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FICHAMENTO crítica à razão prática (kant)

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FICHAMENTO N° 04-FILOSOFIA DO DIREITO 1
Aluna: Maria Alice Ribeiro Serafim Correia
Crítica da Razão Prática (p.117-157)
KANT, Immanuel; Tradução; Rodolfo schaefer. São Paulo: Martin Claret, 2004
Capítulo 1: De uma dialética da razão pura prática em geral
“A razão pura; considerada tanto no seu uso especulativo quanto no prático, tem sempre a sua dialética; exige a totalidade absoluta das coisas para um condicionado dado, e só pode encontra-se absolutamente nas coisas em si.” (p.117)
A partir dessa afirmação o autor também constata que, diante do conceito das coisas só poderem se referir a intuições, só é possível conhecer objetos como fenômenos e não como as coisas em si, surgindo, dessa forma uma inevitável ilusão.
“Porém essa ilusão não seria notada como enganosa, se ela mesma não se delatasse por um conflito da razão consigo mesma, ao aplicar aos fenômenos o seu princípio de pressupor o incondicionado para todo o condicionado. Todavia, por isso, a razão é obrigada a investigar essa ilusão, de onde provêm e como pode ser eliminada, coisa que só pode fazer mediante uma crítica completa de toda a faculdade da razão pura, de modo que a antinomia da razão pura, que se manifesta em sua dialética é, na realidade, o mais benfazejo erro em que pôde alguma vez incidir a razão humana, pois nos impele a procurar a chave para sair de um tal labirinto, essa chave, depois de encontrada, vem revelar-nos o que não se busca e de que,contudo, se necessita, a saber, uma perspectiva sobre uma ordem superior de coisas, imutável, na qual já agora estamos e que poderemos, por intermédio dela, ser instruídos mediante preceitos determinados a prosseguir a nossa existência em conformidade com a suprema determinação da razão.” (p.117-118)
Capítulo 2: Da Dialética da razão pura na determinação do conceito do sumo bem
“O conceito de sumo já contém em si um equívoco que se não for considerado, pode criar inúteis disputas. Sumo pode significar supremo (supremium) ou também perfeito (consummatiom). O primeiro designa aquela condição que é em si mesma incondicionada, isto é, não está subordinada a nenhuma outra; o segundo constiyui aquele todo que não é parte alguma de um todo maior da mesma classe.” (p.119)
“Na Analítica foi demonstrado que a virtude (como mérito de ser feliz) é a mais elevada condição de tudo o que nos possa parecer apenas desejável e, por conseguinte, também de toda a nossa busca da felicidade; ela é, então, o sumo bem.” (p.119)
1. Antinomia da razão prática
“No sumo bem para nós prático – isto é, a realizar mediante a nossa vontade – a virtude e a felicidade são concebidas como necessariamente ligadas, de sorte que uma não pode ser admitida pela razão pura prática sem que a outra também não o seja. Ora, essa ligação é analítica ou sintética. Mas como essa conexão dada não pode ser analítica como acabamos de demonstrar, devemos concebê-la como sintética e como ligação da causa ao efeito, já que concerne a um bem prático, isto é, um bem possível pelas ações.” (p.121)
“Assim, se o sumo bem é impossível segundo as leis práticas, então a lei moral, que ordena promover o avanço desse bem deve, necessariamente, também, ser fantástica e dirigida a um fim vazio e imaginário e, portanto, ser falsa em si mesma.” (p.121)
2. Solução crítica da antinomia da razão prática
“Encontra-se na antinomia da razão pura especulativa um conflito análogo entre a necessidade natural e a liberdade, na causalidade dos eventos do mundo. Ele foi resolvido com a demonstração de que não era um conflito verdadeiro quando se consideram os eventos e o próprio mundo em que eles ocorrem apenas como fenômenos.” (p.121)
“É exatamente o mesmo que ocorre com a presente antinomia da razão pura prática. A primeira das duas proposições qual seja que a busca da felicidade venha produzir um princípio de intenção é absolutamente falsa; entretanto, a segunda a de que a intenção virtuosa produza necessariamente a felicidade, não é absolutamente falsa; só é falsa enquanto a considerarmos como forma da causalidade no mundo sensível e, por conseguinte, se eu admito a existência no mundo sensível como o único modo de existência do ser racional; não é, portanto, inteiramente falsa, mas apenas condicionalmente falsa.” (p.121)
“Assim, não obstante esse aparente conflito de uma razão prática consigo mesma, o sumo bem é o fim supremo e necessário de uma vontade moralmente determinada, construindo um verdadeiro objeto dessa razão prática; porque ele é praticamente possível e as máximas da vontade, no que tal objeto se refere à sua matéria, tem realidade objetiva.” (p.122)
