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Problema 3 : Fechamento Módulo: Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento

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Ana Clara Silva Freitas. 
 
Problema 3: fechamento 
 
Objetivos: 
1. Descrever como ocorre o desenvolvimento do 
sistema imune da criança até sua completa 
maturação. 
2. Explanar a respeito das principais IVAS infantis, 
abordando etiologia, patologia e diagnóstico. 
3. Elucidar as indicações, contraindicações e 
efeitos adversos da vacina, além do calendário 
vacinal tanto do MS quanto dos 
complementares (SBP e SBIm). 
4. Discorrer sobre o desenvolvimento cognitivo 
na fase pré -escolar, abrangendo o contexto 
emocional infantil e as escalas de 
acompanhamento. 
 
Sistema imune infantil 
 
 
 
I. Durante os primeiros três meses de vida, o 
sistema imune inato, incluindo fagócitos, 
células Natural killer, células apresentadoras 
de antígenos e o sistema complemento, 
fornecem defesa contra patógenos. Com o 
avançar da idade e das exposições, o sistema 
imunológico adquirido se desenvolve e 
assume um papel mais proeminente na defesa 
do hospedeiro. A diminuição da função dos 
neutrófilos e baixas concentrações de 
imunoglobulinas aumentam a suscetibilidade 
de crianças prematuras à infecção invasiva. 
Estreptococos do Grupo B, Escherichia coli, 
vírus herpes simples (HSV), CMV, vírus 
varicela-zóster (VVZ), vírus sincicial 
respiratório (VSR), enterovírus e espécies de 
Candida são patógenos importantes no 
período neonatal inicial. 
II. Imunidade inata: 
o A imunidade inata é a primeira linha de 
defesa na exposição a um agente 
infeccioso e é ativada independente do 
contato prévio com antígenos. Ela é 
composta de barreiras epiteliais (pele e 
mucosas), citocinas, proteínas do sistema 
complemento e das células circulantes 
(fagócitos e células natural killer). 
o A pele do recém-nascido é imatura e tem 
mais permeabilidade, possivelmente em 
consequência à produção inadequada de 
ácidos-graxos livres e pH alcalino. O que 
facilita a entrada de agentes patogênicos. 
o A produção de IgA secretória está ausente 
nos primeiros dias de vida, levando a 
maior vulnerabilidade das mucosas dos 
tratos respiratório e gastrintestinal a 
invasões por microrganismos 
patogênicos. 
o As citocinas são proteínas de baixo peso 
molecular, secretadas em resposta a um 
antígeno, que modulam a intensidade e a 
duração da resposta imune e inflamatória. 
o As proteínas do sistema complemento 
ativam-se em cascata e têm como função 
a opsonização de antígenos e a lise celular 
a partir de formação do complexo de 
ataque à membrana. Elas se encontram 
reduzidas nos recém-nascidos. Os níveis 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
semelhantes aos dos adultos somente são 
atingidos após um ano de idade. 
o A célula NK é um tipo de linfócito que 
destrói células infectadas por vírus, 
microrganismos intracelulares e células 
neoplásicas com base na produção do 
interferon γ (INF γ). As células NK dos 
recém-nascidos apresentam função 
reduzida com menos ação citotóxica 
contra vírus, embora sejam equivalentes 
em números às dos adultos. 
o As células mononucleares inflamatórias, 
especialmente mastócitos e macrófagos, 
são as sentinelas do sistema de defesa 
contra os patógenos que vencem a 
barreira epitelial. Elas produzem fator de 
necrose tumoral α (TNF α) que recruta 
células do sistema inato (neutrófilos, 
monócitos e células dendríticas) e modula 
a apresentação de antígenos aos linfócitos 
T. O recém-nascido apresenta função 
reduzida de monócitos e macrófagos, com 
prejuízo na fagocitose. 
o Os neutrófilos são as últimas células a 
aparecerem no feto e somente são 
produzidos em grande número após o 
nascimento. No recém-nascido estão 
reduzidos em número e efetividade. Sua 
concentração aumenta dramaticamente 
entre 12 e 24 horas após o nascimento. 
o Outros mediadores inflamatórios 
importantes como fibronectina, fatores da 
coagulação e sistema cinina também se 
encontram reduzidos ao nascimento. 
Todos esses déficits são parcialmente 
responsáveis pela reduzida capacidade de 
opsonização, reduzida capacidade em lisar 
bactérias Gram-negativas e alguns vírus, 
pouca geração de processo inflamatório, 
assim como reduzida quimiotaxia de 
polimorfonucleares e monócitos. 
III. Imunidade adaptativa: 
o O déficit na imunidade inata acarreta 
redução da ativação do sistema 
adaptativo, já que esses dois 
componentes estão interligados. A 
resposta imune adaptativa divide-se em 
resposta mediada por células e resposta 
mediada por anticorpos. Os linfócitos são 
suas células efetoras. 
o Imunidade celular: 
 Os precursores das células T são 
identificados no fígado fetal na 
sétima semana de gravidez, mas 
ainda não expressam CD3 em sua 
superfície. Migram para o timo, 
onde completam sua proliferação. 
Entre 18 e 24 semanas, os 
linfócitos T já se encontram em 
número semelhante ao do adulto. 
É no timo que ocorre a formação 
do receptor de célula T, conferindo 
a essas células especificidade e 
capacidade de reconhecimento do 
que lhes é próprio. 
 Embora apresente número maior 
de células T na circulação ao 
nascimento que os adultos, a 
maioria são células imaturas e 
poucas são células de memória, 
fato explicado pela pequena 
exposição intraútero a antígenos. 
 A imunidade celular é exercida 
pelos linfócitos T com seus 
subtipos T helper (CD3+ e CD4+) e 
T citotóxicos (CD3+ e CD8+). Os 
linfócitos T helper apresentam 
ainda dois subtipos, conforme seu 
padrão de produção de citocinas: 
Th1, que modula a imunidade 
celular, e Th2, que estimula a 
imunidade humoral. 
 As propriedades fundamentais da 
imunidade celular são a produção 
de citocinas e a atividade 
citotóxica. As citocinas mais 
importantes da imunidade 
adaptativa são IL-2, 4, 5, 10 e 13 e 
INF γ β e TGF β. 
