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Investigador e Escrivão
RODADA DE QUESTÕES PC/PA
SUMÁRIO
DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................... 3
Gabarito ............................................................................................... 71
DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................. 73
Gabarito ..............................................................................................138
DIREITO PENAL ...................................................................................140
Gabarito ..............................................................................................175
DIREITO PROCESSUAL PENAL ..............................................................176
Gabarito ..............................................................................................217
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Investigador e Escrivão
RODADA DE QUESTÕES PC/PA
Renato Borelli
Juiz Federal do TRF1. Foi Juiz Federal do TRF5. Exerceu a advocacia privada e pública. Foi servidor público 
e assessorou Desembargador Federal (TRF1) e Ministro (STJ). Atuou no CARF/Ministério da Fazenda como 
Conselheiro (antigo Conselho de Contribuintes). É formado em Direito e Economia, com especialização em 
Direito Público, Direito Tributário e Sociologia Jurídica.
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Banca organizadora: AOCP
Temas cobrados no edital
Delegado de Polícia
1. Estado, governo e administração pública: conceitos, elementos, poderes e organi-
zação; natureza, fins e princípios. 2. Direito Administrativo: conceito, fontes e princípios. 3. 
Organização administrativa: centralização, descentralização, concentração e desconcentra-
ção; organização administrativa da União; administração direta e indireta. 4. Agentes públicos: 
espécies e classificação; poderes, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e função públicos; 
regime jurídico único: provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição; direitos 
e vantagens; regime disciplinar; responsabilidade civil, criminal e administrativa. 5. Poderes 
administrativos: poder vinculado; poder discricionário; poder hierárquico; poder disciplinar; 
poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder. 6. Ato administrativo: conceito; 
requisitos, perfeição, validade, eficácia; atributos; extinção, desfazimento e sanatória; classi-
ficação, espécies e exteriorização; vinculação e discricionariedade. Intervenção do Estado na 
propriedade privada. 7. Serviços públicos: conceito, classificação, regulamentação e controle; 
forma, meios e requisitos; delegação: concessão, permissão, autorização. 8. Controle e res-
ponsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo; 
responsabilidade civil do Estado. 9. Licitações e Contratos (Lei n. 8.666/93 e alterações).
Investigador de Polícia Civil, Escrivão de Polícia Civil e Papiloscopista. 
1. Noção de organização administrativa. 1.1 Centralização, descentralização, concentra-
ção e desconcentração. 1.2 Administração direta e indireta. 1.3 Autarquias, fundações, empre-
sas públicas e sociedade de economia mista; 2. Ato administrativo. 2.1 Conceito, requisi-
tos, atributos, classificação e espécies; 3. Agente público. 3.1 Legislação pertinente. 3.1.2 Lei 
Orgânica da Polícia Civil do Estado do Pará (Lei Complementar n. 022/1994 e alterações). 
3.1.3 Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos do Estado do Pará – Lei n. 5.810/1994 e 
suas alterações. 3.1.4 Disposições constitucionais aplicáveis. 4. Poderes administrativos. 4.1. 
Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. 4.2 Uso e abuso do poder. 5. Licitações e 
Contratos (Lei n. 8.666/93 e alterações). 5.1 Princípios. 5.2 Contratação direta, dispensa e 
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Investigador e Escrivão
RODADA DE QUESTÕES PC/PA
inexigibilidade. 5.3 Modalidades, tipos e procedimentos. 6. Controle da administração pública. 
6.1 Controle judicial. 6.2 Controle legislativo. 7. Responsabilidade civil do Estado. 7.1 Res-
ponsabilidade por ato comissivo do Estado. 7.2 Responsabilidade por omissão do Estado. 7.3 
Requisitos para a demonstração da responsabilidade do Estado. 7.4 Causas excludentes e 
atenuantes da responsabilidade do Estado.
Estado, governo e Administração Pública: conceitos, elementos, poderes e organi-
zação; natureza, fins e princípios. Direito Administrativo: conceito, fontes e princípios 
(apenas para o cargo de Delegado de Polícia!).
1. (INSTITUTO AOCP/CÂMARA DE MARINGÁ-PR/ADVOGADO/2017) Em relação aos Prin-
cípios Constitucionais da Administração Pública, assinale a alternativa correta.
a. A vedação ao tratamento discriminatório dos agentes públicos constitui característica do 
princípio da moralidade.
b. A observância às normas de boa administração, em que a Administração Pública de-
verá concretizar suas atividades visando extrair o maior número possível de efeitos 
positivos e obtenção de excelência de recursos, diz respeito à aplicação do princípio da 
legalidade.
c. A vedação à promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos, tendo como base 
a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos, 
sem finalidade educativa, informativa ou de orientação social, coaduna-se com o princí-
pio da publicidade.
d. Os atos praticados à luz da moralidade podem ser entendidos como aqueles que inte-
gram o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administração.
e. O princípio da legalidade não subordina a Administração Pública à lei.
COMENTÁRIO
a. Errada! A vedação ao tratamento discriminatório dos agentes públicos constitui 
característica do princípio da impessoalidade.
b. Errada! A assertiva está versando sobre o princípio da eficiência, e não sobre o princípio 
da legalidade.
c. Errada! A vedação à promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos, tendo 
como base a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos, sem finalidade educativa, informativa ou de orientação social, coaduna-se com o 
princípio da impessoalidade.
d. CERTA! 
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Investigador e Escrivão
RODADA DE QUESTÕES PC/PA
e. Errada! Ao contrário, o princípio da legalidade subordina a Administração Pública à lei. 
Como vimos em aula, o princípio da legalidade estabelece que toda e qualquer atividade 
da Administração Pública deve ser autorizada por lei. Em outras palavras, diz-se que a 
Administração só pode agir segundo a lei (secundum legem), e não contra a lei (contra 
legem) ou além da lei (praeter legem).
2. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE BETIM-MG/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS 
MUNICIPAIS/2020) Acerca do princípio administrativo da autotutela, assinale a alternati-
va correta.
a. Esse princípio permite à Administração Pública a revisão de seus atos, seja por vícios de 
ilegalidade (invalidação), seja por motivos de conveniência e oportunidade (revogação).
b. A autotutela repele e abomina favoritismos e restrições indevidas, exigindo tratamento 
equânime e marcado pela neutralidade, proibindo que o agente público utilize seu cargo 
para a satisfação de interesses pessoais.
c. Esse princípio exige que a ação da administração seja ética e respeite os valores jurídi-
cos e morais.
d. A autotutela exige que a atuação do Poder Público seja transparente, com informações 
acessíveis à sociedade.
e. Segundo tal princípio, os atos administrativos se revestem de uma presunção relativa de 
que são praticados legitimamente, de acordo com as normas jurídicas.
COMENTÁRIO
a. CERTA! É isso mesmo. O princípio da autotutela possibilita à Administração Pública 
controlar seus próprios atos, apreciando-os sob dois aspectos, quais sejam:
• legalidade, em que a Administração pode, de ofício ou provocada, anular os seus atos 
ilegais; e
• mérito, em que a Administração reexamina um ato legítimo quanto à conveniência e 
oportunidade, podendo mantê-lo ou revogá-lo.
Com efeito, a autotutela encontra respaldolegal (art. 53 da Lei n. 9.784/1999) e jurisprudencial 
(Súmula 473 do STF):
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e 
pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Súmula 473-STF. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que 
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência 
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação 
judicial.
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RODADA DE QUESTÕES PC/PA
b. Errada! É o princípio da impessoalidade (e não o da autotutela!) que repele e abomina 
favoritismos e restrições indevidas, exigindo tratamento equânime e marcado pela 
neutralidade, proibindo que o agente público utilize seu cargo para a satisfação de interesses 
pessoais.
c. Errada! Decorre do princípio da moralidade a exigência de que a ação da Administração 
seja ética e respeite os valores jurídicos e morais.
d. Errada! Advém do princípio da publicidade a exigência de que a atuação do Poder Público 
seja transparente, com informações acessíveis à sociedade.
e. Errada! A presunção relativa de que os atos administrativos são praticados legitimamente, 
de acordo com as normas jurídicas, é um dos atributos dos atos administrativos. Não 
corresponde, assim, a um princípio e nem tampouco ao princípio da autotutela.
3. (INSTITUTO AOCP/PC-ES/PERITO OFICIAL CRIMINAL/2019) O princípio pelo qual a Ad-
ministração Pública exerce controle sobre seus próprios atos, tendo a possibilidade de 
anular os ilegais e de revogar os inoportunos, denomina-se
a. Princípio da Legalidade.
b. Princípio da Autotutela.
c. Princípio da Motivação dos Atos Administrativos.
d. Princípio da Continuidade Administrativa.
e. Princípio da Moralidade Administrativa.
COMENTÁRIO
Conforme o princípio da autotutela, a Administração Pública exerce controle sobre seus 
próprios atos, devendo anular os ilegais e revogar os inoportunos.
