Fisiologia do músculo liso

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FISIOLOGIA Melanie | 2025.2 
 
 
↪Responsável pelo funcionamento de 
órgãos ocos, como o esôfago e o 
estômago. 
↪Possui células alongadas, com núcleo 
centralizado e presença de corpos 
densos 
↪Ao ser contraída, a fibra apresenta 
perda da característica inicial da forma 
relaxada. 
↪É um tecido muscular involuntário 
↪Produz motilidade 
↪Mantém a tensão 
 
FIBRA MUSCULAR LISA 
↪Filamentos finos: actina e tropomiosina 
↪Filamentos grossos: miosina 
↪Não possui o complexo troponina 
↪O cálcio é mediador para a contração 
↪Junções mecânicas e do tipo GAP 
MÚSCULO LISO UNITÁRIO 
↪A comunicação prevalente entre as 
células ocorre através das junções 
comunicantes. Realizam processo de 
contração através de um acoplamento 
elétrico. Um neurônio autônomo inerva 
diversas células 
CONTROLE 
↪Comunicação célula-célula, permite a 
propagação rápida do sinal para o 
aumento de cálcio no meio intracelular 
para todas as células, através das junções 
comunicantes 
MÚSCULO LISO MULTIUNITÁRIO 
↪Cada célula tem a sua inervação, 
estimulando vias específicas, relacionadas 
à funcionalidade de cada músculo. As 
células não se comunicam entre si 
↪O musculo multiunitário pode se 
transformar em músculo unitário 
CONTROLE 
↪Comunicação das células com as 
substâncias liberadas pelas vesículas das 
varicosidades do neurônio do SNA. 
↪As moléculas químicas são a 
comunicação com as células do musculo 
liso multi através dos respectivos 
receptores expressos na membrana 
 
PADRÃO DE ATIVIDADE DO MÚSULO LISO 
↪Relacionado à funcionalidade do órgão 
↪Os músculos fasicamente ativos atuam 
de forma intermitente. Para manter o 
movimento de peristalse, por exemplo, é 
necessário relaxar e contrair, de forma 
intermitente. Ex.: estômago e intestinos. 
 
↪Os vasos sanguíneos precisam de um 
padrão de atividade com contração 
parcial do músculo, precisa manter um 
tônus, para que não relaxe 
completamente e entre em um quadro 
de hipotensão. 
↪Padrão normalmente contraído: 
esfíncter 
↪Padrão normalmente relaxado: esôfago 
e bexiga urinária 
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PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO DO MÚSCULO 
LISO 
↪Espectro de formas dependente das 
funções 
↪Vascular: disposição das células de 
forma longitudinal, permite o processo de 
redução do diâmetro interno do vaso 
↪Gastrintestinal: distribuição longitudinal 
na parte inferior e superiormente a 
disposição vertical das células musculares, 
para que consiga misturar os alimentos 
em todas as direções e movimentar o 
quimo 
 
ELEMENTOS CELULARES DOS ÓRGÃOS OCOS 
↪O músculo liso tem sempre uma 
camada de proteção para que não tenha 
contato com o conteúdo presente no 
interior do órgão oco 
 
↪Endotélio vascular: reveste a superfície 
do lúmen dos vasos sanguíneos, fica em 
contato com o sangue 
 
↪Mucosa: protege o tecido do trato 
gastrintestinal 
 
↪Tecido conjuntivo: proporciona ao 
órgão maior flexibilidade para que 
desempenhe suas funções 
 
↪Ligação mecânica: favorece a 
formação da estrutura célula-célula e 
permite a funcionalidade do órgão, devido 
a necessidade do trabalho em conjunto 
das células que estão dispostas lado a lado 
 
↪Invaginações da membrana: Cavéolas 
(próximas ao retículo sarcoplasmático). 
Gera faísca de cálcio. Compostas por 
caveolina e colesterol. Possui canais de 
cálcio tipo L, voltagem dependente 
 
Regulação da Contração 
↪Estimulação nervosa da fibra muscular 
lisa e estimulação hormonal 
(norepinefrina, acetilcolina, angiotensina II, 
vasopressina, endotelina, adenosina) 
 
↪Onda lenta: padrão de despolarização 
abaixo do limiar, não dispara PA, não gera 
força de contração. Quando a 
despolarização ultrapassa o limiar, dispara 
o PA, gerando força de contração 
muscular. Ex.: músculo liso do trato 
gastrintestinal 
 
↪Acoplamento farmacomecânico: 
substâncias que alteram a capacidade de 
contração do órgão, independente da 
alteração do potencial de membrana 
 
↪Acoplamento excitação-contração: 
ocorre aumento do cálcio no sarcoplasma 
↪Liberação de cálcio induzida por cálcio 
(faísca): O cálcio que está entrando pelo 
canal de cálcio na membrana, ajuda a 
estimular a abertura de canais de cálcio 
no retículo sarcoplasmático 
↪A calmodulina é a proteína mediadora 
de cálcio no sarcoplasma. Ao formar o 
complexo cálcio-calmodulina a cinase de 
cadeia leve da miosina passa para a 
configuração ativa, para permitir a 
fosforilação da cabeça da miosina (forma 
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ativa). A cabeça da miosina fosforilada 
forma a ponte cruzada actina-miosina 
fosforilada, que leva ao processo de 
contração muscular. 
ESTÍMULOS 
↪Despolarização e hormônios ou 
neurotransmissores: abertura de canais 
de cálcio voltagem dependente 
↪Hormônios ou neurotransmissores: 
indução do aumento de IP3 no meio 
intracelular. Se houverem receptores no 
músculo que são acoplados à proteína 
Gq, aumentando o IP3 (inositol trifosfato), 
que gera sinal de liberação de cálcio pelo 
retículo sarcoplasmático, abrindo canais 
de cálcio. 
 
Relaxamento Muscular 
↪A miosina fosfatase após formação da 
ponte cruzada se torna ativa e causa 
desfosforilação da cabeça da miosina, 
tornando-a inativa, gerando relaxamento 
 
↪Redução do cálcio intracelular: para 
desfazer a ligação do complexo cálcio-
calmodulina, e retirar a ativação de 
contração, permitindo o trabalho da 
miosina fosfatase 
↪Cálcio ATPase no reticulo 
sarcoplasmático: joga o cálcio de volta 
para as organelas de armazenamento 
↪Calcio ATPase de membrana: joga o 
cálcio para o líquido extracelular 
↪Cotransporte de cálcio e sódio: joga 
cálcio para fora e sódio para dentro 
 
 
FISIOLOGIA CLÍNICA 
↪Aumento de trabalho mecânico – 
hipertrofia compensatória de órgãos 
(bexiga, vasos sanguíneos) 
 
↪Influência hormonal – hipertrofia 
(positiva) e aumento das junções 
comunicantes (trabalho de parto – 
aumento da progesterona). O estrogênio, 
no momento atermo, ajuda a transformar 
o útero multiunitário em unitário 
 
↪Lesão endotelial – ativação da via Rho 
cinase (responsável por processos de 
alteração do microambiente, favorecendo 
processos patológicos e aumentando o 
processo de contração do músculo, 
indesejável). Ex.: hipertensão e 
vasoespasmos