o Imunidade humoral: 
 A imunidade humoral é exercida 
por linfócitos B, os quais, 
estimulados por antígenos, 
diferenciam-se em plasmócitos 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
produtores de anticorpos. Eles são 
reconhecidos por apresentarem 
em sua superfície os marcadores 
CD19 e CD20. 
 Os precursores dos linfócitos B 
estão no fígado com oito semanas, 
onde já iniciam sua diferenciação. 
Após o nascimento, a maturação 
das células B se verifica na medula 
óssea. 
 A produção de imunoglobulinas 
fetais já se inicia desde a 10ª 
semana de gestação, atingindo 
pico com 26 semanas. A partir de 
então, cai drasticamente até o 
nascimento. Isso ocorre devido à 
baixa exposição intrauterina a 
antígenos e aos altos níveis de 
imunoglobulinas maternas 
transferidas passivamente ao feto. 
Dessa forma, ao nascimento a 
criança apresenta baixos níveis de 
imunoglobulinas (IgM, IgA e IgE), 
sendo a grande maioria da IgG de 
origem materna. 
 Após o nascimento, inicia-se a 
produção própria de 
imunoglobulinas em resposta a 
antígenos alimentares e 
ambientais. O período 
compreendido entre a queda dos 
anticorpos maternos e a produção 
sustentada de anticorpos próprios 
é chamado hipogamaglobulinemia 
transitória ou fisiológica. Ocorre 
entre o terceiro e o quinto meses 
de vida, com resolução completa 
entre dois e cinco anos. 
IV. Resposta específica a patógenos no período 
neonatal 
o Estreptococo do grupo B (EGB): A 
colonização por estreptococos 
patogênicos do grupo B é facilitada pela 
grande capacidade de adesão às células da 
mucosa epitelial de neonatos e pela 
ausência de IgA secretora na primeira 
semana de vida.6 Além disso, a falta de 
anticorpos maternos específicos contra os 
polissacarídeos da cápsula da bactéria 
aliada à falha na síntese neonatal de 
anticorpos específicos é importante fator 
contribuinte para a alta mortalidade. 
o E. Coli: é uma das principais bactérias 
Gram-negativas causadoras de meningite 
e sepse no período neonatal. Sabe-se que 
a IgG não consegue se ligar de forma 
eficiente à superfície da bactéria, 
permitindo, dessa forma, que a mesma 
escape ao mecanismo de reconhecimento 
do sistemaimune. A deficiência na cascata 
de complemento observada no sangue de 
cordão de recém-nascidos contribui 
também para o defeito de opsonização 
dos neonatos contra a E. coli. 
o Lysteria monocytogenes: ocorre mais em 
RN e crianças. A infecção perinatal é 
causada normalmente pela colonização 
ou infecção proveniente da mãe. A 
bactéria inicialmente induz uma resposta 
imune humoral, que consiste na síntese e 
liberação de anticorpos no sangue 
circulante a partir de células plasmáticas, 
os quais neutralizam as exotoxinas dessa 
bactéria e favorecem sua fagocitose. Já a 
resposta celular que se segue é mais 
importante nesse tipo de bactéria, que 
tem multiplicação intracelular. 
o Citomegalovírus (CMV): O CMV é a 
principal causa de infecção intraútero, 
afetando 0,3 a 2,2% dos recém-nascidos 
vivos. Estudos mostram que a grande 
suscetibilidade do feto à infecção pelo 
CMV pode estar relacionada a problemas 
na imunidade celular, tanto inata 
(células natural killer) quanto adaptativa 
(linfócitos T). 
o Vírus varicela-zoster: a varicela no recém-
nascido pode resultar de infecção vertical 
ou horizontal. A varicela no recém-nascido 
adquirida no período perinatal (cinco dias 
antes a dois dias após o parto) ocorre em 
decorrência da viremia materna, havendo 
transmissão do vírus sem que haja tempo 
para a transmissão de anticorpos 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
maternos. O envolvimento visceral e a alta 
mortalidade são características dessa 
apresentação da doença. Dessa forma, a 
imunidade inata durante o período em 
que a criança encontra-se sem anticorpos 
maternos é crítica para o controle da 
infecção. 
o Vírus respiratório sincicial (VRS): uma 
das doenças mais comuns no mundo e 
estima-se que toda criança esteja 
infectada até o terceiro ano de vida. O 
vírus não se replica fora da árvore 
respiratória, sendo a infecção restrita à 
mucosa respiratória. O espectro clínico da 
doença é extremamente variável de uma 
infecção leve do trato respiratório à 
pneumonia grave.O recém-nascido nos 
primeiros dias de vida é capaz de 
desenvolver a resposta inata ao vírus, no 
entanto, devido à falta de estímulos 
antigênicos intraútero, a resposta 
adaptativa se faz necessária para o 
adequado controle da infecção. 
o Toxoplasma gondii: Como se verifica em 
outras doenças congênitas, a gravidade da 
infecção adquirida na gestação se 
relaciona à capacidade de os parasitas 
intracelulares lesarem os órgãos do feto 
em formação, assim como à imaturidade 
imunológica do feto e à barreira 
placentária que separa a resposta 
humoral materna e fetal.7 O equilíbrio 
entre as respostas Th1 e Th2 influenciam 
a presença ou não de manifestações 
clínicas. 
o Candidíase: A Candida albicans é a 
principal espécie causadora de infecção 
fúngica em recém-nascidos, sendo 
responsável por 40 a 70% dos casos de 
candidemia nessas crianças. A pele é 
colonizada ao nascimento por espécies 
de Candida que residem no canal do parto 
e a proliferação do fungo leva à doença 
mucosa ou mucocutânea. A incapacidade 
em localizar, controlar e erradicar 
infecções pela Candida albicans é 
característica nessa faixa etária e decorre 
da deficiência relativa dos mecanismos de 
defesa específicos e inespecíficos que 
predispõem às infecções invasivas por 
fungos. 
o Mycobacterium tuberculosis: A infecção 
tuberculosa em neonatos geralmente 
manifesta-se de forma disseminada e 
resulta em quadros graves como a 
tuberculose miliar ou a meningite 
tuberculosa. Tais manifestações são 
acompanhadas da reposta imunológica 
deficitária das células T, observada nas 
respostas negativas aos testes cutâneos 
de sensibilidade. 
 