4. (INSTITUTO AOCP/PC-ES/PERITO OFICIAL CRIMINAL/2019) Para o Direito Administra-
tivo, o princípio que determina privilégios jurídicos, sobrepondo o interesse público ao 
particular, privilegiando a administração pública em face dos administrados e garantindo 
à Administração Pública prerrogativas e obrigações não extensíveis aos administrados, é 
denominado
a. princípio da supremacia do interesse público.
b. princípio da indisponibilidade do interesse público.
c. princípio da legalidade.
d. princípio da impessoalidade.
e. princípio da moralidade.
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RODADA DE QUESTÕES PC/PA
COMENTÁRIO
A questão está versando sobre o princípio da supremacia do interesse público.
Por supremacia do interesse público entende-se que, havendo um conflito entre o 
interesse público e o privado, há de prevalecer o interesse público, tutelado pelo Estado. 
É esse princípio que fundamenta todas as prerrogativas especiais de que dispõe a 
Administração como instrumentos para a consecução dos fins que a Constituição e 
as leis lhe impõem.
Correta, portanto, a alternativa “a”.
5. (INSTITUTO AOCP/PC-ES/INVESTIGADOR/2019) Tanto os agentes públicos quanto a 
Administração Pública devem agir conforme os preceitos éticos, já que tal violação impli-
cará em uma transgressão do próprio Direito, o que caracterizará um ato ilícito de modo a 
gerar a conduta viciada em uma conduta invalidada. O enunciado refere-se ao Princípio da
a. Legalidade.
b. Impessoalidade.
c. Moralidade.
d. Supremacia do Interesse Público.
e. Eficiência.
COMENTÁRIO
Correta a alternativa “c”! O princípio da moralidade impõe a necessidade de atuação ética 
dos agentes públicos. Diz respeito à noção de obediência aos valores morais, aos bons 
costumes, às regras da boa administração, aos princípios da justiça e da equidade, à ideia 
comum de honestidade, à ética, à boa-fé e à lealdade.
6. (AOCP/CODEM-PA/ADVOGADO/2017/ADAPTADA) Os princípios são norteadores de 
todo o ordenamento jurídico. O mesmo se pode afirmar sobre a administração pública. 
Assim, considerando a natureza, os fins e os princípios básicos de Direito Administrativo, 
assinale a alternativa correta.
a. Apesar de a Constituição Federal elencar expressamente cinco princípios da adminis-
tração pública, é entendido pela doutrina que outros princípios constitucionais também 
se aplicam à presente temática, bem como outros que sequer são mencionados no texto 
constitucional.
b. A Administração Pública está obrigada por lei ao cumprimento de certas finalidades, 
entre elas a supremacia dos interesses estatais frente aos interesses da coletividade.
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RODADA DE QUESTÕES PC/PA
c. Pelo princípio da publicidade, os administrados, ou seja, a coletividade pública em geral, 
devem ser tratados sem qualquer discriminação (benéficas ou detrimentosas).
d. Oss princípio do contraditório e da ampla defesa se aplicam quando de litígios judiciais 
administrativos, mas não nos procedimentos administrativos em geral.
e. Os atos administrativos não importam em motivação, uma vez que se presume a lisura 
e a moralidade da Administração Pública.
COMENTÁRIO
a. CERTA! Realmente, nem todos os princípios a que a Administração Pública deve 
obediência encontram-se explícitos no art. 37, caput, da Constituição Federal, que cita os 
princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência. 
Muitos outros estão expostos em normas infraconstitucionais, enquanto outros não estão 
nem mesmo previstos formalmente em norma alguma, mas são reconhecidos pela doutrina 
e pela jurisprudência por serem decorrência lógica dos ditames da Carta Magna, possuindo, 
assim, a mesma relevância que os princípios expressos. São exemplos os princípios da 
supremacia do interesse público, da indisponibilidade do interesse público, da motivação, 
da razoabilidade e da proporcionalidade, entre outros.
b. Errada! A Administração Pública está obrigada a observar a supremacia dos interesses 
da coletividade frente aos interesses estatais, não o inverso.
c. Errada! A exigência de que os administrados, ou seja, a coletividade pública em geral, 
devem ser tratados sem qualquer discriminação (benéficas ou detrimentosas), decorre do 
princípio da impessoalidade.
O princípio da publicidade impõe à Administração Pública o dever de dar transparência 
a seus atos, tornando-os públicos.
d. Errada! Os princípios do contraditório e da ampla defesa se aplicam aos litígios judiciais 
administrativos e também aos procedimentos administrativos em geral.
Embora isso não esteja expresso no artigo 37 da CF, que trata da Administração Pública, há 
previsão nesse sentido no artigo 5º, inciso LV:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegura-
dos o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Os princípios também estão previstos no caput do art. 2º da Lei n. 9.784/1999 1.
O mestre Hely Lopes Meirelles ensinava que, ao falar em “litigantes” ao lado de “acusados”, 
a Constituição não limita o contraditório e a ampla defesa aos processos administrativos 
1 Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razo-
abilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
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punitivos em que haja acusados, mas estende tais garantias a todos os processos 
administrativos, punitivos e não punitivos, ainda que neles não haja acusados, mas 
simplesmente litigantes.
Com efeito, litigantes existem sempre que, num procedimento qualquer, surja um conflito 
de interesses, não necessariamente uma acusação.
e. Errada! Via de regra, todos os atos administrativos importam em motivação. Afinal, é por 
meio da indicaçãodos pressupostos de fato e dos pressupostos de direito que ensejaram a 
prática do ato que será possível exercer o controle da legalidade e da moralidade dos atos 
administrativos, bem como assegurar o exercício da ampla defesa e do contraditório.
7. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/ADVOGADO/2015/ADAPTADA) Assinale a alternati-
va correta.
a. O Princípio da Impessoalidade, previsto no art. 37 da Constituição Federal, apresenta-
-se exclusivamente no sentido de que os atos e provimentos administrativos são impu-
táveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa da 
Administração Pública.
b. O Poder Regulamentar da Administração Pública abrange somente o poder de regular o 
seu próprio funcionamento interno, não abrangendo a edição de normas complementa-
res à lei, para sua fiel execução.
c. O Princípio da Supremacia do interesse público não prevalece sobre o Princípio da Ga-
rantia da Propriedade Privada.
d. Com o Princípio da Autotutela, a Administração Pública exerce controle sobre os seus 
próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou 
inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
e. Poder Disciplinar que cabe à Administração Pública permite que a eventual penalidade 
possa ser aplicada sem que haja o contraditório e a ampla defesa.
COMENTÁRIO
a. Errada! O princípio da impessoalidade admite seu exame sob os seguintes aspectos:
1) Dever de isonomia por parte da Administração Pública: prevalece que o administrador 
não pode buscar interesses pessoais, mas apenas o interesse público, ou coletivo, devendo 
agir de forma abstrata e impessoal, ou seja, com ausência de subjetividade, inferindo-se, 
assim, que o ato praticado pelo agente é da pessoa jurídica de direito público e não 
do próprio agente e que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou 
beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem de 
nortear seu comportamento.
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RODADA DE QUESTÕES PC/PA
2) Dever de conformidade aos interesses públicos: o princípio da impessoalidade, aqui, 
se assemelha ao princípio da finalidade, oportunidade em que qualquer ato praticado com 
objetivo diverso do interesse público será considerado nulo, por desvio de finalidade.
3) Vedação à promoção pessoal dos agentes públicos: as realizações governamentais 
não devem ser atribuídas ao agente ou à autoridade que as pratica. Estes apenas lhes 
dão forma. Ao contrário, os atos e provimentos administrativos devem ser vistos como 
manifestações institucionais do órgão ou da entidade pública. O servidor ou autoridade é 
apenas o meio de manifestação da vontade estatal.
b. Errada! O poder regulamentar da Administração Pública também abrange a edição de 
normas complementares à lei, para sua fiel execução, o que se faz por meio dos decretos 
regulamentares, previstos no art. 84, IV, da CF.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
(...)
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para 
sua fiel execução;
c. Errada! O princípio da supremacia do interesse público pode vir sim a prevalecer 
sobre o princípio da garantia da propriedade privada, tal como ocorre nas hipóteses de 
desapropriação.
d. CERTA! Perfeito! É isso mesmo.
e. Errada! Eventual penalidade que venha a ser aplicada no exercício do poder disciplinar 
que cabe à Administração Pública deve observar o contraditório e a ampla defesa.
8. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/ADVOGADO/2017/ADAPTADA) Um profissional foi irregu-
larmente empossado no cargo público de advogado da Prefeitura de Cajazeiras, tendo 
praticado diversos atos em nome da administração e no interesse público. Após a consta-
tação da irregularidade, por processo administrativo regular, a Prefeitura Municipal afastou 
o servidor, mas reconheceu como válidos todos os atos praticados por ele, tendo aplicado 
como justificativa para tal o princípio da
a. celeridade.
b. eficiência.
c. presunção da veracidade dos atos.
d. moralidade administrativa.
e. impessoalidade.
