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CATANDUVA 2020 CURSO DE PEDAGOGIA – 4º PERÍODO PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – ENSINO FUNDAMENTAL ALESSANDRA PEDRO - UL19116455 EDNA SOUZA DE OLIVEIRA SILVA – UL19104599 GABRIELA ARAÚJO – UL19115908 ISABELA ANANIAS – UL 19116456 NATALIENE ESPONHARDI – UL 19112440 SAÚDE SOCIAL E ÉTICA CATANDUVA 2020 CURSO DE PEDAGOGIA – 4º PERÍODO PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – ENSINO FUNDAMENTAL SAÚDE SOCIAL E ÉTICA Projeto e Práticas de Ação Pedagógica – PPAP apresentado como requisito para a obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia da Uniplan Centro Universitário – Polo Objetivo – Catanduva – SP. Orientador: Rafael Aparecido Flávio CATANDUVA 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 2. TEMA ......................................................................................................................... 4 3. SITUAÇÃO-PROBLEMA ........................................................................................... 4 4. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 6 4.1 EMBASAMENTO TEÓRICO ................................................................................... 7 5. PÚBLICO ALVO....................................................................................................... 14 6. OBJETIVOS ............................................................................................................. 14 6.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 14 6.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................... 14 7. PERCURSO METODOLÓGICO .............................................................................. 15 8. RECURSOS ........................................................................................................... 15 9. CRONOGRAMA ...................................................................................................... 16 10. AVALIAÇÃO .......................................................................................................... 16 10.1 PRODUTO FINAL ................................................................................................ 16 11. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 18 CATANDUVA 2020 1. INTRODUÇÃO Nos dias atuais a violência contra crianças e adolescentes tem sido um problema de grande relevância, especialmente para a saúde, pois desestrutura a vida de todos os envolvidos. A violência contra crianças e adolescentes, apesar de por vezes ainda ‘passar desapercebida’, ocupa um lugar que impressiona a sociedade como um todo e os profissionais da saúde em específico. Ocorre de diferentes formas, tanto no âmbito familiar como fora dele. A violência é um problema mundial e tem infringido de forma avassaladora os Direitos Humanos. Neste contexto, há décadas tem sido objeto de uma grande problemática social e de saúde pública. Sabe-se que o tema ainda será discutido e servirá de base para outras matérias e discussões sobre o assunto proposto, mas esperamos contribuir estimulando você a ampliar o reconhecimento e a atenção a essa parcela da população no seu bairro e até mesmo junto às pessoas mais próximas a você. Além de seus responsáveis legais e do poder público, a proteção também é uma atribuição do setor da educação e da saúde. O presente PPAP (Projetos e Práticas de Ação Pedagógica) inicia pontuando as violências mais comuns contra crianças e adolescentes, sua prevalência e impacto na saúde, bem como quais as políticas públicas brasileiras que estabelecem a proteção e a atenção a esta população, definindo as responsabilidades do setor saúde no enfrentamento deste agravo e, como você pode atuar na identificação das situações de violência, na atenção às crianças, adolescentes e suas famílias, promovendo ambientes e relações mais saudáveis. Para a área da saúde, considera-se criança quem tem até 9 anos de idade, e adolescente, de 10 a 19 anos. Fazemos este destaque porque para o setor de justiça e segurança pública a idade está determinada de acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (BRASIL, 1990), que estabelece que crianças têm menos de 12 anos de idade e adolescentes têm de 12 a 18 anos. CATANDUVA 2020 Entretanto, o número de crianças e adolescentes que têm essa importante fase da vida marcada por algum tipo de violência vem crescendo assustadoramente, o que pode até parecer um fenômeno de difícil entendimento e significados múltiplos. Contudo, entende-se que a busca pelo conhecimento