Infecções de vias aéreas superiores (IVAS) 
 
 
 
1. As infecções das vias aéreas superiores (IVAS) 
são um dos problemas mais comuns 
encontrados em serviços de atendimento 
médico pediátricos, resultando em morbidade 
significativa em todo o mundo. 
I. Rinofaringite aguda 
o Este termo abrange quadros como o do 
resfriado comum e ainda outros 
englobados sob a denominação de 
rinite viral aguda. 
o É a doença infecciosa de vias aéreas 
superiores mais comum da infância. 
Crianças menores de cinco anos podem 
ter de cinco a oito episódios por ano. 
o Esta situação é causada quase que 
exclusivamente por vírus. Entre as 
centenas deles, os mais frequentes são 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
rinovírus, coronavírus, vírus sincicial 
respiratório (VSR), parainfluenza, 
influenza, coxsackie, adenovírus e 
outros mais raros; 
o Sinais e sintomas: A rinofaringite pode 
iniciar com dor de garganta, coriza, 
obstrução nasal, espirros, tosse seca e 
febre de intensidade variável, podendo 
ser mais alta em menores de cinco 
anos. Durante a evolução, pode surgir 
em lactentes: inquietação, choro fácil, 
recusa alimentar, vômitos, alteração 
do sono e dificuldade respiratória por 
obstrução nasal em lactentes mais 
jovens; em crianças maiores: cefaleia, 
mialgias, calafrios 
o Tratamento geral: Repouso no período 
febril; Hidratação e dieta conforme 
aceitação; Higiene e desobstrução 
nasal; Umidificação do ambiente; 
Antitérmico e analgésico. 
o Diagnóstico: e é essencialmente 
clínico. O diagnóstico diferencial deve 
ser feito com manifestações iniciais de 
várias doenças: sarampo, coqueluche, 
infecção meningocócica ou 
gonocócica, faringite estreptocócica, 
hepatite A e mononucleose infecciosa. 
o Complicações: Algumas complicações 
bacterianas podem ocorrer durante 
infecções respiratórias virais. Sugerem 
a ocorrência de alguma delas: 
persistência de febre além de 72 horas, 
recorrência de hipertermia após este 
período, ou prostração mais 
acentuada. Além disto, o surgimento 
de dificuldade respiratória (taquipnéia, 
retrações ou gemência) indicam a 
possibilidade de bronquiolite aguda, 
pneumonia ou laringite. 
o Tratamento específico: Para a maioria 
dos vírus, não existe nenhum 
tratamento específico. Entretanto, no 
caso da gripe causada pelo vírus da 
influenza, já existem algumas 
medicações disponíveis16-18, como a 
utilização de amantadina ou 
rimantadina que pode prevenir 
aproximadamente 70-80% das doenças 
causadas por influenza A. 
o Medidas preventivas: Lavagem das 
mãos e cuidados com secreções e 
fômites provenientes do paciente, 
prevenção primária, etc. 
 