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RODADA DE QUESTÕES PC/PA
COMENTÁRIO
A Prefeitura Municipal, no caso narrado, reconheceu como válidos todos os atos praticados 
pelo servidor afastado, com base no princípio da impessoalidade, que, dentre outras 
funções, veda a promoção pessoal do agente à custa das realizações da Administração 
Pública.
Com efeito, as realizações governamentais não devem ser atribuídas ao agente ou à 
autoridade que as pratica. Estes apenas lhes dão forma. Ao contrário, os atos e provimentos 
administrativos devem ser vistos como manifestações institucionais do órgão ou da 
entidade pública. O servidor ou autoridade é apenas o meio de manifestação da vontade 
estatal.
A própria Constituição Federal contém uma regra expressa decorrente desse princípio, ao 
proibir que constem nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de 
autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos (CRFB, art. 37, § 1º). O STF, inclusive, entende que essa 
vedação atinge também qualquer menção ao partido político do administrador público 2.
Assim, uma obra realizada por determinado município não poderá ser anunciada como 
sendo de determinado Prefeito, e nem mesmo do partido “X”. Ao contrário, a obra deverá 
ser sempre tratada e anunciada como obra da municipalidade ou da Prefeitura, vedada 
qualquer alusão às características dos agentes públicos e respectivos partidos políticos, 
inclusive eventuais símbolos ou imagens ligados a seus nomes.
Esse enfoque do princípio da impessoalidade, ao retirar a responsabilidade pessoal dos 
agentes públicos, permite que se reconheça a validade dos atos praticados em nome da 
Administração por agentes cuja investidura no cargo venha a ser futuramente anulada 
(agente de fato ou putativo).
9. (AOCP/PREFEITURA DE JUIZ DE FORA-MG/AUDITOR FISCAL/2016) A Administração 
Pública obedecerá aos princípios de
a. legalidade, pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
b. legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, apenas.
c. legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
d. legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e ineficiência.
e. legalidade, impessoalidade, morosidade, publicidade e eficiência.
2 RExt 191.688.
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COMENTÁRIO
Questão bem tranquila. 
A Administração Pública obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência, estampados no art. 37, caput, da CF, e conhecidos pelo mnemônico 
LIMPE.
L legalidade
I impessoalidade
M moralidade
P publicidade
E eficiência
10. (AOCP/PREFEITURA DE JUIZ DE FORA-MG/AUDITOR FISCAL/2016) Sobre o Princípio 
da Motivação, é lícito afirmar que ele
a. obriga o Estado a proporcionar aos seus agentes públicos condições para que estejam 
sempre motivados a atender o interesse público.
b. garante que o Poder Público exerça o controle sobre os próprios atos, podendo anular 
os ilegais e revogar os inconvenientes, sem a necessidade de buscar o Poder Judiciário.
c. obriga que o administrador público obedeça à lei e ao Direito, o que inclui os princípios 
administrativos, sob pena de responder disciplinar, civil e criminalmente.
d. determina que o administrador público deve expor os fundamentos de fato e de direito 
que embasaram sua decisão ou ato praticado.
e. decorre do próprio Estado de Direito e motiva à autoridade competente a se sentir obri-
gada a dar publicidade de seus atos.
COMENTÁRIO
a. Errada! O princípio da motivação impõe à Administração o dever de justificar seus atos, 
sejam eles vinculados ou discricionários 3, devendo o administrador explicitar os pressupostos 
de fato (fatos que ensejaram o ato) e os pressupostos de direito (preceitos jurídicos que 
autorizaram sua prática) que o levaram aadotar determinada conduta.
b. Errada! É o princípio da autotutela que garante que o Poder Público exerça o controle 
sobre os próprios atos, devendo anular os ilegais e podendo revogar os inconvenientes, 
sem a necessidade de buscar o Poder Judiciário.
c. Errada! A alternativa está versando sobre o princípio da legalidade.
3 MS n. 9.944.
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d. CERTA! De fato, como visto na explicação da alternativa “a”, o princípio da motivação 
determina que o administrador público deve expor os fundamentos de fato e de direito que 
embasaram sua decisão ou ato praticado.
e. Errada! A alternativa está versando sobre o princípio da publicidade.
11. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/ADVOGADO/2015) A Súmula 683/2013 do STF, que reafir-
ma legitimidade sobre o limite de idade em concurso público pela natureza das atribuições 
do cargo, é um parâmetro para o entendimento de qual princípio do Direito Administrativo?
a. Autotutela.
b. Presunção de legitimidade.
c. Isonomia.
d. Finalidade.
e. Motivação.
COMENTÁRIO
A Súmula 683/2013 do STF é um parâmetro para o entendimento do princípio da isonomia, 
segundo o qual se deve conferir tratamento igualitário a todos os administrados que se 
encontrem na mesma situação jurídica, sem favorecimentos ou discriminações de 
qualquer espécie. 
Vejamos o teor da Súmula:
Súmula 683-STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do 
art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo 
a ser preenchido.
Com efeito, é preciso ter em mente que a ideia de isonomia, por vezes, irá pressupor 
tratamento desigual entre as pessoas que não se encontram na mesma situação fático-
jurídica (tratamento desigual aos desiguais), desde que respeitado o princípio da 
proporcionalidade, razão pela qual o requisito de idade máxima ou mínima exigido para 
participação em concursos públicos deve corresponder às necessidades inerentes à função 
pública que será exercida. 4
4 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito. 6ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; 
São Paulo: MÉTODO, 2018.
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Assim, a limitação em razão da idade será inconstitucional quando não possuir relação 
necessária com o cargo que será ocupado. O STF, por exemplo, já decidiu ser inconstitucional 
a fixação da idade mínima de 35 anos para o cargo de Fiscal de Tributos Estaduais e de 45 
anos para o cargo de Médico municipal 5.
12. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/ADVOGADO/2015) De acordo com Wander Garcia, o prin-
cípio da Administração Pública “que impõe o dever de a Administração Pública atender sa-
tisfatoriamente às necessidades dos administrados, bem como de o administrador público 
fazer o melhor, como profissional, diante dos meios de que dispõe” é o
a. princípio da segurança jurídica.
b. princípio da moralidade administrativa.
c. princípio da publicidade.
d. princípio da eficiência.
e. princípio da impessoalidade.
COMENTÁRIO
A questão discorreu sobre o princípio da eficiência. 
Consoante Hely Lopes Meirelles 6 lecionava, “o princípio da eficiência exige que a atividade 
administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais 
moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada 
apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório 
atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros”.
13. (INSTITUTO AOCP/UFS/ADVOGADO/2014) O princípio que concede à Administração o 
poder de anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, por-
que deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportu-
nidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvados em todos os casos, a apreciação 
judicial, denomina-se
a. princípio da legalidade.
b. princípio da impessoalidade.
c. princípio da proporcionalidade.
d. princípio da autotutela.
e. princípio da publicidade.
5 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito. 6ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: 
Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
6 Di Pietro, Direito administrativo, p. 84.
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RODADA DE QUESTÕES PC/PA
COMENTÁRIO
A questão está tratando do princípio da autotutela, que possibilita à Administração Pública 
controlar seus próprios atos, apreciando-os sob dois aspectos, quais sejam:
• legalidade, em que a Administração deve, de ofício ou provocada, anular os seus atos 
ilegais; e
• mérito, em que a Administração reexamina um ato legítimo quanto à conveniência e 
oportunidade, podendo mantê-lo ou revogá-lo.
14. (AOCP/TCE-PA/AUDITOR/2012/ADAPTADA) Assinale a alternativa que retrata correta-
mente o princípio da Administração Pública mencionado.
a. Publicidade, segundo o qual a Administração Pública deve agir com boa-fé.
b. Impessoalidade, de acordo com o qual a Administração Pública não pode agir benefi-
ciando uns e prejudicando outros.
c. Eficiência, que é a transparência da Administração Pública.
d. Moralidade administrativa, que é a prevalência do interesse público sobre o privado.
e. Legalidade, de acordo com o qual a Administração Pública pode fazer tudo o que a lei 
não proibir expressamente.
COMENTÁRIO
a. Errada! A imposição de que a Administração Pública deve agir com boa-fé guarda maior 
conexão com o princípio da moralidade.
Em relação ao princípio da publicidade, este impõe à Administração Pública o dever de dar 
transparência a seus atos, tornando-os públicos.
b. CERTA! Um dos aspectos do princípio da impessoalidade é o dever de isonomia por parte 
da Administração Pública, que deverá conferir igualdade de tratamento aos administrados 
que se encontrem em idêntica situação jurídica, sem favorecimentos ou discriminações de 
qualquer espécie.
c. Errada! A assertiva está tratando do princípio da publicidade.
