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Relatório Chordata quase lá

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
Relatório de Campo
Disciplina: Chordata I
Discentes: Giulia de Andrade Lima Bertotti 
Juan Carlos Ariute de Oliveira
Larissa Ito dos Santos 
Lucas Trindade L. da Silva 
 Maria Gabriella Neri Cavalcanti 
Recife, maio de 2018
1. Introdução
Os peixes são componentes importantes dos ambientes recifais e apresentam comunidades caracterizadas pela sua diversidade morfológica e em quantidade de espécies. A ictiofauna atua na ecologia recifal através de processos como predação, competição e territorialidade. No Brasil, além da importância biológica, as espécies de peixes recifais também despertam interesse econômico, portanto, é de extrema importância que esses ambientes sejam estudados visando a conservação e elaboração de planos de manejo. 
Os anfíbios anuros são animais ectodérmicos que possuem pele permeável e, portanto, são sensíveis às mudanças climáticas, modificações no ambiente e poluentes. O estado de Pernambuco sofre com constantes fragmentações em áreas de Mata Atlântica, bioma que apresenta anurofauna rica e abundante, o estudo desses animais contribui para o levantamento de espécies da região e além disso também é útil como indicativo do estado de conservação da área.
Os peixes e anfíbios são os principais objetos de estudo da disciplina de Chordata I, ofertada aos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco. Tendo em vista a importância do estudo de tais cordados, foi promovida uma aula de campo entre os dias 16 e 18 de abril, com o intuito de compreender de forma prática questões como ecologia, comportamento e metodologias de coleta relacionadas a estes animais. Para isso, foram os estabelecidos os objetivos: Observação e amostragem de peixes recifais; Observação, amostragem e coleta de anfíbios para incorporação de exemplares na Coleção Herpetológica da UFPE.
As aulas de campo receberam apoio do Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (CEPENE) é um dos Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação do ICMBio. Este é vinculado à Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (DIBIO) e foi criado em 11 de outubro de 1983, passando a integrar a estrutura do ICMBio após o Decreto 8.099, de 04 de setembro de 2013. O CEPENE está localizado na baia de Tamandaré, litoral sul de Pernambuco, representando uma área de 33 hectares numa faixa litorânea de 1.200 metros e é referência em ações de pesquisa, monitoramento, gestão ambiental marinha e formação pessoal.
2. Material e Métodos
Áreas de estudo
A observação e amostragem de peixes foi feita no município de Tamandaré, litoral sul de Pernambuco, nas proximidades da Igreja de São Pedro (8°44'33.1"S 35°05'13.9"W). 
O levantamento e coleta de espécies de anuros foi feito na Reserva Biológica de Saltinho, localizada na Zona da Mata Sul do Estado de Pernambuco (08°43’59.21’’S; 35°10’25.39’’ W), compreendendo os municípios de Tamandaré e Rio Formoso e tem como objetivo a proteção de um fragmento de Mata Atlântica. 
Metodologia
O levantamento da ictiofauna recifal foi feito a partir de observações subaquáticas, essas técnicas apresentam vantagem por não serem destrutivas e terem baixo nível de interferência ambiental, além disso, dessa forma também é possível observar os indivíduos em habitat natural. 
Foram realizadas duas atividades a fim identificar a diversidade de espécies presentes na localidade. Inicialmente, para estimar a diversidade, foram realizadas observações em área livre, os peixes avistados eram registrados por meio de desenho e anotações de características morfológicas como cor, tamanho estimado, entre outros. A segunda observação, a fim de estimar apenas quantidade, foi feita num espaço delimitado por trena formando uma reta de 10 metros, após percorrido o percurso, a quantidade de indivíduos avistados foi registrada.
Após isso, foi realizada uma atividade de estimativa de tamanho, para isso foram utilizados peixes de madeira de diferentes tamanhos e através de observações subaquáticas os tamanhos foram determinados e anotados. 
A amostragem de anuros foi feita em período noturno, a coleta se deu de forma manual e ocorreu durante o percurso da trilha na REBIO de Saltinho. Após a coleta, os animais foram mantidos vivos em ambiente adequado para que fossem fotografados e etiquetados com o número e código do coletor.
Para a eutanásia dos animais foram administradas doses de xilocaína sob a pele ou através de injeção quando necessário. Uma pequena incisão foi feita sob a pele dos animais e parte do fígado foi retirada para obtenção futura de dados moleculares. Por fim, os animais foram mantidos em formol e levados como testemunho para serem incorporados na Coleção Herpetológica da UFPE. 
3. Resultados e Discussão
A partir dos dados obtidos com as observações subaquáticas em área livre foi possível identificar um total de 7 espécies de peixes correspondentes a 7 famílias, sendo esses:
Chaetodon striatus – “Borboleta dos mares” (Chaetodontidae): habita os recifes de corais e é geralmente comum, ocorre isoladamente ou em pares quando está em reprodução, alimentam-se de vermes poliquetas, pólipos de coral, crustáceos e ovos de moluscos. Ovíparo, monogâmico. 
Stegastes variabilis – “Donzelinha amarela” (Pomacentridae): muitas vezes solitários, os adultos habitam a costa (nos recifes de corais) e o mar. Se alimentam principalmente de algas bentônicas, mas também de esponjas, ascídias e anêmonas, enquanto os juvenis se alimentam de invertebrados como copépodes e nemertinos, estes são agressivamente territoriais. São ovíparos, os machos guardam e arejam os ovos. São pescados incidentalmente em armadilhas e redes de praia de malhas pequenas.
Halichoeres poeyi – “Budião” (Labridae): comumente encontrado em leitos de ervas marinhas claras, é incomum em recifes ou em baías enlameadas. Um hermafrodito protogínico. Geralmente não interessa à pesca por causa de seu tamanho médio pequeno.
Sphoeroides spengleri – “Baiacu mirim” (Tetraodontidae): ovíparo, geralmente comum, abundante em todos os habitats costeiros onde há cobertura adequada, tais como, tapetes de ervas marinhas e flats de recife. Se alimentam de moluscos, crustáceos e equinodermos. 
Elacatinus figaro – “Neon goby” (Gobiidae): Ocorre sobre corais fundos e rochosos na costa continental e nas ilhas costeiras, solitário ou em grupos de até 6 indivíduos em cabeças de coral, entre algas crustosas e esponjas incrustantes, ou perto de ouriços-do-mar, buscando proteção entre os espinhos. 
Odontoscion dentex – (Sciaenidae): habita cavernas e fendas ou entre corais, solitário ou em grupos. Alimenta-se à noite, principalmente de camarões, pequenos peixes e suas larvas. É um animal reservado e cauteloso.
Pomacanthus arcuatus – “Peixe frade” (Pomacanthidae): é ovíparo e monogâmico. Comum em recifes de corais, geralmente solitários, ocasionalmente em pares. Juvenis são limpadores em meio período. Alimentam-se principalmente de esponjas, mas também tunicados, algas, briozoários e ervas marinhas. Criado em cativeiro, possui carne de excelente qualidade e por isso é utilizado comercialmente, fresco e salgado. 
A partir da segunda observação (realizada em área delimitada) foram contabilizados ao todo 41 indivíduos de diferentes espécies: 
Peixes avistados por cada integrante do grupo
	Discente
	Peixes avistados
	