da problemática em questão se faz necessário um estudo detalhado sobre a definição de violência exercida, as tipologias e a natureza das agressões mais comuns na população em questão. Nesse cenário é comum que crianças e adolescentes sejam vítimas de violência por mais de uma vez e ou expostas a mais de uma forma de agressão. Com relação ao local de ocorrência das violências para com as crianças, o domicílio é o de maior ocorrência das violências e os autores de agressão mais frequentes são familiares, em especial pais e mães (NUNES; SALES, 2016). Já para os adolescentes, além do domicílio, outros ambientes como escola, locais de festas e ruas são locais frequentes de agressão. Entre os autores de agressão também aparecem familiares, amigos, vizinhos e conhecidos (BRASIL, 2010). 2. TEMA: VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES, UMA QUESTÃO DE EDUCAÇÃO, UM REFLEXO NA SAÚDE. 3. SITUAÇÃO PROBLEMA “As meninas e as adolescentes são as mais invisíveis quando falamos em violência, porque é muito difícil para elas falarem. Temos visto aqui casos de tentativas de suicídio provavelmente por causa de abusos sexuais. Se isso acontecia antes da pandemia, agora tende a ficar mais complicado”( Terezinha Vego conselheira tutelar e doutora em Ciência Política pela UFRGS). Para conter a disseminação da Covid-19 a saúde tomou medidas necessárias e uma delas foi o isolamento social, essa medida tem feito com que crianças e adolescentes passem mais tempo em casa com os agressores e, ainda por cima, não tenham para quem denunciar caso sejam vítimas de qualquer tipo de violência, porque afastadas da CATANDUVA 2020 escola e sem receber visitas de familiares e amigos, as mesmas se encontram desprotegidas, e as chances de sofrerem qualquer que seja o tipo de violência aumentam assustadoramente. Mesmo com os direitos assegurados pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA-Lei nº 8.069/1990), pela Convenção dos Direitos Humanos e pelos protocolos facultativos reafirmados pelo Brasil na Constituição Federal (1988), a violência tem intimidado a segurança, violando esses direitos adquiridos e apoiados em leis que continuam vigentes. A violência está inserida em todo o contexto social causando grande impacto na saúde da população, resultando em altos custos econômicos e sociais para o Estado e para as famílias, ocasionando prejuízo emocional o que resulta em anos de vida perdidos, uma das causas para que isso aconteça é a morosidade da justiça em julgar e tomar as devidas providências junto às inúmeras denúncias de diversos tipos de violência que são incontavelmente registradas todos os dias. Entretanto, qualquer atitude que consiste no uso intencional da força física, do poder real, ou mediante ameaça, contra si próprio ou contra terceiros(indivíduos, grupo ou comunidades) que cause prejuízo emocional, diminuição da autoestima ou que afete e atrapalhe o pleno desenvolvimento do indivíduo, que vise controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, são consideradas como violência. A violência contra crianças e adolescentes acontece de diversas maneiras, podendo ou não envolver o contato físico entre o autor da agressão e a vítima (OMS 2002) Contudo, existem sinais que podem servir de alerta para um possível caso de violência que está “invisivelmente” acontecendo bem próximo a você, se alguém estiver sofrendo violência seja na infância ou na adolescência, isso pode afetar significativamente o futuro das vítimas. Elas podem: • Ter o rendimento escolar prejudicado; • Não se socializar com outras crianças ou adultos homens e ou mulheres; • Transtornos alimentares ou transtornos do sono; • Sentimentos depressivos que podem motivar suicídios; CATANDUVA 2020 • Baixa autoestima e autocomiseração; • Se auto denominar culpadas pela violência que sofrem. “A infância e a adolescência são períodos sensíveis do desenvolvimento, pois repertórios básicos das funções cognitivas e dos aspectos socioemocionais estão em formação. Por isso, quando crianças e adolescentes sofrem violência, tendem a naturalizá-la. Boa parte das mulheres que sofrem violência doméstica foram vítimas de violência na infância.” Luísa Habigzang 4. JUSTIFICATIVA Logo ao nascer, a criança está sucetível a situações diversas que resultarão no seu crescimento e na formação de seu caráter. O âmbito familiar e social no qual a criança e o adolescente estão inseridos é o grande diferencial na sua qualidade de vida tanto física quanto emocional e psicológica. O abuso ou maus-tratos em relação