O princípio da eficiência, por seu turno, segundo as lições da professora Fernanda Marinela, 
está associado à produtividade e à economicidade, ou seja, busca-se a redução de 
desperdícios de dinheiro, buscando sua aplicação em serviços públicos com presteza, 
perfeição e rendimento funcional.
d. Errada! A prevalência do interesse público sobre o privado fundamenta-se no princípio da 
supremacia do interesse público.
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RODADA DE QUESTÕES PC/PA
Noutra via, o princípio da moralidade está relacionado à ideia de honestidade, de boa 
conduta, de obediência aos princípios éticos e normas morais, à correção de atitude e à 
boa-fé no exercício da atividade administrativa.
e. Errada! O princípio da legalidade, sob a ótica da Administração Pública, significa que esta 
pode fazer tudo o que a lei autoriza ou determina.
É preciso ter bastante atenção, pois o conteúdo do postulado da legalidade varia de acordo 
com o destinatário.
O saudoso professor Hely Lopes Meirelles já explicava que:
LEGALIDADE PARA O AGENTE PÚBLICO ou ADMINISTRADOR PÚBLICO – somente pode fa-
zer o que a lei autoriza e determina; é chamado de CRITÉRIO DE SUBORDINAÇÃO À LEI.
LEGALIDADE PARA O PARTICULAR – pode fazer tudo o que a lei NÃO proíbe. É o CRITÉRIO DA 
NÃO CONTRADIÇÃO À LEI.
15. (AOCP/TRT 9ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2004/ADAPTADA) Considere a assertiva a 
seguir em relação à Administração Pública:
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoali-
dade, moralidade, publicidade e eficiência, dentre outros.
COMENTÁRIO
O item está correto! A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, tal como determina o art. 
37, caput, da Constituição Federal. Mas, além destes, tambémdeverá observar outros 
tantos princípios expostos em normas infraconstitucionais, bem como aqueles não estão 
previstos em norma alguma, mas que são reconhecidos pela doutrina e pela jurisprudência 
por serem decorrência lógica dos ditames da Carta Magna.
Organização administrativa: centralização, descentralização, concentração e des-
concentração; organização administrativa da União; administração direta e indireta.
16. (PREFEITURA DE SÃO BENTO DO SUL-SC/2019/INSTITUTO AOCP/FISCAL DE POS-
TURAS) Em se tratando da organização da Administração Pública, assinale a alternativa 
INCORRETA.
a. Concentração é a técnica de cumprimento de competências administrativas por meio de 
órgãos públicos despersonalizados e sem divisões internas.
b. Órgão público é uma pessoa jurídica de direito público interno, pertencente à Adminis-
tração Pública indireta, criada por lei específica para o exercício de atividades típicas da 
Administração Pública.
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c. Na desconcentração, as atribuições são repartidas entre órgãos públicos pertencentes 
a uma única pessoa jurídica, mantendo a vinculação hierárquica.
d. Na descentralização administrativa, as competências administrativas são distribuídas a 
pessoas jurídicas autônomas, criadas pelo Estado para tal finalidade.
COMENTÁRIO
Somente a alternativa “b” está INCORRETA!
Órgãos públicos, fruto do processo de desconcentração administrativa, podem estar 
presentes na Administração Pública direta e indireta e não possuem personalidade 
jurídica, sendo “um compartimento ou centro de atribuições que se encontra inserido em 
determinada pessoa” 7, esta sim dotada de personalidade jurídica.
Ademais, não são criados para o exercício de atividades típicas da Administração 
Pública.
Conforme explica Rafael Carvalho Rezende Oliveira:
A criação dos órgãos públicos é justificada pela necessidade de especialização de funções adminis-
trativas, com o intuito de tornar a atuação estatal mais eficiente (ex.: em âmbito federal, os Ministé-
rios, ligados à Presidência da República, são responsáveis por atividades específicas. O Ministério 
da Saúde, por exemplo, é o órgão responsável pela gestão e execução de atividades relacionadas 
com a saúde) 8.
17. (PC-SE/2018/CEBRASPE/DELEGADO DE POLÍCIA) No que se refere aos institutos da 
centralização, da descentralização e da desconcentração, julgue o item a seguir.
Na administração pública, desconcentrar significa atribuir competências a órgãos de uma 
mesma entidade administrativa.
COMENTÁRIO
Na desconcentração, por meio da criação de órgãos públicos, existe uma especialização de 
funções dentro da estrutura estatal, sem que isso resulte na criação de uma nova pessoa 
jurídica.
Conforme leciona Rafael Carvalho Rezende Oliveira:
Trata-se de distribuição interna de atividades dentro de uma mesma pessoa jurídica. O resultado 
desse fenômeno é a criação de centros de competências, denominados órgãos públicos, dentro da 
mesma estrutura hierárquica (ex.: criação de Ministérios, Secretarias etc.) 9.
7 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito. 6ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
8 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito. 6ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
9 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito. 6ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
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RODADA DE QUESTÕES PC/PA
18. (POLÍCIA FEDERAL/2018/CEBRASPE/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL) Acerca da or-
ganização da administração pública brasileira, julgue o item subsequente.
Ao outorgar determinada atribuição a pessoa não integrante de sua administração direta, 
o Estado serve-se da denominada desconcentração administrativa.
COMENTÁRIO
Ao outorgar determinada atribuição a pessoa não integrante de sua administração direta, o 
Estado serve-se da denominada DESCENTRALIZAÇÃO administrativa.
Vamos entender melhor.
A organização administrativa costuma ocorrer por meio de duas técnicas: a desconcentração 
e a descentralização.
Na desconcentração administrativa, haverá uma distribuição interna de competências 
no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, implicando a criação de órgãos públicos.
Já a descentralização administrativa ocorre “quando o Estado desempenha algumas 
de suas atribuições por meio de outras pessoas, e não pela sua administração direta. A 
descentralização pressupõe duas pessoas distintas: o Estado (a União, o Distrito Federal, 
um estado ou um município) e a pessoa que executará o serviço, por ter recebido do Estado 
essa atribuição” 10.
19. (ADAF-AM/2018/INSTITUTO AOCP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA) 
Qual, dos citados a seguir, integra a Administração Pública Direta da União?
a. Caixa Econômica Federal.
b. Banco do Brasil.
c. Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
d. Banco Central.
e. Ministério da Educação.
COMENTÁRIO
A Administração direta compreende os entes federativos (União, estados, DF e municípios) 
e seus respectivos órgãos, a exemplo do Ministério da Educação, órgão vinculado à União.
A Caixa Econômica Federal é uma empresa pública integrante da Administração indireta.
O Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista integrante da Administração 
indireta.
10 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito. 6ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Banco Central são autarquias integrantes 
da Administração indireta.
20. (PRF/2012/CEBRASPE/AGENTE ADMINISTRATIVO) No que se refere à administração 
direta e indireta, julgue o item subsecutivo.
As autarquias não podem ampliar sua autonomia gerencial, orçamentária e financeira, 
pois isso acarretaria prejuízo do controle finalístico realizado pela administração pública.
COMENTÁRIO
As autarquias, por meio do contrato de gestão previsto no art. 37, § 8º, da CF, PODEM 
ampliar sua autonomia gerencial, orçamentária e financeira.
Vejamos:
Art. 37, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da ad-
ministração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus 
administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o 
órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade 
dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
Destaca-se que receberão a qualificação de agências executivas as autarquias e as 
fundações que celebrarem o citado contrato, conforme previsão constante no art. 51 da Lei 
n. 9.649/1998:
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que 
tenha cumprido os seguintes requisitos:
I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento;
II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
§ 1º A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República.
§ 2º O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as Agências 
Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a disponibilidade de recursos 
orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de 
Gestão.
21. (PRF/2012/CEBRASPE/AGENTE ADMINISTRATIVO) No que se refere à administração 
direta e indireta, julgue o item subsecutivo.
São exemplos de prerrogativas estatais estendidas às autarquias a imunidade tributária 
recíproca e os privilégios processuais da Fazenda Pública.
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COMENTÁRIO
As autarquiassão entidades administrativas dotadas de personalidade jurídica de direito 
públicas e criadas por lei específica para realizarem atividades típicas de Estado. Submetem-
se a regime jurídico muito semelhante aos dos entes da Administração direta, sendo correto 
afirmar são exemplos de prerrogativas estatais estendidas às autarquias a imunidade 
tributária recíproca e os privilégios processuais da Fazenda Pública.