II. Sinusite aguda 
o Pode ser definida como infecção 
bacteriana dos seios paranasais, com 
duração menor de 30 dias, no qual os 
sintomas desaparecem 
completamente 
o Os seios mais frequentemente 
comprometidos são o maxilar e 
etmoidal. A etmoidite costuma 
aparecer após os seis meses de idade. 
A infecção maxilar produz 
manifestações clínicas após o primeiro 
ano de vida. 
o Sinais e sintomas: O início pode ser 
lento ou súbito. Nas formas leves de 
sinusite, as manifestações iniciais de 
IVAS passam a se prolongar por mais de 
10 dias ou, após período de melhora 
clínica, há persistência ou retorno dos 
sintomas nasais (obstrução e secreção 
nasal purulenta). Esse quadro pode ser 
acompanhado de halitose. Costuma 
haver tosse diurna, com piora à noite. 
Em alguns casos, pode ocorrer febre. 
Nas formas moderadas a graves, ou em 
crianças maiores, as manifestações 
citadas podem ser mais intensas, 
acompanhando-se, eventualmente, de 
edema palpebral, cefaleia, prostração, 
desconforto ou dor, espontâneos ou 
provocados, no local do(s) seio(s) 
afetado(s) ou nos dentes. A celulite 
periorbitária é um sinal de etmoidite 
o Tratamento geral: repouso inicial, 
umidificação do ar em lugares muitos 
secos, analgésicos e antitérmicos, 
descongestionantes tópicos ou 
sistêmicos. 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
o Diagnóstico: O diagnóstico de sinusite 
aguda é clínico. A história clínica, 
associada aos achados de exame físico 
anteriormente mencionados, permite 
a realização do diagnóstico de sinusite 
na criança. O estudo radiológico de 
seiosda face é raramente necessário. O 
diagnóstico diferencial deve ser 
realizado com prolongamento da 
infecção viral não complicada, rinite 
alérgica, corpo estranho nasal e 
adenoidite. 
o Complicações: sinusite crônica, osteíte 
frontal, osteomielite maxilar, celulite 
periorbitária, abscesso orbitário e 
subperiosteal, meningite, trombose de 
seio cavernoso e sagital superior, 
abscesso epidural, empiema subdural e 
abscesso cerebral. 
o Tratamento específico: 
Antimicrobianos: vários antibióticos de 
amplo espectro podem ser utilizados 
no tratamento da sinusite aguda25. As 
alternativas mais frequentemente 
recomendadas são: Amoxicilina: é 
ainda a droga de primeira escolha. 
Dose: 60-80mg/kg/dia, VO, 8/8h, por 
14-21 dias. Está indicada a substituição 
do antimicrobiano inicial, se não 
houver atenuação das manifestações 
em 72 horas. Casos graves devem ser 
hospitalizados e tratados com 
antibióticos intravenosos. 
o Prognóstico: Em crianças normais, o 
prognóstico é bom, quando o 
tratamento utilizado foi adequado. 
Crianças com rinite alérgica, ou outros 
fatores de risco têm maior propensão a 
episódios recorrentes ou crônicos de 
sinusite. Garbutt et al. demonstraram 
que crianças com sinusite aguda, 
tratadas com placebo, apresentaram 
um índice de melhora clínica (79%) 
semelhante àquelas tratadas com 
antibacterianos apropriados (79% e 
81%). 
o Medidas preventivas: Tratar rinite 
alérgica, quando presente (profilaxia); 
Evitar mergulhos durante IVAS; Evitar 
tabagismo (ativo e passivo); Correção 
cirúrgica de fatores predisponentes. 
III. Faringoamigdalite aguda estreptocócica 
o É uma infecção aguda da orofaringe, na 
maioria das vezes, produzida por um 
estreptococo beta-hemolítico, o 
Streptococcus pyogenes do grupo A. 
Acompanha-se, em geral, de 
manifestações sistêmicas. Acomete 
com maior frequência crianças após os 
cinco anos de vida, mas pode ocorrer, 
não raramente, em menores de três 
anos. 
o Sinais e sintomas: O início é mais ou 
menos súbito, com febre alta, dor de 
garganta, prostração, cefaleia, 
calafrios, vômitos e dor abdominal. Na 
inspeção da orofaringe, há congestão 
intensa e aumento de amígdalas, com 
presença de exsudato purulento e 
petéquias no palato. Ainda pode estar 
presente adenite cervical bilateral. 
o Tratamento geral: repouso no período 
febril, estimular a ingestão de 
alimentos não ácidos e não 
gaseificados; analgésico e antitérmico, 
irrigação da faringe com solução salina 
isotônica morna. 
o Diagnóstico: o diagnóstico diferencial 
deve ser feito com: 
 Faringites virais: coriza, tosse, 
rouquidão e vesículas ou 
ulcerações na orofaringe; 
 Faringite por micoplasma e 
clamídia: mais comum em 
adolescentes; 
 Mononucleose, 
citomegalovirose, 
toxoplasmose (com suas 
manifestações próprias, 
incluindo comprometimento de 
órgãos e estruturas a distância); 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
 Faringite meningocócica ou 
gonocócica (história e dado 
epidemiológico); 
 Difteria: placas branco-
acinzentadas aderentes na 
orofaringe, invasão eventual da 
úvula, comprometimento 
larígeo; 
 Faringites por outros 
estreptococos, hemófilos ou 
moraxela: raras 
 Outras afecções: tumor de 
orofaringe e angina da 
agranulocitos. 
o Complicações: Abscesso de linfonodo 
cervical: eritema, edema e flutuação; 
Abscesso periamigdaliano: dor e 
dificuldade para engolir mais intensas, voz 
abafada ou anasalada, proeminência da 
amígdala e do pilar anterior da faringe, 
deslocamento da úvula para o lado não 
afetado; Sepse: toxemia e choque, etc. 
o Tratamento específico: Antimicrobianos: 
encurtam a fase aguda e reduzem 
complicações. Os antibióticos de primeira 
escolha são a penicilina G ou a amoxicilina 
Fenoximetilpenicilina (Penicilina V Oral) 
Doses: 27 kg: 800.000 U (500 mg), 8/8 
horas, por 10 dias; Penicilina G benzatina: 
garante o tratamento em casos de suspeita 
de má adesão ao tratamento. Doses: 27kg: 
1.200.000 U, IM, dose única. A injeção 
torna-se menos dolorosa se o frasco for 
previamente aquecido à temperatura 
corporal. Observação: a penicilina G 
benzatina deve ser considerada como 
primeira escolha no tratamento da FAE, 
em casos de potencial não adesão ao 
tratamento. 
o Prognóstico: Casos de FAE 
adequadamente tratados têm bom 
prognóstico, com encurtamento da fase 
aguda e redução das complicações 
supurativas e não supurativas, como FR. 
o Medidas preventivas: evitar contato com 
doentes com FAE até 24 horas de uso de 
AM adequado por parte destes. 
Calendário vacinal do MS, SBP e SBIm 
 