à criança constitui todas as formas de tratamento doentio seja físico ou emocional, abuso sexual, negligência, exploração comercial ou outro tipo de exploração, resultando em danos reais para a saúde, sobrevivência, desenvolvimento ou dignidade da criança no contexto de uma relação de responsabilidade, confiança ou poder. Assim como proposto no tema em questão “Violência Contra Crianças e Adolescentes, Uma Questão De Educação, Um Reflexo Na Saúde”, seria de grande importância e ganho para a comunidade local que as escolas através de seus diretores, professores e funcionários em geral redobrassem a atenção junto a problemática que envolve seus alunos na questão de violência dirigida tanto dentro da escola como fora dela. Embora o discurso seja mais fácil que a prática, com algumas medidas simples podem trazer mudanças consideráveis no sofrimento muitas vezes “invisível” que muitas crianças e adolescentes tem vivenciado dia após dia. É necessário que se mude esse cenário onde as visitas dos pais à escola são um "programa altamente desagradável”, pois os mesmos são chamados apenas quando seus filhos apresentam graves problemas disciplinares, CATANDUVA 2020 Entretanto, através deste PPAP, as alunas do 4º semestre de pedagogia, têm a oportunidade de apresentar um projeto idealizado por elas visando uma parceria entre educação, e saúde o que possibilitaria um ganho social e ético para a comunidade. Com a implantação do PROJETO de RELACIONAMENTO entre ALUNOS PAIS e ESCOLA – (PRAPE) – Essa problemática poderia começar a perder suas forças, pois a escola estabeleceria um canal de comunicação mais acessível entre os professoes e os familiares do aluno, visando uma maior aproximação e conhecimento mais detalhado da familia do aluno por parte do professor. Esse projeto auxiliaria na educação não só dos alunos, mas por conseguinte de seus pais e familiares. Muitas pessoas pensam que o termo ‘violência’ está somente ligado a agressão física e abuso sexual, desconhecendo o real significado da palavra e suas tipologias. Por outro lado a escola utilizando bem dos recursos que lhe são próprios poderia estar promovendo eventos para as familias, palestras dirigida aos pais, nos quais não somente a direção, mas todos os professores procurariam de forma discreta conhecer um pouco melhor os pais e porque não a familia de seus alunos(as) para então poder ajudá-los de uma maneira mais eficaz, através de simples conselhos ou até mesmo uma posição mais enérgica, levando a situação ao conhecimento do Conselho Tutelar ou até mesmo de outros órgãos competentes para que essa seja resolvida. Entretanto, para que esse projeto funcione, é necesssário amor, dedicação e empatia pelo próximo, no qual diretores e professores não poderão permitir que o problema em questão passe desapercebido pois isso se chama ‘negligência’ e também é um tipo de violência. 4.1 EMBASAMENTO TEÓRICO Entretanto a violência, como já mencionado anteriormente, não está relacionada apenas à agressão física, existem várias formas de tratamento que são definidas como violência e suas tipologias. ➢ Abuso Físico é marcado por atos de agressão, cometido pela pessoa que cuida da criança, que causem dano físico ou apresentem a possibilidade de um dano. CATANDUVA 2020 ➢ Abuso Sexual é marcado por atos cometidos em que o responsável usa a crianças, tirando proveito de sua incapacidade de defesa, para lograr satisfação de seus desejos adquirindo vantagem sexual. ➢ Abuso Emocional entende-se por falha de um responsável nos cuidados com a criança em proporcionar um ambiente acolhedor e que ofereça protecão, inclui atos que têm um efeito contrário sobre a saúde e o desenvolvimento emocional da criança. Dentre esses, destacam-se: restrição dos movimentos de uma criança, atos denegridores, exposição ao ridículo, ameaças e intimidações, discriminação, rejeição e outras formas não físicas de tratamento hostil. ➢ Negligência refere-se às falhas dos pais ou responsáveis em assegurar o desenvolvimento da criança em uma ou mais das seguintes áreas abaixo: ❖ Saúde; ❖ Educação; ❖ Desenvolvimento Emocional; ❖ Nutrição; ❖ Abrigo; ❖ Condições de vida seguras; A negligência distingue-se, portanto, das circunstâncias de pobreza, visto que a primeira pode ocorrer apenas em casos onde recursos razoáveis estejam disponíveis para a família ou o responsável (OMS, 2002). Serão relacionadas, no presente estudo, algumas das violências mais comuns cometidas contra crianças e adolescentes, as quais serão divididas em dois grupos: as autoprovocadas ou autoinfligidas, e as interpessoais. 