Sobre o tema, vajamos o que diz Rafael Carvalho Rezende Oliveira:
Além das características já mencionadas, as autarquias são detentoras de prerrogativas 
tributárias e processuais importantes, que podem ser assim resumidas:
a. imunidade tributária (art. 150, § 2º, da CRFB): vedação de instituição de impostos sobre o 
patrimônio, a renda e os serviços das autarquias, desde que “vinculados a suas finalidades 
essenciais ou às delas decorrentes”. A imunidade só existe em relação aos impostos (não 
alcança, por exemplo, as taxas) e depende da utilização dos bens, das rendas e dos serviços 
nas finalidades essenciais da entidade; e
b. prerrogativas processuais: a autarquia é enquadrada no conceito de Fazenda Pública 
e goza das prerrogativas processuais respectivas, tais como: prazo em dobro para todas 
as suas manifestações processuais (art. 183 do CPC/2015, não subsistindo a previsão de 
prazo quadruplicado para contestação que constava do art. 188 do CPC/1973); duplo grau 
de jurisdição, salvo as exceções legais (art. 496 do CPC/2015, que corresponde ao art. 475 
do CPC/1973) etc. 11
Agentes públicos: espécies e classificação; poderes, deveres e prerrogativas; 
cargo, emprego e função públicos; regime jurídico único: provimento, vacância, remo-
ção, redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime disciplinar; responsabi-
lidade civil, criminal e administrativa. 
22. (TRT 1ª REGIÃO/2018/INSTITUTO AOCP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRA-
TIVA/ADAPTADA) Nos termos da Lei n. 8.112/1990, que dispõe acerca do regime jurídico 
dos servidores públicos federais, o servidor que procede de forma desidiosa, omitindo-se 
quanto a atos de fiscalização e de supervisão que deveria praticar de ofício, de forma rei-
terada, está sujeito À penalidade disciplinar de
a. advertência.
b. suspensão de até 30 (trinta) dias.
11 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito Administrativo. 6ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018.
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c. suspensão de até 90 (noventa) dias.
d. demissão.
e. remoção.
COMENTÁRIO
A Lei n. 8.112/1990 fixa que o servidor público é proibido atuar de maneira desidiosa (art. 
117, XV), sendo esta uma conduta passível de ser punida com a pena de demissão (art. 
132, XIII).
Observe:
Art. 117. Ao servidor é proibido:
XV - proceder de forma desidiosa;
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
Logo, o servidor que procede de forma desidiosa, omitindo-se quanto a atos de fiscalização 
e de supervisão que deveria praticar de ofício, de forma reiterada, está sujeito à penalidade 
disciplinar de demissão.
23. (IFOB/2018/INSTITUTO AOCP/ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) O servi-
dor público federal possui deveres perante a Administração e o administrado. Em relação 
aos deveres previstos na Lei n. 8.112/1990, julgue o item a seguir.
O servidor deve cumprir as ordens superiores, não podendo, em qualquer hipótese, cogi-
tar sua legalidade.
COMENTÁRIO
O servidor é obrigado a cumprir apenas as ordens que tenham, no mínimo, aparência de 
legalidade, não estando obrigado a realizar aquelas manifestamente ilegais.
Nesse sentido, art. 116, IV, da Lei n. 8.112/1990:
Art. 116. São deveres do servidor:
(...)
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
24. (PC-ES/2019/INSTITUTO ACESSO/DELEGADO DE POLÍCIA/ADAPTADA) Com relação 
aos agentes públicos em geral e seu regime jurídico, leia as afirmativas a seguir.
I – Senadores da República não são agentes públicos, mas se caracterizam como agen-
tes políticos.
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II – Agentes públicos podem estar submetidos ao regime jurídico estatutário ou ao regime 
jurídico celetista.
III – A atuação como jurado é caracterizada pela ação do particular que colabora com o 
poder público.
IV – Empregado público, por definição, é todo agente público que trabalha em uma Empre-
sa Estatal.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a. II e IV.
b. III e IV.
c. I e II.
d. I e III.
e. II e III.
COMENTÁRIO
Estão corretas apenas as afirmativas II e III!
I - ERRADA! Senadores da República são agentes públicos e também se caracterizam 
como agentes políticos. Isso porque a expressão “agentes públicos” é ampla e genérica, 
abrangendo todas as pessoas físicas que exercem funções estatais. São, portanto, “toda 
pessoa física que exerça, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, 
cargo, emprego ou função pública.” 12
Em que pese não existir consenso doutrinário sobre a sua classificação, os agentes públicos, 
podem ser divididos, ao menos, nas seguintes espécies:
a. Agentes políticos;
b. Servidores públicos em sentido amplo, o que engloba os servidores estatutários (ou 
servidores públicos em sentido estrito), os empregados públicos e os servidores temporários; 
e 
c. Particulares em colaboração com o Poder Público.
II - CORRETA! Como vimos na explicação acima, os agentes públicos englobam todas 
as pessoas físicas que exercem funções estatais, o que, obviamente, significa dizer que 
podem estar submetidos ao regime jurídico estatutário ou ao regime jurídico celetista.
III - CORRETA! Os particulares em colaboração com o Poder Público, também 
denominados de agentes honoríficos “são aqueles que exercem, transitoriamente, a função 
pública, mediante delegação, requisição, nomeação ou outra forma de vínculo, mas não 
12 Marcelo Alexandrino. Vicente Paulo. Direito administrativo descomplicado. 25ª ed. rev. e atual. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 138.
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ocupam cargos ou empregos públicos.” 13 São exemplos: jurados, mesários em eleições, 
empregados das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, notários 
e registradores, particulares requisitados para o serviço militar, estagiários contratados pela 
Administração Pública etc.
IV - ERRADA! Empregado público, por definição, NÃO é todo agente público que trabalha em 
uma empresa estatal. Em verdade, são as pessoas físicas contratadas pela Administração 
Pública sob o regime da legislação trabalhista para ocuparem emprego público.
25. (PC-PA/2012/MS CONCURSOS/DELEGADO DE POLÍCIA) Analise as assertivas, a se-
guir, relacionadas a agentes públicos e, em seguida, aponte a alternativa correta.
I – Os mesários e integrantes de juntas apuradoras, enquanto desempenham tais fun-
ções, estão na condição de agentes públicos e, quanto à classificação tradicional, são 
considerados como agentes políticos.
II – As funções de confiança só poderão ser exercidas por servidores ocupantes de cargo 
efetivo.
III – Nos termos da Constituição Federal, os servidores nomeados para cargo de provi-
mento efetivo em virtude de concurso público, após 03 (três) anos de efetivo exercício, 
adquirirão a prerrogativa da vitaliciedade.
IV – Todos os agentes públicos sujeitam-se ao regime jurídico estabelecido nos diplomas 
legais específicos denominados de estatutos.
V – Segundo José dos Santos Carvalho Filho, o desvio de poder ocorre quando o agente 
público pratica o ato, não voltado para o interesse público, mas sim para o interesse 
privado.
a. Somente as assertivas II e III estão corretas.
b. Somente as assertivas II e V estão corretas.
c. Somente as assertivas I, II e V estão corretas.
d. Somente as assertivas I,III e IV estão corretas.
e. Somente as assertivas II, IV e V estão corretas.
COMENTÁRIO
Somente as assertivas II e V estão corretas!
I - ERRADA! Os mesários e integrantes de juntas apuradoras, enquanto desempenham essas 
funções, estão na condição de agentes públicos enquadrados na espécie de particulares 
em colaboração com o Poder Público (e não como agentes políticos!).
13 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito. 6ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
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RODADA DE QUESTÕES PC/PA
II - CORRETA! As funções de confiança, conforme o art. 37, II, da CF, só poderão ser 
exercidas por servidores ocupantes de cargo efetivo.
Observe:
Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores 
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se 
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
III - ERRADA! Nos termos da Constituição Federal, art. 41, os servidores nomeados para 
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público, após 03 (três) anos de efetivo 
exercício, adquirirão a prerrogativa da ESTABILIDADE (e não da vitaliciedade!).
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para 
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
IV - ERRADA! Nem todos os agentes públicos sujeitam-se a regime jurídico estabelecido em 
diplomas legais específicos denominados de estatutos. Um exemplo são os empregados 
públicos, cuja relação funcional com a Administração Pública é regida, basicamente, pela 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sendo por isso chamados de “celetistas”.
V - CORRETA! O abuso de poder, segundo CARVALHO FILHO, pode decorrer de duas 
causas 14:
1ª) o agente atua fora dos limites de sua competência; e
2ª) o agente, embora dentro de sua competência, afasta-se do interesse público que deve 
nortear todo o desempenho administrativo
No primeiro caso, diz-se que o agente atuou com “excesso de poder”, e, no segundo, com 
“desvio de poder”.
Excesso de poder é a forma de abuso própria da atuação do agente fora dos limites de sua 
competência administrativa. Nesse caso, ou o agente invade atribuições cometidas a outro 
agente, ou se arroga o exercício de atividades que a lei não lhe conferiu.
