, sob alta pressão. Nos processos físicos um líquido, com baixo ponto de ebulição, é vaporização e forma as bolhas. Nos processos químicos o aditivo age sob a ação de calor, liberando gases e formando bolhas. − Mistura dos componentes: Para misturar os componentes para obtenção da espuma são utilizados dois processos distintos. Uma possibilidade é o uso do misturador por agitação mecânica. A vantagem é que só é necessária pressão para empurrar os componentes através das canalizações. Uma desvantagem do processo é que só pode ser empurrada uma quantidade pequena de material por unidade de tempo. Portanto, o processo não vale para plásticos que reagem rapidamente. Outra desvantagem é que a mistura escoa da câmara de mistura apenas pelo seu próprio peso. Assim, só podem ser utilizadas ferramentas nas quais o material possa ser moldado sem necessidade de pressão adicional.A outra possibilidade é o uso do misturador de alta pressão. Nele os componentes chocam-se entre si na câmara de mistura a alta pressão e são assim remoídos. A vantagem deste processo é que também os plásticos que reagem rapidamente podem ser misturados, uma vez que a passagem por unidade de tempo é bastante alta. A mistura chega rapidamente a ferramenta e só então inicia a reação. Pela pressão podem também ser utilizadas ferramentas fechadas, nas quais as misturas devem ser injetadas. •A desvantagem é a alta pressão necessária. Texto preparado pelo Professor Fernando Penteado (UNIP) 26 6- CARGAS E ADITIVOS
Compartilhar