1.Autoprovocadas ou Autoinfligidas, são aquelas em que o ato é cometido contra si mesmo e se dá mediante o uso abusivo da força, ou quaisquer atos destrutivos que possam causar dano físico, são elas: ➢ Apresentar-se às atividades de risco: violência que ocorre de forma particular; ➢ Causar lesões em si mesmo: ocorrem situações de socialização entre crianças e adolescentes que fogem ao controle dos adultos e que devem ser observados, algumas delas podem se caracterizar como Bullying e até mesmo agressões. CATANDUVA 2020 Um exemplo disso são os jogos muitas vezes oferecidos através das redes sociais que ensina crianças e adolescentes a agirem de forma intencional, levando na maioria das vezes a causas de autolesão corporal podendo levar até mesmo ao suicídio, através de afogamento, enforcamento, autolesão por objetos cortantes, dispositivos explosivos, armas de fogo, entre outros. ➢ Suicídio: caracteriza-se pelo ato intencional de matar a si mesmo. As causas mais comuns são os transtornos mental ou psicológico, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e abuso de drogas. 2.Interpessoais, que são violências recebidas de outrem. ➢ Da família: A violência da família acontece dentro ou fora de casa por algum membro da família ou parceiro íntimo (neste contexto, no caso de adolescentes).Um termo também bastante utilizado é o de violência doméstica. A violência doméstica não se refere apenas ao espaço físico onde ocorre, mas também às relações pessoais em que se constrói e se efetua. Este tipo de violência inclui outros membros sem vínculo parental, que convivem no espaço doméstico. Incluem-se aí empregados(as), pessoas que convivem esporadicamente (sobrinhas, enteadas e irmãs unilaterais, empregados domésticos, entre outros). Entende-se como unidade doméstica, portanto, o espaço de convívio permanente de pessoas com ou sem vínculo familiar. Uma forma de violência doméstica contra crianças e adolescentes que requer bastante atenção é conhecida como Síndrome de Munchausen por Procuração. Neste caso, o perpetrador é pessoa próxima e demonstra preocupação exacerbada para com a vítima. Assume a doença indiretamente, muitas vezes produzindo histórias clínicas (como administrar medicamentos ou substâncias que causam sonolência ou convulsões) e/ou evidências laboratoriais (falsificação de amostras de exames), causando lesões físicas, atitudes estas que induzem a vítima a repetidas hospitaliza- ções e intervenções médicas, submetendo-a a procedimentos terapêuticos e diagnósticos desnecessários. Esta forma de abuso é ocultada pelo perpetrador, que demonstra aparente interesse nos cuidados para com a criança, sendo considerada uma desordem psiquiátrica (PIRES; MOLLE, 1999). ➢ interpessoais extrafamiliares são as que acontecem no ambiente social, geralmente pode ocorrer entre pessoas conhecidas ou desconhecidas. Comumente a prática é exercida por meio de agressão contra a criança ou CATANDUVA 2020 adolescente, por violação à sua integridade, á sua vida, ou a seus bens, podendo também agredi-la em mais de um dos itens citados acima. A violência interpessoal ainda pode ser classificada como violência física, sexual, psicológica ou negligência, para isso depende da maneira como ocorrem. • violência física acontece quando uma pessoa, seja ela quem for, se encontra em poder da criança ou do adolescente, e venha lhe causar ou tentar causar dano não acidental, mas de forma intencional, utilizando-se do uso da força física ou de algum tipo de arma, com o propósito de ferir provocando dor e sofrimento ou até mesmo dizimar a pessoa. Agressões como essa podem, ou não, provocar lesões tanto externas como internas e manifestam-se de diversas formas, como: ❖ tapas; ❖ beliscões; ❖ chutes; ❖ torções; ❖ empurrões; ❖ arremesso de objetos; ❖ estrangulamentos; ❖ queimaduras; ❖ perfurações; ❖ mutilações, dentre outras. Também como violência física, incluímos o castigo repetido, não severo (ALGERI; SOUZA, 2006) e os ferimentos por arma de fogo (mesmo quando em situações de bala perdida) ou ferimentos por arma branca (SANCHES et al., 2009). Uma violência física observada em crianças, especialmente nas menores de dois anos, é a Síndrome do Bebê Sacudido. Conhecida como ”trauma cerebral por abuso” – TCA, é uma das principais causas de morte e de incapacitação na infância, devido à violenta movimentação da criança quando segurada pelos braços ou tronco. Esta ação provoca o choque entre a calota craniana e o tecido encefálico deslocado, ocorrendo