Já o desvio de poder é a modalidade de abuso em que o agente busca alcançar fim diverso 
daquele que a lei lhe permitiu, como bem assinala LAUBADÈRE. A finalidade da lei está 
sempre voltada para o interesse público. Se o agente atua em descompasso com esse 
fim, desvia-se de seu poder e pratica, assim, conduta ilegítima. Por isso é que esse vício 
é também denominado de desvio de finalidade, denominação, aliás, adotada na lei que 
disciplina a ação popular (Lei n. 4.717, de 29/06/1965, art. 2º, parágrafo único, e).
14 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 32ª ed. rev., atual. e ampl. São 
Paulo: Atlas, 2018.
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26. (PREFEITURA DE BETIM-MG/2020/INSTITUTO AOCP/AUDITOR FISCAL DE TRIBU-
TOS MUNICIPAIS) O retorno à atividade do servidor aposentado, no interesse da Admi-
nistração ou quando cessar a invalidez temporária, é uma forma de provimento do cargo 
denominada
a. nomeação.
b. promoção vertical.
c. recondução.
d. reversão.
e. readaptação.
COMENTÁRIO
A questão está versando sobre a forma de provimento do cargo denominada reversão. Nos 
termos do art. 25, I, da Lei n. 8.112/1990: 
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: 
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria;
27. (PC-ES/2019/INSTITUTO AOCP/AUXILIAR PERÍCIA MÉDICO-LEGAL) O retorno à ativi-
dade do servidor aposentado, no interesse da Administração ou quando cessar a invalidez 
temporária, é uma forma de provimento do cargo denominada
a. nomeação.
b. promoção vertical.
c. recondução.
d. reversão.
e. readaptação.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 14 da Lei n. 8.112/1990:
Da Readaptação
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades com-
patíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspe-
ção médica.
28. (DPE-PR/2014/NC-UFPR/DEFENSOR PÚBLICO) Considere a hipótese de servidor públi-
co estável que é demitido, após procedimento. Assinale a alternativa correta.
a. O controle externo das finanças públicas é incumbido ao Poder Legislativo, o qual é 
auxiliado pelo Ministério Público de cada ente da Federação.
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b. O processo administrativo disciplinar depende umbilicalmente da sindicância. Todo 
e qualquer processo disciplinar deverá ser declarado nulo se não for precedido de 
sindicância.
c. A sindicância é peça investigativa dispensável e instrumental. No entanto, diante de sua 
natureza preparatória ao processo disciplinar, o contraditório e a ampla defesa não são 
essenciais a garantir sua legitimidade.
d. Os cargos e empregos públicos poderão ser ocupados somente por brasileiros natos, 
pois se trata de questão de soberania nacional a garantia do acesso aos cargos e em-
pregos aos brasileiros que nasceram no Brasil.
COMENTÁRIO
a. Errada! O controle externo das finanças públicas é incumbido ao Poder Legislativo, o qual 
é auxiliado pelo TRIBUNAL DE CONTAS (e não pelo Ministério Público!).
Nesse sentido, artigos 70 e 71 da Constituição Federal, que tratam do modelo utilizado em 
âmbito federal, mas que, por simetria, também é o utilizado nas demais unidades federativas.
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e 
das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, 
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, me-
diante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribu-
nal de Contas da União, ao qual compete: (...)
b. Errada! O processo administrativo disciplinar (PAD) NÃO depende umbilicalmente da 
sindicância.
O PAD é o instrumento que deverá ser utilizado pela Administração para a aplicação de 
penalidades por infrações graves cometidas por seus servidores, devendo sempre 
ser instaurado para a aplicação das penalidades de suspensão por mais de 30 dias, de 
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em 
comissão, conforme define o art. 146 da Lei n. 8.112/1990.
A sindicância, por seu turno, constitui mecanismo mais célere de apurar irregularidades 
praticadas pelos servidores. Uma vez concluída, a sindicância poderá resultar numa das 
seguintes situações previstas no art. 145 da Lei n. 8.112/1990:
a. arquivamento do processo;
b. aplicação das penalidades de advertência ou de suspensão por até 30 
dias; ou
c. instauração de PAD, se for verificado tratar-se de caso que enseje aplicação 
de penalidade mais grave.
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No último caso, quando a sindicância concluir pela necessidade de instauração de 
PAD, impõe o art. 154 que “os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como 
peça informativa da instrução”.
A sindicância, portanto, pode vir a ser uma etapa prévia do PAD, mas não é obrigatória a 
sua instauração anterior.
c. CERTA! De fato, a sindicância é peça investigativa dispensável e instrumental em relação 
ao PAD. Assim, por não haver na sindicância uma acusação formal e não se pretender aplicar 
penalidades por meio dela, o contraditório e a ampla defesa não precisam ser garantidos ao 
investigado, que os exercerá no âmbito do processo administrativo disciplinar.
Quando, todavia,a sindicância não for utilizada como etapa prévia ao PAD, mas, sim, como 
efetivo instrumento de aplicação de penalidades (advertência ou a suspensão por até 30 
dias), o contraditório e a ampla defesa prévios deverão ser assegurados ao servidor.
d. Errada! Os cargos e empregos públicos NÃO serão ocupados somente por brasileiros 
natos, mas também por brasileiros naturalizados e, na forma da lei, por estrangeiros.
De acordo com o art. 37, I, da CF:
Art. 37, I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham 
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
29. (UFCA/2014/CCV/UFC/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO/ADAPTADA) De acordo 
com o Regime Jurídico Único, é considerada penalidade disciplinar:
a. demissão.
b. abandono de cargo.
c. acumulação de cargo.
d. proceder de formar desidiosa.
e. recusar fé à documentos públicos.
COMENTÁRIO
Conforme o art. 127 da Lei n. 8.112/1990, somente a alternativa “A” (demissão) contemplou 
penalidade disciplinar. Todas as demais hipóteses representam, em suma, infrações 
administrativas.
Vejamos:
Art. 127 da Lei n. 8. 112/1990. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
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30. (UPE/2019/UPENET/IAUPE/ADVOGADO) Analise as assertivas a seguir:
I – É permitida a “prova emprestada” no processo administrativo disciplinar, desde que 
devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla 
defesa.
II – Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe 
o mandado de segurança ou a medida judicial.
III – O excesso de prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar só causa 
nulidade, se houver demonstração de prejuízo à Administração Pública.
Está CORRETO o que se afirma em
a. I e III, apenas.
b. I e II, apenas.
c. II e III, apenas.
d. I, apenas.
e. todas.
COMENTÁRIO
Estão corretos os itens I e II.
I. Certo! É o que estabelece a Súmula 591 do STJ.
Súmula 591-STJ. É permitida a prova emprestada no processo administrativo disciplinar, desde 
que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa.
II. Certo! Está de acordo com a Súmula 510 do STF.
Súmula 510-STF. Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela 
cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.
III. Errado! Conforme a Súmula 592 do STF, o excesso de prazo para a conclusão do 
processo administrativo disciplinar só causa nulidade se houver demonstração de prejuízo 
à DEFESA (e não à Administração Pública!).
Súmula 592-STJ. O excesso de prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar só 
causa nulidade se houver demonstração de prejuízo à defesa.
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Poderes administrativos: poder vinculado; poder discricionário; poder hierárquico; 
poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder. 
31. (PREFEITURA DE SÃO BENTO DO SUL-SC/2019/INSTITUTO AOCP/FISCAL DE TRI-
BUTOS) Sobre o poder de polícia atribuído à administração pública, assinale a defini-
ção correta.
a. O poder de polícia consiste na possibilidade de os chefes do Poder Executivo editarem 
atos administrativos gerais e abstratos, ou gerais e concretos, expedidos para dar fiel 
execução à lei.
b. O poder de polícia consiste na possibilidade de a Administração aplicar punições aos 
agentes públicos que cometam infrações funcionais.
c. O poder de polícia é o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções 
de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes.
d. O poder de polícia representa uma atividade estatal restritiva dos interesses privados, 
limitando a liberdade e a propriedade individual em favor do interesse público.
COMENTÁRIO
a. Errada! Trata-se do poder regulamentar ou normativo.
b. Errada! Trata-se do poder disciplinar.
c. Errada! Trata-se do poder hierárquico.
d. CERTA! Narrou corretamente o conceito de poder de polícia.
32. (UNIR/2018/INSTITUTO AOCP/TÉCNICO DE LABORATÓRIO) Princípio vem do latim 
principium e quer dizer base inicial, fonte, nascedouro, alicerce, começo, início, origem, 
ponto de partida. Nesse sentido, em relação à Administração Pública e seus Poderes Ad-
ministrativos em respeito à base hierárquica e disciplinar, julgue, como VERDADEIRO ou 
FALSO, o item a seguir.