1- BCG – Tuberculose: Deve ser aplicada em dose 
única o mais precocemente possível. Não se 
recomenda mais a revacinação de crianças que 
não apresentem cicatriz no local da aplicação 
após 6 meses. Comunicantes domiciliares de 
podem receber uma segunda dose da vacina 
BCG (ver norma específica). Em recém-
nascidos filhos de mãe que utilizaram 
imunossupressores na gestação, ou com 
história familiar de imunossupressão, a 
vacinação poderá ser adiada ou 
contraindicada. 
2. Hepatite B – A primeira dose da vacina 
Hepatite B deve ser aplicada idealmente nas 
primeiras 12 horas de vida. A segunda dose 
está indicada com um ou dois meses de idade 
e a terceira dose é realizada aos seis meses. 
Desde 2012, no Programa Nacional de 
Imunizações (PNI), a vacina combinada 
DTP/Hib/ HB (denominada pelo Ministério da 
Saúde de Penta) foi incorporada no calendário 
aos 2, 4 e 6 meses de vida. Dessa forma, os 
lactentes que fazem uso desta vacina recebem 
quatro doses da vacina. 
3. DTP/DTPa – Difteria, Tétano e Pertussis 
(tríplice bacteriana). A vacina DTPa (acelular), 
quando possível, deve substituir a DTP (células 
inteiras), pois tem eficácia similar e é menos 
reatogênica. O esquema é de 5 doses, aos 2, 4 
e 6 meses com reforço aos 15 meses. Um 
segundo reforço deve ser aplicado entre 
quatro e seis anos de idade e na adolescência, 
uma dose entre 14-15 anos. 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
4. dT/dTpa – Adolescentes com esquema 
primário de DTP ou DTPa completo devem 
receber um reforço com dT ou dTpa, 
preferencialmente com a formulação tríplice 
acelular, aos 14 anos de idade. 
5. Hib – A vacina penta do PNI é uma vacina 
combi nada contra difteria, tétano, 
coqueluche, hepatite B e Haemophilus 
influenza tipo B (conjugada). A vacina é 
recomendada em três doses, aos 2, 4 e 6 
meses de idade. Quando utilizada pelo menos 
uma dose de vacina combinada com 
componente pertussis acelular (DTPa/Hib/IPV, 
DTPa/Hib, DTPa/ Hib/IPV,HB, etc.), disponíveis 
em clínicas privadas, uma quarta dose da Hib 
deve ser aplicada aos 15 meses de vida. Essa 
quarta dose contribui para diminuir o risco de 
ressurgimento das doenças invasivas causadas 
pelo Hib em longo prazo. 
6. VIP/VOP – As três primeiras doses, aos 2, 4 e 6 
meses, devem ser feitas obrigatoriamente com 
a vacina pólio inativada (VIP). A recomendação 
para as doses subsequentes é que sejam feitas 
preferencialmente também com a vacina 
inativada (VIP). Nesta fase de transição da 
vacina pólio oral atenuada (VOP) para a vacina 
pólio inativada (VIP) é aceitável o esquema 
atual recomendado pelo PNI que oferece três 
doses iniciais de VIP (2, 4 e 6 meses de idade) 
seguidas de duas doses de VOP (15 meses e 4 
anos de idade). Desde 2016 a vacina VOP é 
bivalente, contendo os tipos 1 e 3 do 
poliovírus, podendo ser utilizada nas doses de 
reforço ou nas Campanhas Nacionais de 
Vacinação. Evitar VOP em todas as crianças 
imunocomprometidas e nos seus contatos 
domiciliares. Nestas circunstâncias utilizar a 
VIP. 
7. Pneumocócica conjugada – Está indicada para 
todas as crianças até 5 anos de idade. O PNI 
utiliza a vacina pneumocócica conjugada 10-
valente no esquema de duas doses, 
administradas aos 2 e 4 meses, seguidas de um 
reforço aos 12 meses, podendo ser aplicada 
até os 4 anos e11 meses de idade. A SBP 
recomenda, sempre que possível, o uso da 
vacina conjugada 13-valente, pelo seu maior 
espectro de proteção, no esquema de três 
doses no primeiro ano (2, 4, e 6 meses) e uma 
dose de reforço entre 12 e 15 meses de vida. 
Crianças saudáveis com esquema completo 
com a vacina 10-valente podem receber 
dose(s) adicional(is) da vacina 13-valente, até 
os cinco anos de idade, com o intuito de 
ampliar a proteção para os sorotipos 
adicionais. Crianças com risco aumentado para 
doença pneumocócica invasiva devem receber 
também, a partir de 2 anos de idade, a vacina 
polissacarídica 23-valente, com intervalo 
mínimo de dois meses entre elas (vide 
recomendações no manual do CRIE – Centro 
de Referência de Imunobiológicos Especiai. 
8. Meningocócica C/ACWY – Recomenda-se o 
uso rotineiro das vacinas meningocócicas 
conjugadas para lactentes maiores de 2 meses 
de idade, crianças e adolescentes. Sempre que 
possível utilizar preferencialmente a vacina 
MenACWY pelo maior espectro de proteção, 