3. Do primado da razão para prática em sua união com a razão pura especulativa.
“Por primado entre duas coisas ligadas pela razão, entendo a vantagem que uma tem de ser o primeiro princípio de determinação da conexão com as demais. Dentro de um sentido prático, mais restrito, significa a preeminência do interesse de uma enquanto o interesse das outras está subordinado a esse interesse ( que não pode estar subordinado a nenhum outro).” (p.130)
“Na realidade, enquanto se ponha como fundamento a razão prática, como patologicamente condicionada, isto é, administrando simplesmente o interesse das inclinações, sob o princípio sensível da felicidade, não seria lícito fazer essa exigência à razão especulativa.” (p.131)
“Dessa forma, na união da razão especulativa com a razão pura prática em vista de um conhecimento, o primado pertence a esta última, sempre pressupondo, porém, que a referida união não seja contingente e arbitrária, mas fundada a priori na própria razão e, consequentemente, necessária.” (p.132)
“Não se pode pretender da razão prática que se subordine à razão especulativa, invertendo, assim, a ordem, porque, em última análise, todo interesse é prático, e mesmo o interesse da razão especulativa só é condicionado e completo no seu uso prático.” (p.132)
4. A imortalidade da alma como um postulado da razão pura prática.
“Para um ser racional, mas finito, só é possível o progresso ao infinito na lei moral, partindo-se dos graus inferiores aos superiores. O infinito, para o qual a condição de tempo nada representa, vê nessa série, para nós infinita, a totalidade da conformidade à lei moral, e a santidade, que exige inflexivelmente seu mandamento para ser concordante com a sua justiça na parte que ela assinala a cada um no sumo bem, deve encontrar-se inteiramente em uma só intuição intelectual da existência dos seres racionais.” (p.133)
5. A existência de Deus como postulado da razão pura prática
“A lei moral, na análise precedente, levou-nos ao problema prático que é prescrito apenas pela razão pura, sem qualquer intervenção de motivo sensível, a saber, o problema da integridade necessária da primeira e principal parte do sumo bem, isto é, da moralidade e como esse problema só pode ser completamente resolvido em uma eternidade, também nos conduz ao postulado da imortalidade.” (p.134)
“Portanto, o sumo bem só é possível no mundo enquanto se admite uma causa superior da natureza, causa essa que encerre uma causalidade em conformidade com a disposição moral. Ora, um ser que é capaz de ações segundo a representação de leis é uma inteligência.” (p.135)
“A lei moral, por meio do conceito de sumo bem, como objeto e fim último da razão pura prática, conduz à religião, isto é, ao conhecimento de todos os deveres como mandamentos divinos, não como sanções... mas como leis essenciais de toda vontade livre por si mesma, as quais, todavia, devem ser consideradas como mandamentos do ser supremo.” (p.139)
6. Sobre os postulados da razão pura prática em geral 
“Derivam-se todos estes do princípio da moralidade, o qual não constitui nenhum postulado, mas uma lei por meio da qual a razão determina imediatamente à vontade. Tal vontade, justamente por ser assim determinada, enquanto vontade pura exige essas condições necessárias para a observância dos seus preceitos. Esses postulados não são dogmas teóricos, mas pressupostos em sentidos necessariamente práticos; portanto, não ampliam, na verdade, o conhecimentoespeculativo, contudo dão realidade objetiva às idéias da razão especulativa em geral e autoriza a formular conceitos que, sem isso, não poderia pretender nem sequer afirmar a sua possibilidade.” (p.142)
7. De como é possível conceber uma extensão da razão pura em sentido prático, sem ao mesmo tempo distender o seu conhecimento do ponto de vista especulativo.
“Mediante a lei prática, que exige a existência do sumo bem possível em um mundo é postulada a possibilidade daqueles objetos da razão especulativa, a realidade objetiva que essa razão não poderia assegurar ; com efeito, o conhecimento teórico da razão pura recebe um acréscimo, se bem que tal aumento consiste tão-somente no fato de que aqueles conceitos, para ela são problemáticos.”(p.144)
“Todavia, também não se trata aqui do conhecimento teórico do objeto dessa idéias, mas apenas de saber se elas em geral possuem objetos. Tal realidade lhe é proporcionada pela razão pura prática, nada tendo mais a fazer a razão teórica do que pensar aqueles objetos por meio de categorias, coisa que, como demonstramos claramente, pode ser feita sem necessidade de intuição.” (p.146)
“O leitor da crítica da razão pura especulativa convencear-se-á perfeitamente como foi necessária e útil para a teologia e para a moral aquela laborosa dedução das categorias. Com efeito, apenas assim se pode impedir de conceituá-las, como Platão, como inatas.” (p.151)
8. Do assentimento resultante de uma exigência da razão pura.
“Uma necessidade da razão pura no seu uso especulativo conduz somente a hipótese, enquanto a necessidade da razão pura prática conduz a postulados.” (p.151)
“O princípio que aqui determina o nosso juízo é certamente subjetivo, como necessidade, mas, ao mesmo tempo, também como meio de fomentar aquilo que é objetivamente necessário, o fundamento de uma máxima do assentimento do sentido moral, isto é, de uma crença prática pura da razão. Essa crença, portanto, não é ordenada, mas derivada da disposição moral como uma determinação voluntária do nosso juízo em admitir aquela existência e pô-la, além disso, como base para o uso da razão, determinação essa que é livre e consciente para o propósito moral, sendo, também, com a necessidade teórica da razão.” (p.155-156)
9. Da proporção sabiamente coadunada entre as faculdades de conhecer do homem e sua destinação prática 
“Se a natureza humana está determinada a aspirar ao sumo bem, devemos admitir também que a medida das suas faculdades entre si, esteja convenientemente adequada a essa finalidade.”(p.156)

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