O poder disciplinar é aquele que confere à Administração Pública a capacidade de or-
denar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas no âmbito interno da 
Administração. Está em consonância com a ordem disciplinar constante dos órgãos da 
Administração Pública, pois estes devem ser estruturados de tal forma que se cria uma 
relação de coordenação e subordinação entre uns e outros, cada qual com atribuições 
definidas em lei. 
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COMENTÁRIO
É o PODER HIERÁRQUICO (e não o poder disciplinar!) que confere à Administração Pública 
a capacidade de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas no 
âmbito interno da Administração.
O poder disciplinar deriva do poder hierárquico, sendo “a prerrogativa reconhecida à 
Administração para investigar e punir, após o contraditório e a ampla defesa, os agentes 
públicos, na hipótese de infração funcional, e os demais administrados sujeitos à disciplina 
especial administrativa.” 15
33. (PRF/2019/CEBRASPE/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) No tocante aos poderes ad-
ministrativos e à responsabilidade civil do Estado, julgue o próximo item.
O abuso de poder, que inclui o excesso de poder e o desvio de finalidade, não decorre de 
conduta omissiva de agente público.
COMENTÁRIO
O abuso de poder caracteriza-se pelo exercício das competências administrativas com 
excesso de poder ou desvio de finalidade.
Conforme lição de Rafael Carvalho de Rezende Oliveira:
O abuso do poder pode ocorrer em duas hipóteses:
a. excesso de poder: a atuação do agente público extrapola a competência delimitada na lei 
(ex.: policial que utiliza da força desproporcional para impedir manifestação pública); e
b. desvio de poder (ou de finalidade): quando a atuação do agente pretende alcançar 
finalidade diversa do interesse público (ex.: edição de ato administrativo para beneficiar 
parentes). 16
Com efeito, poderá ocorrer tanto por meio de condutas comissivas como através 
de condutas omissivas. É válido lembrar que a lei atribui aos agentes públicos as mais 
variadas competências, impondo a eles o dever de agir em determinadas hipóteses, de 
modo que, nestes casos, a sua não atuação, ou seja, a sua omissão implica uma conduta 
abusiva por não cumprimento da finalidade da norma. Em resumo: condutas omissivas 
ensejam abuso de poder na modalidade desvio de poder ou de finalidade.
15 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito. 6ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
16 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito Administrativo. 6ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018.
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34. (PRF/2002/CEBRASPE/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Considere o seguinte tre-
cho, de autoria de Hely Lopes Meirelles.
O desvio de finalidade ou de poder verifica-se quando a autoridade, embora atuando 
nos limites de sua competência, pratica o ato por motivos ou com fins diversos dos obje-
tivados pela lei ou exigidos pelo interesse público. O desvio de finalidade ou de poder é, 
assim, a violação ideológica da lei, ou, por outras palavras, a violação moral da lei, coli-
mando o administrador público fins não queridos pelo legislador, ou utilizando motivos e 
meios imoraispara a prática de um ato administrativo aparentemente legal.
Com base nesse trecho, incorre em desvio de finalidade o policial que aciona o alarme 
sonoro e a iluminação vermelha intermitente da viatura, sem serviço de urgência que o 
justifique, para efeito de ter a circulação facilitada em meio a via de trânsito congestionada.
COMENTÁRIO
Como visto na explicação da questão anterior, há abuso de poder na forma desvio de 
finalidade “quando a atuação do agente pretende alcançar finalidade diversa do interesse 
público” 17. No caso narrado, o acionamento do alarme sonoro e da iluminação vermelha 
intermitente da viatura policial com o objetivo de atender interesses próprios (facilitar o 
tráfego em via de trânsito congestionada) e não com vistas à concretização de interesses 
públicos consubstancia flagrante hipótese de desvio de finalidade.
35. (PRF/2012/CEBRASPE/AGENTE ADMINISTRATIVO) No que se refere aos poderes da 
administração, julgue o item seguinte.
No âmbito interno da administração direta do Poder Executivo, há manifestação do poder 
hierárquico entre órgãos e agentes.
COMENTÁRIO
O poder hierárquico é aquele por meio do qual há a distribuição e o escalonamento vertical 
de funções no interior (âmbito interno) da organização administrativa, com o objetivo 
de viabilizar uma atuação mais coordenada e organizada. Dele decorre uma série de 
prerrogativas aos agentes públicos hierarquicamente superiores em relação aos agentes a 
eles subordinados, a exemplo dos poderes de dar ordens, controle ou fiscalização, revisional 
e disciplinar.
17 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito Administrativo. 6º ed. rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018.
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Logo, correto apontar que, no âmbito interno da Administração direta do Poder Executivo, 
há manifestação do poder hierárquico entre órgãos e agentes.
36. (PRF/2012/CEBRASPE/AGENTE ADMINISTRATIVO) No que se refere aos poderes da 
administração, julgue o item seguinte.
Ao aplicar penalidade a servidor público, em processo administrativo, o Estado exerce seu 
poder regulamentar.
COMENTÁRIO
Ao aplicar penalidade a servidor público, em processo administrativo, o Estado exerce seu 
poder DISCIPLINAR.
O poder disciplinar “é a prerrogativa reconhecida à Administração para investigar e punir, 
após o contraditório e a ampla defesa, os agentes públicos, na hipótese de infração funcional, 
e os demais administrados sujeitos à disciplina especial administrativa. O poder disciplinar é 
exercido por meio do Processo Administrativo Disciplinar (PAD).” 18
Não se confunde com o poder regulamentar, que “é a prerrogativa reconhecida à 
Administração Pública para editar atos administrativos gerais para fiel execução das leis.” 19
Ato administrativo: conceito; requisitos, perfeição, validade, eficácia; atributos; 
extinção, desfazimento e sanatória; classificação, espécies e exteriorização; vincula-
ção e discricionariedade. 
37. (PRF/2019/CEBRASPE/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) No tocante a atos adminis-
trativos, julgue o item a seguir.
Tanto a inexistência da matéria de fato quanto a sua inadequação jurídica podem configu-
rar o vício de motivo de um ato administrativo.
COMENTÁRIO
O motivo “é a causa imediata do ato administrativo. É a situação de fato e de direito que 
determina ou autoriza a prática do ato, ou, em outras palavras, o pressuposto fático e jurídico 
(ou normativo) que enseja a prática do ato.” Significa dizer que “os atos administrativos 
18 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito. 6ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
19 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito. 6ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
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são praticados quando ocorre a coincidência, ou subsunção, entre uma situação de fato 
(ocorrida no mundo natural, também chamado mundo empírico) e uma hipótese descrita 
em norma legal.” 20
A Lei n. 4.717/1965 (que regula a ação popular), no seu art. 2º, parágrafo único, alínea d, 
descreve o vício de motivo nestes termos: “a inexistência dos motivos se verifica quando a 
matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente 
ou juridicamente inadequada ao resultado obtido”. 
Conforme Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino:
Embora esse dispositivo da Lei n. 4.717/1965 mencione, literalmente, tão só a “inexistência dos 
motivos”, o seu enunciado, na verdade, permite identificar – assim como o faz a doutrina – duas 
variantes de vício de motivo, a saber:
a. Motivo inexistente:
Melhor seria dizer fato inexistente. Nesses casos, a norma prevê: somente quando presente o fato 
“x”, deve-se praticar o ato “y”. Se o ato “y” é praticado sem que tenha ocorrido o fato “x”, o ato é 
viciado por inexistência material do motivo.
(...)
b. motivo ilegítimo (ou juridicamente inadequado):
Nessas hipóteses, existe uma norma que prevê: somente quando presente o fato “x”, deve-se pra-
ticar o ato “y”. A administração, diante do fato “z”, enquadra-o erroneamente na hipótese legal, e 
pratica o ato “y”. Pode-se dizer que há incongruência entre o fato e a norma, ou seja, está errado o 
enquadramento daquele fato naquela norma.
A diferença dessa situação para a anterior é que, na anterior, não havia fato algum, ao passo que 
falamos em motivo ilegítimo, incongruente, impertinente ou juridicamente inadequado quando existe 
um fato, mas tal fato não se enquadra corretamente na norma que determina ou autoriza a prática 
do ato. A administração pratica o ato, ou porque analisou erroneamente o fato, ou porque interpretou 
erroneamente a descrição hipotética do motivo constante da norma. 21
38. (TRE-PE/2017/CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) O atribu-
to que consiste na possibilidade de certos atos administrativos serem decididos e exe-
cutados diretamente pela própria administração, independentemente de ordem judicial, 
denomina-se
a. presunção de legitimidade.
b. autoexecutoriedade.
c. motivação.
d. tipicidade.
e. imperatividade.
20 Marcelo Alexandrino. Vicente Paulo. Direito administrativo descomplicado. 25ª ed. rev. e atual. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 543.
21 Marcelo Alexandrino. Vicente Paulo. Direito administrativo descomplicado. 25ª ed. rev. e atual. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. p. 545-546.
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COMENTÁRIO
Está correta a alternativa “b”! 