inclusive para os reforços de crianças 
previamente vacinadas com MenC. Crianças 
com esquema vacinal completo com a vacina 
MenC podem se beneficiar com dose(s) 
adicional(is) da vacina MenACWY a qualquer 
momento, respeitando-se um intervalo 
mínimo de 1 mês entre as doses. No Brasil 
estão licenciadas as vacinas: MenC, 
MenACWY-CRM e MenACWY-TT a partir de 2 
meses e a vacina MenACWY-D a partir de 9 
meses de vida. O esquema de doses varia 
conforme a vacina utilizada. MenC: duas 
doses, aos 3 e 5 meses de idade e reforço entre 
12-15 meses. Iniciando após 1 ano de idade: 
dose única. MenACWY-CRM: duas doses aos 3 
e 5 meses de idade e reforço entre 12-15 
meses. Iniciando entre 7 e 23 meses de idade: 
2 doses, sendo que a segunda dose deve ser 
obrigatoriamente aplicada após a idade de 1 
ano (mínimo 2 meses de intervalo). Iniciando 
após os 24 meses de idade: dose única. 
MenACWY-TT: duas doses, aos 3 e 5 meses de 
idade e reforço entre 12-15 meses. Iniciando 
após 1 ano de idade: dose única. MenACWY-D: 
licenciada a partir de 9 meses de idade no 
esquema de duas doses entre 9 e 23 meses 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
com 3 meses de intervalo entre elas; acima de 
dois anos dose única. A recomendação de 
doses de reforço 5 anos após (entre 5 e 6 anos 
de idade para os vacinados no primeiro ano de 
vida) e na adolescência (a partir dos 11 anos de 
idade) é baseada na rápida diminuição dos 
títulos de anticorpos associados à proteção, 
evidenciada com todas as vacinas 
meningocócicas conjugadas. O PNI utiliza a 
vacina MenC no esquema de duas doses aos 3 
e 5 meses, com reforço aos 15 meses, além de 
uma dose adicional da vacina para 
adolescentes entre 11 a 14 anos. Vacinação do 
adolescente: entre 10-15 anos aplicar uma 
dose da vacina conjugada C ou ACWY e um 
reforço após 5 anos. Entre 16-18 anos 
administrar somente uma dose da vacina. 
9. Meningocócica B recombinante – Recomenda-
se o uso da vacina meningocócica B 
recombinante para lactentes, crianças e 
adolescentes. Para aqueles que iniciam a 
vacinação entre 3 e 12 meses de idade, são 
recomendadas duas doses com intervalo 
mínimo de 2 meses entre elas, além de uma 
dose de reforço no segundo ano de vida. 
Aqueles que iniciam a vacinação entre 12 e 23 
meses devem também receber o esquema de 
duas doses, com dois meses de intervalo entre 
elas, além de uma dose de reforço. 
Finalmente, para crianças que iniciam a 
vacinação após os dois anos, são indicadas 
duas doses com intervalo de 2 meses entre 
elas. Não se conhece, até o momento, a 
duração da proteção conferida pela vacina e a 
eventual necessidade de doses adicionais de 
reforço. Para adolescentes não vacinados 
previamente estão recomendadas duas doses 
com intervalo de um a dois meses. 
10. Rotavírus – Existem duas vacinas licenciadas. A 
vacina monovalente incluída no PNI, indicada 
em duas doses, seguindo os limites de faixa 
etária: primeira dose aos 2 meses (limites de 1 
mês e 15 dias até, no máximo, 3 meses e 15 
dias) e a segunda dose aos 4 meses (limites de 
3 meses e 15 dias até no máximo 7 meses e 29 
dias). A vacina pentavalente, disponível 
somente na rede privada, é recomendada em 
três doses, aos 2, 4 e 6 meses. A primeira dose 
deverá ser administrada no máximo até 3 
meses e 15 dias e a terceira dose deverá ser 
administrada até 7 meses e 29 dias. O intervalo 
entre as doses deve ser de 2 meses, podendo 
ser de, no mínimo, quatro semanas. Iniciada a 
vacinação, recomenda-se completar o 
esquema com a vacina do mesmo laboratório 
produtor. 
11. Influenza – Está indicada para todas as crianças 
e adolescentes a partir dos 6 meses de idade. 
A primeira vacinação de crianças com idade 
inferior a 9 anos deve ser feita com duas doses, 
com intervalo de 1 mês entre elas. A dose para 
aqueles com idade entre 6 a 35 meses pode 
variar conforme o fabricante, e a partir de 3 
anos é de 0,5 mL. Existem disponíveis duas 
vacinas influenza: tri e quadrivalente, sendo 
que a segunda contempla uma segunda 
variante da cepa B. A vacina deve ser feita 
anualmente e, como a influenza é uma doença 
sazonal, a vacina deve ser aplicada idealmente 
antes do período de maior circulação do vírus. 
Sempre que possível utilizar 
preferencialmente vacinas quadrivalentes, 
pelo maior espectro de proteção. 
12. Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela 
(vacinas tríplice viral – SCR; tetraviral – SCRV; 
varicela – V). Aos 12 meses de idade: devem 
ser feitas, na mesma visita, as primeiras doses 
das vacinas tríplice viral (SCR) e varicela (V), em 
administrações separa das, ou a vacina 
tetraviral (SCRV). A vacina SCRV se mostrou 
associada a uma maior frequência de febre em 
lactentes que recebem a primeira dose com 
esta vacina quando comparada às vacinas 
varicela e tríplice viral em injeções separadas. 
Aos 15 meses de idade deverá ser feita uma 
segunda dose, preferencialmente com a 
vacina SCRV, com intervalo mínimo de três 
meses da última dose de varicela e SCR ou 
SCRV. Em situações de risco como, por 
exemplo, surtos ou exposição domiciliar ao 
sarampo, é possível vacinar crianças 
imunocompetentes de 6 a 12 meses com a 
vacina SCR. Em casos de surtos ou contato 
íntimo com caso de varicela, a vacina varicela 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
pode ser utilizada a partir de 9 meses de vida. 
Nesses casos, doses aplicadas antes dos 12 
meses de idade, não são consideradas válidas, 
e a aplicação de mais duas doses após a idade 
de um ano é necessária. O PNI introduziu a 
segunda dose da vacina varicela aos 4 anos de 
idade em 2018. A vacina varicela pode ser 
indicada na profilaxia pós-exposição dentro de 
cinco dias após o contato, preferencialmente 
nas primeiras 72 horas. Adolescentes não 
vacinados deverão receber duas doses de 
ambas as vacinas, com intervalo mínimo de 4 
semanas entre cada dose de SCR e de 3 meses 
entre as doses de V nos menores de 13 anos e 
de 1-2 meses nos maiores de 13 anos. A idade 
máxima para o uso da vacina combinada SCRV 
é de 12 anos. 
13. Hepatite A – A vacina deve ser administrada 
em duas doses, a partir dos 12 meses de idade. 
O PNI oferece a vacina em dose única aos 15 
meses de idade. Adolescentes podem receber 
a 2 doses da vacina de Hepatite A com 
intervalo de 6 meses ou vacina combinada 
HepA e HepB, como uma série de 3 doses (0, 1 
e 6 meses). 
14. Febre amarela – Indicada atualmente para 
toda a população brasileira e também para 
pessoas que se deslocam para países que 
exigem a comprovação de vacinação. O PNI 
oferece duas doses da vacina para crianças 
menores de 5 anos de idade, aos 9 meses e 4 
anos. Acima de 5 anos o esquema preconizado 
é de dose única. A aplicação de uma segunda 
dose para crianças e adolescentes que 
iniciaram o esquema acima de 5 anos de idade 
é desejável, com o intuito de prevenir falhas 
vacinais. Para viagens internacionaisprevalecem as recomendações da OMS com 
comprovação de apenas uma dose. Lactantes 
de bebês menores de 6 meses de idade, 
quando vacinadas, devem ser orientadas para 
a suspensão do aleitamento materno por 10 
dias após a vacinação. Deve ser evitada a 
aplicação da vacina febre amarela no mesmo 
dia que a vacina tríplice viral (sarampo, 
caxumba e rubéola) em crianças menores de 
dois anos, devido à possível interferência na 
resposta imune, sendo ideal guardar um 
intervalo de 30 dias entre a aplicação das duas 
vacinas. 
15. HPV – Existem duas vacinas disponíveis no 
Brasil contra o HPV (Papilomavírus humano): a 
vacina com as VLPs (partículas semelhantes 
aos vírus – “vírus- -like particle”) dos tipos 16 e 
18 (HPV2) e a vacina com as VLPs dos tipos 6, 
11, 16 e 18 (HPV4), que são recomendadas em 
duas doses com intervalo de 6 meses entre 
elas para indivíduos entre 9 e 14 anos, e em 
três doses (0, 1 a 2 e 6 meses) para maiores de 
15 anos. A HPV4 é a vacina disponível no PNI. 
Imunodeprimidos por doença ou tratamento 
devem receber o esquema de três doses. 
16. Dengue – A vacina dengue foi licenciada em 
nosso país no esquema de três doses (0, 6 e 12 
meses) e está recomendada para crianças e 
adolescentes a partir de 9 anos até no máximo 
45 anos de idade que já tiveram infecção 
prévia confirmada pelo vírus da dengue 
(soropositivos). Está contraindicada para 
gestantes, mulheres que amamentam e 
portadores de imunodeficiências. A vacina não 
deve ser administrada simultaneamente com 
outras vacinas do calendário. 
17. Vacinação de adultos – A vacinação de adultos 
contribui para a redução de casos de doenças 
imunopreveníveis na criança. Levar sempre em 
conta o histórico vacinal prévio. 
 