desde micro-hemorragias por rupturas de artérias e veias, até hemorragias maciças e rompimento de fibras e tecidos nervosos, causando grave comprometimento do sistema nervoso central (ISAAC; JENNY, 2004). CATANDUVA 2020 • violência sexual é considerada como todo ato, jogo sexual, ou até mesmo qualquer ação na qual o autor da agressão, aproveitando de sua posição de poder utiliza de força física, coação, intimidação, influência psicológica, sob uso ou não de armas ou drogas, obriga a vítima a ter, presenciar ou participar de interações sexuais, ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade. A violência sexual ainda pode ocorrer como meios de lucro, vingança ou qualquer outro objetivo a ser alcançado. Alguns exemplos de situações que ocorrem violência sexual: ❖ estupro; ❖ abuso incestuoso; ❖ assédio sexual; ❖ jogos sexuais e práticas eróticas não consentidas; ❖ pornografia infantil; ❖ pedofilia; ❖ voyeurismo (obter excitação e prazer sexual através da observação de pessoas praticando o ato sexual); ❖ penetração oral, anal ou genital, com pênis ou objetos, de forma forçada; Também pode-se incluir nesta lista: ❖ exposição coercitiva a atos libidinosos; ❖ masturbação; ❖ linguagem erótica; ❖ interações sexuais de qualquer tipo e material pornográfico. Também os atos que, mediante coerção, chantagem, suborno ou aliciamento impeçam o uso de qualquer método contraceptivo ou forcem a matrimônio, à gravidez, ao aborto, à prostituição, constituem crime, ainda que o autor da agressão seja um familiar (pai, mãe, padrasto, madrasta,, entre outros. (BRASIL, 2016). O abuso sexual é um termo utilizado para uma das formas de violência sexual caracterizada por ter como objeto crianças e adolescentes, ou seja, sujeitos de direitos, CATANDUVA 2020 imaturos sexualmente e que necessitam de proteção especial por parte da sociedade. Pode envolver práticas diversas do contato genital, tais como carícias, beijos, exposição à pornografia ou a situações sexualizadas. (www.unasus.ufsc.br) • violência psicológica entende-se por toda e qualquer forma de ação que coloque em risco ou ofereça prejuízo à autoestima, ao desenvolvimento ou à identidade da criança ou adolescente, levando o mesmo a desenvolver um sentimento de: ❖ rejeição; ❖ depreciação; ❖ discriminação; ❖ desrespeito; ❖ cobrança exagerada; ❖ punições humilhantes; ❖ utilização da pessoa para atender às necessidades psíquicas de terceiros O bullying é um exemplo de violência psicológica, que se manifesta em ambientes escolares e em outras comunidades onde a criança ou adolescente pode ser autor ou vítima da agressão, podendo ser classificado como “violência entre iguais” (BRASIL, 2016). O cyberbullying caracteriza-se pela utilização da tecnologia da informação e comunicação (e-mails, redes sociais, celulares, fotos digitais, sites pessoais e/ou quaisquer ações difamató-rias online) como recurso para a adoção de comportamentos deliberados, repetidos e hostis, de um indivíduo ou grupo, que pretende causar danos a outro(s) (SCHREIBER; ANTUNES, 2015). • alienação parental é uma violência psicológica comum cometida contra crianças e adolescentes, dá-se quando há interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância, a fim de que repudie o genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este (BRASIL, 2010). CATANDUVA 2020 Esta situação é comum nos casos de separação conflituosa de casais, muitas vezes associada à falsa acusação de abuso sexual. • violência institucional, essa forma de violência ocorre dentro das instituições, tais como creches, escolas, hospitais, abrigos e centros de internação. Nota-se esta violência por meio de regras, normas de funcionamento e burocracias que acarretam injustiças sociais, como por exemplo, quando são negados ou negligenciados serviços públicos, privados ou a forma como estes são oferecidos. Também caracteriza como violência institucional quando um ou mais responsáveis pela guarda temporária da criança ou adolescente tornam- se também agentes agressores desses menores. Identifica-se a violência institucional pelos mesmos sinais apresentados para a violência doméstica (abuso físico, psicológico, sexual e/ou negligência) (BRASIL, 2010). • trabalho infantil destaca-se também como violência, o que envolve as atividades exercidas por crianças, independenteda remuneração que recebam, impedindo-as de viver plenamente a sua condição de infância e adolescência. O trabalho infantil refere-se a qualquer ação efetuada por crianças e adolescentes de modo