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Pesquisa de Direito Constitucional Especial

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Pesquise sobre o controle de constitucionalidade concentrado é efetuado em nível estadual e municipal. Resumo de artigos (livre)
Nossa constituição Federal está acima das demais normas legais, em posição proeminente e de supremacia onde todo o sistema jurídico está com ela conformado. É considerada uma constituição rígida, onde o processo de alteração é mais difícil que o de Lei ordinária. O controle provem da rigidez e supremacia da Constituição que, pressupõe a noção de um escalonamento normativo onde a Constituição ocupa o topa da pirâmide, Kelsen, assim sendo, fundamento de validade de todas as outras normas.
No art. 102 da CF, a mesma atribui ao Supremo Tribunal Federal a guarda da Constituição e outras competências, processar e julgar originalmente a ação direta de inconstitucionalidade (ADIN) de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal (art. 102, I, “a”). Esse tipo de ação, também chamadas de ADIN, constitui o efetivo controle concentrado. Será através dele que será proposto ao Supremo Tribunal Federal onde o objetivo é a declaração de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo federal ou estadual.
Em relação ao modelo de controle concentrado há quanto tipos de instrumentos jurídicos que podem ser apresentados no STF ou no TJ, cada um dentro de seu âmbito sendo, as Ações Diretas de Constitucionalidade (ADIs), como dito acima, as Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs), as Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) e as Ações Diretas de Inconstitucionalidade por Omissão (ADOs).
No Brasil o controle de constitucionalidade é exercido por todos os poderes constituídos, que têm o dever de zelar pelo respeito à Constituição. O controle preventivo é exercido pelos poderes Legislativo e Executivo, impedindo que um projeto de ato legislativo inconstitucional venha a ser aprovado. O poder Legislativo efetua o controle por meio da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presente em toda Casa Legislativa, examinando os projetos de atos legislativos, antes da votação no Plenário. Em outra esfera, o poder Executivo exerce essa forma de controle através do poder de veto jurídico do Presidente da república ao projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional. De forma extraordinária, o Supremo Tribunal Federal tem admitido, somente por parte dos parlamentares, o exercício de um controle jurisdicional preventivo da constitucionalidade. É assegurado aos membros do poder legislativo o direito público subjetivo à correta formação de espécies normativas, impedindo a tramitação de emendas constitucionais e de leis que incidam em vícios constitucionais. Por exemplo: é possível a concessão de um mandado de segurança contra ato do Presidente de uma Casa Legislativa que admita a tramitação de uma proposta de emenda constitucional que pretenda a supressão de uma cláusula pétrea.
Os Municípios assim como os Estados e o distrito Federal, possuem a capacidade de auto-organização, autolegislação, autogoverno e autoadministração. No que se refere especificamente aos municípios, a Constituição, em seu art. 29, determina que serão regidos por Lei Orgânica elaborada pela Câmaras Municipais. A cerca da expressividade da autonomia municipal no nosso sistema federativo, assim diz Paulo Bonavides:
“Não conhecemos uma única forma de união federativa contemporânea onde o princípio da autonomia municipal tenha alcançado grau de caracterização política e jurídica tão alto e expressivo quanto aquele que consta da definição constitucional do novo modelo implantado no País com a Carta de 1988, a qual impõe aos aplicadores de princípios e regras constitucionais uma visão hermenêutica muito mais larga tocante à defesa e sustentação daquela garantia”.
Conferiu-se aos entes municipais a competência de regular seus interesses, dentro do espaço reservado pela Constituição Federal, possuindo mesmo sua Lei dotada de supremacia dentro daquele sistema normativo de caráter local, que é nada mais nada menos do que a Lei Orgânica Municipal.
Apesar do Município ser o exemplo maior do exercício de cidadania e ter o poder de elaborar sua Lei Orgânica, existem limitações nesta atuação. Decorre isso do fato de pertencer esta entidade, bem como os Estados-membros, a um contexto maior, destacando-se sus prerrogativa política de ser ente dotado de autonomia, ou seja, é capital compreender que a autonomia se difere da soberania, pois esta significa o próprio poder político, o elemento que permite a formação do próprio Estado. Diferentemente da autonomia que não é, portanto, poder originário e assim, deve ser bem delimitada, que a autonomia significa capacidade ou poder de gerir os próprios negócios, dentro de um círculo prefixado por entidade superior. Neste caso a Constituição Federal que se apresenta como poder distribuidor de competências exclusivas entre as três esferas de governo.
Voltando para os Estados, a CF em seu art. 125, § 2º disciplina os Estados-membros a instituírem representação de inconstitucionalidade de leis e atos normativos estaduais e municipais em face da constituição Estadual. O mesmo dispositivo veda a legitimação para agir a apenas um órgão. O julgamento dessa representação, pela via principal, é exclusivo do tribunal de Justiça local.
O objeto da representação por inconstitucionalidade estadual é exclusivamente leis e atos normativos estaduais e municipais, ou seja, o TJ local nunca julga lei federal em controle abstrato ou concentrado, mesmo quando o parâmetro for a Constituição Estadual. Sua competência originária para julgar é do tribunal de Justiça (TJ) local e os legitimados a propor a representação, a Constituição Federal não os especificou, limitando-se apenas a vedar que essa legitimidade para agir fosse atribuída a apenas um órgão. Assim, cabe a constituição Estadual de cada Estado-membro apontar os legitimados, sempre averiguando que, é expressão derivada do poder constituinte, esta limitação deve guardar uma correspondência mínima com o art. 103 da CF que traz os legitimados a propor ADI Federal.

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