Desenvolvimento cognitivo 
 
I. Teoria dos estágios cognitivos de Jean 
Piaget 
Ana Clara Silva Freitas. 
 
 Piaget sugeriu que quando o 
desenvolvimento cognitivo começa, ele 
inicialmente se baseia em atividades 
motoras, tais como os reflexos 
 Organização: criação de categorias ou 
sistemas de conhecimento. 
 Esquemas: padrões organizados de 
pensamento e comportamento usados 
em determinadas situações. 
 Adaptação: ajustamento a novas 
informações sobre o ambiente. 
 Assimilação: incorporação de novas 
informações a uma estrutura cognitiva 
existente. 
 Acomodação: mudanças em uma 
estrutura cognitiva para incluir novas 
informações. 
 Equilibração: tendência de buscar um 
equilíbrio estável entre elementos 
cognitivos, alcançado por meio de um 
equilíbrio entre assimilação e 
acomodação. 
 Etapas: 
1. Etapa Sensório-Motor: surge em 
crianças de 0 a 2 anos. Durante 
essa etapa a criança começa a 
experimentar e conhecer os 
objetos que estão a sua volta 
através dos seus sentidos e 
capacidades motoras. Dessa 
forma, consegue aprender o que 
se conhece como permanência do 
objeto. 
2. Etapa Pré-Operatória: começa a 
se apresentar em crianças cuja 
idade está compreendia desde os 
2 anos até os 7 anos. Ela se 
caracteriza porque as crianças 
geralmente manifestam 
egocentrismo, o que as incapacita 
para conseguir adotar as 
perspectivas de outras pessoas. 
Por outro lado, as crianças 
podem manifestar e utilizar 
o pensamento simbólico, ou seja, 
podem falar. 
3. Etapa de operações concretas: 
começa a partir dos 7 anos e se 
estende até os 12 anos. Nela a 
criança pode começar a aplicar os 
princípios e a lógica. 
4. Etapa de operações formais: 
começa a se manifestar a partir 
dos 12 anos em diante. Nessa 
idade já se é capaz de administrar 
o pensamento abstrato. Graças a 
isso, o indivíduo pode começar 
gerar hipóteses. 
II. Teoria sociocultural de Lev Vygotsky 
 O psicólogo russo Lev Semyonovich 
Vygotsky (1896-1934) concentrou-se 
nos processos sociais e culturais que 
orientam o desempenho cognitivo das 
crianças. Vygotsky via o crescimento 
cognitivo como um processo 
colaborativo. 
 Zona de desenvolvimento proximal 
(ZDP): diferença entre o que uma 
criança pode fazer sozinha e o que 
pode fazer com ajuda. 
 Abordagem do processamento de 
informações: abordagem de estudo do 
desenvolvimento cognitivo por 
observação e análise dos processos 
mentais envolvidos na percepção e no 
manuseio da informação. 
 Perspectiva contextual: visão do 
desenvolvimento infantil que vê o 
indivíduo como parte inseparável do 
contexto social. 
 Teoria bioecológica: abordagem de 
Bronfenbrenner de compreensão dos 
processos e contextos do 
desenvolvimento infantil que identifica 
cinco níveis de influência do ambiente. 
 
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