obrigatório, regular, rotineiro, muitas vezes em condições inapropriadas e que as expõem tanto ao risco quanto ao seu bem-estar físico, psíquico, social e moral, limitando suas condições para um crescimento e desenvolvimento saudável e seguro (BRASIL, 2016). • tráfico de pessoas, este tipo de violência compreende o aliciamento, o rapto, manter uma ou mais pessoas em cárcere privado, o engano, o uso da força, o abuso de autoridade, entre outras formas de coação ou situação de vulnerabilidade. Observa-se esta prática nos casos de crianças e adolescentes aliciados a exercer a prostituição ou trabalho, incluindo o doméstico, escravo ou de servidão, casamento servil ou para a remoção e comercialização de seus órgãos, com emprego ou não de CATANDUVA 2020 força física. Ocorre com o objetivo de explorá-las dentro de um mesmo país, entre países fronteiriços ou entre diferentes continentes (BRASIL, 2016). 6. PÚBLICO ALVO O presente estudo tem como público alvo diretores e professores que trabalham na área da educação com crianças de 7 a 10 anos que correspondem do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, e com crianças de 11 a 14 anos que correspondem do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais. 7. OBJETIVOS 7.1. Objetivo geral Contribuir com o processo de enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes dentro e fora da escola por meio da criacão de um programa que tem como nome PROGRAMA de RELACIONAMENTO entre ALUNOS, PAIS e ESCOLA – (PRAPE) através do qual a escola poderá estabelecer um canal de comunicação mais acessível entre os professoes e os familiares do aluno, visando uma maior aproximação e conhecimento mais aprofundado da familia do aluno por parte do professor. 7.2. Objetivos Específicos • Verificar atitudes e comportamentos através da leitura de postura sócio emocionais e fisíca dos alunos; • Fazer o mapeamento da sala de aula, elaborando um cronograma prioritário de contato (PRAPE); • Nunca agir por conta própria, em casos que necessite de intervenção; CATANDUVA 2020 • Buscar ajuda do Conselho Tutelar ou de outros orgãos competentes, caso seja necessário. 8. PERCURSO METODOLÓGICO O presente PPAP foi desenvolvido mediante pesquisas feitas em artigos, sites, folhetos, cartilhas,entre outros materiais voltados ao tema em questão. Após o material pesquisado ser lido, analisado e discutido, fez-se então o levantamento de dados necessários para a construção do trabalho proposto. Contudo, frente à problemática do assunto tratado, uma das alunas teve a idéia de criar um projeto onde a escola tivesse uma forma diferenciada e mais atuante no tratamento e combate à violência contra crianças e adolescentes, que acontece de forma indiscriminada diariamente não se limitando a nenhuma classe social. Assim que a idéia desse projeto “PRAPE” (PROJETO DE RELACIONAMENTO ENTRE ALUNOS PAIS E ESCOLA) foi passado para as demais alunas integrantes do grupo, o mesmo foi aceito e passou a ser trabalhado em conjunto. Entretanto, com a instalação da pandemia devido o COVID-19, fez-se necessário o governo decretar isolamento social, o que acarretou no fechamento das escolas ficando as aulas sendo ministradas online através das mídias digitais. Isso não será motivo para o engavetamento deste projeto, ele apenas está aguardando o momento em que poderá estar sendo colocado em prática e assim contribuir no enfrentamento e combate à violência contra a criança e o adolescente, episódio este que tem causado grande comoção mas pouca ação, não somente em nossa cidade e estado, como no país e no mundo. 9. RECURSOS Os recursos necessários para realização do projeto de ordem física e material são: CATANDUVA 2020 • Auditório ou Sala de aula com carteiras individuais; • Computador com acesso a internet; • Professores para acompanhar a abordagem dos assuntos sugeridos pelo programa; • Pai sou responsáveis pelos alunos do Ensino Fundamental – Anos iniciais e finais. • Parceria com psicólogo(a), psicopedagoga(o), ou terapeuta. 10. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Este cronograma ilustra por períodos os meses de execução previstos para aplicação do projeto. XX XX contempl a XX XX XX PERÍODO Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Revisão de Literatura Montagem do Projeto Apresentação do Projeto Aplicação do Projeto Avaliação do Projeto XX XX Finalização do Projeto e Apresentação XX ATIVIDADE CATANDUVA 2020 11. AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL A avaliação se dará em duas etapas, uma de modo qualitativo atribuindo uma nota de 0 a 10 à forma de como foi recebida pelos pais a dinâmica da escola e seu empenho no quesito de estreitar o relacionamento entre escola e familia/aluno através da implantação do Programa ‘PRAPER’ e, quantitativo atribuindo nota também de 0 a 10 em relação a quantidade de pais de alunos matriculados de acordo com a porcentagem de pais que se fizeram presentes e participaram junto ao programa ‘PRAPER’. Entretanto, para que o programa consiga trazer respostas e uma avaliação significativa, o mesmo deve ser colocado em prática por um período mínimo de 06 meses. Cabe ressaltar que devido a seriedade do programa as relações entre alunos, pais e escola tendem a evoluir com maior ou menor intensidade, mas deve ser usado como ferramenta permanente de ação social, utilizando-se de estratégias para ajudar aluno e família, seja dentro da escola ou em meio à sociedade. CATANDUVA 2020 12. REFERÊNCIAS ALGERI, S.; SOUZA, L. M. Violência contra crianças e adolescentes: um desafio no cotidiano da equipe de enfermagem. Rev Latino-am Enfermagem v. 14, n. 4, p. 625-631, jul.-ago. 2006. BRASIL. Presidência da República. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13970/1/MOOC-Crianca.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências: orientação para gestores e profissionais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Impacto da violência na saúde de crianças e adolescentes. Prevenção da Violência e Promoção da Cultura da Paz. Brasília, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Viva: instrutivo notificação de violência interpessoal e autoprovocada [recurso eletrônico]. 2. ed. Brasília, 2016. ECA – Estatudo da Criança e Adolescente – Governo Federal – Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/crianca-e-adolescente/estatuto-da- crianca-e-do-adolescente-versao-2019 https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13970/1/MOOC-Crianca.pdf https://www.scielo.br/pdf/psoc/v30/1807-0310-psoc-30-e179670.pdf https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13970/1/MOOC-Crianca.pdf https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/crianca-e-adolescente/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-versao-2019 https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/crianca-e-adolescente/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-versao-2019 https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13970/1/MOOC-Crianca.pdf https://www.scielo.br/pdf/psoc/v30/1807-0310-psoc-30-e179670.pdf CATANDUVA 2020 ISAAC, R.; JENNY, C. Síndrome do Bebê Sacudido.Hasbro Children’s Hospital & Brown Medical School, EUA, 2004 Luísa Habigzang - Disponivel em https://www.ufrgs.br/jornal/longe-da-escola-criancas- vitimas-de-violencia-podem-nao-ter-para-quemlonge-da-escola-criancas-vitimas-de- violencia-podem-nao-ter-para-quem-pedir-ajuda-no-periodo-de-isolamento-social NUNES, A. J.; SALES, M. C. V. Violência contra crianças no cenário brasileiro. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 871-880, mar. 2016. OMS. KRUG, E. G. et al. Relatório mundial sobre violência e saúde. Geneva: World Health Organization, 2002. PIRES, MOLLE, 1999 Disponivel em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13970/1/MOOC-Crianca.pdf SANCHES, S.; DUARTE, S. J. H.; PONTES, E. R. J. C. Caracterização das vítimas de ferimentos por arma de fogo, atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em Campo Grande-MS. Rev. Saúde Soc., São Paulo, v. 18, n. 1, p. 95-102, 2009. SCHREIBER, F. C. C.; ANTUNES, M. C. Cyberbullying: do virtual ao psicológico. Bol. Acad. Paul. Psicol., São Paulo, v. 35, n. 88, p. 109-125, jan. 2015 Terezinha Vego conselheira tutelar e doutora em Ciência Política pela UFRGS (OMS 2002) https://www.ufrgs.br/jornal/longe-da-escola-criancas-vitimas-de-violencia-podem-nao-ter-para-quemlonge-da-escola-criancas-vitimas-de-violencia-podem-nao-ter-para-quem-pedir-ajuda-no-periodo-de-isolamento-social https://www.ufrgs.br/jornal/longe-da-escola-criancas-vitimas-de-violencia-podem-nao-ter-para-quemlonge-da-escola-criancas-vitimas-de-violencia-podem-nao-ter-para-quem-pedir-ajuda-no-periodo-de-isolamento-social https://www.ufrgs.br/jornal/longe-da-escola-criancas-vitimas-de-violencia-podem-nao-ter-para-quemlonge-da-escola-criancas-vitimas-de-violencia-podem-nao-ter-para-quem-pedir-ajuda-no-periodo-de-isolamento-social https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13970/1/MOOC-Crianca.pdf CATANDUVA 2020 CATANDUVA 2020 CATANDUVA 2020
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