	
	Giulia
	15
	Gabriella
	1
	Larissa
	19
	Juan
	1
	Lucas
	5
	Total
	41
Com relação a atividade de estimativa de tamanho, os resultados foram obtidos após consenso do grupo. Os dados estimados foram postos em tabela para comparação com o tamanho real dos peixes de madeira.
Tabela comparativa entre valor real e valor estimado
	
	Tamanho estimado
	Tamanho Real
	
	
	
	Peixe Grande
	85 cm
	80 cm
	Peixe Médio
	35 cm
	40 cm
	Peixe Pequeno
	20 cm
	30 cm
Após a coleta noturna, foram obtidos 12 espécimes de anuros representando 8 espécies e 3 famílias. Era esperado que alguns répteis fossem encontradosdurante o percurso, no entanto, nenhum réptil foi capturado, principalmente devido ao hábito diurno desses animais.
Com exceção de Leptodactylus gimis (Leptodactylidae) que foi devolvida a natureza, todos os espécimes passaram por fixação e farão parte do acervo da Coleção Herpetológica da UFPE.
Boana semilineata – “Perereca dormideira” (Hylidae): a espécie é usualmente encontrada na vegetação baixa próxima a corpos d’água e áreas alagadas. Apresenta distribuição ampla na Mata Atlântica, desde o estado de Alagoas até Santa Catarina. Sua reprodução ocorre em poças temporárias ou permanentes, podendo ocorrer em áreas de floresta conservada ou secundária.
Adenomera andreae (Leptodactylidae): terrestre, ativo por dia e noite. Os juvenis comem colêmbolos, besouros e formigas; os adultos comem grilos, besouros, aranhas, centopeias e formigas. A reprodução ocorre na estação chuvosa, com um pico em dezembro. Os machos costumam chamar do chão, escondidos entre folhas ou galhos caídos, estes escavam tocas no solo, onde fêmeas depositam cerca de 10 ovos em um ninho de espuma onde os girinos se desenvolvem. 
Rhinella margaritifera (Bufonidae): terrestre e noturno encontrado em planícies primárias e secundárias de floresta tropical úmida; também presente em áreas abertas. É uma espécie muito generalista que pode ser encontrada em áreas perturbadas.
Physalaemus cuvieri (Leptodactylidae): é uma espécie comum e noturna que ocorre em muitos habitats, incluindo prados abertos, savanas inundadas e pastagens. Se reproduz em tanques de gado ou corpos de água temporários, como poças, muitas vezes em trilhas de cascos cheios de água. Os ovos são colocados em ninhos de espuma, presos a hastes de grama na margem da lagoa. É uma espécie muito adaptativa.
Leptodactylus natalensis (Leptodactylidae): vive em locais lamacentos em florestas secundárias de várzea, vegetação arbustiva e pastagens molhadas próximas à floresta. Reprodução em lagoas temporárias.
Leptodactylus vastus (Leptodactylidae): espécie é geralmente restrita a partes do nordeste do Brasil, está associada a formações abertas tropicais, incluindo a caatinga e a parte norte adjacente do cerrado.
Leptodactylus mistacinus (Leptodactylidae): é encontrado em regiões subtropicais áridas e semiáridas em grande parte da porção sudeste da América do Sul. Varia desde as Montanhas Yungas, no noroeste da Argentina, até as encostas orientais da Cordilheira dos Andes, na Bolívia, e até o Uruguai e ao redor da Bahia, Brasil. Geralmente habita florestas com copas fechadas, mas também foi encontrado em clareiras em toda a região central e sul do Atlântico no Brasil.
4. Conclusão
5. Referências
http://www.fishbase.se/search.php
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10164/1/edson%20victor%20euclides%20de%20andrade.%20pdf.pdf
http://www.icmbio.gov.br/cepene/images/stories/publicacoes/btc/vol03/art13-vol3.pdf
http://sustenere.co/journals/index.php/rica/article/view/ESS2179-6858.2011.002.0002/97
http://www.icmbio.gov.br/cepene/quem-somos.html
AmphibiaWeb. 2018. <http://amphibiaweb.org> University of California, Berkeley, CA, USA. Accessed 2 May 2018. 
http://br.herpeto.org/

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