A questão retratou o atributo da autoexecutoriedade.
Na lição da professora Di Pietro: “Consiste a autoexecutoriedade em atributo pelo qual o 
ato administrativo pode ser posto em execução pela própria Administração Pública, sem 
necessidade de intervenção do Poder Judiciário.” (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito 
Administrativo. 32ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019).
A autora pontua, ainda, que nem todos os atos administrativos gozarão do respectivo 
atributo, que somente será admissível:
1) quando expressamente previsto em lei;
2) quando se trata de medida urgente que, caso não adotada de imediato, possa ocasionar 
prejuízo maior para o interesse público.
39. (PREFEITURA DE VIANA-ES/2019/CONSULPAM/GUARDA MUNICIPAL) É a supressão 
de um ato administrativo legítimo e eficaz, realizada pela Administração, por não mais lhe 
convir a sua existência. Pressupõe, portanto, um ato legal e perfeito, mas inconveniente 
ao interesse público. Em relação ao ato administrativo aqui descrevemos a:
a. Convalidação.
b. Invalidação.
c. Revogação.
d. Anulação.
COMENTÁRIO
A questão versa sobre a extinção dos atos administrativos, narrando o conceito de revogação. 
Assim, um ato será revogado quando apesar de ter sido editado em conformidade com a lei 
e permanecer válido, passou a ser considerado inoportuno e inconveniente ao interesse 
público.Segundo DI PIETRO: “Revogação é o ato administrativo discricionário pelo qual a 
Administração extingue um ato válido, por razões de oportunidade e conveniência.” 22
Não se confunde com a anulação (alguns autores preferem chamar de invalidação), que é 
a extinção do ato administrativo por razões de ilegalidade, isto é, trata-se da invalidação 
do ato administrativo que foi editado em desconformidade com a ordem jurídica.
22 PIETRO. Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 32ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 
2019.
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Convalidação, por seu turno, “é o salvamento do ato administrativo que apresenta vícios 
sanáveis.” 23 É a correção do ato administrativo ilegal com o objetivo de mantê-lo no mundo 
jurídico produzindo os seus efeitos regulares.
De acordo com o art. 55 da Lei n. 9.784/1999:
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a 
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria 
Administração.
40. (PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO-RS/2020/INSTITUTO AOCP/GUARDA MUNICI-
PAL) A convalidação é uma forma de corrigir vícios existentes em um ato ilegal praticado 
pela Administração Pública através de seus agentes. Em relação aos seus efeitos, assina-
le a alternativa correta.
a. Os efeitos da convalidação não são retroativos.
b. Os efeitos da convalidação terão validade a partir do seu reconhecimento.
c. Não geram efeitos a convalidação em função de atos praticados pelos seus agentes.
d. Os efeitos da convalidação são retroativos.
e. A convalidação tem efeitos (ex nunc), a partir do presente.
COMENTÁRIO
Os efeitos da convalidação são retroativos (ex tunc).
Nesse sentido, Rafael Carvalho Rezende Oliveira:
A convalidação ou sanatória é o salvamento do ato administrativo que apresenta vícios 
sanáveis. O ato de convalidação produz efeitos retroativos (ex tunc), preservando o ato 
ilegal anteriormente editado 24.
41. (PREFEITURA DE VIANA-ES/2019/CONSULPAM/GUARDA MUNICIPAL) Os atos admi-
nistrativos são atos jurídicos praticados, segundo o Direito Administrativo, pelas pessoas 
administrativas, por intermédio de seus agentes, no exercício de suas competências fun-
cionais, capaz de produzir efeitos com fim público. O exame do ato administrativo revela 
nitidamente a existência de requisitos necessários à sua formação. Tais componentes, 
pode-se dizer, constituem a infraestrutura do ato administrativo, seja ele vinculado ou dis-
cricionário, simples ou complexo, de império ou de gestão. São todos elementos indispen-
sáveis à sua validade:
23 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito. 6ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.
24 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito. 6ª ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; 
São Paulo: MÉTODO, 2018.
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a. Legalidade, finalidade, forma, motivo e executoriedade.
b. Competência, finalidade, forma, objeto e motivo.
c. Legalidade, competência, finalidade, objeto e discricionariedade.
d. Finalidade, forma, objeto, discricionariedade e motivo.
COMENTÁRIO
Muito embora não existe consenso na doutrina sobre os elementos (ou requisitos) dos atos 
administrativos, tem prevalecido que estes seriam: 
• Competência (agente competente);
• Finalidade;
• Forma;
• Motivo; e
• Objeto.
Os elementos do ato administrativo podem ser decorados a partir do seguinte mnemônico: 
CO FI FO MO-OB
CO Competência
FI Finalidade
FO Forma
MO motivo
OB objeto
42. (PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO-RS/2020/INSTITUTO AOCP/GUARDA MUNICI-
PAL) Ato administrativo é a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz 
efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de direito público 
e sujeita ao controle pelo Poder Público. Todavia, para o ato administrativo estar revestido 
de validade, é necessário qual dos seguintes atributos?
a. Atipicidade.
b. Poder de Polícia.
c. Presunção de legitimidade e veracidade dos atos administrativos.
d. Intempestividade.
e. Poder discricionário.
COMENTÁRIO
São os atributos (ou características) dos atos administrativos:
a. Presunção de legitimidade e de veracidade;
b. Imperatividade; e
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c. Autoexecutoriedade.
Observe, portanto, que apenas a alternativa “d” pode estar correta, pois foi a única que 
indicou um atributo dos atos administrativos.
Intervenção do Estado na propriedade privada (apenas para o cargo de Delegado de 
Polícia!).
43. (AOCP/SERCOMTEL S.A TELECOMUNICAÇÕES/ANALISTA/2016) São pressupostos 
da desapropriação a necessidade pública, a utilidade pública e o interesse social. Assinale 
a alternativa correspondente ao principal aspecto caracterizador da utilidade pública.
a. Emergência.
b. Utilização ilícita.
c. Conveniência.
d. Desigualdade.
e. Interesse.
COMENTÁRIO
A doutrina define que a utilidade pública estará presente nas hipóteses em que a 
desapropriação se destina ao atendimento de mera conveniência do Poder Público, 
não sendo imprescindível. Exemplo: desapropriação de um imóvel para a construção de um 
hospital público.
44. (AOCP/TCE-PA/AUDITOR/2012) A utilização coercitiva e temporária, em caso de emer-
gência ou calamidade, de bens particulares pelo Poder Público por ato de execução ime-
diata e direta da autoridade requisitante e com indenização ulterior, se houver dano, é uma 
forma de intervenção do Estado na propriedade, denominada de
a. desapropriação.
b. requisição.
c. confisco.
d. limitação administrativa.
e. ocupação temporária.
COMENTÁRIO
A assertiva narrou hipótese de requisição administrativa. Prevista no art. 5º, inciso XXV, 
da Constituição Federal, a requisição administrativa define-se como a modalidade de 
intervenção estatal na propriedade mediante a qual o Poder Público, por ato unilateral e 
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autoexecutório, utiliza bens móveis, imóveis e serviços de particulares para enfrentar 
situações transitórias de perigo público imediato ou iminente, sendo assegurada ao 
proprietário, se houver dano, indenização posterior.
São exemplos: requisição de hospitais privados, serviços médicos e de ambulâncias em 
razão de epidemia para tratamento dos doentes; requisição de barcos e de ginásios privados 
na hipótese de inundação para salvamento e alojamento dos desabrigados 25.
Façamos a leitura do dispositivo constitucional:
Art. 5º, XXV, da CRFB. No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar 
de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.
45. (AOCP/TCE-PA/ASSESSOR TÉCNICO DE PROCURADORIA/2012) Acerca da Interven-
ção na Propriedade, quando a atuação do Poder Público, por meio de norma geral e abs-
trata, impõe obrigações a proprietários indeterminados, definindo o número de andares 
em construções verticais, caracteriza-se
a. uma servidão administrativa.
b. uma limitação administrativa.
c. um tombamento.
d. uma desapropriação indireta.
e. uma requisição administrativa.
COMENTÁRIO
O enunciado está narrando situação caracterizadora de limitação administrativa, ato 
genérico por meio do qual o Poder Público impõe a proprietários indeterminados 
obrigações com o objetivo de fazer com que aquela propriedade atenda à sua função social. 
Trata-se de medida de caráter geral direcionadas a todos os proprietários daquela 
determinada região, fundamentada no poder de polícia do Estado, “gerando para os 
proprietários obrigações positivas ou negativas, com o fim de condicionar o exercício do 
direito de propriedade ao bem-estar social” (DI PIETRO).
São exemplos a limitação à altura dos prédios em determinada região da cidade, a 
obrigação de permitir o ingresso de agentes da fiscalização tributária e da vigilância sanitária; 
a obrigação de instalar extintores

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